quarta-feira, 22 de setembro de 2010

KRAKEN SUBMARINO NUCLEAR DE ATAQUE-PARTE 1

CONSIDERAÇÕES SOBRE O PROJETO




O ano de 2006 terminou com uma verdadeira batalha naval travada por Ex-Almirantes e seus colegas da Ativa. No epicentro da controvérsia estava a então recente e polêmica decisão da Marinha do Brasil em adquirir novos submarinos do tipo convencional, U-214 bem como a necessária modernização dos IKL-209, prorrogando, indefinidamente, a continuidade do projeto do Submarino Nuclear Brasileiro.



Naquela altura, era dada como certa a vitória do U-214 perante os prováveis concorrentes, era inquestionável que o futuro da força submarina da Marinha do Brasil perpetuasse o pedigree da famosa escola de Kiel, mundialmente conhecida pela inegável superioridade e tradição na construção de submarinos.



Entretanto, neste meio termo, uma tempestade assolou os mares, ventos da mudança sopraram e uma tormenta tropical mudou radicalmente a direção e o sentido da desgovernada Nau da Marinha do Brasil. Tudo mudou com troca do comandante da marinha, após a ascensão ao cargo do então Almirante Moura Neto. Não que este trouxesse consigo as mudanças, mas sim, que em seu comando foi possível adotar transformações radicais que se postas em prática colocarão a nossa Marinha na vanguarda das forças navais do século XXI, ascendendo-a a um patamar acima de muitas potências da atualidade.



A principal mudança de paradigma veio com a adoção de dois polêmicos tipos de submarinos, o nuclear e o convencional, além é claro da quebra da hegemonia da consagrada família de submarinos de origem germânica. Neste artigo vamos nos ater ao programa nuclear, pois o do submarino convencional será mais detalhado no projeto KRAKEN II.



Atendendo as espectativas do autor, a nova abordagem da força de submarinos, veio satisfazer as aspirações defendidas pelo Plano Brasil desde a sua concepção em meados de 2004, altura em que defendíamos a adoção de ambos os modelos de submarinos e ainda a busca pela independência tecnológica.



O Recente contrato assinado com a DCNs e Odebrecht tenciona dar ao Brasil a capacidade de se projetar no futuro como uma nação detentora da arma mais poderosa e temida dos mares azuis, o submarino nuclear de ataque, que tal como KRAKEN, a lendária criatura temida em seus contos mitológicos, surge furtivamente do fundo dos mares atacando e levando ao fundo, marinheiros e seus navios e de mesma descrição,some, desaparece silenciosamente retornando para as profundezas.



O Plano Brasil sempre defendeu o desenvolvimento nacional deste tipo de armas, ainda que para isso fosse necessário o sacrifício de uma geração pois esta arma é inegavelmente a funda de David contra Golias.



Se o submarino convencional é a arma capaz de intimidar uma força invasora que se aproxime dos seu litoral, o nuclear provoca pavor as tripulações pois dado a sua quase “ilimitada” autonomia, este navio pode atacar a força em questão onde ela estiver, principalmente no momento em que esta se se encontra mais vulnerável, no deslocamento em mar aberto, ambiente favorável ao Sub Nuclear.




Sem entrar no mérito das doutrinas, vantagens e desvantagens dos submarinos nucleares em relação aos convencionais, acreditamos que o nuclear é importante e necessário para Brasil pois pode dar ao país a capacidade de impedir a conflagração de conflitos, seja pelo efeito surpresa, velocidade, autonomia seja pela capacidade de se esconder incólume em águas mais profundas permitindo-o paralisar ou na pior das hipóteses, atrasar em muito o avanço de uma força invasora.



A necessidade de um navio com estas características pode ser melhor entendida e justificada no texto de autoria do próprio Alm. esq. Júlio Soares Moura Neto, atual comandante da Marinha do Brasil, o qual está disponível na seção Opinião.



SOBRE O PROJETO





Neste projeto, o qual denominamos projeto KRAKEN, apresentamos algumas considerações a cerca do que acreditamos serem itens tecnológicos necessários ao desenvolvimento nacional de um submarino de ataque capacitado à guerra futura, guerra esta, que lhe exigirá desempenhos muito superiores aos dos atuais submarinos em operação e que encontram-se em franco desenvolvimento nos novos programas em curso mundo a fora.



