terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Atacar Teerã seria grande desafio militar para Israel


O Estado de S.Paulo
Análise: Elizabeth Bumiller / NYT
Se Israel decidir atacar o Irã, enfrentará ao menos quatro barreiras logísticas e militares: encontrar uma rota segura para fazer seus caças chegarem ao alvo, abastecê-los durante o voo, driblar as defesas antiaéreas iranianas e, finalmente, atingir com eficiência as instalações nucleares subterrâneas do Irã. O possível ataque, dizem analistas, será bem mais complexo do que as operações contra o programa nuclear iraquiano, em 1981, e o sírio, em 2007.
Dado que Israel pretende bombardear os quatro principais pontos do projeto atômico iraniano - as usinas de enriquecimento de urânio de Natanz e Fordo, o reator de água pesada de Arak e a usina de refino de Isfahan -, analistas militares dizem que o primeiro problema é como chegar lá.
Há três rotas possíveis: pela Turquia, Arábia Saudita e por Jordânia e Iraque. Essa última alternativa é a mais provável de ser utilizada, uma vez que, desde a retirada dos EUA, a defesa antiaérea iraquiana é precária.
Presumindo que a Jordânia libere a passagem de seus caças, o segundo problema de Israel é abastecê-los. A frota israelense de F-15I e F-16I não tem a autonomia necessária para a viagem de ida e volta. Uma alternativa seria incluir aviões-tanque no comboio, para abastecê-los durante o voo. Esses aviões - KC-707 feitos nos EUA - voariam a uma altitude maior, mas teriam de ser protegidos por outros caças da bateria antiaérea iraniana. Israel ainda precisaria de outros aviões de guerra para desativar radares do Irã.
Por fim, como grande parte do programa nuclear iraniano é subterrâneo e fortificado, Israel precisaria usar suas bombas GBU-28, feitas especialmente para esse tipo de ataque. A questão é o quão eficiente elas serão.O Estado de S.Paulo
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