terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Boeing Brasil, DCTA e Inpe

O vice-presidente do Centro de Pesquisa e Tecnologia da Boeing no Brasil, Al Bryant, disse que os acordos não têm conexão com o programa de aquisição dos caças F-X2, da Força Aérea Brasileira (FAB), pois o objetivo da empresa é o de estabelecer uma parceria de longo prazo com o Brasil (Foto: Roberto Caiafa)A companhia estadunidense Boeing assina hoje dois acordos estratégicos com o DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial) e o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), referências no país na pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia aeroespacial e de defesa, mais um passo importante no seu plano desenvolvimento de projetos tecnológicos em parceria com empresas e instituições brasileiras. Para este fim, a empresa anunciou o lançamento, ainda no 1º semestre deste ano, do Centro de Pesquisas e Tecnologias Boeing Brasil. Com previsão de investimentos da ordem de US$ 5 milhões, o novo centro de pesquisa, que será o sexto fora dos Estados Unidos, ficará instalado, provavelmente, em São José dos Campos (já existiria inclusive área reservada para este fim dentro do Parque Tecnológico da cidade). As pesquisas terão foco em desenvolvimento de biocombustíveis sustentáveis de aviação, gestão avançada de tráfego aéreo e biomateriais, entre outras.
 
No campo espacial, a Boeing está de olho nas potencialidades do projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), que o Brasil pretende lançar até o fim de 2014. O satélite vai atender o Plano Nacional de Banda Larga e também as necessidades de comunicações estratégicas do governo e das Forças Armadas. O investimento previsto pelo governo brasileiro no projeto é de R$ 720 milhões. A Embraer e a Telebrás criaram a empresa Visiona Tecnologia Espacial S.A para fazer o gerenciamento dos contratos com os fornecedores do satélite. A previsão da Agência Espacial Brasileira (AEB) é que a escolha do fornecedor seja anunciada no começo de 2013. A Boeing, líder mundial no desenvolvimento de satélites geoestacionários para telecomunicações, poderá agregar valor tanto em termos de conhecimento quanto de fixação de novas tecnologias, especialmente na área de monitoramento ambiental e de sensores com aplicação em sensoriamento ambiental. Somente em 2012, a Boeing já assinou três acordos com a gigante brasileira Embraer, nas áreas de biocombustível e cooperação para o desenvolvimento do avião de transporte militar KC-390, e para o fornecimento de sistemas do turboélice de treinamento e ataque leve A-29 Super Tucano.
 
“O fortalecimento de nosso intercâmbio técnico e colaboração para pesquisa e desenvolvimento beneficiará o Brasil, a Boeing e a indústria aeroespacial”, diz o Dr. Matthew Ganz, vice-presidente e diretor geral da Boeing Research & Technology. “Esforçamo-nos para trabalhar mundialmente com os mais renomados pesquisadores para desenvolver tecnologias aeroespaciais que beneficiem nossos clientes, e estas são duas instituições de pesquisa líderes no mundo."
 
“A Boeing está comprometida em trabalhar em parceria com o Brasil para desenvolver tecnologias que possam ser usadas em escala global e esses acordos são mais um passo para a conquista dessa meta", complementa Donna Hrinak, presidente da Boeing Brasil.
 
Sob o primeiro acordo, a Boeing e os institutos de pesquisa do DCTA, entre eles o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), o IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço) e o IEAv ( Instituto de Estudos Avançados), explorarão oportunidades de colaboração nas áreas de ciências de voo, energia e meio ambiente, incluindo biocombustíveis, materiais, sistemas de lançamento espacial, e educação e treinamento em engenharia.
 
“A maior parte das mudanças tecnológicas relacionadas à indústria aeroespacial exige um esforço comum de todos os envolvidos no setor. Temos, por exemplo, o consórcio BOEING-EMBRAER para elaborar um roadmap dos biocombustíveis sustentáveis para a aviação, que tem suporte financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e a participação de muitos outros agentes interessados, tanto do setor governamental quanto do privado”, afirma o Tenente-Brigadeiro-do-Ar Ailton dos Santos Pohlmann, Diretor-Geral do DCTA.
 
Sob o segundo acordo, a Boeing e o INPE explorarão oportunidades nas áreas de sensores remotos para a gestão de culturas energéticas, desenvolvimento e integração de sensores baseados no ar e em terra, fusão de dados para a gestão do uso da terra e integração de sensores para nanossatélites. 
 
“O INPE e a Boeing planejam trabalhar conjuntamente para explorar potenciais colaborações de pesquisa e desenvolvimento de interesse mútuo. Isso será realizado de acordo com legislação de seus países e, inicialmente, terá por foco as áreas de Observação da Terra, Ciência Espacial e Atmosférica e o CTE (Centro de Tecnologias Especiais)”, diz o diretor do INPE, Leonel Perondi.
 
A Boeing Pesquisa e Tecnologia é a organização de pesquisa avançada, tecnologia e inovação da Boeing e trabalha para fornecer uma ampla base de soluções tecnológicas inovadoras e acessíveis para os atuais e futuros sistemas e serviços de aviação. A Boeing Research& Technology-Brasil trabalha com grandes pesquisadores no Brasil e no mundo. Para mais informações, visite o www.boeing.com.br
 
O DCTA é a maior e mais completa organização brasileira de pesquisa e desenvolvimento aeroespacial. Fundado em 1950, o DCTA emprega atualmente milhares de cientistas e técnicos civis e militares.
 
O INPE é um instituto de tecnologia espacial e pesquisa atmosférica internacionalmente reconhecido, tendo desenvolvido e testado vários veículos espaciais, e  pertence ao Ministério Brasileiro de Ciência e Tecnologia.
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