Acreditamos que a futura força de submarinos da Marinha do Brasil será moldada de forma a responder as necessidades e realidades das potenciais inimigas e prováveis forças submarinhas que estão em desenvolvimento.



Isto porque os parâmetros que determinam as doutrinas da nossa Marinha são galgados na atual conjuntura onde o provável inimigo são potencias hegemônicas e ou aglomerados de nações de baixo poder militar mas que conjuntamente poderiam por em questão a nossa capacidade de resposta.



Para o cenário futuro projetamos um incremento do poder ofensivo, especialmente por parte das nações em desenvolvimento que certamente aumentarão às hipóteses de conflitos, seja conosco, seja com nossos aliados, exigindo uma capacidade de dissuasão à medida das nossas forças de forma a impedir ou nem último caso, resolver os eventuais conflitos.



O Autor considera que há mundialmente uma tendencia generalizada para o desenvolvimento de novo tipo de submarinos, provido de excelentes capacidades de combate em guerra de litoral, bem como em combates em águas azuis.



Estes novos submarinos que estão e vão surgir, incorporam avanços no poder de fogo, furtividade, novos sistemas de armas, sistemas de escuta eletrônica e comunicações. Em outras palavras, os futuros submarinos serão transformados em plataformas multi-emprego, capazes de efetuar quaisquer tipos de missões.




O resultado?



Um Submarino Nuclear de Ataque – SNA, capaz de substituir, instalar e manter o poder de dissuasão da futuras Forças Navais, em um futuro próximo aos anos 2015 e que delimitará o futuro da guerra naval do período corrente da primeira metade do século XXI.



Em nossa análise propomos para o Brasil um submarino e seus subsistemas capaz de operar integrado ou isoladamente da Força de Submarinos de Ataque (FSA) composta por um número considerável destes meios navais, aptos a desempenhar suas missões em quaisquer condições e em qualquer parte do globo terrestre.



Na atual conjuntura, pode-se dizer que alguns importantes passos já foram dados e que podem concretizar este projeto.



Por se tratar de um projeto dos mais complexos e pelo fato do nosso país não possuir o know how, para projetar todos os sistemas e partes estruturais, o governo Brasileiro acertadamente lançou mão de um acordo de cooperação com uma nação estrangeira a qual dará suporte e desenvolvera as partes físicas do navio.



A França possui o know how e a capacidade técnica bem como a confiança necessárias para tornar realidade a concepção e construção dos SNAC. Diga-se de passagem, são os construtores dos menores submarinos nucleares de ataque em operação no mundo, a classe RUBIS, da qual muito se especulou, fosse a base para o casco do submarino verde amarelo.



Entretanto, outros boatos apostam na oferta da DCN de um desenvolvimento de um novo navio e ainda outro do qual o Plano Brasil é defensor e aposta que seria a melhor escolha, a adoção de um projeto novo baseado na nova e mais moderna classe de nucleares de ataque da classe SUFFREN ou simplesmente BARRACUDA, dos quais a marinha Francesa ainda não opera e que estarão entrando em operação apartir de 2012.



Chegou-se inclusive a especular que a França havia inclusive oferecido ao Brasil a possibilidade de aquisição direta de um destes navios, afirmação esta não confirmada.



Seja como for, o novo SNAC será um novo navio, diferente dos navios operados pela França e especialmente adaptado as necessidades da nossa Marinha.



O Plano Brasil considera que um projeto baseado no BARRACUDA seria melhor indicado pois estes navios são o estado de arte alcançado pelos estaleiros Franceses após quase meio século de desenvolvimento de submarinos especialmente os nucleares, tendo ainda como lastro a capacidade de operar sistemas comuns aos navios franceses o que permitiriam acordos de treinamento e aquisições mútuas o que barateariam os custos operacionais e viabilizariam intercâmbios e desenvolvimentos progressivos de ambas as classes, permitindo a incorporação de sistemas ao longo da vida útil das embarcações.



Pode-se dizer que os BARRACUDA são a fina flor da tecnologia Francesa e que se dispostas a Marinha do Brasil,a colocariam em pé de igualdade com potências como a Inglaterra e até mesmo a China.




