sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Comandante da Marinha assina Acordo Internacional voltado para o aprimoramento da segurança marítima

O Comandante da Marinha do Brasil (MB), Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto, assinou um Acordo Operacional voltado para o aprimoramento da segurança marítima, sob uma perspectiva global, durante o 8º Simpósio Regional de Poder Naval das Marinhas do Mediterrâneo e do Mar Negro, realizado entre os dias 20 e 22 de outubro, em Veneza-Itália.




Por meio desse acordo de importância estratégica, a Marinha foi admitida como membro de uma Rede Transregional de Troca de Informações Marítimas, a Trans-Regional Maritime Network (T-RMN). A rede é consolidada pela interligação do Sistema de Informações sobre o Tráfego Marítimo (SISTRAM) – sistema brasileiro; do Open and Analysed Shipping Information System (OASIS), sistema de Cingapura; e do Virtual-Regional Maritime Traffic Center (V-RMTC), elaborado pela Marinha Militar Italiana.



O simpósio contou com a participação de delegações de 43 países, além de 18 organizações internacionais, civis e militares, relacionadas à segurança marítima.



O processo de admissão do Brasil foi precedido pela aprovação, unânime, dos 23 países que compõem o sistema V-RMTC. A assinatura desse acordo, e a consequente admissão da Marinha do Brasil nesse fórum internacional, confirmam o êxito dos esforços empreendidos pela Marinha do Brasil, desde o final de 2007. Durante o período, inúmeros testes e exercícios foram realizados, visando ao interfaceamento entre o SISTRAM e o V-RMTC.



Fonte: Marinha do Brasil

Base Naval de Aratu realiza tratamento magnético no Submarino Timbira

Entre os dias 27 e 29 de setembro, a Base Naval de Aratu realizou a medição e o tratamento magnético do Submarino Timbira, no seu Complexo de Magnetologia, em Salvador (BA).




O tratamento consiste na passagem de intensas correntes elétricas em bobinas (cabos elétricos) - uma circular em torno do submarino e outra retangular, sob ele, no fundo do mar. Tal procedimento visa reduzir os componentes do campo magnético existentes em navios, principalmente os construídos com materiais ferrosos. Dessa forma, quando o submarino estiver operando, sua detecção será dificultada por equipamentos magneto sensíveis, operados por aeronaves e por torpedos, bem como terá aumentada a sua proteção contra minas de atuação magnética.



Fonte: Marinha do Brasil

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Sonda da Nasa envia primeiras imagens de cometa

A imagem em preto e branco mostra o núcleo d Hartley 2. Estima-se que o cometa tenha 2,2 quilômetros de comprimento e pese 280 milhões de toneladas




A sonda americana Deep Impact, que passou perto de um cometa hoje, já está enviando suas primeiras imagens, close-ups raros do seu núcleo.







Os controladores da missão na NASA aplaudiram ao ver as primeiras foto do vôo ao cometa Hartley 2 nesta quinta-feira (4). Elas revelam um cometa no formato de um amendoim expelindo jatos de gases venenosos.



“É hiperativo, pequeno e irritadiço,” descreveu Don Yeomans, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, na Califórnia.



O encontro aconteceu a 21 milhões de quilômetros da Terra, quando a sonda Epoxi, viajando pelo espaço, chegou a 700 quilômetros do Hartley. É a quinta vez que o núcleo de um cometa é visto de perto.



Cometas são um objeto de pesquisa importante porque eles são “sobras” geladas da formação do sistema solar. Seu estudo pode fornecer pistas de como a Terra e os planetas se formaram, há 4,5 bilhões de anos.

A missão de hoje não é a primeira do projeto Deep Impact. Em 2005, a Nasa conseguiu colidiu uma sonda de cobre em outro cometa, o Tempel 1. Os detritos resultantes da colisão foram estudados pelos cientistas e permitiram uma melhor compreensão do interior e composição de um cometa..

Depois da primeira missão (que custou US$ 333 milhões), a Nasa reciclou a Deep Impact para uma visita a outro cometa. O escolhido foi o Boethin, em 2008, mas ele não foi encontrado. Os cientistas imaginam que ele se fragmentou em pedaços pequenos.



Desse modo, a Deep Impact foi encaminhada ao Hartley 2. Com cerca de três quilômetros de largura, o Hartley 2 é o menor cometa a ser fotografado de perto. Enquanto chegava ao seu destino, a nave passou vários meses examinando um grupo próximo de estrelas com sistemas de planetas.



