domingo, 11 de março de 2018

Médicos alertam sobre misteriosa doença X que poderia causar grave epidemia internacional

Cada ano a Organização Mundial da Saúde (OMS) enumera doenças que poderiam provocar uma grande emergência internacional. Em 2018 à lista se juntou um patógeno misterioso.
A OMS pôs em alerta os cientistas e médicos de todo o mundo por causa de um novo e potencialmente mortal agente patogênico: a doença X, informou o jornal britânico The Telegraph
.Cada ano, a organização, que se encarrega de monitorar e salvaguardar a saúde mundial, convoca uma reunião de alto nível dos cientistas mais proeminentes para enumerar as doenças que poderiam provocar uma grande emergência internacional. Nos anos passados, a lista tem estado limitada a doenças mortais como a febre de Lassa, que atualmente está alastrando na Nigéria, e o ebola, que causou a morte de mais de 11 mil pessoas durante uma epidemia no oeste da África entre 2013 e 2016.
Um patógeno atualmente desconhecido
Entretanto, neste ano a lista contém um patógeno misterioso. "A doença X representa o conhecimento de que uma grave epidemia internacional poderia ser causada por um patógeno, atualmente desconhecido, que provoca doenças humanas", anunciou a OMS através de um comunicado.
A história nos diz que é provável que o próximo grande surto seja algo que nunca vimos antes", revelou ao The Telegraph John-Arne Rottingen, diretor executivo do Conselho de Investigação da Noruega e assessor científico do comitê da OMS.
Rottingen explicou que os cientistas planejam desenvolver "plataformas que funcionem para qualquer doença ou um grande número delas” e criar “sistemas que nos permitam tomar contramedidas a grande velocidade". "Pode parecer estranho agregar uma 'X', mas o objetivo é nos prepararmos e planejarmos de maneira flexível em termos de vacinas e testes diagnósticos", sublinhou o especialista.
Como poderia surgir a doença X? 
Os avanços na tecnologia de edição de genes, que tornam possível a manipulação ou a criação de vírus completamente novos, significam que a doença X poderia surgir através de um acidente ou de um ato terrorista planificado.
Entretanto, é mais provável que a doença X possa desencadear-se por uma doença zoonótica, uma que se transmite de animais a humanos e se propaga para converter-se em uma epidemia ou pandemia.
As infeções zoonóticas que causaram estragos no passado incluem o vírus do VIH, que, segundo os cientistas, passou dos chimpanzés aos humanos e já matou 35 milhões de pessoas desde os anos 80.
"É vital que estejamos cientes e nos preparemos. Provavelmente este é o maior risco atualmente", concluiu Rottingen.

Poder econômico: vantagens da política orçamentária russa sobre a do Brasil

O Brasil e a Rússia, terceira e quarta maiores economias emergentes, têm muitas caraterísticas comuns. Seu PIB per capita é de cerca de 10.000 dólares (R$ 32.000) e as economias desses dois países dependem dos recursos naturais.
Depois da queda do preço internacional das commodities em 2014, as economias da Rússia e do Brasil contraíram e suas moedas nacionais desvalorizaram. Os bancos centrais tentaram conter a inflação, o que permitiu aos dois países baixar as taxas de juro e contribuiu para uma recuperação econômica modesta, informa a revista The Economist
.Entretanto, em termos financeiros esses dois países não são iguais. Em 18 de fevereiro, a agência de classificação de risco Fitch baixou a nota de crédito da dívida soberana do Brasil, colocando o país três degraus abaixo do grau de investimento. A nota de risco da Rússia, por sua vez, foi elevada pela agência de classificação de risco S&P Global, que se tornou a segunda agência que conferiu “grau de investimento” à Rússia.
Pode parecer um pouco surpreendente que a nota de crédito de um país que está sob sanções econômicas tenha sido elevada. Mas é fácil justificar.
"Embora sua abordagem da geopolítica seja aventureira, sua abordagem da macroeconomia é muito conservadora", opinou a revista.
"Toda a política econômica da Rússia, desde o presidente, está focada em manter baixa a inflação, garantir um orçamento estável e aumentar as reservas", disse Oleg Kuzmin do banco de investimento Renaissance Capital.
É uma estratégia "muito defensiva" em relação ao Ocidente que tem como objetivo ajudar a Rússia a sobreviver a futuras sanções, sublinhou Timothy Ash da empresa BlueBay Asset Management.
Quando o preço do petróleo caiu em 2014, o governo russo adotou a política de apertar o cinto. Aumentando as taxas de juro e cortando os gastos públicos, o governo fez com que a demanda caísse. De 2013 a 2016 seu PIB per capita caiu 40% (em dólares). Segundo Kuzmin, graças ao realismo e rapidez com que essa nova política foi adotada, a resposta da Rússia à crise foi a melhor de todas as economias emergentes nesta década.
O déficit público da Rússia agora é de apenas 1,5% do PIB. A sua dívida é apenas de 8,4% do PIB.  Esse conservadorismo pode persistir durante vários anos.
O Brasil também introduziu um teto para os gastos públicos imposto para os próximos 20 anos. Entretanto, o governo brasileiro ainda não conseguiu adaptar seus outros compromissos a esse teto.
Segundo The Economist, os legisladores brasileiros, competindo uns com os outros, tentam aumentar os gastos públicos e demandam muito do Estado porque se eles não fizerem isso serão os seus rivais a fazê-lo. Pelo contrário, o presidente russo Vladimir Putin tem poucos adversários quanto às questões orçamentárias. Por isso, ele está interessado em manter essa política estável.

Kinzhal, o míssil de cruzeiro hipersônico russo

Assustador e chocante': mídia comenta teste de novo míssil hipersônico russo (VÍDEO

O portal de notícias britânico Daily Star comentou o recente teste do novo míssil hipersônico de alta precisão Kinzhal.
O vídeo com o lançamento foi chamado de "chocante".
Como destaca o Daily Star, o vídeo com o lançamento do Kinzhal "capaz de superar qualquer sistema de defesa" é "assustador".
Mais cedo, o Ministério da Defesa russo havia informado sobre o teste bem-sucedido do míssil Kinzhal no Distrito Militar do Sul. Foi destacado que durante o teste foram comprovadas as características do míssil.
Kinzhal ("Punhal" em russo) se move 10 vezes mais rápido do que o som e executa manobras ao longo de sua trajetória.
Durante o recente discurso do presidente russo, Vladimir Putin, ante a Assembleia Federal, foram exibidos vários vídeos sobre a análise de novas armas russas, incluindo o míssil hipersônico de lançamento aéreo Kinzhal.
Putin disse que o míssil pode evadir todos os sistemas de defesa antimísseis e antiaéreos existentes e em desenvolvimento, podendo transportar ogivas nucleares ou convencionais a distâncias de até 2.000 quilômetros.