terça-feira, 31 de agosto de 2010

"É hora de virar a página", diz Obama sobre guerra do Iraque

Em cada etapa, homens e mulheres americanos em uniforme serviram com coragem e determinação. Como comandante-chefe, estou orgulhoso pelo seu serviço. Como todos os americanos, estou maravilhado pelo seu sacrifício, e pelo sacrifício de suas famílias", disse o presidente




Em seu dicurso de cerca de 20 minutos ainda, o presidente americano citou recentes operações que sinalizavam o fim das operações de combate no Iraque e lembrou que dar fim à guerra era uma de suas principais promessas de campanha, antes de ter sido eleito no fim de 2008.



"Anunciei um plano que levaria nossas brigadas de combate para fora do Iraque, enquanto duplicaríamos nossos esforços para dar solidez às Forças de Segurança do Iraque e apoio a seu governo e povo. É isso o que fizemos. Removemos cerca de 100 mil soldados do Iraque. Fechamos e transferimos centenas de bases para os iraquianos. E retiramos milhões de armamentos do Iraque", lembrou.



"Esta noite, anuncio que a missão de combate americana no Iraque acabou. A Operação Liberdade Iraquiana está terminada, e os iraquianos agora têm responsabilidade por sua segurança e pela segurança de seu país. Essa foi minha promessa ao povo americano como candidato a este posto”, enfatizou.



Ao lembrar que conversara com o ex-presidente George W. Bush, horas antes do pronunciamento, Obama evitou tecer duras críticas ao governo antecessor, mas lembrou de seus diferentes pontos de vista sobre a necessidade da invasão americana ao país do Oriente Médio.



“É bem sabido que ele e eu discordamos sobre o início da guerra. Apesar disso, ninguém poderia duvidar do apoio do presidente Bush a nossas tropas, ou do amor dele pelo país e seu comprometimento com nossa segurança. Como eu disse, houve patriotas que apoiaram esta guerra e patriotas que se opuseram a ela", concluiu.




Retirada pode ir contra interesses de EUA e Iraque

No pronunciamento feito no Salão Oval da Casa Branca reformado, o presidente americano também disse que os Estados Unidos estão aptos a aplicar mais recursos no Afeganistão devido à mudança no Iraque, e que o ritmo da retirada norte-americana naquele país dependerá das condições em terra, mas começará na data prevista, em julho de 2011.



"Como no Iraque, não podemos fazer pelo Afeganistão o que os afegãos têm de fazer por si mesmos", disse.



Contexto doméstico



Ao contextualizar o fim das operações no Iraque, Obama falou sobre a tarefa de colocar a economia americana nos eixos novamente e acabar com o desemprego. "Nesse momento, devemos combater os problemas internos como nossos homens e mulheres em uniforme fizeram na guerra", comparou.



"Hoje nossa tarefa mais urgente é restabelecer nossa economia e colocar os milhões de americanos que perderam seus empregos de volta ao trabalho. Para fortalecer nossa classe media, temos de dar a todas as crianças a educação que merecem, e a todos os trabalhadores as habilidades que necessitam para competir em uma economia global (...) Isso será difícil. Mas nos dias que estão por vir, deve ser nossa missão central enquanto povo, e minha responsabilidade central enquanto presidente”, alertou Obama.



A partir de quarta-feira, 1º de setembro, tem início a Operação Novo Amanhecer, período de transição que tem como objetivo estabilizar o país. Para a operação, ainda permanecem no Iraque cerca de 50 mil soldados americanos.



*Com Reuters

História da Nasa no Flickr

A Nasa colocou à disposição do público mais de meio século de história de uma base de fotografias na plataforma de internet Flickr e com isso espera que o público participe com seus comentários e suas lembranças.




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As fotos estarão disponíveis a partir desta segunda-feira,30, em uma galeria denominada “The Commons”.



