sábado, 23 de janeiro de 2010



O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) deve realizar lançamentos de foguetes de pequeno e médio porte a cada dois meses este ano. Essas perspectivas de operações integram o programa de treinamento dos sistemas operacionais e recursos humanos do CLA e servem como um estágio para as operações de grande porte previstas para acontecer a partir de 2011, tendo como principais missões os lançamentos do VLS (Veículo Lançador de Satélites) e do foguete Cyclone 4.



satelite amasonas b-1
O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) deve realizar lançamentos de foguetes de pequeno e médio porte a cada dois meses este ano. Essas perspectivas de operações integram o programa de treinamento dos sistemas operacionais e recursos humanos do CLA e servem como um estágio para as operações de grande porte previstas para acontecer a partir de 2011, tendo como principais missões os lançamentos do VLS (Veículo Lançador de Satélites) e do foguete Cyclone 4.



O anúncio foi feito pelo novo diretor do CLA, coronel aviador Ricardo Rodrigues Rangel, que assumiu o comando do Centro na manhã de ontem. Ele substitui o coronel Nilo Andrade, que assumirá um cargo na Agência Espacial Brasileira (AEB).



Segundo Ricardo Rangel, as operações devem ser iniciadas em meados de fevereiro e fazem parte da programação de treinamentos iniciados no ano passado, quando foram lançados três foguetes - dois de pequeno e um de médio porte. Ainda este ano, estão previstos para serem lançados pelo menos dois foguetes de nível intermediário, desenvolvidos com tecnologia nacional e com fins de qualificação do produto.



"O lançamento de foguetes de nível intermediário deve acontecer no meio do ano. Esses foguetes servem como base para o lançamento do VLS, que deverá acontecer em dois anos. Antes disso, iremos fazer alguns testes simulados ainda este ano. Por isso, é fundamental que estejamos com uma equipe pronta", informou o novo diretor.



Além dos lançamentos de foguetes de pequeno e médio porte, uma das metas de Ricardo Rangel é concluir as obras da plataforma de lançamento do VLS, que deve ser concluída no fim deste ano. Após o término dos trabalhos físicos, serão realizados em dezembro/2010 os testes que simulam o lançamento do foguete, para correções e avaliações.




Programa - De acordo com Ricardo Rangel, após essa etapa, o CLA despontará como um dos pontos mais importantes do Programa Espacial Brasileiro, já em condições adequadas para grandes lançamentos. "O Centro está passando por um profundo trabalho de planejamento para que possamos efetuar lançamentos nossos e em parcerias com outros países. As dimensões da torre do VLS permitirão mais flexibilidade para lançamentos ainda maiores", afirmou.




Apesar de contar, atualmente, com espaço suficiente para suprir a demanda necessária para as operações do programa espacial, em breve, temas como expansão física e, conseqüentemente, relocação de algumas comunidades voltarão a ser discutidos. "Para que consigamos entrar no mercado comercial, precisaremos de mais área no litoral do CLA. É um projeto que será discutido com as comunidades próximas do Centro e se for necessário elas serão transferidas para uma área com as mesmas características", disse.



Para o coronel Nilo Andrade, o período de dois anos da sua gestão serviu como um estágio de preparação para grandes conquistas do CLA, como a aquisição de um novo radar meteorológico e o início do projeto de implantação do radar perfilador para medições de ventos em altitudes. Além de softwares de dados de meteorologia que facilitarão as operações de lançamentos. " Preparamos o Centro para parcerias, novos clientes. Hoje estamos com uma capacidade de lançamento muito significativa", informou Andrade.



Compromisso - Presente na solenidade de troca de comando do CLA, o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Ganem, disse que, após grandes atrasos que incluem o processo com a reconstrução da torre de lançamento do VLS e as pendências para a construção dos sítios de lançamentos da empresa binacional Alcantara Cyclone Space (ACS), é hora de assumir um compromisso de colocar o CLA como uma referência na atividade espacial.



O CLA recebeu investimento de R$ 30 milhões em convênios, R$ 37 milhões para obras de infra-estrutura, e para 2010 a previsão é de um volume de recursos da ordem de R$ 190 milhões para serem aplicados na região de Alcântara.



"É hora de falar sério, de deixar essas querelas com as comunidades, de pensar em quanto o Brasil está perdendo em não concluir os trabalhos dentro dos prazos previstos. O Programa Espacial Brasileiro recebeu no ano passado o maior investimento desde a sua criação e, portanto, está na hora do Brasil começar a produzir suas próprias receitas", declarou Carlos Ganem.
O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) deve realizar lançamentos de foguetes de pequeno e médio porte a cada dois meses este ano. Essas perspectivas de operações integram o programa de treinamento dos sistemas operacionais e recursos humanos do CLA e servem como um estágio para as operações de grande porte previstas para acontecer a partir de 2011, tendo como principais missões os lançamentos do VLS (Veículo Lançador de Satélites) e do foguete Cyclone 4.



O anúncio foi feito pelo novo diretor do CLA, coronel aviador Ricardo Rodrigues Rangel, que assumiu o comando do Centro na manhã de ontem. Ele substitui o coronel Nilo Andrade, que assumirá um cargo na Agência Espacial Brasileira (AEB).



