sábado, 22 de maio de 2010

Em maio de 2010, a 16ª Brigada de Infantaria de Selva “Brigada das Missões”, realiza a Operação Curare II – 2010 no estado do Amazonas, nas regiões de fronteira com a Colômbia e o Peru. Nessa oportunidade o Exército Brasileiro cumpre seu dever legal previsto na Constituição Federal e nas Leis Complementares 97/1999 e 117/2004.




Normalmente as operações militares recebem denominações com termos típicos da região. Neste caso, o vocábulo “curare” faz referência a compostos químicos orgânicos conhecidos como venenos de flecha, extraídos da casca de certos cipós de plantas encontradas na América do Sul. Possuem intensa e letal ação paralisante, embora sejam utilizados medicinalmente como relaxante muscular ou anestésico.





A Operação Curare II – 2010 tem a finalidade de intensificar a presença das Forças Armadas junto à faixa de fronteira oeste, reprimindo os delitos transfronteiriços e ambientais, além de reforçar, junto à população regional, o sentimento de nacionalismo e de defesa da Pátria.





Durante a operação, será intensificada a vigilância na faixa de fronteira no estado do Amazonas, por meio de patrulhamentos terrestres, aéreos e fluviais. Também serão estabelecidos postos de bloqueio fluviais na calha dos rios para a realização de revistas em embarcações. A zona de atuação compreende a faixa de fronteira que se estende da cachoeira do Machado, ao norte, até a foz do rio Breu, ao sul. A área de responsabilidade da 16ª Brigada de Infantaria de selva é 4,4 vezes maior que a Inglaterra.





Participam da operação cerca de 582 militares do Exército Brasileiro, que realizarão ações táticas como patrulhas a pé, aeromóveis e fluviais, operações especiais, assim como atividades logísticas e de comunicações.





A Operação Curare II – 2010 conta com a participação de órgãos de segurança, como a Polícia Federal e o IBAMA. Esse suporte proporciona maior eficiência e rapidez nas ações de repressão, fiscalização e apoio à população.





Concomitante às ações de patrulhamento e fiscalização, estão sendo desenvolvidas ações de caráter cívico-social, como atendimento médico e odontológico, apresentação de banda de música militar, entre outras. Tais atividades visam proporcionar melhores condições de vida aos cidadãos residentes naquelas localidades.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

A guerra na Amazônia, alem de ser algo totalmente diferente, exige armas especificas e táticas especiais. O Brasil já parte de um ponto superior pois temos soldados bem treinados, talvez os melhores do mundo, para a guerra deste tipo, a guerra na Amazônia inclui: brasil declra guerra a narco trafico



• Táticas de infantaria especiais alem de sobrevivência na selva.

• Uso de helicópteros na guerra e no transporte visto que outros veículos não são capazes de adentrar pela floresta.

• Uso de veículos não tripulados para ataque e vigilância, visto que a floresta é muito grande para ser vigiada por veículos tripulados.

• Uso de armas pequenas e confiáveis, visto que a floresta é muito húmida, chuvosa e com condições extremas.



Um dos ambientes mais extremos que uma pessoa pode enfrenta, não é o deserto a 45 graus Celsius, também não é o gelo a 30 graus negativos, muito menos um ambiente urbano fechado como uma favela, mais sim a floresta tropical fachada, um mar verde húmido com todo o tipo de perigo e dificuldade que podemos enfrenta. Em uma floresta tropical, há centenas de lugares para se esconder, é praticamente impossível imaginar de onde o seu inimigo atacara, os esconderijos pode se localizar nos buracos abundantes, no alto de uma árvore ou simplesmente parado no meio da mata fechada.

Onças, piranhas, vermes e insetos venenosos pode fazer um simples soldado incapaz e dois dias. Apesar da chuva constante, uma das maior dificuldade será encontrar água que possa ser bebida, depois será a dificuldade de se localizar visto que na maioria das vezes o horizonte não e visível. Podemos ficar durante um longo tempo descrevendo como a guerra na Amazônia e difícil, mais eu gostaria de chegar o quão importante é o soldado nestas condições contar com os equipamentos corretos, e os melhores meios para que possam ser vitoriosos.

