domingo, 7 de fevereiro de 2010

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ordenou às autoridades nucleares do país que elevem a 20% - dos atuais 5% - o grau de enriquecimento do urânio iraniano, uma decisão que gerou reação imediata dos Estados Unidos, da Alemanha e da Grã-Bretanha.




A medida, anunciada durante um discurso de Ahmadinejad transmitido pela TV iraniana, foi feito um dia depois que ficou evidente o descompasso entre as autoridades iranianas e porta-vozes dos Estados Unidos e da União Europeia em relação a um possível acordo sobre o programa de enriquecimento de urânio do Irã.



Pelo acordo que vem sendo discutido desde outubro, grande parte do urânio iraniano seria enviada ao exterior com baixo índice de enriquecimento (3,5%).



O material iria para a Rússia ou a França, para ser então enriquecido a 20% e transformado em combustível para reatores.



Entretanto, depois de idas e vindas de negociações, Ahmadinejad procurou neste domingo passar a mensagem de que perdeu a paciência e que pretende enriquecer o urânio no próprio Irã.



"Eu disse, vamos dar a eles (potências ocidentais) dois ou três meses (para chegar a um acordo), e se eles não concordarem, vamos começar a fazer nós mesmos (o enriquecimento de urânio a 20%)", afirmou.



Dirigindo-se ao chefe do programa nwuclear iraniano, Ali Akbar Salehi, o presidente pediu que o país comece a enriquecer o urânio a um nível mais alto.



"Agora, dr. Salehi, comece a fazer 20% com as centrífugas."





Estados Unidos e União Europeia temem que cada aperfeiçoamento na tecnologia nuclear iraniana colabore para o objetivo de permitir ao país construir sua própria bomba nuclear.



Por isso, poucas horas após o discurso, o secretário americano de Defesa, Robert Gates, reagiu à declaração de Ahmadinejad. Ele pediu "união" da comunidade internacional contra o regime iraniano e disse acreditar que sanções possam ser eficientes para conter possíveis ambições nucleares de Teerã.



"As pressões focadas no governo do Irã, e não no povo iraniano, têm potencialmente maiores oportunidades de alcançar os objetivos", disse o secretário americano.



O ministro alemão da Defesa, Karl-Theodor zu Guttenberg, foi mais cauteloso ao falar de sanções, mas fez questão de reiterar que "a paciência" com o regime de Teerã está chegando ao limite.



"Precisamos considerar com muito cuidado que impacto nossas opções podem ter. Talvez as sanções precisem de ajustes, ou possam ser ajustadas aqui ou ali", afirmou o ministro.



"Ao mesmo tempo, é preciso deixar claro para o Irã que a paciência está chegando ao fim."



Em Londres, o Ministério do Exterior britânico expressou que as declarações de Ahmadinejad são "claramente uma questão para preocupação séria".



Em nota, o Ministério disse que, se levar adiante a decisão de elevar o enriquecimento de urânio em seu país, o Irã estaria configurando "uma quebra deliberada" das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.



O correspondente da BBC para o Irã, Jon Leyne, avalia que a declaração de Ahmadinejad cruza uma linha simbólica.



Segundo o repórter, hoje em dia o Irã simplesmente não tem o conhecimento necessário para transformar urânio enriquecido em combustível.


http://www.ucsusa.org/global_security/nuclear_weapons/nuclear-bunker-buster-rnep-animation.html



"Portanto, muitos analistas ocidentais crêem que este seja um passo inicial para que o Irã se distancie de seu baixo nível de enriquecimento de urânio atual e se aproxime dos 95% necessários para fazer uma bomba", afirmou Leyne.



O governo iraniano alega que seu programa tem fins pacíficos.



Descompasso




A base para o acordo seria o entendimento fechado em outubro entre o Irã, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e o chamado grupo P5+1, formado pelos cinco países do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, Rússia, China, Grã-Bretanha e França) mais a Alemanha.



A negociação previa o envio de cerca de 70% do urânio iraniano com baixo índice de enriquecimento (3,5%) para a Rússia e para a França, onde seria processado e transformado em combustível para um reator nuclear, com enriquecimento de 20%.



Mas em janeiro, diplomatas informaram que o Irã havia rejeitado os termos do acordo, pedindo uma troca simultânea entre o urânio e o combustível em seu próprio território.



Dias depois, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, disse que "não haveria problema" em enriquecer o urânio de seu país no exterior - declaração que foi recebida com cautela no ocidente.





Mottaki e Ahmadinejad garantem que Irã está comprometido com acordo

No sábado, o descompasso entre os porta-vozes do Irã e as potências ocidentais ficou evidente durante uma conferência sobre segurança na cidade de Munique, na Alemanha.



