quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Defesa nega conclusão sobre caças e diz que escolha não será apenas  técnica Em nota divulgada nesta quinta-feira, o Ministério da Defesa afirma que ainda não concluiu a análise sobre os 36 aviões caças que serão adquiridos pelo governo federal. O ministério admite, porém, que vai levar em conta no momento da escolha não somente critérios técnicos, mas "informações enviadas pelos governos interessados e pelos proponentes".




"Desde 06 de janeiro, realizam-se, por órgãos competentes do Ministério da Defesa, análises dos aspectos políticos, estratégicos e financeiros do referido pacote tecnológico. Tais análises têm como parâmetro a Estratégia Nacional de Defesa, aprovada em dezembro de 2008. O Ministério da Defesa levará em consideração, também, outras informações enviadas pelos governos interessados e pelos proponentes", diz a nota.



Segundo o Ministério da Defesa, o ministro Nelson Jobim vai submeter as conclusões sobre a compra dos caças ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


jobim ministro da defesa

Na nota, o ministério confirma que recebeu, no dia 6 de janeiro deste ano, o relatório final do Comando da Aeronáutica com a análise técnica da compra dos caça. O relatório, segundo o ministério, inclui o processo de seleção do pacote tecnológico referente à compra das aeronaves.



Mais cedo, o Comando da Aeronáutica divulgou nota para afirmar que não foi informado pelo Palácio do Planalto sobre o fim do processo para a compra de 36 aviões-caças para a FAB.



"A respeito da divulgação pela imprensa do suposto vencedor do processo de seleção dos novos caças multiemprego para a Força Aérea Brasileira [FAB], este Centro informa que o Comando da Aeronáutica não recebeu qualquer comunicação oficial sobre o assunto", diz nota da FAB.



Aquisição



Segundo reportagem da colunista Eliane Cantanhêde, publicada nesta quinta-feira pela Folha, Lula e Jobim bateram o martelo a favor do caça francês Rafale. A decisão teria sido tomada depois da francesa Dassault reduzir de US$ 8,2 bilhões (R$ 15,1 bilhões) para US$ 6,2 bilhões (R$ 11,4 bilhões). O Rafale ficou em último no relatório técnico da FAB, que trouxe em primeiro o caça sueco Gripen e em segundo o americano F-18, da Boeing.



O francês é o preferido de Jobim e de Lula, que defendem negócio com a França porque o país é seu "parceiro estratégico", com o qual assinou grande acordo militar em 2009.

                                                   SU 35- bm                                                                  presidente Lula afirmaram hoje que a decisão será submetida ao Conselho de Defesa Nacional, que é um órgão de consulta do presidente nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado.



O conselho é formado pelo vice-presidente da República, José Alencar, e pelos presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP).



Ainda fazem parte representantes dos ministérios da Justiça, Defesa, Relações Exteriores, Planejamento, Gabinete de Segurança Institucional, e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
 Ahmadinejad apresenta o sistema de propulsão   irâ   espacial Simorq para foguetes e satélites: Irã envia cápsula com animais para o espaço








O diretor da agência iraniana de energia atômica, Ali Akbar Salehi, incluiu ontem o Brasil entre os países que o governo do Irã aceitaria enviar urânio para ser enriquecido a 20% e, com isso, evitar suspeita sobre seu possível uso militar, conforme proposta feita pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão da ONU.



Salehi disse que a preferência para enriquecer o urânio iraniano seria por um país da Ásia (possivelmente o Japão), mas citou a França e o Brasil como opções. "Estamos negociando com esse países", disse Salehi à agência oficial Ilna.



A afirmação de Salehi causou surpresa em Brasília. "Em nenhuma das conversas mantidas pelo governo brasileiro com o Irã foi tratada a possibilidade de enriquecimento do minério iraniano no País", afirmou o chanceler Celso Amorim, por meio de sua assessoria de imprensa. O presidente das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Alfredo Tranjan Filho, também rejeitou a possibilidade de um convênio nesse sentindo, lembrando que a produção atual da INB ainda não é capaz de atender nem sequer a demanda brasileira (leia nesta página).



