segunda-feira, 14 de maio de 2018

Minigun, a metralhadora rotativa que de "mini" não tem nada!

Frota do Mar Negro russa receberá em breve mais uma fragata Admiral Makarov

A Frota do Mar Negro receberá a terceira fragata do projeto 11356 Admiral Makarov até o fim deste ano, afirmou o comandante da Marinha russa, almirante Vladimir Korolev.
A construção do navio Admiral Makarov começou em fevereiro de 2012, no estaleiro Yantar. Em 2015, a embarcação estava pronta e no ano seguinte passou por testes no mar Báltico e de Barents.
O deslocamento das fragatas do projeto 11356 é de quatro mil toneladas e sua velocidade atinge 30 nós. O regime autônomo dos navios é de 30 dias. A tripulação conta com 200 efetivos.
As fragatas deste projeto são destinadas para conduzir operações militares tanto contra navios de superfície, como contra submarinos, repelir ataques da aviação inimiga individualmente ou em grupo, efetuar ataques de alta precisão contra alvos terrestres e participação de operações antiterroristas e antipirataria.
Prevê-se que até 2020 a Frota do Mar Negro receba no total seis navios-patrulha do projeto 11356. Os primeiros dois, Admiral Grigorovich e Admiral Essen, saíram do estaleiro em 2016. No momento, no Yantar se encontram o quarto e o quinto navio, em diferentes estágios de prontidão – Admiral Butakov e Admiral Istomin.

No ano passado, os navios do projeto 11356 foram apresentados durante uma exibição naval internacional que teve lugar em São Petersburgo. Parceiros estrangeiros da Rússia demonstraram interesse pelas embarcações. Muitos países expressaram sua vontade de negociar a compra desses navios.