Segundo Ricardo Rangel, as operações devem ser iniciadas em meados de fevereiro e fazem parte da programação de treinamentos iniciados no ano passado, quando foram lançados três foguetes - dois de pequeno e um de médio porte. Ainda este ano, estão previstos para serem lançados pelo menos dois foguetes de nível intermediário, desenvolvidos com tecnologia nacional e com fins de qualificação do produto.



"O lançamento de foguetes de nível intermediário deve acontecer no meio do ano. Esses foguetes servem como base para o lançamento do VLS, que deverá acontecer em dois anos. Antes disso, iremos fazer alguns testes simulados ainda este ano. Por isso, é fundamental que estejamos com uma equipe pronta", informou o novo diretor.



Além dos lançamentos de foguetes de pequeno e médio porte, uma das metas de Ricardo Rangel é concluir as obras da plataforma de lançamento do VLS, que deve ser concluída no fim deste ano. Após o término dos trabalhos físicos, serão realizados em dezembro/2010 os testes que simulam o lançamento do foguete, para correções e avaliações.



Programa - De acordo com Ricardo Rangel, após essa etapa, o CLA despontará como um dos pontos mais importantes do Programa Espacial Brasileiro, já em condições adequadas para grandes lançamentos. "O Centro está passando por um profundo trabalho de planejamento para que possamos efetuar lançamentos nossos e em parcerias com outros países. As dimensões da torre do VLS permitirão mais flexibilidade para lançamentos ainda maiores", afirmou.



Apesar de contar, atualmente, com espaço suficiente para suprir a demanda necessária para as operações do programa espacial, em breve, temas como expansão física e, conseqüentemente, relocação de algumas comunidades voltarão a ser discutidos. "Para que consigamos entrar no mercado comercial, precisaremos de mais área no litoral do CLA. É um projeto que será discutido com as comunidades próximas do Centro e se for necessário elas serão transferidas para uma área com as mesmas características", disse.



Para o coronel Nilo Andrade, o período de dois anos da sua gestão serviu como um estágio de preparação para grandes conquistas do CLA, como a aquisição de um novo radar meteorológico e o início do projeto de implantação do radar perfilador para medições de ventos em altitudes. Além de softwares de dados de meteorologia que facilitarão as operações de lançamentos. " Preparamos o Centro para parcerias, novos clientes. Hoje estamos com uma capacidade de lançamento muito significativa", informou Andrade.



Compromisso - Presente na solenidade de troca de comando do CLA, o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Ganem, disse que, após grandes atrasos que incluem o processo com a reconstrução da torre de lançamento do VLS e as pendências para a construção dos sítios de lançamentos da empresa binacional Alcantara Cyclone Space (ACS), é hora de assumir um compromisso de colocar o CLA como uma referência na atividade espacial.



O CLA recebeu investimento de R$ 30 milhões em convênios, R$ 37 milhões para obras de infra-estrutura, e para 2010 a previsão é de um volume de recursos da ordem de R$ 190 milhões para serem aplicados na região de Alcântara.



"É hora de falar sério, de deixar essas querelas com as comunidades, de pensar em quanto o Brasil está perdendo em não concluir os trabalhos dentro dos prazos previstos. O Programa Espacial Brasileiro recebeu no ano passado o maior investimento desde a sua criação e, portanto, está na hora do Brasil começar a produzir suas próprias receitas", declarou Carlos Ganem.

O anúncio foi feito pelo novo diretor do CLA, coronel aviador Ricardo Rodrigues Rangel, que assumiu o comando do Centro na manhã de ontem. Ele substitui o coronel Nilo Andrade, que assumirá um cargo na Agência Espacial Brasileira (AEB).



Segundo Ricardo Rangel, as operações devem ser iniciadas em meados de fevereiro e fazem parte da programação de treinamentos iniciados no ano passado, quando foram lançados três foguetes - dois de pequeno e um de médio porte. Ainda este ano, estão previstos para serem lançados pelo menos dois foguetes de nível intermediário, desenvolvidos com tecnologia nacional e com fins de qualificação do produto.



"O lançamento de foguetes de nível intermediário deve acontecer no meio do ano. Esses foguetes servem como base para o lançamento do VLS, que deverá acontecer em dois anos. Antes disso, iremos fazer alguns testes simulados ainda este ano. Por isso, é fundamental que estejamos com uma equipe pronta", informou o novo diretor.



Além dos lançamentos de foguetes de pequeno e médio porte, uma das metas de Ricardo Rangel é concluir as obras da plataforma de lançamento do VLS, que deve ser concluída no fim deste ano. Após o término dos trabalhos físicos, serão realizados em dezembro/2010 os testes que simulam o lançamento do foguete, para correções e avaliações.



Programa - De acordo com Ricardo Rangel, após essa etapa, o CLA despontará como um dos pontos mais importantes do Programa Espacial Brasileiro, já em condições adequadas para grandes lançamentos. "O Centro está passando por um profundo trabalho de planejamento para que possamos efetuar lançamentos nossos e em parcerias com outros países. As dimensões da torre do VLS permitirão mais flexibilidade para lançamentos ainda maiores", afirmou.



Apesar de contar, atualmente, com espaço suficiente para suprir a demanda necessária para as operações do programa espacial, em breve, temas como expansão física e, conseqüentemente, relocação de algumas comunidades voltarão a ser discutidos. "Para que consigamos entrar no mercado comercial, precisaremos de mais área no litoral do CLA. É um projeto que será discutido com as comunidades próximas do Centro e se for necessário elas serão transferidas para uma área com as mesmas características", disse.