Defender nosso patrimônio verde é difícil, mais se alguém pode fazer isto, serão nossos soldados, e alem de qualquer arma, não importa o quanto mais avançada seja, no final o que importa é o treinamento a eles servindo

quarta-feira, 19 de maio de 2010

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, fez novamente o pedido à Grã Bretanha para que sejam reabertas as negociações sobre a soberania das Ilhas Malvinas (Falklands, para os britânicos) em discurso nesta terça-feira em Madri, na Espanha.




"Por favor, retomemos nossas negociações em relação à soberania das Malvinas, como determina a resolução das Nações Unidas, de 1965, que continua em vigor", disse a presidente.



Suas palavras foram ditas durante a reunião da União Europeia e os países da América Latina e Caribe, na capital espanhola.



Mas o novo governo britânico de David Cameron já respondeu que a soberania do arquipélago no Atlântico Sul não está em discussão.



Grã-Bretanha



Pouco depois do discurso de Kirchner, o secretário de Estado da Grã Bretanha para a América Latina, Jeremy Browne, disse em um comunicado que não existem dúvidas de que a soberania é britânica.



"Não temos nenhuma dúvida sobre a soberania das Ilhas Malvinas. É aplicado o princípio de autodeterminação definido na Carta das Nações Unidas", disse.



A autoridade britânica destacou ainda que esta negociação existirá "somente se até os moradores das Falklands assim desejarem".



Browne recordou que no Tratado de Lisboa, de 2009, a União Europeia reafirma que as ilhas são "território britânico".



Direito internacional



Em entrevista em Madri, quando perguntada sobre as afirmações do governo inglês, a presidente argentina disse que "todos os países devem estar sujeitos às resoluções das Nações Unidas".



"Todos somos sujeitos ao direito internacional. A Grã Bretanha se nega ao diálogo. É um mau exemplo ao multilateralismo. Por que querer sustentar a soberania a quilômetros de distância? Isso é difícil até geograficamente. E, além disso, se apoderar de recursos naturais", acrescentou.



Há cerca de quinze dias, a petroleira britânica Rockhoopper Exploration informou ter encontrado petróleo de "boa qualidade" nas Malvinas.



Foi a primeira vez, segundo especialistas, que o combustível de qualidade foi localizado naquela região que foi motivo de uma guerra em 1982 entre a Argentina e Grã Bretanha que acabou na derrota dos argentinos.



Opiniões



O ex-vice ministro das Relações Exteriores argentino, Andrés Cisneros, disse à BBCBrasil que a Argentina não deveria limitar esta discussão à soberania das Ilhas.



Para ele, esta linha de defesa do arquipélago, iniciada pelo ex-presidente Nestor Kirchner (2003-2008) e mantida pela atual presidente, "é um fracasso".



"Limitar essa discussão à soberania é uma política de fracasso. Devemos entender que é preciso recuperar o diálogo, primeiro. Para isso, precisamos buscar outros temas de discussão como os recursos naturais", afirmou.



Segundo ele, a Argentina deveria tentar se aliar a Grã Bretanha na exploração de petróleo, já que esta operação sairia mais barata se as petroleiras tivessem apoio da costa argentina.



Na opinião de Cisneros, já era esperado que o governo de Cameron mantivesse a mesma postura do governo do ex-primeiro-ministro Gordon Brown, que era a mesma de décadas anteriores, a de não se discutir a soberania.



No entanto, a analista política Graciela Romer acredita que esse é um assunto que envolve o "sentimento" dos argentinos, não importando qual o caminho adotado pelo governo para definir a situação.



"Todos sabemos que as ilhas são argentinas", afirmou.

