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terça-feira, 30 de setembro de 2014

BRASÍLIA ADIARÁ RESPOSTA À INICIATIVA RUSSA DE BUSCAR APROXIMAÇÃO NA ÁREA MILITAR

Roberto Lopes
Especial para DefesaNet


Estado-Maior Conjunto das Forças Armasdas e os Comandos do Exército e daForça Aérea decidiram não se comprometer, de imediato, com a presença de militares brasileiros nos dois certames internacionais organizados pelo Ministério da Defesa da Federação Russa, que atestam a expertise de tripulantes de aeronaves e de carros de combate: a AVIADARTS, em julho, e o Biatlo de Tanques, em agosto.

Os convites de Moscou para que o Brasil envie competidores aos eventos foram transmitidos a Brasília há poucas semanas, pelo Adido de Defesa do Brasil na capital russa, coronel do Exército Marco Antônio de Freitas Coutinho. Este ano, Freitas Coutinho assistiu as duas provas na condição de “observador”. Informalmente, contudo, o oficial, que serve na Rússia desde meados de 2011, adiantou aos chefes militares locais que o fato de a FAB empregar o Mi-35M (chamado na FAB de AH-2 Sabre), facilita, em tese, uma resposta positiva no caso da AVIADARTS.

O procedimento cauteloso adotado por generais e brigadeiros brasileiros está relacionado, obviamente, à incerteza gerada pelas eleições, e ao forte desgaste político da Rússia no plano internacional.

Ainda que a presidenta Dilma Roussef se reeleja, os militares aguardam a substituição do embaixador Celso Amorim no posto de ministro da Defesa. O diplomata está demissionário desde dezembro de 2013, e vem se omitindo no esforço que os comandantes militares fazem, junto ao Congresso, para resgatar verbas contingenciadas pela área econômica do governo. Amorim também acaba de ser desautorizado por 27 generais de quatro estrelas da reserva do Exército, que não gostaram de uma manifestação dele à Comissão Nacional da Verdade, afirmando que “as Forças Armadas aprovaram e praticaram atos que violaram direitos humanos no período militar”.

De acordo com uma fonte do Ministério da Defesa ouvida por DefesaNet, não será surpresa se a presidenta aceitar a exoneração de Amorim já nas próximas semanas, antes ainda do fim de sua atual gestão. Nesse caso, a Pasta poderia ser entregue, em caráter provisório, ao secretário-geral Ari Matos Cardoso.

Biatlo

A aceitação dos convites para as competições na Rússia também colocam o governo brasileiro diante da possibilidade de desagradar as principais potências militares do Ocidente. Estados Unidos e seus parceiros europeus da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) isolaram e impuseram sanções político-econômicas à administração de Vladimir Putin depois que, a 2 de março, Moscou se apossou da Península da Crimeia – que fazia parte do território ucraniano –, e começou a fornecer apoio militar maciço aos rebeldes separatistas do leste da Ucrânia.

A 17 de julho passado, um míssil terra-ar supostamente disparado por insurgentes ucranianos derrubou um jato de passageiros da Malaysian Airlines, matando as 298 pessoas que se encontravam a bordo. O sistema antiaéreo teria sido fornecido por Moscou aos adversários do governo de Kiev.

Foi precisamente essa sequência de fatos turbulentos que fez cinco países – Itália, Grécia, República Theca, Coreia do Sul e Israel –, além da própria Ucrânia, desistirem da competição entre tripulações de tanques, que teve lugar entre os dias 4 e 16 de agosto no polígono de tiro para blindados de Alabino, nos arredores de Moscou.

O Biatlo foi disputado por Rússia, China, Índia – todos parceiros do Brasil no grupo dos BRICS –, além de Bielorrusia, Casaquistão, Armênia, Quirguistão, Mongólia, Sérvia, Kuait, Angola e Venezuela.

As diversas etapas da competição, preparadas pelo departamento de Preparação do Combate do Exército russo, envolveram desde uma prova contra o relógio para verificar qual tripulação punha seu tanque em movimento em menos tempo, até deslocamentos de 20 km em alta velocidade com disparos para atingir cinco alvos diferentes, e as chamadas “corridas de perseguição”, que exigiam a ultrapassagem de fossos, terrenos enlameados e cursos d’água.

O carro de combate usado foi o T-72M, dotado de blindagem reativa, sistema de tiro com telêmetro laser e carregador automático (multiplicador de cadência) para o canhão de 125mm. Cada país podia competir com mais de uma tripulação. Rússia, Armênia e Casaquistão foram os vencedores.

Na primeira edição do Biatlo, ano passado, somente Armênia, Bielorrúsia e Cazaquistão (repúblicas que integraram a extinta União Soviética) atenderam o convite da Rússia. Este ano, contudo, os organizadores deram ao evento um título mais pomposo: I Mundial de Biatlo de Tanques.