Com esta iniciativa, a Nasa espera que antigos funcionários e aqueles que tenham visitado alguma vez as instalações da Nasa contribuam para elaborar uma memória comum.



Os usuários poderão acrescentar às imagens rótulos, palavras-chaves, identificar objetos e pessoas que reconheçam. Além disso, terão a oportunidade de conversar com outros visitantes e trocar comentários.



Para conseguir que esta iniciativa se tornasse realidade, a Nasa contou com a colaboração de Flickr do Yahoo, com sede em Sunnyvale (Califórnia) e a biblioteca digital internet Archive, uma organização sem fins lucrativos, com sede em São Francisco.



(EFE)

Furacão Earl atinge categoria 4

Earl avança sobre as Pequenas Antilhas. Foto: NOAA/Efe




MIAMI- O Earl se transformou nesta segunda-feira, 30, em um furacão de categoria 4 na escala Saffir-Simpson com ventos de até 215 km/h enquanto se desloca pelas águas do Caribe, informaram meteorologistas americanos.



De acordo com o boletim das 18h (horário de Brasília) do Centro Nacional de Furacões (NHC) dos EUA, o furacão ainda deve ganhar força.



Earl se desloca em direção oeste-noroeste a 24 km/h, mas deve fazer uma volta e ir rumo ao noroeste na terça-feira. Desta forma, o centro passaria, na noite de hoje, longe das Ilhas Virgens britânicas e dos Estados Unidos e amanhã ao leste de Turks e Caicos.



Uma previsão feita há cinco dias indicava que o Earl poderia afetar a costa leste dos Estados Unidos a partir da quinta-feira.



O NHC informou que foi emitido um aviso de tempestade tropical para Turks e Caicos e uma advertência para o sudeste das Bahamas.



Antígua e Barbuda e as ilhas Virgens britânicas substituíram o aviso de furacão por um de tempestade tropical, enquanto o restante das ilhas ao norte das Antilhas anulou os alertas.



Se mantém vigente um aviso de tempestade tropical para Porto Rico, incluindo as ilhas de Culebra e Vieques e para as ilhas Virgens americanas.



Enquanto isso, o furacão "Danielle" perdeu intensidade e virou uma tempestade tropical com ventos máximos de 110 km/h.



Na atual temporada, que começou no dia 1º de junho e termina no dia 30 de novembro, já se formaram cinco tempestades tropicais e três furacões.









segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Giro de estrelas

Em pleno deserto do Atacama do Chile, telescópio do Observatório Europeu capta imagem curiosa de estrelas


Estrelas parecem formar círculos nesta imagem tirada pelo Observatório Europeu Sul, baseado no Chile.




As estrelas parecem girar em torno do pólo sul nesta imagem tirada por telescópio do Observatório Europeu Sul, baseado no Chile. O céu sobre Paranal fornecer ótimas oportunidades de observação para os astrônomos. No observatório de Cerro Paranal, no Deserto de Atacama do Chile, um dos quatro telescópios do observatóriopode ser visto à direita, realizando sua tarefa noturna de olhar para o céu. O ambiente seco e a altitude de 2600 metros favorecem o trabalho dos astrônomos.

Ministro chinês de Defesa faz visita oficial ao Brasil

O ministro da Defesa da China, Liang Guanglie, partiu nesta segunda-feira em uma viagem oficial ao México, Colômbia e Brasil.




Segundo informou a agência oficial Xinhua, Liang, que é membro do Conselho de Estado (Executivo chinês), fará uma "visita oficial de boa vontade" pela América Latina.



Durante a viagem, o ministro terá encontros com o secretário de Defesa mexicano, Guillermo Galván, o ministro de Defesa colombiano, Rodrigo Rivera, e seu colega brasileiro Nelson Jobim.



A nota oficial evitou mencionar detalhes sobre a viagem. Liang Guanglie é o responsável do Exército de Libertação Popular (ELP), o mais numeroso no mundo.