Mesmo sem o impacto da colisão do Tempel 1, os pesquisadores consideram esta uma missão muito importante. “Existem muitas questões abertas sobre cometas e seu ciclo de vida,” diz o coordenador do projeto Tim Larson, que supervisiona a missão de 42 milhões de dólares. “Temos tão poucos dados que toda vez que temos uma oportunidade de chegar perto de um cometa, é uma chance de aumentar nosso conhecimento.”



Desde setembro a sonda tem perseguido o Hartley 2 como um paparazzo, tirando fotos a cada cinco minutos e coletando dados. É a primeira nave a visitar dois cometas.



O Hartley 2 passou a 18 milhões de quilômetros da Terra no dia 20 de outubro – o mais próximo que já chegou desde sua descoberta, em 1986. O astrônomo britânico Malcolm Hartley, que descobriu o corpo celeste, disse que jamais imaginou que uma nave espacial chegaria tão perto de seu xará. “Quando eu vi o cometa, ele estava a milhões e milhões de quilômetros de distância,” afirmou. “Estou muito animado e me sinto muito privilegiado. Afinal, eu apenas o descobri”.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Nova tecnologia de holograma avança na criação de imagem 3D em tempo real

REUTERS - REUTERS


Executivos ainda não são capazes de transmitir uma imagem 3D de si mesmos para o outro lado do mundo, mas pesquisadores estão um passo mais próximos da criação de imagens tridimensionais em tempo real, um avanço na tecnologia holográfica que poderá tornar a experiência das videoconferências muito mais intensa.





gargaszphotos.com/University of Arizona Imagem holográfica atualizável de um F-4 PhantomNasser Peyghambarian, da Universidade do Arizona, e colegas anunciaram nesta quarta-feira, 3, que sua nova tecnologia holográfica pode projetar uma imagem de quase 360º que é atualizada a cada dois segundos.



Conhecida como telepresença tridimensional, a tecnologia ataca limitações dos hologramas atuais, que dão a ilusão de 3D mas deixam de fora o lado de trás, diz Peyghambarian, cujo trabalho aparece na revista Nature.



"Se você olhar para o objeto 3D, nós o mostramos de uma forma muito parecida com o que você vê ao seu redor. É o mais parecido com o que se vê, na comparação com qualquer outra tecnologia". Ele disse que os primeiros usos da tecnologia poderão aparecer no cinema, dada a popularidade recente dos filmes 3D.



"Prevemos muitas aplicações, incluindo, por exemplo, a fabricação de carros ou aviões. Eles podem olhar para o holograma e projetar o sistema em tempo real e olhar para o modelo e fazer mudanças á medida que avançam", disse ele.



Cirurgiões de diferentes partes do mundo poderiam participar de procedimentos complexos simultaneamente.



Para criar o holograma, câmeras fazem imagens coloridas de diversos ângulos e as enviam por uma linha de rede de computador. No modelo de laboratório, as imagens são projetadas sobre um plástico transparente e atualizadas em intervalos de poucos segundos.



Telas futuras serão planos horizontais, e o sistema criará a ilusão de que a imagem flutua sobre a mesa.



A tecnologia de telepresença virtual difere da usada no cinema 3D de diversas formas.



No cinema, uma perspectiva da imagem é projetada em um olho e outra, no outro. daí a necessidade dos óculos especiais, para filtrar o sinal que vai em cada olho. Com o holograma, óculos não são necessários e o número de perspectivas só é limitado pelo número de câmeras.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Ataque de avião dos EUA deixa 5 mortos no Paquistão

AE - Agência Estado


Um avião não tripulado e teleguiado dos Estados Unidos deixou cinco mortos hoje no noroeste do Paquistão, informaram funcionários da inteligência do país, no mais recente ataque desse tipo contra extremistas da Al-Qaeda e do grupo fundamentalista Taleban, que têm seus esconderijos na região.







Também no noroeste paquistanês, quatro insurgentes atacaram um complexo da polícia e mataram dois policiais. Em outro incidente, atiradores emboscaram caminhões que levavam combustíveis para as tropas dos EUA e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que lutam contra o Taleban no vizinho Afeganistão, ferindo um motorista e o ajudante dele, informou a polícia.





