terça-feira, 10 de abril de 2018

Singapura, o pequeno grande gigante

Irã promete responder ao ataque de Israel contra base síria

O conselheiro sênior do líder supremo iraniano aiatolá Ali Khamenei avisou que o ataque com mísseis contra a base aérea síria T-4 "não ficará sem resposta", comunicou o canal de TV libanês Al-Mayadeen.

O conselheiro do líder supremo iraniano, Ali Akbar Velayati, descreveu o ataque contra a base síria como um "crime de Israel", acrescentando que este "não ficará sem resposta".

A afirmação foi feita no âmbito da visita do conselheiro à capital síria, Damasco, comunicou o canal de TV libanês Al-Mayadeen, citado pelo jornal The New York Times.

O ministro das Relações Exteriores do Irã condenou o ataque israelense, tendo a agência iraniana informado que no ataque contra a base aérea síria morreram quatro cidadãos iranianos.
Em resposta ao ataque, a chancelaria da Síria enviou uma carta ao secretário-geral da ONU, afirmando que o país tem o direito de "defender seu território, população e soberania por qualquer meio de acordo com a Carta das Nações Unidas e o direito internacional".
Na segunda-feira (9), a mídia síria informou que a base aérea T-4, localizada na província síria de Homs, foi alvo de um ataque de mísseis.
No mesmo dia, o Ministério da Defesa da Rússia declarou que o ataque foi realizado por dois caças israelenses F-15 com oito mísseis. Segundo o ministério russo, cinco dos oito mísseis foram abatidos pelo sistema de defesa antimíssil sírio.

Especialista: se EUA se atreverem a usar a força na Síria, o ataque será massivo

Se o presidente dos EUA, Donald Trump, se atrever a usar a força na Síria em resposta ao "ataque químico" na cidade de Douma, Washington será obrigado a realizar uma operação de maior envergadura que a de há um ano, disse o especialista do Nicholas Heras em seu artigo na edição Foreign Policy.
Segundo o analista, os ataques de mísseis dos EUA do ano passado contra a base aérea de Shayrat não atingiram o objetivo colocado: os aviões do exército sírio continuaram a voar a partir do aeródromo algumas horas depois do ataque. Além disso, para Heras, os "depósitos de armas químicas" de Damasco não foram destruídos e as forças governamentais continuaram a usá-las.
Para causar danos suficientes a Bashar Assad e lançar o sinal que Trump quer, os EUA deveriam atacar mais alvos para minar as capacidades militares do exército sírio", afirmou Heras.
Segundo o especialista, os EUA podem atacar as instalações militares tanto no leste como no oeste do país.
Anteriormente, a edição Washington Examiner, com referência a uma fonte no Pentágono, informou que na segunda-feira (9) o destróier norte-americano USS Donald Cook zarpou do porto em Chipre e rumou ao litoral da Síria. O navio é armado com 60 mísseis de cruzeiro Tomahawk.
Em janeiro de 2016, a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ, na sigla em inglês) declarou a liquidação total do arsenal de armas químicas na Síria.
Damasco afirmou retiradamente que não possui armas químicas.
Em 26 de fevereiro, o Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia declarou que os terroristas estavam preparando provocações com o uso das substâncias tóxicas em Ghouta Oriental a fim de acusar Damasco do uso de armas químicas. Os militares russos avisaram que os EUA iriam usar essa provocação como pretexto para realizar um ataque contra a Síria.