O ELP conta com 2 milhões de soldados em suas fileiras e a força aérea possui mais de 400 mil soldados e 2.024 equipamentos aéreos, o que a situa como a maior potência da Ásia e a terceira do mundo, atrás dos EUA e da Rússia.

Mars Express registra nova imagem de "cratera" misteriosa de Marte

A ESA (agência espacial europeia) divulgou nesta sexta (27) uma nova imagem da enigmática cratera marciana Orcus Patera, obtida pela nave Mars Express.




ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum)



Orcus Patera é uma depressão elíptica misteriosa em Marte, localizada entre os vulcões Monte Elysium e Monte Olympus

As bordas da Orcus Patera atingem 1.800 metros acima das planícies encontradas nas redondezas, e o leito da depressão encontra-se entre 400 e 600 metros abaixo do nível dessas planícies.



Uma possibilidade é que a "cratera" tenha surgido devido ao impacto de um objeto que teria atingido Marte a partir de um ângulo pequeno em relação à horizontal, menor que 5 graus.

sábado, 28 de agosto de 2010

Corveta Barroso: A Aurora, o quase fim e o florecer de uma Fênix

Corveta Barroso: A aurora, o quase fim e o florecer de uma Fênix




Poucos navios construídos para a Marinha do Brasil tiveram uma evolução tão cheia de idas e voltas como a Corveta Barroso. A “Quinta Corveta” foi concebida como uma evolução natural das corvetas da classe Inhaúma, navios que deveriam dar uma partida definitiva no desenvolvimento da indústria naval militar no país e que por diversas razões, não atingiram todos os objetivos traçados no seu projeto. A Barroso nasceu durante o governo Itamar Franco e levou inacreditáveis 14 anos, e quatro mudanças de governo para finalmente ficar pronta e ser entregue à área operativa MB. A “Fênix”, como foi apelidada por seus tripulantes, calou a boca de seus críticos, e, neste ano, realizou sua primeira viagem ao exterior, para seis países na costa oeste da África. A Barroso tem agora fortes perspectivas de vir a se tornar um sucesso de exportação da nova indústria naval brasileira. Venha com ALIDE conhecer o árduo caminho que fez da “Inhaúma melhorada” a melhor perspectiva de exportação de navios militares da indústria nacional.Foi nestes exatos termos, que um dos oficiais da Corveta Barroso expressou a ALIDE o quanto, em sua opinião, as extensas melhorias de projeto aplicadas sobre o projeto básico as corvetas da Classe Inhaúma tinham conseguido corrigir as tão divulgadas limitações das suas predecessoras.




O árduo caminho até a Barroso: as Niteróis, as Inhaúmas e o ModFrag



Desde muito tempo a Marinha acredita que a única maneira do país ser verdadeiramente independente nos mares é que se projetem e construam os meios navais que serão usados por ela aqui mesmo no nosso país. Uma lição do quanto isso é importante foi o “Plano Naval de 1906”. Nesta ocasião compramos três grandes encouraçados, os navios mais modernos e poderosos da indústria britânica sem, no entanto, dispor dos meios, orçamentários, humanos e técnicos dentro do país, para operá-los e mantê-los adequadamente.



Apenas no final da década de 60 esta visão pode ser plenamente implementada com as seis fragatas da classe Niterói. Destes navios representaram, finalmente, a capacitação plena da Marinha do Brasil para o desenvolvimento (ainda que com grande apoio do estaleiro britânico Vosper Thornicroft) de navios de escolta que eram militarmente capazes e verdadeiramente modernos. Esta nova classe, mais do que qualquer coisa, interrompia o longo ciclo de compras de meios de segunda mão iniciados durante a Segunda Guerra Mundial. As Niterói introduziam muitas novidades como: Centros de Operações de Combate (COC) apoiados sobre sistemas digitais e lançavam mísseis antiaéreos e antinavios. Esta classe foi fruto da extensa modificação do modelo básico Mk21 da Vosper. Do total de seis unidades duas foram completamente fabricadas no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, reabrindo depois de décadas de ociosidade, a capacidade nacional de construção de navios de guerra de grande porte. A classe Niterói não foi além das seis unidades iniciais, mas, elas claramente pavimentaram o caminho para uma nova geração de navios de guerra, desta vez, completamente desenhadas no país, as corvetas da classe Inhaúma








