terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Rafale volta a ser o favorito do governo brasileiro, diz jornal


A decisão do governo indiano de iniciar “negociações exclusivas “ para a compra de 126 aviões de caça Rafale para renovar sua frota, terminou com as preocupações do Brasil, muito reticente com o fato de que o modelo nunca tinha vendido fora da França, afirma nesta segunda-feira o diário econômico Les Echos.

RFI (França)
Citando fontes do governo brasileiro ouvidas pela agência de notícias Reuters, o diário econômico afirma que o Brasil vai “muito provavelmente” escolher o caça Rafale para equipar sua força aérea, o que pode representar um segundo sucesso do aparelho no exterior. Até hoje, o caça Rafale perdeu todas as concorrências e só foi comercializado com o governo da França.
Mas apesar do fim das reticências da presidente Dilma Roussef sobre o modelo Rafale, após a decisão do governo da Índia de negociar com a fabricante Dassault, o Brasil não deverá anunciar sua decisão antes das eleições presidenciais francesas de 22 de abril e 6 de maio, para o tema não ser explorado politicamente, afirma o jornal.
A presidente Dilma e seus principais conselheiros estão convencidos de que a oferta da Dassault para a aquisição de 36 aviões de caça para modernizar a frota brasileira é melhor do que a de seus concorrentes Hornet F18 da americana Boeing e do Gripen da fabricante sueca Saab.
“Dilma Roussef considera esse contrato como uma grande mudança que vai remodelar as alianças estratégicas e militares do Brasil para as próximas décadas, dentro de um contexto em que o país está em vias de se tornar um dos líderes da economia mundial”, escreve o Les Echos.
Lembrando da visita do ministro brasileiro da Defesa, Celso Amorim, a Nova Déli na semana passada, o jornal comenta que a proposta da Dassault é a melhor combinação para cumprir as exigências do governo brasileiro, ou seja, de adquirir um modelo de grande qualidade e com transferência de tecnologia.
“Com a decisão da Índia, o Rafale será muito provalvemente o vencedor (da licitação) aqui”, declarou, pedindo anonimato, um fonte que acompanha as negociações do Brasil para a escolha do caça.

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