O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irã, Manouchehr Mottaki, disse que o país estava próximo de alcançar um acordo com as potências mundiais em relação ao seu programa nuclear.



"Nas atuais condições, creio que estamos nos aproximando de um acordo final que possa ser aceito por todas as partes", disse, durante uma entrevista coletiva. "A República Islâmica do Irã demonstrou que é séria em relação a isto (a possibilidade de acordo), e no mais alto nível."



Entretanto, os Estados Unidos e a União Europeia responderam com ceticismo à declaração iraniana.



"Eu não tenho a sensação de que estamos próximos de um acordo", reagiu Gates, que estava em Ancara, na Turquia.



O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, disse que "estamos mantendo nossa mão estendida para o Irã, mas até agora não estamos alcançando nada".



"Não vi nada desde ontem (sexta-feira) que me faça querer mudar minha visão."



Na mesma conferência, a chefe de Relações Exteriores da União Europeia, Catherine Ashton, disse que ainda falta diálogo para "restaurar a confiança na natureza pacífica do programa nuclear iraniano".



Já a China, que se opôe a novas sanções, afirmou que é preciso paciência nas negociações, neste "momento crucial".



"As partes envolvidas devem ter em mente a visão do todo e o interesse de longo prazo, aumentar os esforços diplomáticos, manter a paciência e adotar uma política mais flexível, pragmática e proativa", disse o ministro chinês do Exterior, Yang Jiechi, que também está na conferência de Munique.
EFE – Nova Délhi – A Índia testou hoje com sucesso seu míssil de longo alcance terra-terra com capacidade para transportar ogivas nucleares Agni III, informaram fontes do Ministério da Defesa do país.




O míssil, que pode levar cargas de até 1,5 tonelada, foi lançado de uma plataforma móvel às 10h46 (horário local, 4h16 de Brasília) na ilha de Wheeler, situada no estado indiano de Orissa, segundo as fontes, citadas pelas agências indianas.



“Todos os parâmetros da missão foram alcançados”, disse um porta-voz da Defesa.



Acrescentou que a trajetória do míssil foi seguida de várias estações telemétricas, sistemas eletro-ópticos e radares situados em diferentes pontos do litoral, na capital das Ilhas Andaman, Port Blair, e em navios da Marinha indiana próximos ao local no qual o míssil caiu.



O teste de hoje é o quarto que a Organização de Pesquisa e Desenvolvimento de Defesa da Índia realiza com o Agni III, que tem um alcance de 3.000 quilômetros.



O Agni III, que mede 17 metros de comprimento e tem um diâmetro de dois metros, pertence à série de mísseis Agni desenvolvidos pela Índia , cujas versões I e II, de entre 750-800 e 1.500 quilômetros de alcance respectivamente, já foram introduzidas no arsenal das Forças Armadas da Índia.
Os Estados Unidos querem tirar da Alemanha-comando da operação militar no norte do Afeganistão por considerar que é lento demais na tomada de decisões.




Segundo publicam hoje os jornais alemães Stuttgarter Nachrichten e Koelnische Rundschau, que citam pessoas de dentro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a ideia é do comandante-em-chefe da força internacional no Afeganistão, o general americano Stanley McChrystal.



Como todas as decisões relativas a operações militares têm que ser tomadas pelo Parlamento em Berlim e a missão no Afeganistão conta com pouco apoio da população, toda ação do exército alemão é, de acordo com os EUA, mais devagar do que deveria.



Ainda de acordo com os jornais, por essa razão McChrystal não quer perder mais tempo e pretende transferir o controle das tropas para os EUA.



Na próxima semana, o Parlamento alemão debaterá a ampliação do número de soldados no norte do Afeganistão de 4.500 para 5.350. Os EUA possuem atualmente cinco mil militares na mesma região.



Os diários dizem ainda que, segundo um alto membro da Otan, um general americano nunca aceitará ordens de outro país e que os EUA devem preservar o comando tático de suas operações.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

A televisão estatal do Irã informou nesta quarta-feira que o país testou com sucesso um novo foguete que poderá colocar em órbita um satélite do país.




O anúncio, feito pelo canal estatal Al Alam, afirmou que foi testado um foguete "Kavoshgar 3, para levar satélites".



De acordo com o canal de televisão, o foguete levou uma "cápsula experimental", contendo um rato, uma tartaruga e vermes. Esta cápsula poderá enviar dados de volta para a Terra.



De acordo com o correspondente da BBC em Teerã Jon Leyne, a televisão iraniana mostrou imagens do lançamento do novo foguete no deserto e, em seguida, imagens da cápsula se destacando do foguete e entrando em órbita. A transmissão foi parte das comemorações do aniversário da revolução islâmica no país.