Ex-chefe da inteligência israelense comenta ataque de Israel à base síria

O ex-chefe da inteligência militar israelense, Amos Yadlin, qualificou o ataque à base síria como episódio da luta de Israel contra presença militar iraniana em suas fronteiras do norte.
As autoridades políticas e militares do país não desmentiram nem confirmaram envolvimento no ataque à base T-4 síria, que, dois meses atrás, foi alvo de bombardeio israelense por ser um provável local de posicionamento de drones iranianos. 
"O ataque, comunicado anteriormente, foi realizado na madrugada passada contra a T-4. É um confronto de dois lados: intenções do Irã de reforçar suas posições na Síria e a firmeza de Israel de não permitir que isso aconteça. Trata-se do primeiro ataque aéreo conhecido desde os incidentes de 10 de fevereiro", lê-se no comentário de Yadlin, publicado nas redes sociais. 
Há dois meses, a Força Aérea israelense afirmou ter derrubado um drone iraniano que invadiu o espaço aéreo do país, e prosseguiu atacando a base T-4, de onde, segundo dados deles, o drone foi lançado. Tendo um caça derrubado, israelenses realizaram ataques a outros alvos no território da Síria, incluindo baterias de defesa antiaérea perto de Damasco. 
Desta vez, foi o Ministério da Defesa russo que responsabilizou a Força Aérea israelense pelo ataque aéreo à instalação militar síria. De acordo com o ministério, dois caças F-15 lançaram 8 mísseis contra a T-4, dentre eles, cinco foram abatidos.
Inicialmente, a mídia síria apontou para os EUA como suspeitos no ataque, que vêm culpando as autoridades sírias do uso de armas químicas e vêm ameaçando com medidas retaliatórias. 
Contudo, os EUA afirmaram não estar envolvidos, uma vez que o ataque era relacionado com a presença iraniana, mas não com a arma química", escreveu Yadlin, não desmentindo probabilidades de futuros ataques dos EUA a alvos sírios.
"Neste sentido, seriam relevantes helicópteros e aviões do regime sírio, capazes de transportar armas químicas, bem como a defesa antiaérea do país, cuja destruição recordaria a [presidente sírio Bashar] Assad sobre sua vulnerabilidade", ressaltou. 
No momento, o ex-chefe do serviço secreto Aman e ex-vice-chefe da Força Aérea de Israel, Amos Yadlin, dedica-se a atividades acadêmicas, sendo o chefe do Instituto de Estudos de Segurança Nacional de Tel Aviv. 

EUA teriam enviado destróier com mísseis para o litoral da Síria

O segundo destróier norte-americano pode chegar ao mar Mediterrâneo nos próximos dias, comunicou o jornal Wall Street Journal, citando fontes no Pentágono.
"Os EUA já posicionaram o destróier USS Donald Cook no leste do mar Mediterrâneo, de onde ele pode participar de qualquer ataque contra a Síria […] O segundo, o USS Porter, poderá chegar lá daqui a uns dias", comunicou a edição
.Ontem (9), o jornal Washington Examiner, citando uma fonte no Pentágono, comunicou que o destróier USS Donald Cook, equipado com 60 mísseis de cruzeiro Tomahawk, zarpou do porto de Chipre em direção à Síria. De acordo com a edição turca Hurriyet, os aviões de combate russos sobrevoaram ao menos quatro vezes a embarcação norte-americana, contudo, o Pentágono não confirmou essas informações.
Anteriormente, o presidente dos EUA, Donald Trump, acusou a Rússia e o Irã de apoiarem o líder sírio Bashar Assad depois de terem surgido informações sobre um alegado ataque químico na cidade síria de Douma, e prometeu decidir sobre medidas retaliatórias em 48 horas.
Moscou e Damasco desmentiram as informações sobre um ataque com cloro alegadamente levado a cabo por militares sírios. O Ministério das Relações Internacionais russo afirmou que essas falsificações têm como objetivo justificar possíveis ataques externos contra a Síria.   

Afinal, quem atacou a base aérea na Síria hoje?

Rússia já enviou cerca de 40 sistemas antiaéreos Pantsir-S1 à Síria nos últimos anos

Nos últimos anos, Rússia tem exportado cerca de 40 sistemas antiaéreos Pantsir-S1 à Síria, declarou à Sputnik uma fonte do Ministério da Defesa russo.
"Rússia forneceu à Síria até 40 sistemas de mísseis Pantsir-S1 para a defesa aérea. Trata-se de exportações, não do material enviado dos depósitos do Ministério da Defesa", afirmou a fonte.
A função principal do sistema de artilharia antiaérea móvel Pantsir-S1 (SA-22 Greyhound, segundo a designação da OTAN) é proteger as instalações civis e militares de aviões, helicópteros, drones, mísseis de cruzeiro e munições de alta precisão.
Instalado sobre a plataforma de um caminhão, cada sistema inclui dois canhões de 30 mm capazes de disparar 40 salvas por segundo e 12 mísseis terra-ar.
Anteriormente, o Ministério da Defesa russo informou que a defesa aérea da Síria teria derrubado cinco de oito mísseis disparados por Israel durante o ataque contra a base aérea de T-4, na província de Homs.
Segundo o comunicado do ministério, a "Força Aérea de Israel, sem invadir o espaço aéreo da Síria, realizou do território libanês ataques com oito mísseis contra a base T-4".