Quatro mísseis norte-americanos foram disparados de um drone (avião teleguiado e não tripulado) contra uma base no Waziristão do Norte, uma região onde os EUA concentraram a maioria das suas ações militares no Paquistão nos últimos meses, disseram os funcionários, que falaram sob anonimato. A identidade dos cinco mortos não foi revelada.





O Waziristão do Norte é uma das regiões mais perigosas para a imprensa, e os EUA não reconhecem que realizam ataques dentro da fronteira paquistanesa, uma vez que o governo do país é aliado de Washington na luta contra o extremismo islâmico.





Em outubro ocorreram pelo menos 21 ataques suspeitos de mísseis lançados pelos norte-americanos na região paquistanesa próxima à fronteira com o Afeganistão. Além de centenas de militantes da Al-Qaeda e do Taleban, o Waziristão do Norte também abriga militantes islamitas de outro movimento, o Haqqani.





Já na cidade de Swabi, insurgentes atacaram um complexo da polícia paquistanesa. A tentativa de invasão do local causou um tiroteio, no qual dois policiais e dois insurgentes foram mortos, disse o policial Abdullah Khan. Segundo ele, um dos agressores vestia um colete de homem-bomba suicida.





A emboscada aos caminhões da Otan aconteceu perto da cidade de Peshawar, no noroeste paquistanês. Atiradores abriram fogo contra os caminhões na rodovia, ferindo um motorista e o assistente, disse o policial Nisar Khan. As informações são da Associated Press.

Descobertos sinais de fontes de água quente no passado de Marte

estadão.com.br - estadão.com.br


Depósitos minerais de mais de 3 bilhões de anos encontrados em um vulcão de Marte podem preservar sinais de um ambiente habitável no planeta vermelho.




NASA/JPL-CaltechProjeção do cone vulcânico de NIli patera, com depósitos brancos de sílica hidratadaObservações do satélite Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) permitiram que pesquisadores identificassem o mineral como sílica hidratada, e determinassem seu contexto. A composição dos depósitos e sua localização, nos flancos de um cone vulcânico, são a melhor evidência já descoberta em Marte de um ambiente hidrotermal - uma fumarola, ou nascente de água quente - diz nota emitida pelo Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa.



Ambientes semelhantes podem ter fornecido hábitats para as primeiras formas de vida na Terra.



"O calor e a água necessários para criar esse depósito provavelmente fizeram dessa uma zona habitável", disse J.R. Skok, da Universidade Brown, principal autor do artigo com essas descobertas, publicado na revista Nature Geoscience. "Se houve vida ali, este seria um tipo promissor de depósito para sepultá-la - um necrotério de micróbios".



Nenhum estudo ainda foi capaz de determinar se Marte já teve vida no passado.Os novos resultados se unem à massa de evidência de que, em algumas épocas e lugares, o planeta pode ter tido ambientes capazes de sustentar micro-organismos.



O pequeno cone vulcânico se ergue cerca de 100 metros acima do fundo de uma depressão chamada Nili Patera. A patera, que é o fundo de uma caldeira vulcânica, ocupa cerca de 50 km da região vulcânica de Syrtis Major, na zona equatorial de Marte. Antes que o cone se formasse, fluxos de lava cobriam as planícies próximas. O desmoronamento de uma câmara de magma subterrânea da onde a lava emanava criou a depressão.



Fluxos de lava subsequentes cobriram o chão da Nili Patera. O cone foi construído de fluxos ainda posteriores, aparentemente depois que o magma subterrâneo adquiriu uma textura espessa o bastante para permitir a acumulação de material sob a forma de um cone.



Observações de câmeras do MRO revelaram superfícies brilhantes perto do topo do cone, espalhando-se pelos flancos, e no chão dos arredores. A composição dessas áreas brilhantes foi analisada por um instrumento a bordo do MRO.



A sílica pode ser dissolvida, transportada e concentrada por água quente. A sílica hidratada identificada nos locais mais elevados indica que nascentes de água quente ou fumarolas alimentadas por calor interno criaram os depósitos.



As zonas habitáveis, se existiram, teriam estado dentro ou na periferia das vias condutoras de água quente.

