quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Dilma chega à Rússia para 'reforçar a família dos Brics'


A estadia da presidente Dilma Rousseff na Rússia, até o próximo sábado, deverá ser uma oportunidade para que brasileiros e russos possam não apenas estreitar laços econômicos, como também reforçar a estrutura dos Brics - o bloco de economias emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
É essa a opinião de analistas ouvidos pela BBC Brasil em relação à estadia da presidente à Rússia. Ela chegou ao país na madrugada desta quinta-feira. É a primeira visita de Dilma à Rússia, que era a única nação a integrar os Brics que ela ainda não havia visitado.
Para o americano Riordan Roett, cientista político da Universidade Johns Hopkins e brasilianista, que lançou no ano passado o livro The New Brazil (O Novo Brasil), a visita visa ''reforçar a família dos Brics'', no que diz ser um momento de dificuldade para todos os países do bloco.
''O conceito dos Brics vem sofrendo ataques'', comenta Roett, já que, em contraste com a imagem dinamismo de anos atrás, ''o Brasil enfrenta crescimento lento, a Índia padece de paralisia política, a África do Sul já mostrou que não deveria pertencer ao bloco e Rússia e China enfrentam transições políticas lentas e previsíveis''.
Banco dos Brics
Os Brics deverão ser um tema central da agenda bilateral de Brasil e Rússia em Moscou, avalia Adriana Abdenur, coordenadora geral do instituto BRICS Policy Center e professora do Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio.
Um dos motivos, diz ela, é que a próxima reunião do bloco está prevista para ocorrer em breve, mais especificamente em março do ano que vem, em Durban, na África do Sul.
E o próximo encontro poderá referendar uma proposta feita recentemente, a de criar um banco comum de investimentos, uma proposta feita pelos indianos e que os anfitriões sul-africanos desejam ver se materializar ainda durante a cúpula.
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