 O casco do navio é sempre um dois itens mais críticos do projeto, e, na falta ainda do tanque de testes hidrodinâmicos eventualmente construído no COPPE-UFRJ, teve os testes de estabilidade do seu design de casco realizada na Alemanha pela firma MarineTechnik no tanque de flutuação. A despeito de toda esta consultoria internacional, justamente aí, residiu um dos maiores problemas deste novo projeto, o temperamental comportamento marinheiro das corvetas. Detalhes como a proa baixa, em conjunção com o grande peso do canhão de proa Vickers de calibre 4,5 polegadas, tornaram muito difícil o navio manter-se estável sob o efeito das ondas e do vento de través. A estabilidade longitudinal, o chamado ‘caturro’, tinha sido seriamente afetada gerando dificuldades para o tiro de canhão, para a operação de aeronaves e muito desconforto para a tripulação no mar pesado de alguns trechos da costa brasileira. Embora as Inhaúma oscilassem bastante, devido ao seu grande braço de endireitamento, elas não tinham a tendência a soçobrar, mas, sim, a se aprumarem sozinhas.




O Almirante Armando Vidigal, um dos mais importantes narradores da moderna história da MB, em seu livro “A Evolução do Pensamento Estratégico Naval Brasileiro”, de 2002, comentou que na sua opinião a decisão de se construir simultaneamente as quatro unidades da nova classe corveta Inhaúma, duas no AMRJ e duas no Estaleiro Verolme “não foi tecnicamente correta” já que isso impediu que a terceira e quarta corveta já fossem construídas com correções fruto das lições aprendidas com a operação dos dois primeiros navios.



O canhão Mk.8 da Vickers, por exemplo, foi escolhido para aumentar a comunalidade entre as corvetas e as fragatas da classe Niterói. Também nesta direção, as corvetas receberam o Sistema de Combate CAAIS 450 criado pela inglesa Ferranti, que era uma evolução do sistema CAAIS 400 empregado originalmente nas Niterói. O resto do armamento também reproduzia em parte as escolhas feitas para as Niterói uma década antes: os mísseis antinavio Exocet e torpedos Mk.46. Um grande diferencial era que enquanto as fragatas tinham sua defesa aérea de ponto usando mísseis SAM este armamento não foi incorporado nas corvetas, relegando essa função à questionável eficiência nos tempos atuais de canhões de 40mm.


A década de 90 foi a década das Inhaúma. Entrando em operação estes navios viraram o orgulho da frota e cumpriram inúmeras comissões para portos no exterior. Não era raro estes navios realizarem mais de 150 dias de mar por ano neste período. A despeito de sua grande semelhança filosófica com as Niterói, com a aposentadoria de diversos dos contratorpedeiros americanos velhos em serviço no Brasil as corvetas acabaram sendo submetidas à “Força de Contratorpedeiros”, e não a de Fragatas como seria de se esperar. Disso nasceu uma segunda classe de problemas das Inhaúma a quebra do seu paradigma de manutenção baseada em um time externo e comum de manutenção para compensar a grande redução de pessoal quando comparado com o projeto anterior das Niterói. Para a comunidade dos militares criados e acostumados aos rústicos e robustos contratorpedeiros da Segunda Guerra Mundial, as corvetas pareciam ser muito “sensíveis” e cheias de exigências incompreensíveis para eles. Essa colisão cultural foi raiz de muitos dos problemas posteriores da classe Inhaúma.