Por apostar na classe BARRACUDA, desenvolveremos o hipotético projeto tendo em vista estes navios, entretanto, salientamos que todos os sistemas e considerações aqui feitas poderiam perfeitamente ser adotadas à qualquer eventual programa que a Marinha venha a desenvolver, isto porque como foi descrito anteriormente, os subsistemas e tecnologias aqui abordados são baseados nas tendências futuras, as quais acreditamos não podermos excluir sobre o ônus de ficarmos defasados.



ESTRUTURA



O hipotético navio seria projetado a partir do projeto BARRACUDA e seria construído cujo projeto incorpora seções modulares de modo a lhes possibilitarem incorporações de novos sistemas, facilitando as futuras manutenções e modernizações.



Os campos de atuação, os desenvolvimentos e pesquisas dos quais o país tem interesse são muitos, no entanto uma vez neste programa nossas indústrias se beneficiariam tornando o nosso parque industrial muito mais competitivo.



HIDRODINÂMICA




Um dos principais problemas do submarino nuclear é o ruído gerado em decorrência do efeito de cavitação provocado quando em velocidades próximas a 15 kn, além é claro do ruido provocado pelos hélices, portanto, é necessário o desenvolvimento de tecnologias capazes de suprimir ou minimizar o ruído gerado desenvolvendo soluções através da incorporação de revestimentos especiais e supressores acústico.



O advento de revestimentos feito a base de nano partículas hidrofóbicas pode trazer a solução para este problema, pois estes materiais minimizam o contato entre a superfície do navio e a água, minimizando o seu arraste e o efeito de cavitação.



Além disso, materiais paramagnéticos e supressores sonoros são necessários e devem ser aplicados nas interfaces das seções, bem como, nos compartimentos internos do navio, diminuindo a assinatura magnética e o ruido gerado pelas tripulações.



Além da melhoria na hidrodinâmica associada aos revestimentos externos concebidas de forma a minimizar o atrito, o desenvolvimento dos grupos propulsores silenciosos e fiáveis é um ponto preponderante para sigilosa operação do submarino e este complexo sistema precisa ser melhorado e adequado, até porque, visualizando um senário futuro, é de se esperar que os submarinos sejam capazes de se deslocar a velocidades maiores que as atuais, bem como serem capazes de operar à profundidades maiores, aumentando assim o seu grau de sobrevivência.




Inúmeros desenvolvimentos poderiam ser feitos por nossas indústrias entre eles o desenvolvimento de sistemas e dispositivos que permitissem aos tripulantes uma maior interface homem/máquina, abreviando procedimentos e maximizando o conforto e a operacionalidade das tripulações.



FURTIVIDADE



Quando submerso o submarino pode passar invulneravelmente pelos “olhos” atentos dos patrulheiros que estejam em sua procura, entretanto, para poder se dar conta do que se passa na superfície com mais exatidão, os submarinos acionam os seus periscópios e neste momento esta arma pode denunciar sua posição tornando-se vulnerável.



Os sistemas de radares e de detectores de Infra Vermelho podem localizar com relativa facilidade um pequeno periscópio dentro da imensidão do mar, sendo portanto necessário o desenvolvimento de materiais capazes de ludibriar os olhos do inimigo.



Materiais radar absorventes e mesmo fibra de carbono entre outros composites estão sendo empregados na tentativa de tornar os submarinos ainda mais furtivos e difíceis de detectar, estas tecnologias são o exemplo do que podem ser desenvolvido por nossas indústrias,desde que estas sejam amparadas por incentivo e investimentos governamentais uma vez que programas deste tipo são muito dispendiosos, mas que encontram nas indústrias de bens de consumo um mercado gigantesco os quais podem reverter o investimentos em poucos anos.



Segunda consta os submarinos BARRACUDA serão equipados com uma tecnologia aplicada às naves espaciais e que teria sido desenvolvida pela empresa europeia ASTRIUM.



Trata-se de um inovador processo de regeneração do dióxido de carbono (CO2) empregado na Estação Espacial Internacional.



O dióxido de carbono é naturalmente liberado pelos seres vivos durante a respiração no entanto em grandes concentrações, este gás torna-se um veneno para estes, por conseguinte, deve ser retirado do ar em qualquer ambiente fechado como a estação espacial ou no caso, no interior do submarino.



Cerca de 25 engenheiros que trabalham neste serviço, que são especialistas na concepção de sistemas de circuito fechado concebido para criar condições de vida confortável para as pessoas que vivem em áreas fechadas com recursos mínimos.