Ataques obrigam reforço do sistema de defesa antiaérea da Síria, alerta analista militar

A Síria deve fortalecer seu próprio sistema de defesa antiaérea para repelir todos os ataques aéreos, incluindo os de Israel, disse à Sputnik o editor-chefe da revista Natsionalnaya Oborona (Defesa Nacional), Igor Korotchenko.
"Mais um ataque da Força Aérea de Israel levanta a questão de fortalecimento da defesa antiaérea síria, incluindo através de novos complexos de curto e médio alcance. O sistema de defesa antiaérea síria deve cobrir de modo independente o território do país e ser capaz de repelir os ataques da aviação inimiga, bem como diferentes mísseis de cruzeiro", ressaltou.
Korotchenko sublinhou que os sistemas russos de defesa antiaérea S-400 e S-300B4, que estão posicionados na Síria, defendem exclusivamente as instalações russas (base aérea em Hmeymim e o posto de abastecimento e manutenção russo em Tartus) e não podem defender a infraestrutura síria.
Na noite de 8 de abril, a base aérea T-4 localizada na província síria de Homs foi atingida por um ataque com mísseis. Segundo a mídia síria, o ataque resultou em vários feridos e mortos. Dois caças F-15 da Força Aérea de Israel realizaram ataques com oito mísseis à base síria T-4, comunicou nesta segunda-feira o Ministério da Defesa russo. As unidades da defesa antimíssil síria, em combate aéreo, conseguiram abater cinco mísseis. Israel ainda não confirmou as informações.
O ataque à base síria foi levado a cabo um dia depois de os EUA, EU e Turquia terem acusado o governo sírio de utilizar armas químicas em Douma.
A organização Capacetes Brancos, cujos voluntários se dedicam ao resgate de vítimas em zonas controladas por grupos rebeldes na Síria, declarou que um helicóptero lançou um barril com uma substância química na noite de 7 de abril, causando dezenas de mortes e deixando centenas de feridos.
Damasco nega todas as acusações, afirmando ter avisado que os radicais na área estavam planejando provocações com o uso de armas químicas.

Rússia: Israel foi o responsável por ataque contra base síria

As autoridades israelenses ainda não confirmaram o incidente, contudo, vários veículos da mídia apontam para a presença de aviões de Israel no local do ataque.
Dois caças F-15 da Força Aérea de Israel realizaram ataques com oito mísseis contra a base síria T-4, comunicou nesta segunda-feira (9) o Ministério da Defesa russo. 
No dia 9 de abril, no período entre as 3h25 e as 3h53, no horário de Moscou [21h25 e 3h53 segundo o horário de Brasília], a Força Aérea de Israel, sem invadir o espaço aéreo da Síria, realizou do território libanês ataques com oito mísseis contra a base T-4. As unidades da defesa antimíssil síria, em combate aéreo, conseguiram abater cinco mísseis", afirmou o ministério russo. 
Os militares russos detalharam também que "três mísseis atingiram a parte ocidental da base". 
Israel ainda não confirmou as informações, enquanto a mídia libanesa informou que aviões de reconhecimento israelenses foram avistados na área no momento do ataque. 
Anteriormente, a agência estatal da Síria SANA comunicou que a base aérea T-4, localizada na província síria de Homs, foi alvo de um ataque de mísseis, apontando suspeitas de envolvimento dos EUA. Contudo, a Casa Branca desmentiu o envolvimento e frisou que, no momento, os EUA não estão realizando operações militares contra a Síria.
O ataque contra a base síria foi levado a cabo um dia depois de os EUA, UE, bem como a Turquia terem acusado o governo sírio de utilizar armas químicas em Ghouta Oriental. Várias mídias, citando fontes militares da área, comunicaram sobre o alegado ataque com cloro gasoso, o que, supostamente, resultou na morte de dezenas de civis.
Damasco vem negando todas as acusações, afirmando ter avisado que os radicais na área estavam planejando provocações com o uso de armas químicas. 
A Rússia e o Irã condenaram as acusações, divulgadas por controversas organizações não-governamentais como os Capacetes Brancos, que já estiveram envolvidos na falsificação de relatórios, qualificando estas acusações como infundadas.