Para o coronel Nilo Andrade, o período de dois anos da sua gestão serviu como um estágio de preparação para grandes conquistas do CLA, como a aquisição de um novo radar meteorológico e o início do projeto de implantação do radar perfilador para medições de ventos em altitudes. Além de softwares de dados de meteorologia que facilitarão as operações de lançamentos. " Preparamos o Centro para parcerias, novos clientes. Hoje estamos com uma capacidade de lançamento muito significativa", informou Andrade.



Compromisso - Presente na solenidade de troca de comando do CLA, o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Ganem, disse que, após grandes atrasos que incluem o processo com a reconstrução da torre de lançamento do VLS e as pendências para a construção dos sítios de lançamentos da empresa binacional Alcantara Cyclone Space (ACS), é hora de assumir um compromisso de colocar o CLA como uma referência na atividade espacial.



O CLA recebeu investimento de R$ 30 milhões em convênios, R$ 37 milhões para obras de infra-estrutura, e para 2010 a previsão é de um volume de recursos da ordem de R$ 190 milhões para serem aplicados na região de Alcântara.



"É hora de falar sério, de deixar essas querelas com as comunidades, de pensar em quanto o Brasil está perdendo em não concluir os trabalhos dentro dos prazos previstos. O Programa Espacial Brasileiro recebeu no ano passado o maior investimento desde a sua criação e, portanto, está na hora do Brasil começar a produzir suas próprias receitas", declarou Carlos Ganem.

BRASIL PODERIA ENVIAR O PORTA AVIÂO PARA O HAITI,MAIS QUE PENÂ Ê VELHO DE MAIS PARA ESTA MISSÂO OS PROJETISTA PREÇISA PROJETAR UM PORTA AVIÂO RAPIDINHO PARA HA DEFESA DA COSTA DO BRASIL  NO MAXIMO 3 PORTA AVIÂO
PARA HA MARINHA DEFEDE O PRE SAL, TEMOS HA TECNOLOGIA SIM-
DES DO PORTA AVIÂO MINAS GERAIS!!!!!!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O F-22 terá em breve um duplo russo: a primeira semi-funcionário T-50 imagem surgiu, embora só o tempo dirá a respeito de como próximo da realidade que é. Looking much like the F-22 in general planform, the T-50 is remakarkable for comparatively small vertical stabilizers, likely an indication that thrust vectoring will be responsible for controling a considerable proportion of the flight manuevering envelope. Olhando bem como o F-22 em planform geral, o T-50 é relativamente pequeno para remakarkable estabilizadores verticais, provavelmente uma indicação de que a vectorização do impulso será responsável por controlar uma proporção considerável da manuevering envelope de vôo. The aircraft appears to incorporate general stealth characteristics based on shape and materials, but there is no real idea yet if the rumoured cold plasma stealth technology will make an appearance... O avião parece incorporar características stealth geral baseada na forma e materiais, mas não há uma idéia real ainda se a tecnologia stealth rumores frio plasma vai fazer uma aparição ...
FX-2 DEVERIA DA LUGAR, PARA O PAK FA T 50
BRASÍLIA - O avião C-130 Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB) com os 17 corpos de militares mortos no Haiti pousou na Base Aérea de Brasília nesta quarta-feira, 20. Participaram do ato 170 militares do Batalhão de Polícia do Exército e do Batalhão da Guarda Presidencial. O ato foi coordenado pelo general Luiz Sodré de Castro, que é o comandante militar do Planalto.






Os corpos permanecerão na Base Aérea, sendo velados em Câmara Ardente, na forma prevista no cerimonial militar, até a chegada dos familiares, que terão acesso exclusivo ao local até às 15h desta quinta-feira, 21.






A cerimônia de homenagens póstumas, que contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, será realizada também na Base Aérea de Brasília, amanhã, às 16h. A informação é do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República. Participam da solenidade autoridades civis e militares e familiares das vítimas do terremoto que atingiu aquele país no último dia 12. O presidente pediu que todos os ministros compareçam à cerimônia.




Dezoito militares do Exército Brasileiro morreram no Haiti, vítimas do terremoto que atingiu aquele país na semana passada. O corpo do major Márcio Guimarães Martins, que foi encontrado na madrugada de hoje, permanece no Haiti. O governo estava fazendo gestões junto à ONU para acelerar a liberação do corpo do major, que era oficial do Comando da Brigada de Infantaria de Paraquedistas, do Rio de Janeiro.



Tags: Haiti, terremoto, brasileiros mortos, FAB O que são TAGS?

terça-feira, 19 de janeiro de 2010










O Esquadrão Aeroterrestre de Resgate e Salvamento foi criado em 02 de setembro de 1963 com a denominação Esquadrilha, tendo o nome atual somente em 1973. O nome PARA-SAR, apesar de ter nascido bem antes da própria Esquadrilha, nunca chegou a ser o nome oficial da Unidade, sendo, porém, a designação mais antiga e tradicional do pára-quedista operacional em salvamento e resgate da Força Aérea.