Acordo de Salvaguardas de Alcântara

Nos últimos meses, um tema voltou a atrair a atenção da mídia brasileira: a negociação da proposta de Acordo de Salvaguardas com os Estados Unidos que permite o lançamento, a partir do Centro Espacial de Alcântara (MA), de objetos espaciais que contenham componentes norte-americanos.
Uma rápida leitura dos artigos publicados em jornais e revistas revela que o interesse despertado pelo tema vem acompanhado de certo grau de desconhecimento. Há inúmeras opiniões e versões conflitantes sobre o que seria esse Acordo de Salvaguardas. Alguns falam em “entrega de Alcântara para os EUA”. Outros dizem que estão em curso “negociações secretas”. Há aqueles que dizem existir um “projeto de lei sobre o tema a ser apresentado ao Congresso Nacional já em maio de 2017”. E alguns, até mesmo, falam em “ameaça à soberania nacional”.
O chamado “Acordo de Salvaguardas Tecnológicas”, ou AST, é uma iniciativa que atende aos interesses do Programa Espacial Brasileiro e que poderá dar ensejo à geração de recursos, capacitação, progresso e aprofundamento das atividades espaciais.
A Agência Espacial Brasileira, responsável pela Política Espacial Brasileira, apresenta aqui informações e fatos que podem contribuir para um debate construtivo e fundamentado sobre o papel do AST no desenvolvimento do Centro Espacial de Alcântara e no fortalecimento do programa espacial brasileiro.
As perguntas e respostas a seguir foram elaboradas com o intuito de esclarecer as principais dúvidas sobre o Acordo de Salvaguardas.  
O que é o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas, ou AST?
O AST a ser negociado com os Estados Unidos é um acordo recíproco de proteção de tecnologias. Com a assinatura do AST, os dois países estabelecem compromisso mútuo de proteger as tecnologias e patentes da outra parte contra uso ou cópia não autorizados. Ou seja, o AST protege tecnologias norte-americanas e brasileiras.
Acordos de Salvaguardas Tecnológicas são praxe no setor espacial. Basta lembrar que o Brasil já tem acordos semelhantes celebrados com Rússia e Ucrânia. Já os EUA têm Acordos de Salvaguardas com Rússia, Índia e Nova Zelândia. Obviamente, em nenhum desses casos se pode falar de “ameaça à soberania”. Os AST são sempre celebrados por acordos de interesse mútuo entre as partes.
Por que o Brasil precisa assinar um AST com os EUA? Qual a importância desse Acordo para o país?
Precisamos, antes de tudo, entender a relação entre o AST e o Centro Espacial de Alcântara, ou CEA.
O programa espacial brasileiro prevê que Alcântara venha a se tornar um centro de lançamento competitivo que ofereça soluções de lançamento para a comunidade mundial. No futuro, além de utilizar foguetes nacionais para lançar satélites brasileiros, Alcântara poderá atender ao mercado internacional de lançamentos privados, gerando recursos para nosso programa espacial.
No entanto, para que um equipamento possa ser lançado de Alcântara, os proprietários de tecnologias presentes no objeto espacial necessitam de garantias para que sua tecnologia esteja  protegida. Esse é o papel do AST.
Como praticamente todo equipamento espacial – de qualquer país –  possui algum componente norte-americano, o AST a ser assinado com os EUA permitirá que esses equipamentos sejam lançados a partir do Centro Espacial de Alcântara.
Por outro lado, sem o AST, Alcântara jamais poderá lançar qualquer objeto que tenha conteúdo norte-americano e o Brasil ficará de fora do mercado de lançamentos espaciais.
Resumindo: o AST é necessário para transformar Alcântara em um centro comercial de lançamentos que possa gerar recursos para o Brasil.
E nossa soberania?
O AST não trata de questões de soberania. Ele não prevê cessão de território, restrições de acesso ou controle de Alcântara pelos EUA ou por outro país. O AST é meramente um acordo de proteção de tecnologia – um acordo padrão na área espacial. Afinal, se o AST fosse um acordo de restrição de soberania, a Rússia jamais teria assinado tal acordo com os EUA e com o Brasil.
O Centro de Alcântara continuará sendo controlado exclusivamente pelo governo brasileiro, com participação da AEB e do Ministério da Defesa e todas as atividades no Centro ocorrerão sob a supervisão do Brasil, exatamente como ocorre hoje.
A assinatura de um acordo de salvaguardas pelo Brasil com outro país significa apenas que o Brasil reitera seu compromisso de proteger a propriedade intelectual de terceiros, assim como o Brasil exige que outros países respeitem sua propriedade intelectual. Sob esse aspecto, o AST é um acordo de proteção dos interesses brasileiros. Com o AST, os EUA terão a mesma obrigação de respeitar e proteger a propriedade intelectual de nossos equipamentos espaciais.
Procede a informação que os EUA vão montar uma base em Alcântara?
O AST não trata deste assunto. O Acordo de Salvaguardas, como mencionado acima, não se propõe a discutir qualquer questão nesse sentido.
Essa dúvida pode ser fruto de um certo desconhecimento de como funcionam as operações em um centro de lançamento. Em Alcântara, temos uma ampla área na qual podem ser estabelecidas algumas plataformas de lançamento. Qualquer país ou empresa nacional ou estrangeira pode, se quiser, negociar um contrato para desenvolver uma infraestrutura, mediante acordo, em área do CEA para realizar operações de lançamentos. Isso é praxe no setor espacial. Um exemplo semelhante na América do Sul é a Base de Kourou, na Guiana Francesa, de onde são operados os foguetes russos Soyuz. Para a Rússia, trata-se de ter acesso a uma base com localização e infraestrutura excelentes. Para a França, trata-se de negócios, pois o país é remunerado pelos russos. Um bom negócio para todos. E é isso que queremos para Alcântara e para o Brasil.
O Acordo de Salvaguardas é bom para o Brasil?
É do interesse do Brasil fomentar atividades comerciais em Alcântara, pois essas gerarão recursos substanciais para o nosso programa espacial e para o país. No entanto, em função do peso das tecnologias norte-americanas na indústria espacial mundial, é impossível para o Brasil desenvolver atividades comerciais de lançamento no CEA sem a assinatura de um AST com os EUA. Enfim, o AST é fundamental para o sucesso de Alcântara. Para os EUA, trata-se de proteção intelectual. Para o Brasil, de proteção intelectual e também de interesse comercial.
Quando esse Acordo será assinado?
Em primeiro lugar, uma proposta de texto será negociada com os atores relevantes do Brasil (MCTIC/AEB, MD, MRE). Após aprovação, como em qualquer tratado internacional, esse texto deverá ser negociado com o lado norte-americano para que as partes cheguem a um texto que atenda aos interesses e preocupações de ambos.
Após assinatura, o texto seguirá para discussão e aprovação no Congresso Nacional e somente após essa etapa entrará em vigor. Esse é o procedimento legal previsto pelo ordenamento jurídico brasileiro.
Mais importante do que termos uma data para que o processo seja concluído, é assegurar que todos os interessados tenham pleno conhecimento da importância do AST para que assim possamos avançar nessa iniciativa, que é de grande importância para o desenvolvimento do Brasil.

Dominação Russa 5ª Próxima Geração RS 28 SARMAT Em ação

14 de Maio de 1948 - A criação do Estado de Israel

Força Aérea de Israel atinge instalação do Hamas na Faixa de Gaza em meio a protestos

A situação ao longo da fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza está agitada devido a protestos em massa de cerca de 15 mil palestinos contra a transferência da embaixada dos EUA para Jerusalém.

Um caça atingiu 5 alvos terroristas em uma instalação militar de treinamento pertencente à organização terrorista Hamas no norte da Faixa de Gaza", diz o comunicado militar.

O ataque foi conduzido em resposta aos atos violentos das últimas horas realizados pelo Hamas ao longo da cerca de segurança", acrescentou.

Anteriormente, a Força de Defesa israelense afirmou que um avião militar e um tanque atingiram outras posições militares do Hamas depois de homens armados do Hamas supostamente terem atirado contra as forças israelenses.
Até o momento, pelos menos 37 palestinos foram mortos durante os confrontos entre os manifestantes e as forças de segurança de Israel.
Desde 30 de março, os palestinos têm realizado protestos em massa ao longo da fronteira, conhecidos como a Grande Marcha de Retorno. Durante esses protestos, dezenas de palestinos foram mortos e mais de mil pessoas ficaram feridas, enquanto as forças israelenses continuam reprimindo as manifestações. Os palestinos pretendem continuar a marcha até amanhã, quando comemorarão o 70º aniversário de seu deslocamento.