Entre a construção da última Inhaúma e a Corveta Barroso ocorreu o programa ModFrag que deu um novo fôlego à frota de Fragatas Niterói. Os seis navios desta classe passaram pelo Arsenal de Marinha para uma grande modernização, receberam o sistema Siconta, desenvolvido totalmente no Brasil e novos radares atualizados. Para a defesa anti aérea, mísseis italianos Aspide foram colocados no lugar dos obsoletos sistemas Sea Cat. Naturalmente, muito da tecnologia desenvolvida para o ModFrag acabou sendo re-aproveitada na conclusão da quinta corveta.


Lançador triplo de torpedos da empresa ARES









Os problemas identificados nas Inhaúma




As corvetas deveriam ser um navio de combate bem mais barato de se adquirir do que as fragatas da Classe Niterói, porém, contanto com quase o mesmo poder de fogo destas (Exocet e torpedos Mk 46) montados num casco menor. Elas seriam, essencialmente, “fragatas em um casco de Navio Patrulha Oceânico”, o que consequentemente obrigava usar uma tripulação significativamente menor do que as Niterói.

lançador Exocet

A parte da fragata demandava um grande número de horas de manutenção pela tripulação o que era incompatível com o número de horas-homem disponíveis para sua realização. Em 1992 foi implementada uma solução de contorno, ao exemplo do que se tem na força de submarinos foi criado um Grupo de Manutenção de Apoio (GruMApo) que seria comporto por praças e que se dedicariam a completar a tripulação da Corveta durante seus períodos em terra. O GruMApo, infelizmente durou pouco, tendo sido debandado poucos anos depois de criado. A pequena tripulação das corvetas gerou um programa de manutenção novo onde a cada três meses de período operativo, se previa um de período de manutenção em terra. Isso era um sistema muito peculiar e único e logo surgiram as mais diversas pressões para que as corvetas adotassem um sistema de manutenção mais próximo do resto da frota de escoltas, mas isso não tinha como ser feito e acabou solapando todo o esforço de manutenção da nova classe. O primeiro PMG, Período de Manutenção Geral que deveria ter ocorrido poucos anos após a entrada de serviço da Inhaúma só se deu aos 17 anos.



Nasce a quinta corvetaA contribuição da indústria nacional




Logo nos primeiros anos de operação a Marinha chamou os tripulantes das novas corvetas para darem feed-back detalhado sobre o design,características operacionais e desempenho de seus navios. Foi deste ‘Raio X’, publicado em 2002, que saíram as principais recomendações para o reprojeto das Inhaúma que algum tempo depois viria a produzir a Corveta Barroso. Nas palavras de seu comandante, CF Valicente: “o casco da Barroso é basicamente um casco de Inhaúma `jumborizado`. A linha da proa foi completamente redesenhada e elevada para corrigir a tendência de entrada de água da Inhaúma. Duas novas seções de casco foram inseridas, a vante e a ré, produzindo um novo navio com um comprimento 7,6 metros maior. Ao mesmo tempo, o formato da superestrutura foi revisto, reduzindo sua altura total de 30 metros para apenas 20 metros, fato que naturalmente gerou resultados claros no tamanho da seção reta-radar do nosso navio. O deslocamento maior (cerca de 400 toneladas a mais) aumentou um pouco nosso calado de e 5,30m para 5,70m, enquanto a boca moldada permaneceu constante nos 11,4 metros.”