F-22 Raptor




Em junho de 2008, a Marinha dos EUA publicou algumas imagens conceito para o requerimento F/A-XX, que incluia versões tripuladas e não-tripuladas. Mais recentemente o requerimento foi renomeado para NGAD (next generation air dominance), buscando ampliar as possibilidades de uso das novas aeronaves, inclusive para versões operadas a partir de bases aéreas.


Uma versão em escala do NGAD da Boeing. (Foto: The DEW Line)

Um requerimento naval foi enviado como um documento de capacidade inicial para o Conselho de Análise de Requerimentos Conjuntos para aprovação. Uma análise das alternativas é esperado para começar no final de 2011, a qual poderia iniciar a fase da demonstração de tecnologia com dois protótipos rivais em cerca de dois anos depois. Os concorrentes da Boeing deverão também incluir as duas versões, tripuladas e não-tripuladas.


Outra imagem do conceito apresentado pela Boeing para um substituto do F/A-18 Super Hornet. (Foto: Boeing)

Para a Boeing, o NGAD representa uma estratégica oportunidade de reentrar no mercado norte-americano de aeronaves de ataque da próxima geração, o qual achava que estava perdido para sempre após a Lockheed Martin ter vencido o contrato para o Joint Strike Fighter em 2001.


Como resultado, os membros da Boeing estão focando na U.S. Navy num substituto para o Super Hornet que ainda permanecerá na ativa por pelo menos 15 anos. A empresa entende que seu potencial cliente precisa de um substituto com um motor com mais potência para velocidades supercruzeiro, com baixa reflexão radar (stealth) através de compartimentos de armas internas, sensores distribuídos e ter extrema agilidade.

“Seria um
F-22 Raptor no porta-aviões,” disse Thieman.


Enquanto isso, a U.S. Air Force (Força Aérea dos EUA) lançou um estudo antecipado para análise das capacidades básicas para um substituto do F-22. Assim como o Super Hornet, o caça da USAF permance em produção, mas a USAF espera substituir ele após 2025.


Se uma verba para o programa de substituição for conseguida, é provável que seja feita uma pressão para lançar um demonstrador de tecnologia conjunto, onde a força aérea e a marinha possam cooperar num novo caça de superioridade aérea no futuro.

LULA HOMEM DO ANO -2010
Um alto representante da China na Organização das Nações Unidas (ONU) disse que a resolução do Conselho de Segurança prevendo mais sanções contra o Irã "não fecha as portas" para a diplomacia em torno do programa nuclear iraniano.




O embaixador chinês na organização, Li Badong, disse que seu país apoia a resolução, patrocinada pelos Estados Unidos, mas somente com a condição de que o uso da força não seja contemplado como saída para resolver o impasse, e dentro do respeito ao direito de outros países de manter relações econômicas com Teerã.



"Acreditamos que fazer circular este rascunho (da resolução) não significa que as portas para a diplomacia estão fechadas. E acreditamos que o diálogo, a diplomacia e as negociações são a melhor maneira de lidar com a questão iraniana", afirmou Li na terça-feira, na sede da ONU, em Nova York.



A declaração foi dada no mesmo dia em que, segundo um comunicado do governo russo, o ministro do Exterior daquele país, Sergei Lavrov, conversou por telefone com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, defendendo uma análise mais aprofundada do acordo mediado por Brasil e Turquia com o Irã.



China e a Rússia, países que tradicionalmente se opõem a sanções contra Teerã, concordaram com as medidas, embora diplomatas tenham frisado que o texto em debate, de dez páginas, foi diluído tanto pelos representantes chineses quanto russos.



Citando fontes da diplomacia chinesa, a agência de notícias oficial Xinhua afirmou que a concordância da China em discutir a minuta de uma resolução de novas sanções tem a ver com o fato de que "desde o início das negociações a China insistiu firmemente na sua posição de que o Irã deve permanecer um país livre de armas nucleares".



Enriquecimento



O acordo mediado pelo Brasil e a Turquia prevê a troca de 1.200 kg de urânio iraniano enriquecido a baixos níveis (3,5%) por 120 kg de material enriquecido o suficiente para ser usado em combustível (20%).