Tecnologias como esta estão em franco desenvolvimento e carecem de homens/hora para que sejam concluídas, esta é mais uma oportunidade para indústrias nacionais do setor que queiram desenvolver programas como este e que poderiam absorver parte do conhecimento tecnológico e experiência desenvolvidos pela ASTRIUM.



O NAVIO



Os Submarino da classe BARRACUDA serão navios de 99.4 m de comprimento, 8.8 m de diâmetro e capazes de deslocar até 5 300 toneladas submersos, transportando apenas 56 tripulantes dado o seu auto índice de automação e interfaceamento de sistemas.



É sabido que a Marinha do Brasil procura um navio com capacidades maiores, algo em torno de 6 000 toneladas, portanto consideraremos os KRAKEN como uma variante dos BARRACUDA, no entanto consideraremos que as dimensões do navio sejam mantidas bem como a tripulação necessária, podendo ainda transportar até 24 outros integrantes da GRUMEC e ou náufragos, sendo necessário somente a reconsideração dos grupos propulsores de forma que estes atendam as necessidades do referido navio.



Tal seção seria construída de forma a poder recolher, os mergulhadores que por característica da missão tivessem que executá-la sem o auxílio dos PIGMEUS em submersão.




Outra solução também apresentável é o uso de sistemas universais de carga útil flexível, estes novos sistemas permitem a inter-operacionalização de inúmeros subsistemas e equipamentos está sendo desenvolvido para habilitar os futuros submarinos a operar com os seguintes recursos:

Integração com veículo submarino não tripulado.

Lançamento de forças especiais e Grupos de abordagem, operações com mergulhadores.

Torpedos leves.

Novos sensores, módulos e antenas e Contra-medidas.

Sistemas de comunicação.

Mísseis.

Combustível e carga adicional.

Algumas proposta mais ortodoxas, consideram o desenvolvimento de sistemas de tubos verticais, tal como os silos lançadores de mísseis, os quais também estão em franco desenvolvido e que podem servir para uma gama de sistemas tal como o lançamento/armazenamento de mísseis de cruzeiro, minas, equipamento de mergulho, óleo extra ou Veículos submarinos não tripulados.




Todos estes sistemas são propostas modernas à estas necessidades no entanto, acreditamos ser possível o desenvolvimento nacional de um submarino denominado aqui PIGMEU o qual se basearia no programa Norte Americano ADVANCED SEAL DELIVERY SYSTEM (ASDS).



Os submarinos teriam por função primária a capacidade de transportar e desovar um grupamento de forças especiais por exemplo nas proximidades de uma plataforma capturada por terroristas, efetuando a inserção sigilosa das forças.




Outras funções se estenderiam a capacidade de efetuar o desembarque de grupos de reconhecimento em posições estratégicas e efetuar igualmente em sigilo a recuperação deste grupo transladando-o ao submarino mãe o Submarino nuclear de ataque, permitindo assim a fuga segura do valioso grupo e de suas informações capitadas.



Estes submarinos seriam desenvolvidos de forma a possuírem as seguintes especificações:



SUBMARINOS PIGMEUS



FIXA TÉCNICA



Tripulação: 2 integrantes



Passageiros: Até 18 GRUMEC e equipamentos necessários



Comprimento: 20 m.



Diâmetro: 1.8 m.



Altura: 2.2 m.



Peso: 40 toneladas



Autonomia: 450 km



velocidade:16 km/h



Propulsão: Motor elétrico alimentado por baterias elétricas .



Sistemas eletrônicos: periscópio , sistemas de comunicação por satélite, posicionamento por GPS, sonar passivo e ativo para detecção de minas e obstáculos, sistemas eletroópticos para visão noturna e navegação.



Seja como for, seria de vital importância o desenvolvimento de subsistemas que habilitassem os nossos submarinos a operação confortável de forças especiais de forma a prover as nossas forças a capacidade de infiltrar e exfiltrar GRUMECs em quaisquer condições e adversidades.