Composto somente por militares voluntários geralmente interessados em acrescentar à rotina do quartel um pouco mais de emoção com bastante adrenalina o objetivo do PARA-SAR é realizar a formação dos pará-quedistas da FAB-Força Aérea Brasileira, com adestramento das Equipes de Resgate dos Esquadrões de Helicópteros, instrução de salto semi-automático dos cadetes e o cumprimento de inúmeras missões especiais.



Todos os PARA-SAR são treinados em montanhismo, mergulho, sobrevivência, primeiros-socorros e outras etapas que os tornam habilitados para desempenhar missões de salvamento e resgate.







Durante o IV SIAE o Esquadrão Aeroterrestre de Resgate e Salvamento irá fazer demonstrações de resgate para o público presente com 25 pára-quedistas. Além do PARAS-SAR, o SIAE terá a presença de várias empresas do setor aeronáutico, exposição de aviões, diversas palestras com especialistas no assunto, a Esquadrilha da Fumaça e muito mais.

domingo, 17 de janeiro de 2010





mediunidade?

Leitor Aloprado







Não, não, eles não são médiuns... Ou seja deixa o inimigo desistimulado, destruindo o que eles acham que tem de melhor (Não, não tem nada haver com SEXO)... Obviamente, um FE tem que ser mais treinado que um Comandos. O Brasil levou isso a sério, e no exército brasileiro você só pode entrar na FE se for um Comandos condecorado(tava demorando para gente acertar né?).




Os FE agem atrás das linhas inimigas, sem frente de combate definida, em locais onde não há distinção de amigo e inimigo; os FE não recebem apoio dos amiguinhos; eles se viram, dão seus pulos, e podem passar meses em missões de longa duração, passando maus bocados e comendo coisas que nem Bear Grylls aguentaria. São especialistas em tudo relacionado a matar, não só para praticar, mas são capazes de treinar outros também. Aprendem a usar tudo como arma, de shuriken à Mico Azul, passando por cigatinhos explosivos. Como já disse, agem em grupos pequenos e solitários. As missões, são:




Várias ações diretas ao longo de um período, organizadas de dentro do território inimigo,

Inteligência, vigilância e reconhecimento especial (para mim é tudo a mesma coisa)

Ações psicológicas


Eliminação de alvos ditos como importantes

Guerra não convencional, ou Irregular.

MECs (Mergulhadores de Combate) brasileiros

A muito tempo atrás




Embora numérica e materialmente pequena, em comparação a similares de outras nações, esta unidade de elite de nossa Marinha de Guerra não tem limites para sua extraordinária determinação. "Bug e sua pequena tribo de homens primitivos já não agüentavam mais. A poderosa nação de seu vizinho, Zag-Mu, vivia assaltando suas toscas cabanas, levando a pouca comida armazenada, matando muitos e roubando algumas mulheres. Eles sempre chegavam, vindos do outro lado do grande lago, em cima de algumas canoas feitas de troncos escavados de árvores, que Bug e os seus ainda não haviam conseguido construir. Eram muitos e bem armados, com lanças de pontas fortes, que não quebravam. Certa noite sem lua, Bug e seus mais destemidos homens resolveram colocar em ação um plano muito ousado. Flutuando precariamente com o auxílio de pedaços de árvores, conseguiram atravessar o lago e, sem serem notados, chegaram ao acampamento de Zag-Mu, quando todos dormiam. Como felinos, percorreram a praia toda e foram empurrando as canoas do inimigo para o meio do lago, enquanto que a correnteza reinante as levava cada vez mais para longe. Bug e seus intrépidos amigos tomaram a última canoa restante e, com ela, regressaram para a vila. Com esta ação, Zag-Mu não mais os incomodaria, e, ainda por cima, capturaram aquele estranho tronco que levava gente. Com ele, aprenderam a construir outros parecidos passando, por seu turno, a atacar e dominar tribos mais primitivas, que habitavam outras margens."







Certamente é perfeitamente possível que, há milhares de anos, mais ou menos assim tenha transcorrido a missão inaugural dos primeiros "mergulhadores de combate" da História. Mediante um simples exercício de imaginação, pode-se visualizar muitíssimas outras "missões" semelhantes executadas, ao longo dos séculos, por fenícios, gregos, egípcios, chineses, espanhóis, etc. O uso de mergulhadores e nadadores em atividades bélicas é, certamente, tão antigo quanto os conflitos humanos.





Era moderna



Mas foi somente no início deste século XX, com o advento de aparelhos de mergulho confiáveis, que a idéia veio a se tornar uma realidade prática. Na 1ª Grande Guerra, por exemplo, os italianos atuaram intensamente naquilo que se poderia chamar de "guerrilha naval", repetindo a dose, bem mais eficazmente, na 2ª Guerra mundial. Utilizando os chamados torpedos-humanos, dois lugares, ousados mergulhadores da Marinha Italiana, pertencentes a Flottiglia Mezzi d’Assalto - Flotilhas de Meios de Assalto (Flottiglia MAS), afundaram ou danificaram seriamente elevado número de navios Aliados. Foram logo imitados por outros países, que criaram unidades especiais de mergulhadores, empregando material altamente específico, como aparelhos de respiração em circuito fechado, que não produziam borbulhas dentro d'água, evitando, assim, uma indicação visual da presença de mergulhadores numa determinada área. Veículos aquáticos (caiaques e botes pneumáticos) e subaquáticos (torpedos tripulados e minisubmarinos) foram desenvolvidos, visando facilitar o deslocamento e atuação em combate. Neste último grupo, merecem destaque os "X-craft" e "Welman", de fabricação britânica; os "Seehund", "Biber", "Moich" e "Marder", alemães; e os "Kaiten" e "Kairyu", japoneses... e suicidas, naturalmente.