Sanções contra o Irã
uranio



Pontos principais:



•Inspeção de navios suspeitos de transportar carga relacionada ao programa nuclear ou ao programa de mísseis do Irã

•Proibição da venda de armamento pesado ao Irã, incluindo helicópteros, tanques, mísseis e navios de guerra

•Proibição da abertura de novas filiais, subsidiárias ou escritórios de representação de bancos iranianos em caso de suspeita de ligações com atividades de proliferação nuclear

•Vigilância mais rigorosa das transações desses bancos para evitar que contribuam para atividades nucleares

•Proibição de viagens e congelamento de bens de indivíduos ou empresas suspeitos de ligação com o programa nuclear do Irã, como membros da Guarda Revolucionária do país

Entretanto o acordo não contém mecanismos para evitar que o próprio Irã continue enriquecendo urânio – algo que a ONU proibiu expressamente ao país –, alimentando as suspeitas de que o país possa estar avançando em um programa de construção de armas nucleares, o que é negado pelo Irã.



Ao anunciar a proposição do texto, Hillary Clinton disse que reconhece os "esforços sinceros de Turquia e Brasil para encontrar uma solução" para a questão nuclear iraniana, mas argumentou que as sanções vão "enviar uma mensagem clara a respeito do que esperamos do Irã".



As dez páginas da minuta da resolução foram apresentadas na terça-feira aos 15 membros permanentes e rotativos do Conselho de Segurança, que se reuniram a portas fechadas.



A correspondente da BBC na ONU, Barbara Plett, disse que a resolução tinha sido negociada "a duras penas" com o chamado grupo P5 + 1 (os cinco países com poder de veto no Conselho – EUA, Grã-Bretanha, França, Rússia e China – e a Alemanha).



Na terça-feira, segundo o governo russo, o ministro do Exterior do país confirmou o seu apoio à resolução, mas defendeu uma "análise completa" do acordo mediado por Brasil e Turquia.



Em comunicado, o ministério diz que Sergei Lavrov reiterou em uma conversa telefônica com Clinton que "a iniciativa de Brasil e Turquia pode contribuir para criar um clima favorável para a retomada dos esforços diplomáticos".



Em Brasília, o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, se queixou de que as potências nucleares no Conselho de Segurança não deram sequer "um mínimo de tempo" para examinar o entendimento anunciado com o Irã no dia anterior.



"Se no dia seguinte à assinatura de um acordo sanções já são apresentadas, isso quer dizer que a espera era por protocolo", disse Amorim. "Pedimos um mínimo de tempo para a análise."



Proposta



A proposta, uma quarta leva de sanções que ampliam medidas já adotadas durante o anterior governo republicano na Casa Branca, prevê um endurecimento das restrições bancárias contra o Irã, a expansão de um embargo da venda de armas ao país e a proibição de investimentos iranianos em atividades nucleares no exterior.



Entretanto, os diplomatas chineses que falaram à Xinhua mencionaram que a nova rodada de sanções não deverá afetar a vida dos cidadãos iranianos nem os países que mantêm relações "legítimas" com o Irã, e nem minar a estabilidade da região.





Amorim se queixou de que potências ignoraram acordo com Irã

"Os países que mantêm relações econômicas e comerciais regulares e legítimas com Irã não podem ser punidos por conta da questão nuclear iraniana", disse à agência o porta-voz da diplomacia chinesa.



"Acreditamos que os princípios mencionados estão contidos na minuta da resolução, e portanto a condição é madura para a circulação do rascunho entre todos os membros do Conselho."



O diplomata disse que o texto deve ser agora discutido "com tempo" entre os países membros do órgão de segurança das Nações Unidas.



"Será um período para os membros do Conselho acumularem consenso através de novos esforços diplomáticos."



Diplomatas esperam que a resolução seja votada pelo Conselho de Segurança apenas em junho. Entretanto, ressaltou a correspondente da BBC na ONU, não é claro nem previsível que a medida angarie o consenso de todos os membros – permanentes e rotativos – do Conselho, uma lista que incluiria o Brasil e a Turquia.