O convite ao Brasil envolve também uma expectativa da agência oficial de exportação de armamentos russos Rosoboronexport, que, nos últimos anos, por mais de uma vez, ofereceu o T-72 ao Exército brasileiro. Moscou está, entretanto, ciente de que, além de não priorizar a renovação de seus carros de combate nesse momento (e nem em 2015), a Força Terrestre talvez opte por seguir a  linha alemã, e substituir os seus Leopard 1A5, por veículos Leopard 2.

Concurso de pilotos

Entre 22 e 28 de julho o adido brasileiro já havia assistido, na região de Voronezh-Lipetsk e no campo de tiro de Pogonovo, o concurso de pilotos militares denominado AVIADARTS, que reuniu jatos e helicópteros de combate de Rússia, China e Bielorussia.

Idealizada pelo Ministério da Defesa russo, a competição objetiva recriar as condições de batalha que envolvam o elemento aéreo. No ar as tripulações precisam superar baterias antiaéreas e disparar foguetes contra alvos em terra. São, ao todo, seis modalidades de provas.

A Federação Russa foi representada por 34 tripulações, sendo uma da Marinha, que pilotaram caças SU-34, MIG-29 e jatos de ataque ao solo SU-24. China e Bielorrúsia mandaram duas tripulações cada uma. Os chineses voaram seus caças SU-30, e os bielorrussos aviões SU-24.

Os militares mais bem colocados ganharam automóveis importados, das marcas Land Rover e Hyundai, além de scooters.

Ao lado do coronel brasileiro, na qualidade de “observadores”, estiveram adidos das Forças Armadas da Índia, Paquistão e Egito – países que, a exemplo do Brasil, os russos tentam atrair para a próxima edição da competição, dentro de dez meses. Moscou aguarda ainda a participação de militares do Casaquistão, Armênia e Quirguistão.

“Recebemos o convite”, declarou o coronel Freitas Coutinho à agência de notícias oficial russa RIA Novosti, “Se for possível, ano que vem participaremos do concurso. Competiríamos, a princípio, nos helicópteros, nossa especialidade, mas sempre com tecnologia de produção russa”.
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FAB em Ação - Operação Sabre


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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

A-29 Super Tucano chega a Moody AFB

O primeiro de 20 aviões A-29 Super Tucano chegou aqui em 26 de setembro, em preparação para a missão de treinamento de pilotos e manutenção do Afeganistão.
O A-29 é uma aeronave leve de treinamento e apoio aéreo aproximado que será usada para treinar 30 pilotos afegãos e 90 mantenedores como parte de uma exigência da Força Internacional de Assistência à Segurança para realizar o treinamento fora do Afeganistão.
“Este é um programa muito original, é uma grande oportunidade, e é definitivamente um grande dia para a Base da Força Aérea Moody”, disse o tenente-coronel Jeffrey Hogan, comandante da unidade de treinamento A-29 Apoio Aéreo Leve Afegão. “Este avião é perfeito para a missão, que vai ser uma grande oportunidade para interagir com os afegãos Estaremos ensinando-os, mas nós estaremos aprendendo com eles também.”.
A necessidade do A-29 vem do fato de que a aeronave afegã de apoio aéreo atual, o helicóptero de ataque Mi-35, alcançará o final da vida útil em janeiro de 2016.
“Especificamente, a missão que nós iremos substituir é a do helicóptero Mi-35, que é uma aeronave de ataque, ou seja, eles cobrem algumas das mesmas missões”, disse Hogan. “Mas realmente esta aeronave é um salto monumental em recursos para a Força Aérea Afegã. Ele vai nos permitir fazer alguma sobreposição dessas (Mi-35) missões e vai fazer muito melhor; ele também irá expandir algumas outras missões, que eles atualmente não podem executar. ”
Durante a cerimônia de inauguração realizada no dia antes da chegada, o major-general John McMullen da Força Aérea dos EUA, da Força-Tarefa Expedicionária Aérea e Espacial – comandante do Ar do Afeganistão e vice-comandante das Forças Americanas no Afeganistão, também falou sobre a necessidade do Afeganistão para a aeronave.
“Claramente, a maior lacuna na Força Aérea Afegã é a capacidade de fornecer fogo do ar contra o inimigo no chão”, disse McMullen. “A peça que faltava, que é vital para o sucesso da Força de Segurança Nacional Afegã é uma plataforma ar-terra que pode lançar armas de precisão, que tem a velocidade e o raio de ação para alcançar todo o Afeganistão, e esta plataforma é o A-29. Ele é o avião perfeito para o terreno no Afeganistão, é o avião perfeito para o conflito no Afeganistão, e é a aeronave perfeita para a Força Aérea do Afeganistão”.
Os Estados Unidos hospedam frequentemente o treinamento de aeronaves para estudantes internacionais de diferentes países, como a Noruega, Polônia, Cingapura, Holanda, Iraque para o F-16. Os EUA também fornecem aos alunos afegãos o treinamento de voo em outros programas estabelecidos em bases no Texas, Mississippi, Arkansas e Oklahoma. Oito dos dez estudantes afegãos na primeira turma de formação em Moody já ganharam suas asas através do treinamento de pilotos da Força Aérea dos EUA.
“A Força Aérea treina estudantes internacionais, milhares deles, todos os dias”, disse Hogan. “Os pilotos que estamos recebendo são apenas mais um produto que temos produzido ao longo dos anos, temos os procedimentos e políticas para garantir que a missão seja executada com segurança. Eles não são novos pilotos; eles são muito experientes e sempre seremos voando no avião com eles”.
Após o treinamento, todos os 20 aviões A-29 serão fornecidos à Força Aérea Afegã e irão fornecer recursos ar-terra e de reconhecimento aéreo para apoiar as operações de contra-insurgência no Afeganistão e auto-defesa aérea para o seu governo e os cidadãos.
“Como o general McMullen disse, a Força Aérea Afegã precisa muito do A-29″, disse o major general da Força Aérea Afegã Abdul Wahab Wardak, comandante da Força Aérea do Afeganistão, durante a cerimônia de inauguração A-29 em Jacksonville, Flórida. “Nesse momento, não temos qualquer tipo de aeronave que pode proteger as tropas e fornecer o apoio. Obrigado a todos que tem trabalhado neste programa. A nossa amizade vai continuar a crescer e ser forte no futuro.
 FONTE: USAF SEGURANÇA NACIONAL BLOG,SNB