Mergulhador italiano da Flottiglia MAS







Quanto aos norte-americanos, foi somente após o sangrento desembarque no atol de Tarawa, em 1943, que sentiram a necessidade de contar com um grupo especializado em reconhecimento de praias e desobstrução de raias de desembarque. E que, naquela operação, recifes de coral não permitiam que as embarcações se aproximassem das praias, forçando os fuzileiros navais a vadear grandes distâncias até a areia. Conseqüentemente, muitos e muitos homens afogaram-se sob o peso do equipamento ou morreram sob o cerrado fogo defensivo japonês, ao tentar vencer a distância entre as embarcações de desembarque e a praia, com água à altura do peito. Foram, então, criados os UDTs - "Underwater Demolition Teams" (Equipes de Demolição Submarina), que deveriam fazer o prévio reconhecimento das praias de desembarque. Como evolução dos UDTs, que foram mantidos, a Marinha dos EUA criou, em 1962, as equipes especiais chamadas SEAL "Sea-Air-Land", ou Mar-Ar-Terra, cujo âmbito operativo passou a incluir missões de sabotagem e ações de comandos. Suas atuações notabilizaram-se durante a Guerra do Vietnã, onde causaram constantes rupturas nas rotas de abastecimento dos vietcongues.








Como seria de se esperar, os primeiros MECs (Mergulhadores de Combate) brasileiros foram dois oficiais e dois praças que concluíram o curso de UDT-SEAL norte-americanos, em 1964. Fruto da experiência desses pioneiros, foi criada em 1970 a Divisão de Mergulhadores de Combate na Base Almirante Castro e Silva. No ano de 1971, mais dois Oficiais e três Praças, foram qualificados pela Marinha Francesa como "nageurs de combat" e, em 1974 foi formada no Brasil, pelo atual Centro de Instrução e Adestramento Almirante Áttila Monteiro Aché (CIAMA), a primeira turma de Mergulhadores de Combate. Durante o curso os alunos são testados física e psicologicamente, além de receberem conhecimentos técnicos e táticos que vão desde o trabalho com explosivos até o planejamento de missões.



A fim de atender adequadamente às crescentes solicitações da Esquadra e dos Distritos Navais, a Divisão de Mergulhadores de Combate foi transformada, em 1983, no Grupamento de Mergulhadores de Combate, chamado GruMeC, como parte integrante do Comando da Força de Submarinos. Esta nova força era baseada na experiência adquirida por nosso pessoal nos EUA e, também, na França, onde cinco homens graduaram-se no igualmente renomado curso de "Nageur de Combat" (Nadador de Combate).



No dia 12 de dezembro de 1997, o Ministro da Marinha criou o Grupamento de Mergulhadores de Combate (GruMeC). Essa Organização Militar, sediada na cidade do Rio de Janeiro e diretamente subordinada ao Comando da Força de Submarinos, foi ativada no dia 10 de março de 1998.



Formação



A formação do Mergulhador de Combate da Marinha do Brasil nada fica a dever à de outros similares internacionais, como os SEALs norte-americanos, o SBS (Special Boat Service) dos Fuzileiros Navais britânicos ou a do DINOPS (Detachment d'Intervention Operationelle Subaquatique), pertencente à Legião Estrangeira da França, para citar apenas três dos mais conhecidos. O curso MEC é conduzido no ClAMA.



Para oficiais do Corpo da Armada ou do Quadro Complementar da Armada, os requisitos iniciais incluem a aprovação em exames psicológico e médico, teste em câmara de recompressão e árduos testes físicos. O chamado CAMECO (Curso de Aperfeiçoamento de Mergulhador de Combate para Oficiais tem duração de 41 semanas, divididas em quatro fases, e objetiva habilitar os militares a operar equipamentos de mergulho, armamento, explosivos, utilizar técnicas e táticas para guerra não-convencional e conflito de baixa intensidade, capacitando-os a executar, em suma, os diversos tipos de Operações Especiais. Aos oficiais, logicamente, é dada ênfase especial ao planejamento de operações, mas, num todo, as matérias abrangem: treinamento físico militar e defesa pessoal; higiene de campanha e primeiros socorros; equipamento autônomo de circuito aberto; técnicas de combate; operações ribeirinhas; demolição; armamento; comunicações; técnicas de reconhecimento de praia; operações especiais submarinas; processo de planejamento militar e estudo de caso; gestão contemporânea; liderança; introdução ao microcomputador; sistema de comunicações da Marinha; e Inteligência.



Para praças (cabos ou sargentos do sexo masculino, com menos de 30 anos de idade e em condições de reengajar), existe o C-ESP-MEC - Curso Especial de Mergulhadores de Combate, cujas exigências para ingresso são as mesmas do CAMECO. A duração é de 42 semanas de atividades instrucionais igualmente puxadas, como para os oficiais, mas, os que resistem à enorme pressão física e mental do curso estarão devidamente preparados para as especializadas missões atribuídas aos MeCs.