Dilma vence em 16 Estados, atinge 56% e tem 12 milhões de votos a mais que Serra

BLOG SEGURANÇA NACIONAL PARABENIZAR ,DÌLMA ROUSSEFFDaniel Bramatti e José Roberto de Toledo - ESPECIAL PARA O ESTADO


A presidente eleita Dilma Rousseff (PT) venceu em três das cinco regiões do Brasil e em 16 das 27 unidades da Federação. Com 99,9% das urnas apuradas, ela tinha ontem à noite 55,7milhões de votos – o equivalente a 56% dos válidos –, 12 milhões a mais do que o tucano José Serra (PSDB).




Com larga vantagem no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, Dilma conseguiu compensar sua derrota em São Paulo e vencer na Região Sudeste, onde votam 44% dos eleitores do País.



Palco da principal batalha do segundo turno, Minas deu mais de 58% dos votos válidos para a candidata governista. Foram 16 pontos porcentuais de vantagem em relação a Serra, que no Estado teve o apoio do governador Antonio Anastasia e do ex-governador e senador eleito Aécio Neves, ambos do PSDB.



Os mapas de votação por municípios, publicados nesta página e na seguinte, mostram que o tucano venceu por pouco em Belo Horizonte – diferença inferior a um ponto – e colheu vitórias esparsas pelo sul de Minas. Mais ao norte, no Vale do Jequitinhonha, a candidata do PT formou uma "mancha vermelha" de vários municípios contíguos em que teve mais de 65% dos votos.



No Rio de Janeiro, segundo maior Estado em número de eleitores, a vantagem da presidente eleita foi ainda maior do que entre os mineiros. Ela superou a marca dos 60% dos votos e abriu mais de 20 pontos de folga sobre o candidato tucano.



Ex-governador de São Paulo, Serra venceu no Estado que é sua base política, com 54%. Conseguiu cerca de 1,8 milhão de votos a mais que a adversária – praticamente a mesma diferença pela qual foi derrotado em Minas. Ainda no Sudeste, o tucano também ganhou por pequena margem no Espírito Santo, com quase 51%.



Reduto. No Nordeste, Dilma venceu em todos os Estados, como já havia acontecido no primeiro turno. A bandeira da continuidade do governo Luiz Inácio Lula da Silva deu a ela cerca de 70% dos votos na região, a mais beneficiada pelos programas sociais federais, pelo crescimento econômico dos últimos anos e pela política de aumento do salário mínimo acima da inflação.



No Maranhão, um dos Estados mais pobres do Nordeste, a petista teve quase 79% dos votos. Na Bahia, quarto maior colégio eleitoral do País, o placar foi de 70% a 30%. Em outros dos Estados mais populosos da região, como Ceará e Pernambuco, Dilma teve mais de três quartos dos votos.



É da região Norte o Estado que deu a maior proporção de votos à presidente eleita. No Amazonas, ela teve pouco mais de 80% dos votos, 60 pontos porcentuais a mais do que o adversário. Há quatro anos, quando disputou o segundo turno com Geraldo Alckmin (PSDB), Lula também teve entre os amazonenses seu melhor desempenho no País.



A Região Sul deu vitória ao tucano José Serra. Em relação ao primeiro turno, ele conseguiu virar o jogo no Rio Grande do Sul, onde havia sido derrotado por Dilma. Acabou vencendo por uma margem apertada (51% a 49%) no Estado onde Dilma iniciou suas atividades no setor público – ela foi secretária de Finanças em Porto Alegre e secretária estadual de Minas e Energia.



No Centro-Oeste, onde Serra havia sido derrotado no primeiro turno por dois pontos porcentuais, ele acabou vencendo pela mesma margem. Em Goiás, houve virada: Dilma havia vencido por 42% a 40%, ela acabou perdendo por 51% a 49%.



Assim como em 2006, o mapa político do Brasil mostra o PT mais forte no Norte, no Nordeste e na metade superior da Região Sudeste, e o PSDB triunfando no Sul, no Centro-Oeste e em São Paulo. Em relação aos resultados de quatro anos atrás, Dilma perdeu em quatro Estados onde Lula venceu: Espírito Santo, Goiás, Rondônia e Acre.



Do primeiro para o segundo turno, houve aumento na taxa de abstenção, de 18,1% para 21,2%. O temor dos tucanos de que o feriado prolongado esvaziasse redutos de Serra não se mostrou fundado. A abstenção subiu mais nas regiões em que Dilma venceu, principalmente no Norte, onde passou de 20,3% para 26,2%.