sábado, 5 de maio de 2018

Chefe do EPEx conhece capacidade tecnológica e produtiva da Avibras

No último dia 12, a Avibras recebeu a visita do General-de-Brigada Ivan Ferreira Neiva Filho, Chefe do Escritório de Projetos do Exército (EPEx) e do General-de-Brigada R/1 (Reserva) José Júlio Dias Barreto, Gerente do Programa Estratégico do Exército ASTROS 2020. O objetivo foi conhecer a capacidade tecnológica e produtiva da Avibras, além de acompanhar a evolução dos contratos relacionados ao Programa ASTROS 2020.
“O que mais me impressiona na Avibras é o seu senso de compromisso. Muito mais do que entregar um produto de Defesa à sociedade Brasileira, a empresa entrega tecnologia, defesa, dissuasão, mostrando a Bandeira do Brasil ao mundo”, destacou General Neiva.
Hoje o EB tem 16 Programas Estratégicos nas mais diversas áreas. Segundo ele, existe uma gama imensa de possibilidades para a Avibras, que nascem da parceria entre indústria, academia e governo.
O General Barreto, Gerente do Programa Estratégico do Exército ASTROS 2020, disse que a cada visita na Avibras ele fica mais satisfeito e orgulhoso de ser brasileiro. “Tivemos a oportunidade de ver a evolução dos equipamentos que farão parte do túnel de jato livre e a parte de integração de todo o trabalho de desenvolvimento do Míssil Tático de Cruzeiro. Isso nos dá muita satisfação e segurança”, disse.

Contingente militar francês é flagrado na Síria

De acordo com informações fornecidas pelas Forças Democráticas da Síria (SDF, na sigla em inglês), a França está aumentando sua presença militar ao redor da cidade síria de Manbij.
A Sputnik recebeu uma foto que mostra dois veículos de combate com militares franceses na área do rio Sajur, Manbij. Um dos veículos tem a bandeira dos EUA, enquanto o segundo ostenta a bandeira francesa.
Um membro sénior do Conselho Militar de Manbij afirmou à Sputnik que 50 soldados franceses estão deslocados na área. Além disso, atualmente está sendo construída uma base militar da França no norte da cidade.
Veículos Hummer dos EUA e França em Manjib com bandeiras bem visíveis 
"Recentemente os militares franceses chegaram a Manbij Agora estão ocupados a construir uma nova base militar no norte de Manbij. Eles estão aumentando sua presença na região com o objetivo de prevenir uma possível operação por parte das Forças Armadas da Turquia e unidades do Exército Livre da Síria", comunicou o interlocutor da agência.
Além disso, ele adicionou que os militares franceses estão constantemente patrulhando a área do rio Sajur.
"Em serviço, eles usam blindados nos quais a bandeira francesa é visível. Há aproximadamente 50 militares franceses na fronteira de Manbij", sublinhou.
No momento, as forças da França estão presentes em cinco bases militares nas áreas controladas pelas Unidades de Proteção Popular curdas (YPG).
Em março, o presidente francês, Emmanuel Macron, encontrou-se com uma delegação das Forças Democráticas da Síria, lideradas pelos curdos, garantindo-lhes o apoio do seu país, em particular no que diz respeito à estabilização da situação no nordeste da Síria. Após o encontro, um alto funcionário curdo afirmou que Paris enviará mais tropas para esta região síria.