As declarações do chefe do programa nuclear iraniano ocorreram um dia depois de o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, admitir pela primeira vez a possibilidade de enviar urânio com baixo nível de enriquecimento (a 3,5%) para ser enriquecido a 20% em outro país - uma das exigências da AIEA para aceitar o programa nuclear iraniano, que Teerã afirma ter fins civis.



No Itamaraty, a versão de que o País poderia se envolver nesse esquema, como forma de permitir um acordo entre Teerã e o Ocidente, originou-se de distorções das declarações de Salehi.



De acordo com um diplomata que acompanha o tema, o governo brasileiro está disposto a atuar em outra frente - a da recuperação da confiança entre o Irã e o Ocidente. Com o objetivo de resgate da credibilidade, autoridades brasileiras puseram-se em estreito contato com os governos francês e americano e com outros países. Ontem, Amorim conversou por telefone com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irã, Manouchehr Mottaki. Antes, havia telefonado ao chanceler da Rússia, Serguei Lavrov, e com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Ahmet Davutoglu.



Na terça-feira, Amorim havia afirmado, em Paris, que o Ocidente deveria insistir na discussão do acordo de troca de urânio enriquecido por combustível nuclear com o Irã. No mesmo dia, Ahmadinejad mostrou-se disposto a aderir à proposta da AIEA.



O anúncio de Ahmadinejad, porém, foi recebido com ceticismo pelo sexteto - o grupo dos cinco países integrantes permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas mais a Alemanha. O motivo para a cautela é a constante mudança de posições do regime de Teerã. Inicialmente, em outubro, o Irã havia concordado com os termos da proposta do sexteto, feita em setembro, no que chegou a ser descrito como a primeira vitória diplomática do presidente dos EUA, Barack Obama. Mais tarde, em janeiro, os iranianos voltaram atrás.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

anti blindados lança Rojâo brasileiro!!
Programa ALAC



Um dos itens -- o da reestruturação da indústria brasileira de material de defesa -- citados na recente apresentação ao Presidente da República da há muito esperada proposta de Estratégia Nacional de Defesa indica claramente a intenção de se assegurar o atendimento das necessidades de equipamentos para nossas Forças Armadas com base em tecnologias sob domínio nacional. Esta óbvia premissa, lamentavelmente, foi praticamente ignorada durante as últimas décadas, quando a indústria nacional voltada para o setor de defesa atingiu um estágio próximo ao do sucateamento total. Incontáveis programas de pesquisa e desenvolvimento foram parados em setores oficiais e privados, enquanto que poucos produtos maturaram a ponto de entrarem na fase de efetiva industrialização. Neste seleto grupo, não pode deixar de ser destacado, encontra-se o Sistema ALAC (Arma Leve Anticarro), do Exército Brasileiro.





Para o soldado de Infantaria, há quase um século, um dos maiores pesadelos num campo de batalha é deparar-se com um blindado inimigo, mais especificamente, com um carro de combate. Ao longo dos anos, foi-lhe provido algum tipo de armamento portátil para enfrentar esta ameaça, começando com o chamados fuzil antitanque alemão T-Gewehr (calibre 13 x 92SR mm) da Primeira Guerra Mundial, passando, na Segunda Guerra Mundial, pelos PTRD e PTRS russos (calibre 14,5 x 99 mm), os lança-rojões norte-americanos M20 (2,36 e 3,5 pol) e Panzerfaust (140 mm) alemães, bem como os lança-granadas, como o PIAT britânico. O perído de após-Guerra testemunhou o aparecimento das primeiras gerações de mísseis anticarro guiados por fio, exemplificiados pelo SS-10 francês, da década de 1950. O progresso, a partir dali, foi rápido.