PROPULSÃO



A marinha tem em estudos o desenvolvimento do seu próprio reator para prover a propulsão dos futuros seus submarinos nucleares, esta tecnologia já é dominada pelos técnicos e engenheiros Brasileiros, entretanto, projetar e integrar um reator ao estreito casco de um submarino não é tarefa fácil e requer anos de pesquisa e desenvolvimento, basta dizer que no mundo inteiro somente 5 países detém esta tecnologia, EUA, França, Rússia, Inglaterra, China e mais recentemente a Índia que assim como o Brasil vem desenvolvendo à muitos anos um programa parecido porém sobre acessoria Russa.



A dificuldade está em conseguir embarcar um sistema complexo e garantir sua operação segura mediante condições extremas, tecnologias como esta não são dadas ou vendidas o conhecimento e detenção da capacidade de projetar construir e operar estes sistemas é considerado por exemplo como fator determinante para a consideração de um país no hall das nações consideradas Potências mundiais.



A Nossa Marinha está muito perto de conseguir tal feito, embora muitos passos ainda necessitem ser dados.



Nos centros de pesquisa da marinha é possível ver maquetes em escalas do que provavelmente será a planta geradora de energia nuclear dos futuros submarinos, porém a sua forma final e configuração são ainda objetos de muitos estudos.



Especula-se que esta será composta por uma planta propulsora constituída por reatores termo-nucleares do tipo PWR, resfriados por circuitos fechados (circuitos primários), constituídos de bomba, gerador de vapor e pressurizador.



Os geradores de vapor produzem vapor que trabalha em um circuito fechado (circuitos secundários), constituído de turbinas, condensadores e bombas.



As turbinas seriam projetadas e constituídas de tal forma a acionarem os geradores elétricos de bordo e ainda poderem acionar diretamente a linha de eixo de propulsão ou acionarem os geradores elétricos, cuja energia alimentaria um motor elétrico de propulsão.



Segundo algumas fontes o grupo propulsor proposto para o SNAC seria composto por dois reatores nucleares e duas turbinas capazes de produzirem 30 MW e 45.000 Hp.







Vale ressaltar que um dos grandes problemas enfrentados pelas embarcações movidas a energia nuclear é o fato da troca do combustível a ser efetuada num período definido.




Isto porque em média o ciclo de troca de combustível ocorre frequentemente de 8 em 8 anos, até onde pudemos apurar, somente os EUA e a Inglaterra detêm a tecnologia capaz de permitir que um submarino nuca precise de efetuar tal procedimento ao longo de sua vida útil, estimada entre 15 e 25 anos.



Este problema parece simples no entanto trazem consigo inúmeras conseqüências, seria de altíssima importância que o sistema de propulsão do nosso submarino pudesse ser concebido através de tecnologias as quais o permitissem operar por toda a sua vida útil estimada entre 15 e 20 anos, sem a necessidade de troca do combustível.



Isto daria maior índice de disponibilidades à frota e reduziria os altíssimos gastos decorrentes da necessidade das manutenções programadas.



Outro fator importante no desenvolvimento de um submarino é o do grupo propulsor (eixo e hélice) para se ter uma idéia o Hélice do navio é um dos segredos mais bem guardados dos projetos de submarinos, isto porque seu formato, número de pás, materiais e dimensão podem denunciar ao adversário informações valiosas a cerca da assinatura acústica característica de cada navio individualmente, não é incomum ver em fotos de lançamentos de novos submarinos os seus hélices recobertos por estruturas e ou tecidos de forma a impedir a sua observação.



É portanto imperativo também que a tecnologia e o know how necessário para o desenvolvimento de sistemas propulsores (Eixo e Hélices) seja absorvido por nossas indústrias de forma que a Marinha possa projetar e construir seus grupos propulsores independentemente de outras nações.




SISTEMAS DE ARMAS



ATAQUE NAVAL



Especula-se que a Marinha do Brasil esteja adquirindo os modernos torpedos Black Shark para equipar as suas futuras plataformas submarinas, é de se esperar portanto que este torpedo venha a ser a arma padrão da futura força de submarinos nucleares, dada a sua origem e adequação aos sistemas franceses que forçosamente farão parte do inventário desta futura força.



No entanto o Plano Brasil defende que é preciso buscar autonomia no desenvolvimento de armas e sistemas e neste sentido acreditamos que o desenvolvimento nacional de um torpedo seja ele baseado no Black shark ou em outro qualquer, seja objeto de pesquisa para a Nossa Marinha.



