quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O ministro de Defesa da Argentina, Arturo Puricelli,


MARINA GUIMARÃES , CORRESPONDENTE / BUENOS AIRES - O Estado de S.Paulo
O ministro de Defesa da Argentina, Arturo Puricelli, acusou ontem o governo britânico de recorrer a bravatas para sustentar seu orçamento militar e de tentar desestabilizar a Argentina para ver se o país "cai na tentação de um conflito armado".
Em entrevista a uma rádio de Buenos Aires, o ministro reiterou que a ordem da presidente Cristina Kirchner é a de não cair em nenhuma provocação britânica e manter a reivindicação pela soberania das Ilhas Malvinas pelos canais diplomáticos.
O ministro disse que diante de um eventual ataque a Argentina vai se defender. "O que eles têm claro é que toleramos (o que fazem nas) Malvinas, mas se a força armada inglesa chegar ao território argentino, não tenham dúvidas de que vamos exercer o direito à legitima defesa, e temos capacidade de fazê-lo", disse o ministro.
Ainda de acordo com Puricelli, a decisão dos países da América do Sul de não receber embarcações com bandeira das Ilhas Malvinas está "encarecendo a usurpação" do arquipélago. Ele descartou, no entanto, a possibilidade de que a Argentina impulsione um bloqueio às ilhas. "Não mudamos nossa posição em nada. O condicionamento que os habitantes das Ilhas Malvinas têm se deve à política da Grã-Bretanha, de manter o domínio e a usurpação de um território que não lhes corresponde", declarou.
A Casa Rosada prepara uma campanha internacional pela causa argentina para marcar os 30 anos da guerra travada com a Grã-Bretanha, no dia 2 de abril. Cidade do México, Brasília, Bogotá, Caracas, Jerusalém, Madri, Paris, Berlim, Roma e outras 21 capitais e grandes cidades do mundo receberão publicidade e apresentações relacionadas à causa argentina.
O argumento principal da campanha argentina pela soberania das ilhas é a paz. Dezenas de artistas foram confirmados para festivais de tango em praças públicas. A programação completa, no entanto, ainda está sendo fechada pelo Ministério de Relações Exteriores da Argentina. / AE

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