Hoje, existe uma variada gama de mísseis AC disponíveis e altamente eficazes, mas, todos eles, com um “senão”: precisam de uma certa distância (em torno de 500 metros, por exemplo, para o amplamente utilizado TOW - Tube-launched, Optically-tracked, Wire-guided missile, norte-americano) até que seu sistema de guiagem possa “adquirir” o alvo. É aqui que entram em cena as armas leves anticarro de menor alcance, mais especificamente, os lança-rojões portáteis recarregáveis (a família russa RPG-7, por exemplo) ou descartáveis (como o AT-4 sueco) e os canhões sem recuo. Neste segundo grupo, existem armas recarregáveis (a sueca Carl Gustav, calibre 84 mm, é bem conhecida) e as descartáveis, após o tiro. Foi no início da década de 1990 que o Exército Brasileiro decidiu dar os primeiros passos para desenvolver uma ALAC – Arma Leve Anticarro de projeto totalmente nacional, um prático canhão sem recuo capaz de proporcionar ao combatente terrestre um meio eficaz de enfrentar e colocar fora de ação a ameaça blindada.
Entre 1992 e 1994, o IPD - Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento e o CTEx - Centro Tecnológico do Exército elaboraram os EVTE (Estudos de Viabilidade Técnica e Econômica) e as propostas de OBO (Objetivos Operacionais Básicos) e RTB (Requisitos Técnicos Básicos), além de realizarem os primeiros desenhos e especificações de matéria prima. Selecionaram, também, os primeiros prestadores de serviços terceirizados. De 1992 a 2000, o IPD desenvolveu o projeto da munição, com a execução dos desenhos de engenharia de produto, especificação de matéria prima, planejamento e execução de testes laboratoriais e de campo. Foram levantados, em testes de laboratório, os parâmetros técnicos que permitiram estabelecer as especificações necessárias ao projeto do tubo lançador.




No período 1998-99, foram elaboradas versões do Memorial Descritivo e dos Requisitos Técnicos Básicos, além das versões iniciais das Normas de Especificação do “Tiro 84 mm S/Rc AEAC” (Sem Recuo, Alto Explosivo, Anticarro), do tubo lançador, do sistema completo integrado (tubo + munição) e de montagem da munição. A Norma de Especificação do Simulador Redutor de Calibre foi feita em 2006. Deve ser ressaltado que o projeto e desenvolvimento da munição foi realizado exclusivamente pelo Exército Brasileiro, no seu Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento.



Até meados de 2000, algumas empresas foram contratadas para fabricar certos componentes do tiro completo, como a IMEP-RJ (usinagem de alguns elementos da granada e do estojo), a ENGEPRON - Fábrica Almirante Jurandir (carregamento de Octol na cabeça de guerra), COPESP - Marinha do Brasil (usinagem do cone de carga oca), GP Metalizações (metalização do cone de cobre), IMBEL - Indústria de Material Bélico do Brasil (fornecimento do cristal piezelétrico e desenvolvimento do propelente - pólvora BD-617 - com especificações do IPD) e GESPI Aeronáutica (importação da espoleta M509A2, fornecimento do fio de aço condutor, usinagem de componentes metálicos da granada e de dispositivos de sujeição mecânicos). A empresa GESPI Aeronáutica Ltda., de São José dos Campos, SP, projetou e fabricou, mediante contratos do CTEx, os primeiros provetes para medidas de pressão, desenvolveu o primeiro sistema informatizado de medição de impulsão do recuo por célula de carga e, também, um novo dispositivo de sujeição para testes de pressão e sobrepressão.


Após o término do desenvolvimento da munição, foi tomada a decisão pelo IPD de que a fabricação de todos os seus componentes fosse concentrada num único fornecedor, sendo escolhida, então, a Fábrica de Juiz de Fora, da IMBEL, empresa vinculada ao Exército Brasileiro. A montagem da munição e todos os testes de campo continuaram sendo feitos pelo IPD e, posteriormente, no CTEx, quando da extinção daquele Instituto. O processo de produção foi consolidado numa Norma de Montagem elaborada pelo CTEx, que está sendo repassada, agora, à Fábrica de Juiz de Fora.