Mergulhadores do GruMeC em treinamento





Durante todo o período dos cursos, os candidatos a MeC são submetidos a condições extremas de provações física e psicológica, sendo enfatizados os atributos de liderança em combate, sensatez, objetividade, improvisação, serenidade quando submetido a ambiente de riscos elevados ou estresse, dentre outros. O clima é sempre mantido o mais próximo possível daquilo que seria encontrado numa verdadeira situação operacional. A pressão é constante de modo que, tipicamente, de um grupo que inicia o curso, somente cerca de 30 a 40 por cento recebem aprovação final e, com ela, o almejado brevê (distintivo). Todos os candidatos são voluntários e podem pedir o desligamento da atividade a qualquer momento. O ClAMA também ministra o C-EXP-MAUT-GÁS-Curso Expedito de Mergulho Autônomo com Circuito Fechado, disponível tanto para oficiais como praças que tenham sido julgados aptos em controle psicofísico anual para mergulho (ou exame equivalente) há menos de um ano. Sua duração é de quatro semanas, estando aberto também para militares do Corpo de Fuzileiros Navais, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira. É sempre importante ressaltar que as técnicas de mergulho autônomo de circuito fechado, com equipamento que não produz borbulhas, são essenciais para emprego na maioria das Operações Especiais, graças à discrição, silêncio e à virtual invisibilidade dos operadores à observação visual e detecção pelo inimigo.



Depois de formado MeC, o militar é designado para servir no GruMeC, onde participará de um completo programa complementar de adestramento e realizará cursos de extensão e estágios em diversas áreas, como desativação de artefatos explosivos (DAE), básico de pára-quedismo (salto enganchado), mestre de salto, salto livre, mestre de salto livre, precursor pára-quedista (PREC), dobragem, manutenção e suprimentos pelo ar (DOMPSA), estágio básico de montanhismo, curso de operações na selva, estágio de operações no Pantanal, estágio de atirador de elite (sniper), dentre outros.




Missões não-convencionais






Operadores do GruMeC em treinamento armados com caranina M4





"Ações específicas de guerra não-convencional em ambientes marítimos e ribeirinhos." Esta seria uma viável síntese das tarefas previstas para o GruMeC ou mesmo para qualquer de seus equivalentes internacionais. Na realidade, com tênues variações, são operações comuns a dezenas de unidades semelhantes, como o SBS ("Special Boat Service"), dos Fuzileiros Navais britânicos, ou o DINOPS (Detachment d'Intervention Operationelle Subaquatique"), pertencente à Legião Estrangeira da França, para citarmos apenas dois.





As complexas operações anfíbias têm, no GruMeC, um elemento virtualmente indispensável realizando ações em prol do Comandante da Força-Tarefa Anfíbia (ComForTarAnf), em princípio na área marítima e nas praias. Entre as informações , vitais para um desembarque bem-sucedido está o conhecimento exato do gradiente (inclinação) da praia escolhida, a partir de uma profundidade de cerca de sete metros até a vegetação que circunda a areia. A equipe de reconhecimento também deve produzir uma carta com dados sobre o tipo de solo (areia, pedra, lama, etc.), obstáculos naturais e artificiais (passíveis de demolição com explosivos), campos minados e até as possíveis edificações e habitantes da área.'



Igualmente importante será a avaliação das forças de oposição, o que deve ser feito, preferencialmente, sem que haja o contato com o inimigo embora estejam sempre fortemente armados para um confronto que seja inevitável. Pode-se afirmar, sem exagero, que o sucesso inicial encontra-se nas mãos das solitárias equipes de MeCs infiltradas nas áreas-alvo, muitas vezes, dias antes da "Hora-H" do "Dia-D".



Nos demais campos da guerra naval, incluindo as cada vez mais comuns Operações de Manutenção de Paz, os MECs são empregados para destruir ou sabotar navios e embarcações, instalações portuárias, pontes, comportas, etc.; capturar ou resgatar pessoal ou material; realizar reconhecimento, vigilância e outras tarefas de coleta de dados de Inteligência; infiltrar e retirar agentes e sabotadores de território sob controle inimigo; e, interditar linhas de comunicação e de suprimento em rios e canais. Mais ainda, em apoio ao cumprimento do Código Internacional de Proteção de Navios e Instalações Portuárias da Organização das Nações Unidas (ONU-ISPS Code), cabe aos MeCs realizar a abordagem inicial de navios suspeitos ou potencialmente hostis, garantindo as condições para a verificação de eventuais ilícitos por uma Força Naval em ações de interdição nas operações de Controle de Área Marítima. Neste último contexto, o GruMeC tem dado imporrtante contribuição para a segurança dos chamados Grupos de Visita e Inspeção (GVI) dos navios da Marinha de Guerra, apoiando seu adestramento. Os MeCs também estão prontos para serem empregados, caso necessário, em ações do tipo GLO (Garantia da Lei e da Ordem).



Em primeiro lugar, deve ficar bem claro que os MECs não saem, simplesmente, "nadando por aí", até chegar a seus objetivos. Precisam ter, à sua disposição, variados meios de infiltração, a partir dos quais, então, evoluem.