Como brecha em legislação brasileira protege pais acusados de pedofilia

Aprovada em 2010, a Lei da Alienação Parental prevê que um pai ou uma mãe que sinta que seu filho esteja sendo usado pelo cônjuge como instrumento para prejudicá-lo possa entrar na Justiça.
Porém, especialistas e mães acusadas de serem alienadoras, que foram ouvidos pela Sputnik Brasil, contestam a maneira como a lei vem sendo aplicada nos tribunais brasileiros.
"Eu cheguei em um ponto em que não adianta me esconder. Estou há um ano e nove meses sem qualquer contato com meu filho, eu não sei nem mesmo onde meu filho está. A Justiça impediu que eu tivesse qualquer tipo de contato com ele com a alegação que eu tenho problemas mentais."
O motivo que levou Rebeca* a ser afastada e de ter contato com seu filho foi ter sido acusada de alienadora após o garoto relatar para ela que estava sofrendo abuso sexual do pai, seu ex-marido.
"Quando ele tinha quase dois anos começou a relatar algumas brincadeiras que o pai fazia com ele. Nessa ocasião, eu já estava no processo de divórcio, eu contei para o pai o que o filho tinha falado e ele teve uma reação extremamente agressiva a ponto de me agredir fisicamente", conta à Sputnik Brasil.
Rebeca procurou uma psicóloga forense que deu um laudo que constatava que o garoto estava passando por um processo de dessensibilização, ou seja, que o pai estava atuando de uma maneira para fazer com que a criança naturalizasse o comportamento pedófilo, mas que ainda não tinha tido um abuso propriamente dito. Ela até tentou procurar a Justiça, mas não obteve nenhuma resposta.
Durante as férias de julho, o filho ficou quinze dias com cada genitor. Ao voltar do período em que ficou com o pai, Rebeca disse que ele apresentou esfoliação anal e contou o que tinha ocorrido. "Ele contou tudo, o que aconteceu, como que ele tinha que ficar, qual era a posição que o pai machucava ele, que ele chorava, que ele pedia para parar e o pai não parava."
Logo em seguida, ela procurou o conselho tutelar que a encaminhou para uma delegacia. Ao chegar ao local, Rebeca disse que a delegada já ia começar as oitivas. "A delegada convocou a psicóloga forense que tinha avaliado meu filho, convocou a escola que meu filho estudava, porque a escola também tinha sido testemunha que meu filho estava apresentando um comportamento erótico que não era comum ser apresentado por crianças na idade dele."
"Isso tudo aconteceu numa segunda, terça e quarta. Quando foi no sábado, minha casa foi invadida por policiais, com arma em punho, arrombaram a minha porta e entraram dentro da minha casa. Até hoje eu nunca mais vi meu filho", disse.
Utilizando a Lei da Alienação Parental (Lei 12.318/2010), o ex-marido acusou Rebeca de estar induzindo o filho para prejudicar a relação dele com o pai. Antes mesmo do inquérito ser concluído na Justiça Criminal, o processo movido pelo pai foi parar na Vara de Família, lá foi concluído rapidamente e Rebeca foi proibida de ver seu filho desde então.
Origem do conceito
O conceito de alienação parental foi criado na década de 80 pelo psiquiatra estadunidense Richard Gardner. Ele publicou um livro chamado "The Parental Alienation Syndrome: A Guide for Mental Health and Legal Professionals". Lá ele escreve o ponto mais polêmico de sua teoria. Segundo Gardner, os pais têm o poder de "implantar falsas memórias" nas crianças.
A teoria de Gardner não foi aceita pela comunidade médica dos Estados Unidos da época. Tanto a Associação Americana de Psiquiatria quanto a Associação Médica Americana não reconheceram alienação parental como síndrome.
A professora doutora em psicologia social da Universidade Veiga de Almeida (UVA), Analícia Martins, que publicou o livro "Síndrome da alienação parental: Um novo tema nos juízos de família", ressalta, em entrevista à Sputnik Brasil, que acusações de abuso são sempre complexas e que é preciso analisar cada caso individualmente, mas explica que o conceito de alienação parental não foi comprovado cientificamente.
"Essa teoria não se sustenta, ela nunca foi demonstrada cientificamente, não consta nos manuais de psiquiatria que são usados pelos profissionais da área para identificação de patologias clínicas, mas essa lei estranhamente passa rapidamente no Brasil, a despeito de algumas tentativas de críticas", afirma.
Um levantamento feito por Analícia Martins a partir de 400 acórdãos em que envolviam a expressão "alienação parental" mostra que casos em que o pano de fundo é uma denúncia de abuso são minoria no Judiciário brasileiro.