Leyne acrescenta que este novo lançamento deverá gerar preocupação em outros países em relação à capacidade tecnológica do Irã, principalmente sua tecnologia de foguetes e a possível ligação com seu programa nuclear.



'Todas as órbitas'



O presidente Mahmoud Ahmadinejad também foi mostrado pela televisão iraniana mostrando outro foguete iraniano que pode levar um satélite, o Simorgh.



"É ótimo que organismos vivos possam ser enviados ao espaço, para fazermos experiências com eles e então trazê-los de volta à Terra", disse o presidente.



"Vamos enviar um satélite a 500 quilômetros de altura. Os próximos passos são 700 e mil quilômetros. Todos sabem que, ao alcançar mil quilômetros, poderemos alcançar todas as órbitas", acrescentou.



O lançamento do foguete ocorre no dia nacional da Tecnologia Espacial, uma data iraniana que é parte do calendário de comemorações que marcam o 31º aniversário da revolução islâmica.



O lançamento gera preocupação em relação à capacidade tecnológica do Irã e como esta capacidade influi em seu programa nuclear. Os países ocidentais temem que o Irã esteja tentando construir armas nucleares, o que o Irã nega, afirmando que o programa nuclear do país visa apenas a geração de energia.



No entanto, o presidente Ahmadinejad afirmou que aceitaria enviar urânio para ser enriquecido fora do país em troca de combustível nuclear, em uma referência a um dos termos da proposta apresentada no ano passado pela ONU.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

 O p revisível desfecho da novela dos caças, ainda a ser confirmado com assinaturas e compromissos financeiros, consolidou a parceria estratégica entre Brasil e França e foi uma vitória pessoal de seu maior defensor, Nelson Jobim.

                                                           EC 725 Cougar


Foi ele quem costurou o amplo acordo militar em que o Brasil atrelou sua força de submarinos e helicópteros aos franceses no ano passado, e nunca escondeu que a escolha do vetor de aviação de combate tinha de seguir a mesma lógica.


RAFALE F03

O ponto central: acesso a tecnologias agora e no futuro, além da abertura de canais que ultrapassam a área militar. Além disso, ao atropelar a preferência da FAB, Jobim manteve a consolidação do poder do Ministério da Defesa sobre as Forças Armadas algo que só começou a ocorrer agora, mais de dez anos depois de sua criação.



Mas a escolha levanta dúvidas sobre a conveniência de manter tal dependência de um só país num campo tão sensível quanto o militar. Agora, serão mais de R$ 30 bilhões a depositar nos cofres franceses. Historicamente, isso não é favorável.

                                                      
               Scorpène                                                                                                                                                   básica pela qual a FAB havia preferido o sueco Gripen NG: o Rafale é uma aeronave cara de comprar e, principalmente, de operar. O motivo é justamente o que o governo e a França apontam como vantagem, que é o fato de que o avião não usa tecnologia sensível de nenhum outro país.



Como só é usado hoje pelos franceses, o aparelho sofria de encarecimento por falta de escala industrial. Tudo é feito na França a custos altos. O contrato brasileiro, quando assinado, dá sobrevida ao avião como produto comercial e poderá até baixar seus custos futuros. De todo modo, as reduções de preço propaladas ainda têm de ser vistas em contratos e sob lupa.



A FAB preferia o Gripen também por ser um projeto em desenvolvimento de um caça já existente, que abria mais possibilidades de interação e transferência de conhecimento. O Rafale é um avião pronto.



O F-18 americano é um avião desejado por pilotos e com preço competitivo, mas pesa contra ele o fato de que nunca estaria livre da sombra de embargos eventuais no futuro. Ainda vai demorar para Washington superar essa desconfiança.
Defesa nega conclusão sobre caças e diz que escolha não será apenas  técnica Em nota divulgada nesta quinta-feira, o Ministério da Defesa afirma que ainda não concluiu a análise sobre os 36 aviões caças que serão adquiridos pelo governo federal. O ministério admite, porém, que vai levar em conta no momento da escolha não somente critérios técnicos, mas "informações enviadas pelos governos interessados e pelos proponentes".




"Desde 06 de janeiro, realizam-se, por órgãos competentes do Ministério da Defesa, análises dos aspectos políticos, estratégicos e financeiros do referido pacote tecnológico. Tais análises têm como parâmetro a Estratégia Nacional de Defesa, aprovada em dezembro de 2008. O Ministério da Defesa levará em consideração, também, outras informações enviadas pelos governos interessados e pelos proponentes", diz a nota.



Segundo o Ministério da Defesa, o ministro Nelson Jobim vai submeter as conclusões sobre a compra dos caças ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


jobim ministro da defesa

Na nota, o ministério confirma que recebeu, no dia 6 de janeiro deste ano, o relatório final do Comando da Aeronáutica com a análise técnica da compra dos caça. O relatório, segundo o ministério, inclui o processo de seleção do pacote tecnológico referente à compra das aeronaves.