Na terça-feira, a embaixadora do Brasil na ONU, Maria Luiza Ribeiro Viotti, disse que o Brasil não participará das discussões a respeito das sanções contra o Irã, porque o acordo representa "um fato novo" na equação.
PARABENS LULA -O SENHOR MOSTROU PARA O MUNDO QUE È UM PATRÌOTA

terça-feira, 18 de maio de 2010

O embargo à venda de componentes eletrônicos de aplicação espacial, imposto à China pelos Estados Unidos, atrasou o desenvolvimento do satélite Cbers-3, uma produção binacional
entre Brasil e China. O lançamento está previsto para o segundo semestre de 2011, mas o fim das operações do satélite anterior Cbers-2, que terminou sua vida útil no espaço, deixou o Brasil sem um substituto imediato para seu principal instrumento de produção de imagens do território nacional. O Cbers-2b era usado, principalmente, para monitorar o desmatamento na Amazônia.




O vazio de imagens deixado pelo Cbers-2B está sendo compensado com o uso dos satélites americanos Terra/Modis e Landsat-5, e do indiano Resourcesat. “Existe uma restrição dos americanos ao projeto do satélite (do Brasil) com a China, e por isso eles dificultam a venda de componentes ao Brasil”, diz César Ghizoni, diretor-presidente da Equatorial, uma das fornecedoras do programa Cbers.

“Isso mostra a importância de o país ter uma estrutura para qualificar componentes de aplicação espacial.”

A restrição à venda desses componentes ocorre porque o governo dos Estados Unidos acredita que a China não segue as normas do International Traffic in Armas Regulations (Itar), afirma o coordenador do projeto no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Cartaxo. Segundo o coordenador, os EUA temem que a China faça uma aplicação militar do programa Cbers e, por isso, restringem a venda de componentes espaciais para institutos e indústrias brasileiras envolvidas no projeto.

A Equatorial desenvolveu uma câmera especial que equipará o terceiro satélite da série Cbers.



Porém, foi atingida pela restrição dos americanos. Os componentes eletrônicos que equipam a câmera são especificados e comprados pelo Inpe e integrados no equipamento pela Equatorial. O Inpe realiza a compra dos componentes por meio de empresas qualificadas na Europa e nos EUA.

Segundo o diretor-presidente da Equatorial (que tem como parceiro estratégico o grupo europeu EADS, controlador da Astrium, maior fabricante de satélites do mundo), a existência de laboratórios de testes de resistência à radiação como o do IEAv, é um passo fundamental para o Brasil conquistar a sua independência no desenvolvimento do seu programa espacial.

Com quatro contratos de fornecimento de equipamentos para o Cbers-3, a empresa Omnisys também pretende utilizar os laboratórios do IEAv para testar a blindagem à radiação que desenvolveu para alguns dos componentes que produz para o Inpe. “Não conseguimos comprar os componentes com os níveis de radiação exigidos para o ambiente espacial e por isso vamos usar os recursos do IEAv para resolver esse problema”, explica um dos diretores da empresa, Jorge Ohashi.



Um dos componentes relacionados pelo executivo é um transistor de potência que seria usado no transmissor de dados das câmeras do Cbers, mas teve que ser substituído por válvulas do tipo TWTA (Traveling Wave Tube Amplifier), adquiridas posteriormente de um fornecedor francês. “Isso causou um impacto considerável no projeto do Cbers-3, porque fomos obrigados a mudar todo o conceito de desenvolvimento do sistema”, comentou. Para o coordenador do programa no Inpe, uma das alternativas que vem sendo estudadas para superar esse tipo de obstáculo é a compra de componentes de uso comercial, menos sujeita a controle e embargos: “A situação de embargo hoje é mais crítica e os testes de resistência à radiação são importantes para que possamos utilizar um maior número de componentes comerciais, comprados no mercado de fornecedores confiáveis e depois qualificados em nossos próprios laboratórios”.