"Na verdade, nós temos uma enormidade de situações que apareciam nesses processos, a maioria não dizia respeito a menção a abuso sexual infantil, ou seja, me parece que de fato pode ser utilizada, mas você não pode dizer que isso é maioria dos casos de litígio conjugal", explica a professora.
Mesmo sendo uma minoria, a história de Rebeca não é a única, ela se juntou a um grupo de outras 80 mães que sofreram processos de alienação semelhantes. Uma delas é Joana*, que teve a suspeita de abuso quando a criança tinha 4 anos.
"Ela começou a apresentar uma série de sintomas, não conseguia segurar fezes, voltou a fazer xixi na cama, apalpava as pessoas na rua, tirava a roupa e mostrava os órgãos genitais para qualquer pessoa", conta.
A criança passou a revelar que sofria abusos para um familiar de Joana, mas depois também contou sobre o assunto na terapia.
"Ela já fazia terapia por causa desses comportamentos estranhos e na terapia ele revelou que sofria abusos do pai. Relatava desde que tinha que assistir à relação sexual dele e até participar", revelou à Sputnik Brasil.
Joana agora é obrigada a ver seu filho em visitas assistidas dentro de uma sala da Justiça. "Na primeira audiência que eu tive na Justiça, foi dito que eu estava inventando e não queriam nem investigar o abuso. Enquanto eu fiz uma denúncia na polícia o genitor fez uma denúncia na Vara de Família e foi na Vara de Família que eu fui condenada e hoje sou considerada alienadora."
Joana já tinha laudos de outros dois profissionais particulares que também confirmaram o abuso.
Em entrevista à Sputnik Brasil, Cristiana Cordeiro, juíza de direito do TJ-RJ, apontou que, às vezes, os juízes no Brasil acabam dispensando um parecer técnico feito por um especialista, além de, segundo ela, a Justiça brasileira possuir "um traço machista ao rotular as mães como portadoras de transtornos psicológicos".
"A gente tem uma certa cultura no Brasil de um juiz em muitas situações acabar dispensando um parecer mais técnico, porque em muitos lugares do país os juízes não contam com uma equipe completa com psicólogos, assistentes sociais que possam dar a ele um embasamento maior sobre o que de fato está acontecendo na dinâmica daquela família. Então quando o juiz, ou porque ele se arvora desse conhecimento que ele não tem ou porque ele não tem realmente a quem recorrer, ele acaba assumindo o papel de definir o que é o quê", afirmou.
A lei foi aprovada no Brasil em 2010 depois de uma forte campanha feita por associações de pais. Analdino Rodrigues Paulino, presidente da Apase (Associação de Pais e Mães Separados), uma das principais organizações que lutou pela aprovação da lei, defende a lei como forma de proteger os homens após processos de separação.
"Nós temos no Brasil dezenas de leis de proteção a mulher e que prejudicam os homens. É muito perigoso para os homens um envolvimento com uma mulher que seja inconsequente. Qualquer coisa que ela falar contra você, você vai responder judicialmente pela queixa que ela fez", diz.
Segundo ele, é muito comum em términos de relacionamentos que mulheres entrem com processos judiciais para prejudicar os homens. "Normalmente quem é trocado por outro não perdoa, daí essa ira das mulheres, por exemplo, de fazer uma falsa acusação de abuso, uma falsa acusação de Maria da Penha."
A Apase tem uma página no Facebook com 5 mil seguidores e até produziu um documentário para mostrar os motivos que a ONG acha importante aprovar a Lei da Alienação Parental.
"Por isso que nós lutamos para fazer a Lei da Guarda Compartilhada e da Alienação Parental. Para garantir o mínimo de direito para os pais não terem só a obrigação de pagar a pensão e não poderem mais ver o filho", justificou.
A defensora pública, Paula Sant'Anna Machado de Souza, que é coordenadora auxiliar do Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher (NUDEM), da Defensoria Pública de São Paulo, discorda dessa posição e diz que não é isso que vem sendo observado nos tribunais brasileiros.
Em entrevista para a Spuntik Brasil, ela disse que já existiam outros dispositivos legais, como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que fazem com que a Lei da Alienação Parental não seja necessária.
"Se a criança está passando por sofrimento, se ela está em uma situação de conflito familiar, nós temos por exemplo o estatuto do ECA que garante medidas protetivas. Então a gente fica questionando para quem que é essa lei de alienação? Qual o recorte de gênero que essa lei está buscando fazer? Esses resultados de reversão de guarda brusca também não são uma violência contra essas crianças? O que nos fez pensar que essa lei não está sendo pensada de forma que garanta o bem-estar da própria criança", questiona.
Quem é o alienado?