Mergulhadores de combate do GruMeC treinam infiltração a partir de um submarino







O submarino, tendo em vista sua inerente discrição e capacidade de ocultação, constitui-se no meio mais empregado. A partir dele — e, mesmo, sem a necessidade de vir à superfície - os mergulhadores podem deslocar-se até o objetivo subaquaticamente, em total ocultamento, graças aos equipamentos de mergulho, tanto de circuito fechado como de semifechado. Caiaques (botes de lona, dobráveis) de dois lugares também podem ser lançados de submarinos na superfície, deslocando-se em distâncias de até 40 quilômetros, aproximadamente. Outro tipo de embarcação são os botes pneumáticos (EDPNs), com capacidade tépica de até 300 kg, que podem ser "desovados" estando o submarino na superfície, com o convés molhado, ou mesmo em cota periscópica, ou seja, cerca de 18 metros abaixo da superfície. O GruMeC utiliza o versátil caiaque biplace Klepper Aerius, de fabricação alemã, muito utilizado internacionalmente por outras unidades de Operações Especiais. Sua estrutura é feita em madeiras especiais tratadas e elementos de fixação em alumínio anodizado, oferecendo excepcional resistência à ação da água salgada. O casco é feito de Hypalon (borracha natural), com núcleo de Trevira (poliéster industrial), oferecendo flexibilidade, resistência e longa durabilidade em todas as condições climáticas, das árticas às tropicais. A quilha possui camadas adicionais de HypalonlTrevira, como proteção contra obstáculos naturais e artificiais. O restante do revestimento externo (conveses) usa um tipo de tecido especialmente tratado, de algodão egípcio, que oferece, ao mesmo tempo, impermeabilidade natural e circulação de ar, eliminando condensação excessiva no interior. Tubos infláveis integrais, ao longo de toda a extensão superior do caiaque, oferecem proteção e estabilidade adicionais ao conjunto, além de flutuação suficiente para dificultar seu emborcamento e, se necessário, facilitar e reentrada da guarnição a bordo. Todo o conjunto estrutural tem excelente resistência à torção, flexão e compressão, uma evidência da qualidade desta embarcação que já foi usada em diversas travessias transatlânticas.






MeCs utilizando o versátil caiaque biplace Klepper Aerius




Pode ser facilmente desmontado e acomodado, para transporte, em dois sacos. A posterior montagem e preparação para uso levam em torno de 10 minutos. Com 5,20 m de comprimento e um peso vazio de 35 kg, pode transportar até 400 kg, o suficiente para que a guarnição leve uma razoável quantidade de armas e equipamentos necessários à missão. Os MeCs já utilizaram os caiaques Keppler em todas as condições aquáticas existentes no Brasil.



Armados com Uzis homens do GruMeC desembarcam em um navio, usando o método "fast rope". Através deste o operador dispensa a conexão fixa (freio em oito) com o cabo pendente do helicóptero (neste caso um Lynx), processando a descida de forma rápida e devidamente segura.





A capacidade pára-quedista dos integrantes do GruMeC lhes amplia as possibilidades de emprego, saltando tanto de aeronaves de asa fixa (saltos semi-automáticos, livres a grande altitude e duplos, ou em tandem) como de helicópteros.





Neste segundo caso, o chamado "helocast" (salto livre, sem pára-quedas, sobre água, a baixa altitude) é uma das técnicas empregadas para o lançamento de pessoal, assim como a descida por rapel e pela moderníssima técnica de "fast rope", um tipo especial de corda que dispensa o uso, pelo homem, de equipamentos extras (como o tradicional "freio-8"): apenas um par de grossas luvas permite uma descida segura e rapidíssima. O helicóptero também constitui-se em prático meio de recolhimento de pessoal, por meio de escadas de corda ("quebra-peito").







As complexas operações anfíbias têm, nos MECs, elementos virtualmente indispensáveis. Entre as informações vitais para um desembarque bem-sucedido está o conhecimento preciso do gradiente (inclinação) da praia escolhida, a partir de uma profundidade de cerca de sete metros até a vegetação que circunda a areia.





A carta a ser preparada pela patrulha de reconhecimento também deve contar com dados sobre o tipo de solo (areia, pedra, lama, etc.) obstáculos naturais e artificiais, minas e a existência de" edificações e habitantes da área.





Igualmente importante será a avaliação das forças de oposição, o que deve ser feito sem que os mergulhadores de combate entrem em contato com o inimigo (embora estejam, sempre, fortemente armados para um confronto que seja inevitável): tal fato seria uma inequívoca indicação da eminência de um ataque.







Por outro lado, o GruMeC está devidamente preparado e adestrado para desempenhar muitas outras variadas missões, sobretudo em meio marítimo ou próximo da costa. Pode, por exemplo, infiltrar-se num porto inimigo, afundando ou danificando navios (com minas imantadas, de retardo, que são presas aos cascos) e destruindo instalações portuárias, diques e defesas costeiras. Igualmente, junto ao litoral, estarão ao seu alcance plataformas petrolíferas, refinarias e terminais de petróleo, assim como quaisquer outros alvos de natureza estratégica, cuja destruição seja necessária.





Grupo Especial de Retomada e Resgate







Operadores do GERR/GruMeC treinam uma entrada tática num recinto com finalidade de resgatar reféns: surpresa, velocidade e se necessário tiros de precisão, são elementos importantes neste ação.



