sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Israel defende combate imediato ao programa nuclear iraniano


Efe
DAVOS - O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, disse nesta sexta-feira, 27, durante debate no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, que não enfrentar o Irã agora para evitar que o país construa armas nucleares "será muito mais perigoso e custoso, tanto em termos de dinheiro como de vidas"."Um Irã com armas nucleares não é um perigo só para o Oriente Médio, mas para o mundo inteiro", afirmou Barak, que aplaudiu as recentes sanções econômicas aprovadas pela União Europeia (UE) contra Teerã. Apesar disso, o ministro pediu "uma diplomacia mais agressiva". O ex-primeiro-ministro israelense disse que "com exceção da China e Rússia, todos estamos de acordo de que não há outra opção do que enfrentar o Irã".
Barak admitiu, no entanto, que a questão não é simples e que Teerã adota uma estratégia para ganhar tempo e dividir a unidade internacional. "Os iranianos não são jogadores de gamão, mas de xadrez. Procuram deixar seu programa nuclear numa zona de impunidade para que seja impossível conhecer o autêntico alcance de seus progressos", disse Barak. "Quando tiverem certeza que ninguém pode fazer nada contra eles, considerarão dar o passo definitivo", acrescentou.
Para Barak, o relatório publicado em novembro pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) é a evidência de que o Irã tem um programa nuclear com o objetivo de construir armamentos.
O israelense participou de um seminário no qual se perguntava o que ocorreria se o Irã tivesse uma bomba atômica. "Arábia Saudita vai querer ter armas nucleares, assim como Turquia e o Egito", previu Barak, que alertou para o perigo das armas nucleares caírem em mãos de grupos terroristas. "O Irã patrocina o terrorismo no Iraque, Índia, Paquistão, Líbano e nos territórios palestinos, portanto podemos imaginar o que acontecerá", opinou.
ONU
Também em Davos, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse que o Irã tem a responsabilidade "política e legal" de se submeter totalmente às resoluções do Conselho de Segurança e provar que seu programa nuclear é "genuinamente para propósitos pacíficos". Ele destacou que o regime iraniano não cumpriu nenhuma das duas coisas, apesar de ter a obrigação de fazê-lo por ser um Estado membro das Nações Unidas.

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