quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Os grupos industriais francês e espanhol anunciaram nesta sexta-feira terem encerrado o litígio que os colocou em lados opostos por vários anos. Sendo assim, a DCNS afirmou que “será encerrada o processo de arbitragem que se encontrava em curso”. O grupo naval francês manterá a comercialização e a fabricação dos modelos Scorpène. Enquanto a Navantia, do seu lado, se restringirá ao seu novo modelo, o submarino S-80, dos do qual os primeiros exemplares se encontram em construção para a Marinha Espanhola.






Durante os anos 90, enquanto a França fez a escolha por uma frota de submarinos exclusivamente de propulsão nuclear, a indústria francesa e espanhola se aliaram para produzir um novo modelo de submarino de propulsão convencional destinado ao mercado de exportação. Foi daí que nasceu o Scorpène, que seria eventualmente vendido ao Chile (1997), à Malásia (2002) e à Índia (2005). Inicialmente, a Espanha deveria igualmente adquirir este submarino, mas, finalmente, a Navantia acabou desenvolvendo seu próprio produto, o S-80, com uma colaboração com os americanos no sistema de combate e no armamento. Esta mudança caiu mal na França, onde a que a DCNS, ao invés de buscar uma reaproximação com seu parceiro para acertar o uso de tecnologia francesa transferida no programa Scorpène no seu próprio modelo acabou vendo a Navantia apresentar o S-80 para exportação disputando mercado com o produto franco-espanhol. Desta maneira, a DCNS buscou nos tribunais o direito exclusivo de comercialização do Scorpène, para o qual o grupo francês estima ter investido a maior parte dos investimentos em tecnologia.





Além dos mais de 10 navios vendidos ao Chile, à Malásia e à Índia, a DCNS a conquistou a venda, em 2009, de quatro unidades derivadas deste modelo para o Brasil. O grupo francês está igualmente na disputa para uma encomenda lançada pela Índia para seis novos submarinos.




Fonte: Mer et Marine

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