Paula Sant'Anna Machado de Souza enxerga que há, inclusive, uma distorção do próprio conceito de alienação parental.
"Porque muitas vezes a gente até confunde, em tese, quem sofre alienação é a criança, não o pai e nem a mãe. Quem tem que apresentar algum sofrimento é a criança. Na verdade, o que a gente sente é que existe uma deturpação até do próprio conceito de alienação", afirmou.
Outra problemática da lei trazida por especialistas é o fato de que nem sempre uma pessoa acusar o cônjuge de abuso significa que ela esteja alienando a criança. Muitas dessas vezes ela quer apenas que uma investigação seja feita.
A psicóloga do Ministério Público do Rio de Janeiro, Beatrice Marinho, coordenadora do livro "Psicologia na Prática Jurídica — a Criança Em Foco", diz que de fato existem muitas denúncias falsas de abuso sexual, principalmente os chamados abusos incestogênicos, que é quando o acusado é o pai ou a mãe, mas que não necessariamente o fato de uma das partes fazer uma denúncia signifique que a criança esteja sendo alienada.
Quando uma denúncia de abuso acontece, têm essas duas alternativas, ou ser verdadeiro ou ser falso. Agora não queira entender que isso quer dizer que ela foi abusada ou ela é alienada. Porque, às vezes, existem outras possibilidades, existem pessoas que fazem essas denúncias, embora falsas, que não têm a intenção de alienar, mas tem a intenção de proteger, porque quem está denunciando realmente têm razões para acreditar naquele abuso, isso que eu acho que é uma falha da Justiça. A dificuldade de diferenciar o que é uma falsa denúncia de uma alienação", explica.
É justamente a vontade de que fosse feita a investigação de uma suspeita de abuso que levou Renata* a ser acusada de alienadora e perder a guarda do filho. "A única razão de eu ter perdido a guarda dessa criança foi ter cumprido nosso dever enquanto mãe de denunciar uma suspeita, um indício ou um abuso que fosse."
Ela contou que o filho apresentava comportamentos estranhos toda vez que voltava das visitas com o pai. Ele tinha por volta de 3 anos e se queixava de dores no ânus e dizia que o pai cometia abuso quando os dois tomavam banho juntos. Há 2 anos que Renata só pode ver o filho em uma sala, com supervisão de funcionários da Justiça a cada 15 dias.
Meu filho voltou da visita do pai chorando, vomitando, com os ânus dilatados e quando eu perguntei se o pai tinha mexido nele ele afirmou que sim e que doía muito. Em seguida, meu filho se arrependeu de dizer e botou a mão na boca. Eu perguntei mais um pouco e ele me falou: 'dói assim, primeiro ele cresce, daí ele vai crescendo, metendo, metendo…'"
Após a conversa, Renata levou seu filho a um hospital especializado e decidiu pedir investigação do caso. "O pai entrou com um processo pedindo a guarda, dizendo que eu era uma maluca, que eu estava ameaçando ele e a mulher dele. Segundo o pai, eu disse que poderia fazer alguma coisa com meu filho para prejudicar ele."
Embate político chegou novamente a Brasília
Nesta semana, um grupo de mães acusadas de alienadoras foi até Brasília para denunciar à CPI de Maus-Tratos do Senado Federal e má aplicabilidade da Lei da Alienação Parental. O presidente da comissão, senador Magno Malta (PR-ES), disse que na prática a lei pode estar sendo sim usada em favor de abusadores.
"Temos hoje um turbilhão de mães vivendo seu desespero. Infelizmente gente do mal tem em todo lugar, inclusive no judiciário. O que tem de sentença absurda de juízes reconhecendo o crime, mas dando sentença favorável ao criminoso é uma grandeza. Temos que tomar uma posição sobre isso", disse o senador à Agência Senado.
Magno Malta diz que o relatório final da CPI vai propor a revisão da atual legislação. Também em tramitação no Congresso Nacional há o Projeto de Lei 4488/2016, de autoria do deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PP/SP), prevê que mães ou pais acusados de alienação parental possam ser presos por até três anos. O projeto pune também quem, de qualquer modo, participe direta ou indiretamente das ações praticadas pelo infrator.
"Com manejo falso da Lei Maria da Penha, denúncias de abuso sexual são atos criminosos que visam afastar os filhos do outro cônjuge. A lei é de crucial relevância em homenagem ao princípio da proteção integral, imputando a quem comete qualquer ato que vise destruir laços de afetividade", afirmou o deputado em 2016.
O projeto, no entanto, não recebeu parecer favorável da deputada Shéridan (PSDB/RR), relatora da proposta, mas ainda pode ser votado na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF).
*Os nomes foram alterados para preservar a identidade das mulheres