Mais cedo, o Comando da Aeronáutica divulgou nota para afirmar que não foi informado pelo Palácio do Planalto sobre o fim do processo para a compra de 36 aviões-caças para a FAB.



"A respeito da divulgação pela imprensa do suposto vencedor do processo de seleção dos novos caças multiemprego para a Força Aérea Brasileira [FAB], este Centro informa que o Comando da Aeronáutica não recebeu qualquer comunicação oficial sobre o assunto", diz nota da FAB.



Aquisição



Segundo reportagem da colunista Eliane Cantanhêde, publicada nesta quinta-feira pela Folha, Lula e Jobim bateram o martelo a favor do caça francês Rafale. A decisão teria sido tomada depois da francesa Dassault reduzir de US$ 8,2 bilhões (R$ 15,1 bilhões) para US$ 6,2 bilhões (R$ 11,4 bilhões). O Rafale ficou em último no relatório técnico da FAB, que trouxe em primeiro o caça sueco Gripen e em segundo o americano F-18, da Boeing.



O francês é o preferido de Jobim e de Lula, que defendem negócio com a França porque o país é seu "parceiro estratégico", com o qual assinou grande acordo militar em 2009.

                                                   SU 35- bm                                                                  presidente Lula afirmaram hoje que a decisão será submetida ao Conselho de Defesa Nacional, que é um órgão de consulta do presidente nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado.



O conselho é formado pelo vice-presidente da República, José Alencar, e pelos presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP).



Ainda fazem parte representantes dos ministérios da Justiça, Defesa, Relações Exteriores, Planejamento, Gabinete de Segurança Institucional, e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
 Ahmadinejad apresenta o sistema de propulsão   irâ   espacial Simorq para foguetes e satélites: Irã envia cápsula com animais para o espaço








O diretor da agência iraniana de energia atômica, Ali Akbar Salehi, incluiu ontem o Brasil entre os países que o governo do Irã aceitaria enviar urânio para ser enriquecido a 20% e, com isso, evitar suspeita sobre seu possível uso militar, conforme proposta feita pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão da ONU.



Salehi disse que a preferência para enriquecer o urânio iraniano seria por um país da Ásia (possivelmente o Japão), mas citou a França e o Brasil como opções. "Estamos negociando com esse países", disse Salehi à agência oficial Ilna.



A afirmação de Salehi causou surpresa em Brasília. "Em nenhuma das conversas mantidas pelo governo brasileiro com o Irã foi tratada a possibilidade de enriquecimento do minério iraniano no País", afirmou o chanceler Celso Amorim, por meio de sua assessoria de imprensa. O presidente das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Alfredo Tranjan Filho, também rejeitou a possibilidade de um convênio nesse sentindo, lembrando que a produção atual da INB ainda não é capaz de atender nem sequer a demanda brasileira (leia nesta página).



As declarações do chefe do programa nuclear iraniano ocorreram um dia depois de o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, admitir pela primeira vez a possibilidade de enviar urânio com baixo nível de enriquecimento (a 3,5%) para ser enriquecido a 20% em outro país - uma das exigências da AIEA para aceitar o programa nuclear iraniano, que Teerã afirma ter fins civis.



No Itamaraty, a versão de que o País poderia se envolver nesse esquema, como forma de permitir um acordo entre Teerã e o Ocidente, originou-se de distorções das declarações de Salehi.



De acordo com um diplomata que acompanha o tema, o governo brasileiro está disposto a atuar em outra frente - a da recuperação da confiança entre o Irã e o Ocidente. Com o objetivo de resgate da credibilidade, autoridades brasileiras puseram-se em estreito contato com os governos francês e americano e com outros países. Ontem, Amorim conversou por telefone com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irã, Manouchehr Mottaki. Antes, havia telefonado ao chanceler da Rússia, Serguei Lavrov, e com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Ahmet Davutoglu.



Na terça-feira, Amorim havia afirmado, em Paris, que o Ocidente deveria insistir na discussão do acordo de troca de urânio enriquecido por combustível nuclear com o Irã. No mesmo dia, Ahmadinejad mostrou-se disposto a aderir à proposta da AIEA.



O anúncio de Ahmadinejad, porém, foi recebido com ceticismo pelo sexteto - o grupo dos cinco países integrantes permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas mais a Alemanha. O motivo para a cautela é a constante mudança de posições do regime de Teerã. Inicialmente, em outubro, o Irã havia concordado com os termos da proposta do sexteto, feita em setembro, no que chegou a ser descrito como a primeira vitória diplomática do presidente dos EUA, Barack Obama. Mais tarde, em janeiro, os iranianos voltaram atrás.