A Força
Aérea Brasileira interceptou na tarde deste sábado (15/06), durante o
jogo Brasil x Japão - na abertura da Copa das Confederações, uma
aeronave suspeita que entrou na área de exclusão aérea por volta das
16h30. A abordagem aérea foi realizada por uma aeronave A-29 Super
Tucano na região sul do Distrito Federal, distante 90 km de Brasília.
A rota da aeronave de pequeno porte foi desviada e o destino modificado. Ao invés de Formosa (GO), localizada dentro da área branca, o avião pousou na cidade de Oriçanga de Abreu, divisa com a Bahia.
A ação
foi acompanhada de perto na sala de controle no Comando de Defesa
Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), ativada para operações reais. Militares da FAB, Marinha e Exército coordenam todas as aeronaves autorizadas para voar nas áreas restritas.
De acordo com o comandante do COMDABRA, Major-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, o caça foi engajado para
realizar medidas de policiamento, como a identificação do tráfego e o
motivo de estar voando numa área proibida. “O A-29 seguiu todo o
procedimento previsto até a medida final que foi executar a mudança de rota e fazer a aeronave sair da área branca”, explica o oficial-general.
Em dias
de jogos, de uma hora antes a quatro horas depois do início das
partidas, são ativadas três áreas de segurança em torno dos estádios:
uma branca, uma amarela e uma
vermelha. Cada uma tem regras próprias. As restrições do espaço aéreo
foram comunicadas por meio de NOTAM (aviso aos aeronavegantes) e do divulgado em abril.
“Este
foi o caso de um piloto privado que não tomou conhecimento da área
proibida para voo”, explica o comandante, que recomenda aos
aeronavegantes a consulta das informações de tráfego aéreo, principalmente nas cidades-sede nos próximos 15 dias.
O piloto
interceptado pode sofrer medidas administrativas. “Será proposto uma
infração de tráfego aéreo por ter descumprido a norma estabelecida para o
evento”, afirma o oficial-general.
Imagens em tempo real –
Para a estreia da Copa das Confederações, a zona de exclusão aérea foi
ativada às 13h30, uma hora antes da cerimônia de abertura. Dois Vants da
FAB sobrevoaram a região de
Brasília ao longo do dia captando informações e enviando em tempo real
para o Centro de Coordenação de Defesa de Área (CCDA). As imagens da
manifestação ocorrida momentos antes da abertura dos portões do Mané Garrincha, por exemplo, foram acompanhadas pelas autoridades para decidirem sobre as ações adequadas.
Além dos
Vants, duas aeronaves A-29 Super-Tucano, dois helicópteros H-60 Black
Hawck e dois caças F-2000 Mirage de alta performance também sobrevoaram o
local durante o período em que vigorou a zona de exclusão aérea.
“Estamos
aqui preocupados com vários aspectos. Primeiro com a segurança das
pessoas e da infraestrutura da Copa das Confederações, especialmente
hoje aqui em Brasília. Ao mesmo tempo, garantindo que o trânsito aéreo
no país inteiro se dê da forma mais normal possível”, avalia o
Tenente-Brigadeiro do Ar Marco Aurélio Gonçalves Mendes, Comandante
Interino da Aeronáutica.
Fonte: Agência Força Aérea
SNB
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