Nota , SNB ..Aqui em Carapicuíba tem um causo bem parecido vcs acredita que o pai violou  próprio filhos e a delegada não em Pretou   a prisão do pai pedofelo e nem ser quer mandou a policia fazer uma busca na casa ja que ele assitia filme pornográfico com a Propriá filha de idade de 5 anos ELE ENTRA no quintal da casa como se nada aconteceu 
nada a policia de Carapicuíba fez para prender  o pai Pedo felo  QUE ESTA NAS RUA 
de Osasco e Carapicuíba SEM JUSTIÇA SEM SER PRESO 
ELE REPRESENTA UM PERIGO PARA TODOS DA REGIÃO
VINICIUS GOMES SANTANA PAI QUE Aliciou seus próprio filhos 
Esta impune  
Que vergonha desta justiça bandida que protege bandidos       

Rússia mostra seus 'guardiões do silêncio nuclear' (VÍDEO

O Ministério da Defesa russo publicou pela primeira vez nas redes sociais um vídeo sobre o trabalho do Serviço do Controle Especial, responsável pelo controle dos testes de armas nucleares em todo o mundo, e que celebrará em breve seu 60º aniversário.
Entre as tarefas principais do serviço está o controle da situação sísmica e da radiação na Terra.
Os funcionários do serviço, chamados no vídeo de "guardiões do silêncio nuclear", utilizam métodos radiotécnicos, sísmicos, infrassônicos, magnetométricos e de radionuclídeos para controlar o que acontece em nosso planeta.
Para cumprir seus objetivos, em conformidade com os tratados internacionais firmados pela Rússia, os militares do Ministério da Defesa colaboram tanto com o Ministério para Situações de Emergência, como com cientistas do Centro Hidrometeorológico da Rússia e o Serviço Geofísico da Academia de Ciências da Rússia.  

O Serviço do Controle Especial dispõe de uma rede de laboratórios, radares e centros educativos.
"Os resultados do controle, ou seja, os dados sobre fatos e características de explosões nucleares e terremotos, contaminação nuclear do ambiente são entregues pelo Serviço de Controle Especial ao Centro Nacional de Controle da Defesa russo, e a outros órgãos militares e estatais", comentou o próprio ministério. 
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik o especialista militar Igor Shatrov frisou que o vídeo divulgado pelo Ministério da Defesa russo pode ser considerado como um sinal.
"A Rússia, fazendo parte do sistema internacional de segurança como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, cumprindo suas obrigações, também efetua controle em nome da sociedade internacional. Pela primeira vez o Ministério da Defesa desvendou a existência do serviço, mostrando como ele trabalha na realidade. Tal abertura do ministério pode ser um sinal de que a Rússia está pronta para fornecer suas provas caso seja necessário, bem como operar no âmbito dos tratados internacionais", afirmou.
"Isso demonstra as capacidades da Rússia, que o país cumpre suas obrigações internacionais. É um sinal de que qualquer afirmação por parte da Rússia denunciando ou expressando preocupações em relação a determinados compromissos será baseada em argumentos e provas", ressaltou Igor Shatrov. 

DARPA seleciona BAE Systems para contrato de busca óptica

A Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa dos EUA (DARPA), através do Laboratório de Pesquisa da Força Aérea dos EUA, concedeu à BAE Systems um contrato de US $ 13,1 milhões para demonstrar um novo buscador óptico para munições guiadas com precisão.
A BAE diz que o buscador é projetado para melhorar a navegação, bem como automatizar a localização e o local de destino, para diferentes tipos de munições que são usadas em ambientes negados por GPS e outros ambientes contestados.
A BAE Systems testou o candidato durante a primeira fase do programa Seeker Cost Transformation (SECTR) da DARPA:
“O buscador do SECTR se integra a uma ampla gama de plataformas de armas que usam munições e podem operar no dia ou da noite. Ele permite a orientação de precisão autônoma por meio de sensores eletro-ópticos e infravermelhos passivos em ambientes onde a navegação por GPS não está disponível ou não é confiável ”.
“Munições de precisão de baixo custo são críticas para nossos clientes, e é por isso que desenvolvemos um buscador flexível que reduz radicalmente o custo normalmente associado à orientação de precisão”, disse Mark Meisner, cientista-chefe da BAE Systems.
A empresa diz que a arquitetura aberta do buscador permite que munições altamente precisas, competitivas e de baixo custo sejam capazes de navegar e localizar alvos em ambientes de acesso limitado e negados. Ele fornece a essas munições capacidades de reação rápida enquanto atende a requisitos rigorosos de custo, tamanho, peso e energia. A arquitetura aberta também permite a integração rápida do buscador em sistemas de armas atuais e novos.
Esta fase do programa será concluída em julho de 2019, com vários testes de disparos em várias plataformas de munição guiadas com precisão, segundo o Departamento de Defesa dos EUA.

Os drones são tão perigosos quanto se afirma?