Sendo assim, os submarinos do Projeto KRAKEN seriam equipados com 4 tubos para o lançamento de 12 torpedos pesados TP-01 de 533 mm, 1.600 kg e 75 km de alcance (em breve no projeto CAVERNA DE VULCANO, Parte III, o TRIDENTE DE NETUNO).

Embraer acelera escolha de fornecedores para o KC-390

A Embraer e o Comando da Aeronáutica deram mais um passo, ontem, no programa de desenvolvimento da nova aeronave de transporte militar KC-390, com o início do processo de seleção dos fornecedores de três sistemas estratégicos: auto proteção, sistemas de missão e de reabastecimento em voo. Mais de 50 empresas estrangeiras interessadas em participar desse processo se reuniram, em São José dos Campos, no II Workshop de Offset (contrapartidas tecnológicas, industriais e comerciais) do Projeto da Aeronave KC-390.




No primeiro encontro, realizado em maio, foram iniciadas as negociações com os potenciais fornecedores de outros cinco sistemas considerados estratégicos: equipamentos aviônicos, motor, sistema de manuseio e lançamento de carga e trem de pouso. "A FAB participa junto com a Embraer da seleção dos fornecedores de oito sistemas principais do KC-390, que terão exigência de acordos de offset, pelo alto nível de tecnologia que agregam", explicou o diretor do KC-390 na Embraer, Paulo Gastão Silva.



O anúncio dos principais fornecedores do KC-390, segundo Gastão, deverá ser feito antes de maio de 2011, quando começa a fase de definições conjuntas do projeto, reunindo todos os parceiros e fornecedores. Algumas empresas brasileiras também já garantiram contratos importantes para o KC-390, mas tudo está sendo mantido em sigilo.



No caso dos motores da aeronave, a disputa envolve dois grandes consórcios: a CFM, uma joint venture entre a empresa americana General Electric (GE) e o grupo francês Safran e a IAE (International Aero Engine), joint venture entre a inglesa Rolls-Royce, a americana Pratt & Whitney, MTU da Alemanha e JAEC, do Japão. Para os sistemas de missão, reabastecimento em voo e de auto defesa do KC-390 , 14 empresas apresentaram ontem suas propostas no workshop, entre elas a BAE Systems, Indra, Sagem, Saab, Thales e Astronautics, entre outras.



Segundo informações divulgadas ontem pelo IFI (Instituto de Fomento e Coordenação Industrial), órgão vinculado ao DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), que auxilia a FAB nas negociações de acordos de offset, o projeto do KC-390 deverá gerar mais de 14 contratos de transferência de tecnologia com empresas estrangeiras selecionadas para participar do desenvolvimento.



Atualmente, de acordo com o IFI, os acordos de compensação em vigor no âmbito da Aeronáutica somam cerca de US$ 4,5 bilhões. Esse número não inclui os projetos futuros da Aeronáutica, como o desenvolvimento de veículos aéreos não tripulados (vants), radares, o substituto do Tucano e do Sucatão (Boeing 767), já em fase de estudos de viabilidade. O programa de aquisição de caças de combate F-X2, avaliado em R$ 10 bilhões, também prevê acordos de offset. O percentual exigido varia de 30% a 100% do valor do contrato, mas há casos em que os valores ficam acima disso.



No caso do F-X2, o governo brasileiro pretende divulgar antes do fim do ano o nome da empresa vencedora da licitação, que prevê a compra de 36 caças supersônicos. Segundo fonte ligada ao processo, o Ministério da Defesa trabalha agora com a possibilidade de anunciar o resultado em duas datas: ou no dia 23 de outubro (dia do aviador), caso não haja segundo turno das eleições presidenciais, ou durante a realização da quinta edição da Operação Cruzeiro do Sul (Cruzex), que acontecerá no período de 28 de outubro a 20 de novembro, na região Nordeste do país. A Cruzex é um exercício aéreo multinacional, que reúne as Forças Aéreas da Argentina, Brasil, Chile, Estados Unidos, França e meios simulados de força terrestre e força naval.

Discovery chega à plataforma de lançamento para última missão

O ônibus espacial Discovery chegou á plataforma de lançamento de onde partirá, em 1º de novembro, para sua última missão. A frota de ônibus espaciais dos EUA será aposentada em fevereiro do ano que vem.





Nave espacial da Boeing, estação espacial inflável





A viagem, de cerca de 6 km, entre o prédio de montagem, onde a nave foi ligada ao tanque externo de combustível e aos foguetes de combustível sólido, e a plataforma durou quase sete horas.