O projeto, desenvolvimento e fabricação do tubo lançador da ALAC foram realizados pela GESPI Aeronáutica, que hoje detém toda a tecnologia necessária. Coube ao CTEx a execução dos estudos teóricos de balística externa para o levantamento de trajetórias necessárias ao ajustamento do aparelho de pontaria. Os estudos de modelagem da granada, levantamento de coeficientes de arrasto também foram feitos por engenheiros militares do CTEx, utilizando o programa PRODAS, existente no IME. A GESPI também foi a responsável pelo projeto, desenvolvimento e fabricação do Simulador Redutor de Calibre, com seu cartucho gerador de gás, e da embalagem operacional, contanto com o indispensável apoio do Centro Tecnológico do Exército nos testes de desenvolvimento.

Hoje, apenas o CTEx, a IMBEL e a GESPI Aeronáutica permanecem, técnica e fabrilmente, no programa ALAC. De 1996 até 2006, o sistema completo foi desenvolvido, testado e maturado. Ao longo de 2007 e até setembro de 2008, a ALAC foi submetida às Avaliações Técnica e Operacional pelo CAEx – Centro de Avaliações Técnicas do Exército, situado na Restinga da Marambaia, no Rio de Janeiro. Sua subseqüente aprovação foi homologada pelo DCT – Departamento de Ciência e Tecnologia em novembro de 2008. Encomendas substanciais destinadas ao Exército Brasileiro já foram feitas.


argentina de olho nas malvinas,
petroleo pode leva a guerraO ministro das Relações Exteriores da Argentina, Jorge Taiana, convocou a embaixadora britânica em Buenos Aires protestar contra a informação de que o Reino Unido teria autorizado a busca de petróleo na região das ilhas Malvinas (conhecidas como Falklands pelos britânicos).


                                                       

Taiana entregou uma nota formal ao governo britânico expressando "enérgico protesto" contra a decisão.



Segundo o comunicado, o governo "rejeita firmemente a pretensão do Reino Unido de autorizar a realização das operações de exploração de hidrocarbonetos em regiões da plataforma continental argentina submetidas à ocupação ilegítima britânica".



"Esta é uma iniciativa ilegítima", disse Taiana a jornalistas no ministério.



Na segunda-feira, o jornal "El Cronista" publicou que a petroleira Desire Petroleum deverá começar a buscar petróleo no arquipélago ainda neste mês. Segundo o diário, esta é uma das quatro empresas com autorização britânica para realizar exploração petroleira naquele território.



Disputa por soberania             submarinos argentinos classe... ikl -1.500


Os dois países entraram em guerra em 1982 na chamada Guerra das Malvinas. Apesar da derrota das tropas argentinas, o governo mantém uma reivindicação pela soberania das ilhas na ONU (Organização das Nações Unidas).



A ONU, por sua vez, recomenda que os dois governos retomem a negociação pela soberania das ilhas e aconselha ainda que nenhum dos dois países realize modificações unilaterais sobre as Malvinas.

                                                submarinos argentinos

No comunicado emitido pelo governo argentino e entregue nesta terça-feira ao encarregado de negócios da representação diplomática do Reino Unido, o ministério "responsabiliza Londres por não respeitar as resoluções das Nações Unidas".



"A nova ação unilateral britânica soma-se à sucessão de ações unilaterais que levaram o governo argentino a dar por terminado, a partir de 27 de março de 2007, a Declaração conjunta argentino-britânica de setembro de 1995".



A Declaração se refere à chamada Cooperação de Atividades referente à "exploração de hidrocarbonetos na área sujeita a disputa de soberania".