Os manifestantes recentemente  realizaram uma demonstração fora da RAF Waddington, irritados com o uso de aeronaves pilotadas remotamente - mas por quê?
Christopher Cole, da Rede de Campanha Drone, disse que o uso dessas aeronaves “tornou a guerra muito fácil” e reduziu o limite para o uso da força no exterior.
"A ideia de que eles são precisos e não criam vítimas civis é um disparate" , disse ele.
O primeiro avião pilotado remotamente do Reino Unido é o Reaper. O Reaper é operado por equipes de pilotos profissionais, operadores de sensores e coordenadores de inteligência de missão das estações de controle de solo. Eles não podem envolver alvos sem interação humana. O pessoal da RAF voou mais de 44.000 horas fornecendo apoio essencial às forças terrestres da OTAN no Afeganistão.
Segundo a Royal Air Force:
“As regras de engajamento (ROE) usadas para a liberação da arma Reaper não são diferentes daquelas usadas para aeronaves de combate tripuladas; Todas as armas são guiadas com precisão e todo esforço é feito para garantir que o risco de danos colaterais e mortes de civis seja minimizado. Isso pode incluir a decisão de não liberar uma arma. O UK Reaper não é um sistema autônomo e não tem a capacidade de empregar armas, a menos que seja comandado pela tripulação de voo.
A maioria das armas utilizadas pelo Reaper são mísseis Hellfire. O Hellfire tem uma ogiva relativamente pequena que ajuda a minimizar qualquer risco de dano colateral. Independentemente do tipo de sistema de armas empregado, uma avaliação completa dos danos colaterais é realizada antes de qualquer liberação de arma; isto é, independentemente de a arma ser lançada por um avião tripulado ou remotamente pilotado. Nas operações atuais, muitos compromissos com armas Reaper no Reino Unido foram autorizados por um Controlador Aéreo Avançado (FAC) ou um Joint Attack Controller (JTAC) que estará observando o alvo no solo ou a partir dos QGs das Forças Terrestres. ”
Os defensores afirmam que os sistemas colocam os civis em risco, enquanto o Ministério da Defesa disse que faz todo o possível para minimizar os riscos à vida humana causados ​​por greves. Com aeronaves pilotadas remotamente, o piloto pode vigiar o alvo o tempo todo. Você pode sentir falta de algo, mas é muito mais provável que você cometa esse erro em um ataque aéreo convencional ou em um ataque terrestre que eles dizem.
De acordo com uma peça em 'The Atlantic' intitulada 'Drones: na verdade a forma mais humana de guerra de todos os tempos':
“ Como qualquer outro sistema de armas, os drones causaram baixas civis. Mas eles também têm o potencial de reduzir drasticamente as baixas civis em conflitos armados e, particularmente, em contra-insurgências. Sua capacidade de seguir metas por dias ou semanas realiza duas coisas que contribuem para salvar a vida de inocentes: Primeiro, confirma que o alvo está envolvido no comportamento que os colocou na lista de alvos, reduzindo a probabilidade de atingir alguém com base em falhas inteligência.
Segundo, ao estabelecer um “padrão de vida” para o alvo pretendido, ele permite que os operadores prevejam quando o alvo será suficientemente isolado para permitir um ataque que provavelmente não prejudicará os civis. 
Outra característica, menos óbvia, que reduz as baixas civis é que os drones são controlados remotamente, então a decisão de empregar uma arma pode ser analisada em tempo real por advogados, analistas de inteligência e comandantes seniores sem qualquer preocupação (na maioria dos casos) de hesitação. agir pode custar vidas.
Mais importante ainda, os próprios operadores não estão preocupados com sua própria segurança, eliminando a possibilidade de que a combinação de tensão, uma ocorrência inesperada e uma preocupação com a segurança pessoal leve a que armas sejam disparadas quando não deveriam. ”
O MoD disse:
“Dado o comportamento cruel e desumano do nosso adversário, incluindo o uso deliberado de escudos humanos, devemos aceitar que o risco de baixas civis inadvertidas está sempre presente. Embora não tenhamos visto nenhuma evidência de que causamos vítimas civis, isso não é o mesmo que dizer que não o fizemos ou não faremos, especialmente em combates urbanos próximos contra um inimigo terrorista impiedoso que usa civis como escudos humanos ”.
Veículos não tripulados na guerra não vão desaparecer. Este é especialmente o caso quando eles são frequentemente tão precisos, se não mais, do que seus colegas tripulados. O fato é que essas aeronaves são geralmente menos perigosas para os civis do que suas contrapartes tripuladas.

Os mísseis iranianos

Fragata russa joga de gato e rato com porta-aviões norte-americano (VÍDEO

O porta-aviões USS Harry S. Truman, que lidera um grupo de ataque naval dos EUA no Mediterrâneo, está sendo escoltado pelo navio-patrulha russo Yaroslav Mudry.
Segundo as imagens publicadas pelo canal de televisão britânico ITV, a fragata russa é totalmente visível a partir do porta-aviões. Os jornalistas também ouviram as conversas de rádio entre os tripulantes dos dois navios que, de acordo com os norte-americanos, sucedem regularmente.
O ITV lembrou que, em 2016, quando o USS Harry Truman também estava na parte oriental do Mediterrâneo, o destróier USS Gravely (DDG-107), que integrava seu grupo de ataque, se aproximou perigosamente do Yaroslav Mudry, cruzando sua rota a uma distância perigosa. O Ministério da Defesa da Rússia declarou que o destróier USS Gravely violou as regras internacionais de prevenção de colisões de navios. Desta vez, tudo aconteceu educadamente e sem problemas.