O Discovery fez sua primeira missão espacial em 1984, e é o mais velho dos três ônibus espaciais ainda ativos da Nasa. Sua última missão tem o nome oficial de STS-133.



A tripulação levará peças da a Estação Espacial Internacional (ISS), que precisará de uma ampla reserva de sobressalentes para se manter ativa até 2020, como prevê a nova política espacial dos EUA.

Ataque das forças internacionais mata pelo menos 20 talibãs no Afeganistão

Cabul, 22 set (EFE).- Pelo menos 20 supostos talibãs morreram em dois ataques da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) da Otan, no sul e no leste do Afeganistão, informou a organização nesta quarta-feira.




Seis supostos insurgentes faleceram nesta quarta em um bombardeio aéreo das forças afegãs e da Otan no vale de Arghandab, nas cercanias da cidade de Kandahar, capital do distrito homônimo, segundo comunicado da Isaf.



A organização disse que os talibãs atacaram as forças conjuntas com morteiros. Em resposta, houve um bombardeio de precisão, sem causar "vítimas civis" ou "qualquer outro dano", de acordo com a nota.



Em outro comunicado, a força da Aliança Atlântica informou sobre a morte de 14 insurgentes nesta terça-feira no distrito de Spira, situado na província oriental de Khost, fronteiriça com o Paquistão.



Segundo a Isaf, um grupo de talibãs atacou as forças afegãs e estrangeiras com armas curtas e granadas, e a resposta foi dada com fogo de morteiro após a determinação da posição dos insurgentes.



Os talibãs realizam frequentes ataques contra as tropas estrangeiras e afegãs em todo o território, especialmente no cinto sudeste do país, onde predomina a etnia pashtun.



A cada ano morrem milhares de pessoas no país, onde os insurgentes talibãs tentam derrubar o Governo afegão e expulsar as tropas estrangeiras desdobradas pelo território.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Ano de 2010 é o mais violento para os soldados no Afeganistão

Foto: AFP


Soldado americano em missão em Chahar Qolbah, no Afeganistão (10/09/2010)




Um total de 529 soldados estrangeiros morreram desde 1º de janeiro no Afeganistão, tornando 2010 o mais violento da guerra para as forças internacionais desde 2001, quando o regime da milícia islâmica do Taleban caiu após a invasão de uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.



Com um total de 521 soldados mortos, o ano de 2009 havia sido o mais sangrento para as forças estrangeiras, que enfrentam há três anos uma considerável intensificação da insurgência taleban.



A grande maioria das vítimas entre os soldados internacionais é de americanos, com 2.097 mortos em nove anos. Os soldados dos Estados Unidos representam atualmente mais de dois terços dos 150 mil oficiais da coalizão presentes no Afeganistão.



De 60 mortos em 2004, o balançou subiu para 131 mortos em 2005, 191 em 2006, 232 em 2007, 295 em 2008, antes do grande salto para 521 em 2009.



Queda de helicóptero



O recorde no número de mortes nos primeiros nove meses de 2010 foi atingido após nove soldados da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) da Organização do Atlântico Norte (Otan) terem morrido nesta terça-feira na queda de um helicóptero no sul do país.



A Isaf não informou o ponto exato da queda do aparelho, embora tenha indicado que não há "notícias sobre fogo inimigo na região", e anunciou a abertura de uma investigação para determinar a causa do incidente.



"Nove soldados da Isaf morreram no acidente de um helicóptero no sul do Afeganistão. Um soldado da Isaf, um soldado afegão e um civil americano ficaram levemente feridos. Nenhuma informação apontou tiros inimigos na zona, estamos investigando a causa do acidente", afirma um comunicado da Otan.



Pouco depois, no entanto, o Taleban anunciou que teriam derrubado um helicóptero da Otan nesta terça-feira. "Derrubamos um helicóptero das forças estrangeiras no distrito de Daychopan e matamos mais de dez soldados", declarou à AFP Yusus Ahmadi, porta-voz do grupo.



Oposição à guerra



Há pelo menos um ano, a opinião pública nos 40 países que compõem a Isaf, com os Estados Unidos à frente, tornou-se majoritariamente contrária ao envio de soldados ao que cada vez mais parece um atoleiro sangrento.