O design da superestrutura das Inhaúma inclui dois característicos chanfros laterais, um em cada bordo. Esse formato peculiar faz com que o passadiço das Inhaúma seja bem mais estreito do que o que foi colocado na Barroso. Essa ampliação do espaço interno se percebe também, claramente, em todos os conveses da superestrutura, permitindo a adição de uma câmara para o Almirante da Força atrás do passadiço e uma ampliação na Praça d`Armas logo abaixo, no convés 01. A superestrutura da Barroso de vante onde fica o passadiço é toda feita em aço. Para diminuir a altura do centro de gravidade, hangar e toda a superestrutura de ré são construídos em alumínio. O característico mastro de treliça das Inhaúma foi inteiramente substituído por outro mastro bem menor, sustentando os vários sensores do MAGE Defensor. No modelo anterior, parte do mastro se projetava adiante da antena do radar do navio, gerando uma perda de desempenho, na nova Barroso, isso foi devidamente corrigido. O novo mastro colocou a antena do radar RAN-20S na exata mesma altura que ela fica nas Niterói ModFrag.








Com a decisão de se retomar a construção da Barroso o projeto dos seus sistemas foi devidamente atualizado para receber o mesmo conjunto de sensores das Niterói modernizadas (ModFrag). Isto envolvia uma versão ainda mais avançada do Siconta, o Mk3, no local do CAAIS 450 inicialmente previsto. Sendo este um navio cem por cento novo, o grau de automação implementado foi muito melhorado em relação às fragatas modernizadas.



A Barroso recebeu o novo Sistema de Medidas de Apoio a Guerra Eletrônica “Defensor” e o Sistema de Controle e Monitoração (SCM) desenvolvidos integralmente pelo Instituto de Pesquisa da Marinha (IPqM). O SCM é composto, na Barroso, por três subsistemas independentes, o SCMPA, que controla e monitora toda a operação dos motores, turbina e máquinas auxiliares, o SCAv – Subsistema de Controle de Avaria e do Subsistema Manual Remoto que permite à tripulação operar a propulsão do passadiço ou desde qualquer um dos consoles remotos do SCM.Entre o Centro de Controle de máquinas e os sistemas monitorados o SCM usar uma rede dedicada de fibra ótica para trafegar seu sinal. O SCAv recebe continuamente informações de centenas de sensores variados espalhados por todo o navio. São medidos fumaça, fogo, inundação, abertura e fechamento de portas, etc. Os fios que saem dos sensores são consolidados em 38 caixas coletoras de dados espalhadas por todo o navio, conectando-se em seguida o processador do sistema no Centro de Controle de Máquinas (CC M) via fios de fibra ótica.


For Export”




A entrega do NPa de 200 toneladas “Brendan Simbwaye” para a Marinha da Namíbia reenfatizou a disposição do Brasil de voltar a ser um país desenvolvedor, construtor e exportador de navios de guerra. A Emgepron está bem no centro do planejamento desta primeira viagem da Barroso ao exterior. Os países visitados, todos são candidatos a comprar navios brasileiro, sejam eles NPas de 200, 500 ou até mesmo uma Corveta da classe da Barroso. Os “prospects” mais quentes atualmente para a aquisição de pelo menos uma unidade da Barroso, são as marinhas de Gana e da Guiné Equatorial. Na Ásia, como se comenta informalmente, o cliente de maior potencial seria a Marinha do Paquistão, que, muito em breve, precisará aposentar muitos de seus meios navais comprados usados dos EUA e do Reino Unido.



Conclusão



Em agosto de 2010, ao voltar do que o Comandante da Marinha chamou de seu “périplo africano”, a Barroso passará pela sua primeira Avaliação Operacional das mãos da Esquadra. Apenas após isso completado a Marinha terá subsídios para tomar a decisão de autorizar uma nova leva de corvetas da Classe Barroso. O próprio Comandante da Marinha adiantou para ALIDE que, como os CTs Gearing e Sumner sofreram profundas mudanças em seu projeto (FRAM II, FRAM III...) as novas corvetas da classe Barroso deverão ser concluídas num padrão modernizado/atualizado. Devem ainda receber um design exterior mais contemporâneo, com maior ênfase na baixa refletividade radar, o conhecido e cada dia mais popular conceito “Stealth”.



Aguardemos, então, a conclusão da Avaliação Operacional.