No cenário internacional contemporâneo, repleto de ameaças e atentados terroristas e de pirataria marítima, não pode deixar de ser destacada a disponibilidade do Grupo Especial de Retomada e Resgate - GERR/MeC. Especialmente equipado e adestrado, tem sua atuação volitada para atividades anti-seqüestro e anti-terrorista em ambiente marítimo, como a retomada de navios, terminais e plataformas de petrolíferas, incluindo o resgate de possíveis reféns. Os militares do GERR/MeC utilizam, é claro, equipamentos, técnicas e armamentos específicos para o emprego em situações de alto risco, onde a precisão, o sigilo e a rapidez são fatores preponderantes para o sucesso da missão. Mais do que nunca, suas ações são eminentemente "cirúrgicas", impetuosas, ou seja, as ameaças devem ser eliminadas com absoluta exatidão, sem expor terceiros (reféns, por exemplo) a riscos.







Suas reações a ameaças e situações inesperadas devem ser imediatas e quase instintivas. Diretamente subordinado ao Departamento de Operações do GruMeC e pelo fato de também existir um GERR/OpEsp na estrutura do Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais (BtIOpEspFuzNav), o Batalhão Tonelero, suas atribuições operativas seguem, em princípio, o cenário da ação prevista: é acionado o GruMeC quando ocorrer, primordialmente, em ambiente aquático, enquanto que a tropa de Fuzileiros Navais intervém em ambiente predominantemente terrestre. Sua ordem de ativação vem diretamente do Comando de Operações Navais (CON), que estabelece a composição adequada desse Grupo para o cumprimento das tarefas específicas. Esses operadores, altamente técnicos e aguerridos, contando com armas e equipamentos especiais, podem chegar furtivamente pelo mar ou mesmo pelo ar (de helicóptero ou pára-quedas) até seus alvos, tendo condições inigualáveis para assumir o controle da situação em termos eminentemente "cirúrgicos", ou seja, sem a perda desnecessária da vida de possíveis reféns.







Uma operação típica seria a retomada de uma plataforma de petróleo da nossa bacia marítima. Hoje existem mais de uma centena dessas plataformas, algumas distantes 200 quilômetros da costa. Segundo consultores da Casa Branca, as plataformas de petróleo tem se constituído em alvos de primeira grandeza para o terror internacional, visto que a indústria do petróleo é muito globalizada e interdependente. E ataques ou tomadas de plataformas afetariam o comercio internacional.











Mergulhadores do GruMeC treinam a retomada de uma plataforma de petróleo.



Na operação de retomada haveria uma força-tarefa constituída de várias embarcações, auxiliada por diversos aviões e helicópteros. O objetivo principal destas aeronaves seria a vigilância e escuta da área. Uma equipe do GruMeC com dez ou onze homens poderia ser transportada para um local determinado próximo da plataforma, em um ou dois helicópteros Super Puma. Neste local haveria um submarino a sua espera. Os mergulhadores de combate poderiam realizar um salto com pára-quedas especiais a baixa altitude ou descerem até o submarino através de fast-rope. o submarino levaria os mergulhadores a um local mais próximo. Dentro do submarino os homens do GruMeC encontraria armas, equipamentos de comunicação, explosivos, botes de borracha e todo e qualquer material necessária para a retomada da plataforma de petróleo.







Os mergulhadores deixariam o submarino a nado através de um dos tubos de torpedos, ou a embarcação chegaria até a superfície e os mergulhadores poderiam usar um ou dois botes infláveis. Silenciosamente os mergulhadores escalariam a plataforma, sem a ajuda de cabos ou cordas, e armados com submetralhadoras, provavelmente a mini-uzi retomariam a plataforma.




Treinamento e Intercâmbio



O dia-a-dia dos membros do GruMeC constitui-se numa incontável gama de atividades, bem mesclada entre as inevitáveis tarefas ditas administrativas e, mais necessárias ainda, de adestramento, reciclagem e exercícios. Na operação "Dragão" eles efetuam reconhecimento hidrográfico e informações sobre a arrebentação; adestramentos de patrulhas, orientação terrestre, infiltração mergulhada, salto de pára-quedas (livre, ou semi- automático), lançamento e recolhimento de pessoal e material por aeronave de asa rotativa (helicóptero), submarinos e navios de superfície;







Na realidade, os MeCs têm participado de todas as operações anfíbias da Esquadra, no apoio de lançamentos de torpedos e mísseis, em operações ribeirinhas na Amazônia e no pantanal matogrossense, assim como nos constantes exercícios de retomada de navios e plataformas de petróleo, "ataques" a navios da Esquadra, das Forças Distritais, etc.



Visando a manter-se atualizado com o estado-da-arte de sua especialidade, em nível mundial, o Grupamento tem procurado, ao máximo, realizar intercâmbios com seus congêneres de países amigos. Entre as quais podemos citar: Operação "Unitas", onde operam junto com os MECs da Marinha americana (SEAL).



Assim, o Grupamento de Mergulhadores de Combate da Marinha do Brasil, ainda que possa ser numericamente pequeno em comparação a tropas de países maiores e mais ricos, encontra-se devidamente pronto para responder a qualquer chamado. Em particular, as regiões marítimas, ribeirinhas e pantanosas do território nacional contam com guerreiros motivados e bem capacitados para defende-las




Armamento



grumec da marinha brasileira com um fuzil anti blindado