A situação fez com que alguns países retirassem ou anunciassem a retirada de seus soldados e levou o presidente americano, Barack Obama, a anunciar no início do ano que os primeiros militares do país começarão a deixar o território afegão em meados de 2011.



Mas analistas são unânimes em considerar que as forças afegãs precisarão de muitos anos para ter um número e formação suficiente para assumir o controle da segurança do país.

China planeja pisar pela primeira vez na Lua em 2025

Agências Internacionais - Efe e AP


PEQUIM - A China espera pisar pela primeira vez a Lua em 2025, assim como enviar sondas de prospecção a Marte em 2013 e a Vênus em 2015 e pôr no espaço seu primeiro módulo espacial não tripulado, o Tiangong-1, no próximo ano, informou nesta segunda-feira, 20, o jornal Global Times.





Cheng Min/XinhuaJovens chinesas veem luvas de astroanuta em exibição realizada em março deste anoVeja também:



China testa módulo de estação espacial para lançamento em 2011



Além disso, o novo satélite de prospecção lunar chinês, o Chang'e-2, será lançado antes do final do ano, anunciou Wu Weiren, o engenheiro chefe do Programa Chinês de Prospecção Lunar.



Trata-se de um projeto de prospecção robótica e missões tripuladas à Lua dirigido pela Administração Espacial Nacional Chinesa.



Além disso, o segundo satélite lunar realizará um teste de aterrissagem em vistas da preparação do lançamento do Chang'e-3, previsto para 2013.



Chang'e, o nome com o qual são batizados os satélites enviados à Lua pela China, refere-se a uma lenda chinesa segundo a qual uma deusa com esse nome habita a Lua.



O cientista Ouyang Ziyuan, membro deste projeto de satélites lunares, disse ao Global Times que se está planejando estabelecer uma estação espacial para 2020, baseada na tecnologia aeroespacial e no sucesso das futuras missões tripuladas.



O primeiro módulo espacial sem tripulação, o Tiangong-1 (que em mandarim significa "Palacio Celestial"), será lançado no próximo ano e nele se acoplarão outros lançamentos previstos no futuro, dentro do bem-sucedido programa Shenzhou, que em 2008 conseguiu realizar a primeira caminhada espacial com um astronauta chinês.



Pequim lançou sua primeira nave espacial tripulada, a Shenzhou 5, em 2003, tornando-se o terceiro país a dominar a tecnologia de enviar seres humanos ao espaço, atrás de Rússia e EUA.



No entanto, o clima de segredo e os laços militares do programa chinês vêm inibindo a colaboração com outras potências espaciais, incluindo a Estação Espacial Internacional (ISS).

Rússia vai reforçar suas pesquisas científicas no Ártico

A Rússia está intensificando seus esforços de pesquisa para dar apoio à reivindicação que faz de soberania sobre partes da plataforma continental do Oceano Ártico,disse a principal autoridade do Kremlin para a questão.






Artur Chilingarov disse a jornalistas que encabeçará uma expedição para lançar uma estação de pesquisas flutuante no Ártico, a fim de coligir dados para reforçar a reivindicação de territórios árticos pela Rússia.



Rússia, EUA, Canadá, Dinamarca e Noruega vêm tentando legitimar jurisdição sobre partes do Ártico, região que, acredita-se, pode guardar até 25% do gás e do petróleo ainda não descobertos do mundo.



A estação flutuante russa vai complementar um quebra-gelo e um navio de pesquisas que vêm atuando no Ártico pelos últimos dois meses, disse Chilingarov, o enviado da Presidência russa para cooperação no Ártico e Antártida.



Um cientista polar, Chilingarov liderou uma expedição de 2007 em que uma lata com a bandeira russa foi lançada no leito marinho do Polo Norte.



As nações do Ártico vêm se mostrando cada vez mais ansiosas para marcar suas reivindicações, à medida que o aquecimento polar faz diminuir a cobertura de gelo sobre o mar e libera os recursos do oceano e do subsolo marinho à exploração econômica.



Um documento assinado em 2008 pelo presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, afirma que a região polar será a "principal fonte de recursos estratégicos" para o país até 2020.



Rússia, Canadá e Dinamarca preparam-se para reivindicar, na ONU, a posse da Cordilheira Lomonosov, um conjunto de montanhas submarinas.