Segundo o diretor do Cbers, como o programa espacial brasileiro não produz nada em grande escala, o ideal seria ter uma linha de produção pequena para componentes mais simples, como resistores e capacitores, pois a montagem de uma infra-estrutura para todos os componentes de um satélite seria inviável pelo alto custo e nível de complexidade.

O Inpe dispõe de um Laboratório de Integração e Testes (LIT), único no hemisfério Sul

capacitado para fazer testes com qualificação espacial e militar. O laboratório realiza testes de vibração e choque, vácuo, temperatura e umidade, interferência e compatibilidade eletromagnética de satélites, de seus subsistemas e de cargas úteis para operação no espaço.

As indústrias automobilística e de telecomunicações são as principais usuárias do laboratório do Inpe, com a realização de testes de interferência eletromagnética em telefones celulares e antenas e na eletrônica embarcada dos veículos.

(VS).


Comentário Panorama Espacial: O título da matéria deveria ser: A Incompetência Governamental Atrasa Lançamentos de Satélites. Sete anos de governo LULA e não obtivemos nenhum avanço significativo nessa área. O problema com o ITAR não é de agora leitor, diversos exemplos ocorreram antes mesmo do governo LULA (inclusive no Programa CBERS) e a verdade é que nada foi feito nem antes e nem nos sete anos desse governo para pelo menos amenizar este problema. É muito fácil ficar jogando a culpa nos outros para esconder a nossa incompetência. Os componentes são americanos e eles vendem a quem eles acharem que devem vender, ponto. Cabe a nós buscar soluções para os nossos problemas e não ficar culpando os outros por adotarem regras para venda de componentes desenvolvidos por eles, afinal quem produz é que dita às regras. Tome como exemplo a CHINA, que apesar do embargo americano está com seu programa espacial em franco desenvolvimento. Um verdadeiro “Melô do Chororô”. Lamentável.

Ainda querem F 18 Super Hornet e Motores Norte Americanos?NÀO MAÌS

segunda-feira, 17 de maio de 2010

-- A Marinha do Brasil pretende licitar entre o final deste ano e o próximo a construção de 18 navios escolta no valor de 500 milhões de euros
competição de 9 bilhões de euros e cuja exigência de conteúdo nacional será menor do que a habitual.




“São navios muito complexos, é difícil atingir o índice de nacionalização de outras embarcações por causa das armas”, explicou o contra-almirante Francisco Deiana durante apresentação em seminário do setor naval na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).



Os navios deverão ser construídos no Brasil em associação com um estaleiro projetista internacional, informou o militar, prevendo o prazo de 5 anos para a construção.



Destinados à proteção da costa, possivelmente na região do pré-sal da bacia de Santos, onde estão localizadas reservas de petróleo que podem mais que dobrar as atuais reservas brasileiras, os navios escolta terão que ter no mínimo 40 por cento de conteúdo nacional, um índice baixo se comparado aos exigidos em programas da Petrobras e suas subsidiárias, em torno dos 70 por cento.



“O modelo estratégico é ter um projeto já consagrado que seja adaptado para a nossa realidade e construído no Brasil”, disse o militar, citando França, Itália e Alemanha como possíveis países que disputariam a encomenda.



“São países que possuem projetos semelhantes e já fizeram apresentação para nós, mas não temos preferência”, se apressou em esclarecer antecipando uma possível polêmica que pode surgir nessa compra a exemplo do que ocorreu com a licitação de caças pelo governo brasileiro.



Ele admitiu no entanto que a decisão da compra, assim como no caso dos caças, deverá obedecer às lógicas estratégica e política do governo.



“A Marinha emite o parecer técnico, mas existem outros componentes estratégicos e políticos”, afirmou.



A licitação faz parte de um plano maior de modernização da frota da Marinha brasileira, já iniciada e que soma ao todo investimentos entre 70 e 80 bilhões de euros nos próximos 20 anos, segundo Deiana.