                                      comando sas ingleis

No comunicado, a Argentina ressalta ainda que a "nova ação unilateral" do governo britânico é "incompatível" com o que foi estabelecido na ONU, que reconhece a "existência da disputa pela soberania" das ilhas e sugere que as negociações sejam retomadas para uma "solução pacífica da disputa".

tropa de elite argentina


A reclamação argentina pela soberania das ilhas tem sido frequente desde que o ex-presidente Nestor Kirchner assumiu o governo, em 2003, e persiste durante a gestão da atual da presidente Cristina Kirchner, que chegou ao poder em 2007.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

LULA DEU PARA O BRASIL A LIBERDADE DO PETRÔLEO-Ê NOSSÔ

Câmara pode votar dois projetos do pré-sal esta semana- BRASÍLIA - Os projetos de lei sobre a capitalização da Petrobras e a criação do Fundo Social, que fazem parte do arcabouço regulatório do pré-sal, podem ser os primeiros a serem apreciados pelos deputados no retorno dos trabalhos do Congresso esta semana. A ideia é evitar que a retomada das discussões sobre o tema seja feita pelo projeto que define o novo modelo de exploração e estabelece a divisão de receitas obtidas com a cobrança de royalties, que provocou um embate entre os deputados em dezembro.



                                petrobras-p50



A proposta ainda tem que ser discutida pelos líderes dos partidos. "A ideia é não votar o modelo de partilha e começar pelos outros dois projetos", afirmou o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um dos principais articuladores da bancada fluminense nas questões sobre o pré-sal. Segundo ele, a proposta foi apresentada ao novo líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), que, em princípio, teria achado "boa" a iniciativa.

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PRÊ SAL P51


Oficialmente, dos quatro projetos encaminhados pelo governo em setembro para a Câmara, apenas um foi aprovado, o que cria a Petro-Sal, estatal que será responsável pela gestão dos novos contratos. O projeto mais importante, que estabelece o mecanismo de partilha como novo modelo exploratório, teve seu texto base aprovado no início de dezembro, mas a conclusão da votação ficou travada por conta de uma emenda, de autoria dos deputados Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) e Humberto Souto (PPS-MG).





                                                   LULA DEU PARA O BRASIL A LIBERDADE DO PETRÔLEO-Ê NOSSÔ
O problema desta única pendência é que ela propõe uma divisão igualitária entre todos os Estados e municípios das receitas que serão obtidas com a cobrança de royalties - uma compensação devida pelas empresas que exploram petróleo - tanto nas áreas que ainda serão exploradas, quanto nos campos do pré-sal que já foram licitados. Se aprovada, a proposta alteraria todo o modelo previsto no texto do deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), relator da matéria. As informações são do jornal
O Exército israelense submeteu dois oficiais a punição disciplinar por terem autorizado a utilização de fósforo branco Segundo o documento enviado à ONU pelo Exército israelense, um general de brigada e um comandante de divisão sofreram punição disciplinar por terem "arriscado vidas humanas" quando autorizaram a utilização de armamentos com fósforo branco para bombardear o bairro de Tel El Hawa, no dia 15 de janeiro de 2009, durante a ofensiva israelense à Faixa de Gaza.




Esta é a primeira vez que Israel admite a utilização de fósforo branco, armamento proibido pelas leis internacionais, contra civis na Faixa de Gaza.



Também é a primeira vez que o Exército israelense anuncia a punição de comandantes militares por atos cometidos durante a ofensiva, que deixou cerca de 1,3 mil mortos do lado palestino e 13 do lado israelense.



A comissão de investigação da ONU, dirigida pelo jurista sul-africano Richard Goldstone, acusou Israel de cometer crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Faixa de Gaza e exigiu que o governo israelense investigue a atuação de suas tropas durante a ofensiva realizada no ano passado.





Casa destruída por bombardeio israelense no campo de refugiados de Jabaliya

Em resposta, Israel enviou um relatório descrevendo as investigações que foram realizadas pelo Exército.



ONGs de defesa dos direitos humanos exigem que Israel nomeie uma comissão independente para investigar os atos do Exército e não consideram suficientes as investigações internas feitas pelo próprio Exército.



Antes do envio do documento à ONU, a versão do Exército israelense era de que o fósforo branco teria sido utilizado apenas para fins de "dificultar a visibilidade das tropas pelo inimigo" e não diretamente contra civis.