Netanyahu e ataques de Israel na Síria podem empurrar Trump para guerra com Irã

Os contínuos ataques de Israel contra alvos na Síria e as acusações altamente divulgadas do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu contra o Irã parecem destinadas a levar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a uma guerra com o Irã, disseram analistas à Sputnik.
Netanyahu disse na segunda-feira que o Irã mantinha um programa de armas nucleares, apesar de assinar o Plano de Ação Integral Conjunto (JCPOA) com os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, além da Alemanha e da União Europeia (UE) em 2015.
Netanyahu afirmou durante seu discurso na segunda-feira que a inteligência israelense tem 100 mil arquivos provando que o Irã continuou a manter um programa nuclear secreto.
Trump descreveu repetidamente o JCPOA como o pior acordo da história dos EUA e agora enfrenta o prazo final de 12 de maio para decidir se os Estados Unidos continuarão ou não fazendo parte do acordo nuclear.
Alguns esperam que Trump saia do acordo. No entanto, o secretário de Estado Mike Pompeo admitiu durante sua audiência de confirmação que o Irã estava cumprindo seus compromissos sob o acordo.
Israel parece procurar confronto com Teerã
O comentarista político Dan Lazare alertou que Netanyahu pode pressionar por um conflito com o Irã, mesmo que Trump decida permanecer no acordo nuclear de 2015 com Teerã.
Mesmo que o acordo permaneça em vigor, Netanyahu ainda pode pressionar por um confronto com o Irã, deixando Trump com pouca escolha a não ser ir adiante", avaliou Lazare.
Netanyahu vem usando todo o apoio político que Israel desfruta entre legisladores republicanos e democratas e ambas as câmaras do Congresso dos EUA para aumentar a pressão sobre Trump para sair do acordo nuclear, destacou Lazare.
"Netanyahu possui imenso poder em Washington, mais na verdade do que Trump. Então, sua performance de mostrar e contar tem, sem dúvida, um efeito enorme", revelou.
O premiê israelense está deliberadamente escalando os perigos do conflito na Síria para tentar forçar o governo dos EUA a uma situação em que não tinha escolha a não ser apoiar Israel em um confronto com o Irã, alertou Lazare.
"A questão da guerra não está inteiramente nas mãos de Washington. Seja qual for o impacto do discurso de Netanyahu, suas repetidas incursões com bombas, supondo que continuem, vão falar muito mais alto que palavras", disse.
Capacidade de decisão dos EUA
Por outro lado, o governo dos EUA não é um jogador passivo que Netanyahu pudesse manipular à vontade, destacou Lazare.
"Washington não é totalmente massa nas mãos dos israelenses. Pelo contrário, os americanos são grandes e são perfeitamente capazes de descobrir onde seus interesses imperiais estão por conta própria. E isso definitivamente não está em provocar outra Explosão do leste", analisou.
A maioria dos membros do Congresso pareceu favorecer a permanência no acordo nuclear com o Irã, afirmou Lazare.
Além disso, "quando o momento da verdade chegar, Trump também se renderá à razão […] Mas isso não significa que uma explosão não ocorrerá", afirmou.
Trump ainda pode ser puxado para uma guerra com o Irã por Israel, assim como seu antecessor, o presidente Barack Obama, foi obrigado a apoiar a atual guerra aérea da Arábia Saudita no Iêmen, observou Lazare.
Obama achou que não tinha escolha a não ser fornecer apoio, e é por isso que, três anos depois, os Estados Unidos se encontram em mais um atoleiro", continuou.
Trump, como Netanyahu, tornaram o mundo mais perigoso
O professor de Antropologia da Universidade de Minnesota e historiador do Oriente Médio William Beeman, autor do livro O Grande Satã contra os Mulás Loucos, disse acreditar que Trump já havia decidido abandonar o acordo nuclear de 2015 e que os comentários de Netanyahu haviam sido planejados para ajudá-lo a fazer isso.
"O golpe de Netanyahu foi planejado para dar cobertura à capa de Trump, que parece que já decidiu desclassificar o JCPOA em 12 de maio […] Netanyahu deu a ele algo para apontar e seguir em frente com essa ação destrutiva", disse.
No entanto, Beeman apontou que Netanyahu não revelou nenhuma informação nova sobre o programa nuclear iraniano em sua apresentação na segunda-feira.
"A conferência de Netanyahu pode ser descrita como um 'cão barato e show de pônei'. Ele não revelou absolutamente nada de novo. Todos os 'documentos' tinham mais de 15 anos e sem a capacidade de inspecioná-los, não há como para avaliar a sua relevância para a situação atual no Irã", ponderou.
Os diagramas que Netanyahu mostrou em sua apresentação estão disponíveis na Wikipedia ou em qualquer texto de engenharia nuclear elementar, observou Beeman.
"O que é um fato difícil é que o Irã tem escrupulosamente aderido às provisões do JCPOA. Netanyahu sugeriu sombriamente que os iranianos poderiam estar trapaceando, mas ele não fornece nenhuma evidência para isso. É tudo insinuante […] Estúpido além da crença", afirmou.
As nações europeias ainda poderiam resgatar o JCPOA, mas teriam que fazê-lo sem os Estados Unidos, aconselhou Beeman.
"A verdade é que Trump está prestes a tornar o mundo um lugar muito mais perigoso", disse. A Casa Branca afirmou em comunicado na segunda-feira que os Estados Unidos apoiaram os esforços de Israel e elogiaram os dados coletados pela inteligência israelense, o que pareceu dar credibilidade às alegações de Netanyahu.