A primeira iniciativa foi a parceria estratégica com o governo francês em 2008 para construção de quatro submarinos diesel-elétricos convencionais e o primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear, com transferência de tecnologia.



A pedra fundamental do estaleiro em Itaguaí, no Estado do Rio de Janeiro para construir o submarino nuclear será lançada em junho, segundo Deiana, em cerimônia com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.



Deiana informou ainda que o terceiro lote da licitação de 27 navios patrulha de 500 toneladas, no valor de 80 milhões de reais cada, será feita ao longo deste ano para mais 4 ou 6 unidades. O índice de nacionalização esperado é de 60 por cento.



Também até o final deste ano a Marinha espera assinar os contratos das 3 primeiras unidades com opção para mais 2 de uma encomenda de 12 navios patrulha de 1.800 toneladas, ao custo de 230 milhões de reais cada.



Outras encomendas estão na lista de compras da Marinha, como embarcações do sistema de segurança aquaviário, de patrulhas fluviais, apoio logístico e navios hidrográficos.



Petrobras mais perto de fechar arrendamento do Ishibrás



Por Denise Luna



RIO DE JANEIRO (Reuters) -- A Petrobras está a um passo de fechar o arrendamento do antigo Estaleiro Ishibrás (Ishikawajima do Brasil Estaleiros S/A), que voltará a ter o nome original, Inhaúma, e será destinado a construir e converter plataformas da estatal para atuação no pré-sal.



De acordo com o governador do Estado do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, após reunião nesta manhã com o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, e o diretor de Finanças da companhia, Almir Barbassa, os obstáculos para o arrendamento foram praticamente solucionados, agora só falta uma ajuda da Prefeitura do Rio de Janeiro.



“Estamos às vésperas, na iminência de a Petrobras assumir o estaleiro. Está tudo certo”, disse o governador durante palestra em um seminário do setor naval nesta segunda-feira.



Mais tarde o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio de Janeiro, Júlio Bueno, esclareceu que a Petrobras quer que a prefeitura reduza o ISS de 5 para 2 por cento, o que será debatido em reunião na próxima sexta-feira.



“Falta discutir o pacote tributário, eles (Petrobras) fazem reivindicações normais, como diferimento…falta ainda a questão do ISS, vamos discutir com o prefeito (Eduardo Paes) na sexta-feira. Fazendo isso o presidente Gabrielli disse que está tudo certo”, informou Bueno .



A autorização para a Petrobras arrendar o estaleiro Ishibrás foi dada há um ano pela diretoria da empresa, mas entraves jurídicos e burocráticos adiaram até este mês a decisão da estatal. O arrendamento deverá implicar em investimentos entre 100 e 200 milhões de reais para modernização da área.



Uma fonte da Petrobras envolvida no processo e que não quis ser identificada confirmou o avanço das conversas, mas negou que esteja tudo decidido.



“Ainda não houve acordo, estamos avaliando”, limitou-se a informar.



Atualmente o Ishibrás funciona parcialmente, com uma empresa de logística Bric log e a Sermental, processadora de aço para outros estaleiros.



De acordo com a sub-secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio de Janeiro, Renata Cavalcanti, presente ao evento do setor naval, a Petrobras vai utilizar no local o mesmo modelo implantado no estaleiro São Roque do Paraguaçu, na Bahia, que foi repassado pela Petrobras à Odebrecht, atualmente administradora do local.



“A Petrobras vai arrendar toda a Ishibras, menos o espaço onde está a Bric Log. A Sermental vai se mudar para dentro da área que a Bric Log vai ceder”, explicou a sub-secretária.



“Depois de arrendar a Petrobras passa para outra empresa administrar, como fez em São Roque”, explicou.



A presença dessas outras empresas no local era um dos obstáculos para a solução do negócio que pode criar 5 mil novos empregos, segundo o governador Cabral.



O Estado resolveu também problemas relativos a créditos tributários para viabilizar o arrendamento, informou o governador, sem dar detalhes.



A expectativa de Cabral é de que a estatal use as instalações também como um hub de peças e equipamentos de reposição.