Engenheiros estadunidenses conseguem criar 'capa de invisibilidade' para submarinos

Os físicos e engenheiros norte-americanos desenvolveram um metamaterial que torna qualquer objeto submarino "transparente" para as ondas sonoras e invisível ao sonar. Os cientistas apresentaram seu invento durante a reunião anual da Sociedade Acústica dos EUA, em Washington.
"A ideia deste tipo de material por enquanto parece muito abstrata, impossível de ser implementada. Por outro lado, cálculos matemáticos mostram que todas essas propriedades são reais. Estamos agora criando estes materiais e tentando entender mais sobre suas capacidades" comentou Amanda Hanford, da Universidade da Pensilvânia, na Filadélfia (EUA).
Experiências dos últimos 10 anos têm demonstrado que é possível configurar metamateriais para que interajam não só com a luz e radiação térmica, ultravioleta ou raios-X, mas também com campos magnéticos, e produzam efeitos quânticos, chamados pelos físicos de "cristais do tempo".
De acordo com Hanford, os cientistas já criaram dezenas de estruturas semelhantes que refletem perfeitamente ou deixam passar as ondas sonoras, mas todas elas funcionam apenas ao ar livre.
As "camadas de invisibilidade" acústicas que funcionam debaixo d'água são muito mais difíceis de serem desenvolvidas, já que a água é muito mais densa e não se contrai, ao contrário do ar.
Os engenheiros norte-americanos conseguiram resolver esse problema usando os metamateriais que refletem as ondas de modo que o espectador ache que está vendo o fundo plano do mar, rio ou oceano.
A sua estrutura é semelhante à de uma pirâmide de um metro de altura, coberta com uma multiplicidade de chapas de aço com muitos orifícios que absorvem e transformam as vibrações sonoras. Os cientistas acreditam que, no futuro, será possível alterar facilmente o tamanho dessa estrutura, que protegerá os objetos no fundo do mar de vibrações de alta frequência e esconderá os submarinos de sonares e batiscafos.
Nos últimos anos, os cientistas têm estudado ativamente as propriedades dos metamateriais: estruturas artificiais de muitas peças ou nanopartículas, capazes de interagir com a luz de uma maneira incomum. Os metamateriais, de acordo com os físicos, formarão a base dos computadores fotônicos ultrarrápidos e outros dispositivos do futuro.
Na verdade, metamateriais não são uma invenção humana, pois estruturas semelhantes podem ser encontradas nas asas de borboletas de cor metálica, nas carapaças de muitos insetos, bem como nas asas das aves.

Como podem os mísseis Kinzhal 'assassinar' navios estadunidenses?

O sistema de mísseis hipersônicos russo Kinzhal pode ser considerado como o principal "assassino de porta-aviões" no Pacífico, podendo esta arma neutralizar a Marinha dos EUA e ajudar Moscou e Pequim reduzir a presença militar do Ocidente na região, acredita o especialista Abraham Ait.
Segundo escreve na edição The Diplomat, anteriormente Washington receava mais os mísseis balísticos antinavio chineses de médio alcance DF-21D. Armas deste tipo podiam eliminar um porta-aviões norte-americano a cerca de 1.400 km de distância do litoral chinês, o que aumentava significativamente as possibilidades de Pequim de assegurar o patrulhamento do mar do Sul da China.
A Marinha dos EUA, por sua vez, reconhecia a sua incapacidade de se defender dos DF-21D, o que fazia Washington se comportar de modo mais moderado. Já não era possível resolver um conflito hipotético através do envio de um grupo naval para a zona. Agora, na região também podem aparecer os mísseis Kinzhal russos.
Sim, o DF-21D é realmente uma arma única, mas, desde 2018, os novos mísseis hipersônicos russos passam a ser a maior ameaça para os navios militares dos EUA na região Ásia Pacífico", sublinha o autor.
Recentemente, estes armamentos foram instalados nos caças interceptores MiG-31. O alcance desta aeronave permite aos pilotos russos terem os porta-aviões estadunidenses na mira à distância de 3.500 km da fronteira marítima, assinala Abraham Ait.
O especialista também comparou o Kinzhal com os mísseis antissubmarino BrahMos, projéteis de última geração para eliminação de grandes alvos marítimos do inimigo.
Entretanto, os mísseis hipersônicos russos são muito mais rápidos e têm ogivas com maior massa. De acordo com Abraham Ait, o Kinzhal é capaz de destruir o maior navio do inimigo com um só disparo e à distância de até 2.000 km.
As autoridades militares dos EUA já têm expressado várias vezes preocupações quanto ao país não ter ainda capacidade de interceptar os mísseis hipersônicos.
Para mais, a mídia começou a divulgar informações sobre os problemas dos sistemas antiaéreos norte-americanos: assim, de acordo com o jornal New York Times, em 2017 o complexo Patriot na Arábia Saudita nem sequer conseguiu interceptar o míssil tático R-11 (Scud), construído em meados do século passado.
Isto levará a consequências graves não apenas para o território norte-americano, capaz de ser alcançado pelos mísseis balísticos intercontinentais da Rússia, mas também para a Marinha, cujos porta-aviões e destróieres podem ser afundados na sequência de um ataque dos Kinzhal em um eventual conflito", explicou.
Para além disso, caso os MiG-31 com mísseis hipersônicos sejam posicionados no Extremo Oriente russo, a Força Aérea da Rússia poderá seguir os navios estadunidenses à distância de até 3.500 km da costa. A Rússia poderá, assim, "fechar" uma grande parte do mar do Sul da China, onde ocorre um conflito entre os interesses de Washington e Pequim, e aumentar a sua influência na região, resumiu.