segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Usina nuclear iraniana será conectada à rede elétrica em fevereiro

Efe


TEERÃ - A usina nuclear de Bushehr, a primeira construída no Irã, será conectada à rede elétrica nacional no mês de fevereiro, confirmou o ministro interino de Assuntos Exteriores iraniano, Ali Akbar Salehi, nesta segunda-feira, 3.





Salehi, que é também diretor da Organização da Energia Atômica do Irã (OEAI), quis acabar com os rumores que há dias apontam um novo atraso na usina construída com ajuda russa na localidade meridional de Bushehr, no litoral do Golfo Pérsico.



"Como já dissemos em várias ocasiões, o projeto de Bushehr vai de vento em popa. Esperamos que as provas finais sejam concluídas no início de janeiro, uma vez que já alimentamos e selado o núcleo do reator", explicou.



Teerã começou a construir a usina nuclear na década de 1970 com ajuda alemã, mas o projeto foi interrompido pela Revolução Islâmica que em 1979 depôs o último Xá do Irã, Mohammad Reza Pahlevi. A construção da planta foi retomada há 10 anos com a colaboração da Rússia enquanto as obras foram concluídas no meio do ano de 2010 após diversos atrasos.



As autoridades nucleares iranianas anunciaram no dia 21 de agosto o início da alimentação de combustível da planta e que a usina estaria pronta para ser conectada à rede elétrica entre outubro e novembro de 2010. No entanto, em dezembro de 2010 Salehi explicou que o prazo para tal conexão à rede elétrica atrasou, com previsão para o início de 2011.



Alguns jornais especularam a possibilidade do atraso devido ao ataque do vírus Stuxnet que atingiu o país em setembro. Embora o regime iraniano admitisse que alguns sistemas foram afetados, Salehi voltou a reiterar nesta segunda-feira que a central não foi prejudicada. "São só rumores", ressaltou o responsável, citado pela televisão estatal.



Grande parte da comunidade internacional, liderada pelos EUA e Israel, acusa o regime iraniano de ocultar, sob seu programa civil, ambições bélicas com o objetivo de adquirir armas atômicas. Teerã nega.

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