O armamento, que cria uma especie de "cortina de fumaça", é altamente perigoso quando atinge pessoas pois gera queimaduras profundas.



No caso mencionado no relatório do Exército israelense, projéteis com fósforo branco atingiram a sede da Agencia de Refugiados da ONU (UNRWA) na cidade de Gaza, deixando vários civis feridos e provocando um incêndio no local.



Segundo porta-vozes militares "o documento enviado à ONU demonstra que o Exército israelense não tem o que esconder".
Brasil é um dos países mais vulneráveis a ataques cibernéticos Estudo cita denúncias de que os últimos apagões elétricos no Brasil teriam sido causados por hackers.Em uma comparação feita entre 14 países, um estudo colocou o Brasil como o país que menos atualiza seus programas de defesa contra hackers e o que mais sofre chamados ataques de negação de serviço (DDoS, na sigla em inglês) - aqueles em que invasores sobrecarregam um sistema para tirá-lo do ar.




O relatório No Fogo Cruzado: As infra-estruturas essenciais na era da guerra cibernética foi produzido pelo Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS, na sigla em inglês), em parceria com a fabricante de antivírus para computador McAfee.



Os pesquisadores entrevistaram 600 diretores de segurança da informação de 14 países, incluindo entre outros Estados Unidos, China, Grã-Bretanha, Índia e Rússia.



Os consultados atuam em empresas de setores financeiro, energético, de recursos naturais, telecomunicações, transportes, químico, alimentício e de serviços públicos.



Dentre os brasileiros ouvidos, 65% disseram que as leis do país não são adequadas para combater crimes virtuais. Mais de 60% acreditam que o Brasil sofrerá nos próximos dois anos um ataque cibernético que afetará seriamente algum de seus serviços essenciais, como fornecimento de energia.



Vulnerabilidade brasileira



O relatório remete ao caso do apagão elétrico no Brasil no ano passado. "Em novembro de 2009, houve reportagens na mídia dos Estados Unidos dizendo que duas interrupções no fornecimento de energia no Brasil em 2005 e 2007 haviam sido causadas por hackers, talvez como parte de um esquema de extorsão", cita o texto.



Dias depois da publicação dessas notícias, 18 estados brasileiros ficaram sem energia. Uma das hipóteses para explicar o incidente foi um ataque de hackers que teria desligado a usina de Itaipu.



Em abril do ano passado, a companhia Telefonica também citou uma invasão de seus sistemas como justificativa para os graves problemas que seu serviço de internet rápida vinha apresentando no Brasil.



Sedundo a pesquisa do CSIS, quase 80% dos brasileiros ouvidos revelaram sofrer ataques recorrentes de negação de serviço. Nenhum outro país apresentou percentual tão elevado.



Em um índice de segurança contra ataques cibernéticos - em que 100% indica a máxima segurança possível - o Brasil ficou com 40%, um dos cinco piores resultados.



Também de acordo com o relatório, ao lado da Espanha, o Brasil é o país que menos criou restrições ao uso de pendrives. Esses aparelhos de transporte de dados são descritos pela pesquisa como uma ameaça, porque podem transmitir vírus e serem usados para roubo de dados.



Paranorama global



Mais da metade dos entrevistados disse que sofre constantes ataques de negação de serviço e roubo de dados.



A informação mais surpreendente do estudo é a de que 59% dos ouvidos acreditam que os autores desses ataques podem ser governos estrangeiros. Os Estados Unidos e a China, com 36% e 33% respectivamente, foram apontados como as maiores ameaças nesse sentido.



O resultado do estudo coincide com as acusações de que autoridades chinesas teriam atacado o site de buscas Google.



O tema foi discutido durante o Fórum Econômico Mundial, na semana passada. O chefe da agência de telecomunicações da ONU, Hamadoun Touré, defendeu que o mundo precisa de um tratado internacional sobre o assunto para impedir uma guerra cibernética.



"Uma ciberguerra seria pior que um tsunami, uma catástrofe (...)", declarou Touré. !!!