sábado, 27 de setembro de 2014

Sub 'Stealth' Rússia junta Frota do Mar Negro

(RIA Novosti) - primeiro submarino da classe Varshavyanka da Rússia, o Novorossiisk, entrou serviço com a frota do Mar Negro, o serviço de imprensa do Distrito Militar do Sul nesta quarta-feira.

O submarino permanece atualmente no estaleiro Admiralty em St. Petersburg e seguirá para o porto do Mar Negro da Novorossiisk depois de concluir os ensaios finais com a Frota do Norte.

O Ministério da Defesa encomendou um total de seis submarinos da classe Varshavyanka, apelidado de "buracos negros no oceano" pela Marinha dos EUA, porque eles são quase indetectáveis ​​quando submerso.

O Novorossiisk foi estabelecido em agosto de 2010 Em agosto de 2014, o comandante da Marinha russa almirante Viktor Chirkov confirmou que duas Projeto 636,3 submarinos diesel-elétricos, o Novorossiysk eo Rostov-on-Don, se juntaria a Frota do Mar Negro até o final de do ano. A construção de todas as seis subs deve ser concluída até 2016.

Os submarinos são indicadas principalmente para missões anti-navio e anti-submarinas nas águas relativamente rasas. Eles serão tripulados por 52 submarinistas, tem uma velocidade de 20 nós subaquática e uma autonomia de 400 milhas com a capacidade de patrulhar por 45 dias.

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FAB TV - Conexão FAB - Revista Eletrônica - Setembro 2014


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sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Seis cursos online para quem quer trabalhar com tecnologia

para quem quer entrar no setor. O diferencial é que tem conteúdo até mesmo para iniciantes, como o curso de introdução à lógica, ministrado por professores de Stanford.
Focado em programação, o CTrabalhar com tecnologia é o sonho de muitos jovens. No entanto, apesar do gargalo do Brasil - levantamento da Brascomm apontou falta de 45 mil profissionais em 2014 - a concorrência no setor é forte. Por isso, para se destacar, nada melhor do que buscar especialização e a internet pode ser uma ótima aliada nessas horas. O Blog da PSafe listou algumas das principais plataformas online que oferecem cursos no setor. Confira.Veduca
Além de disponibilizar aulas de várias universidades ao redor do mundo, o Veduca tem cursos ligados à área de tecnologia, alguns deles com certificado. Para quem quer aprender um pouco mais, vale a pena dar uma olhada nas opções disponíveis.
Plataforma mais específica na área de tecnologia e programação, o Cousera também oferece várias aulas e cursos, odeAcademy é para quem não precisa de auxílio de professor. A maioria das aulas não tem vídeos, mas é bem didática, o que facilita para quem tem pouco conhecimento. Os destaques ficam por conta do curso de HTML e pelo de Ruby, muitos utilizados na construção de sites.
Voltado para quem tem um pouco mais de experiência, o Beved tem algumas aulas online bem interessantes para quem quer trabalhar com tecnologia. A maioria dos cursos completos é paga, mas há algumas aulas legais de graça, como a primeira do Curso de Programação para Iniciantes.
Para quem tem o inglês afiado e já tem um pouco mais de conhecimento de programação, o Rails for Zombies é uma ótima opção. Gratuito, a plataforma é bem atrativa e funciona como um game que, conforme o usuário vai evoluindo, ganha badges e avança até o próximo nível.
A Microsoft também mantém um site com vários cursos sobre as plataformas desenvolvidas pela empresa. As aulas são voltadas para quem tem mais experiência. Conforme os alunos vão evoluindo, ganham pontos e vão subindo em um ranking global.

FONTE: PSafe Blog
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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

IVECO REALIZA CERIMÔNIA DE PRODUÇÃO E ENTREGA SIMBÓLICA DO 100º GUARANI

Ricardo Fan
O Projeto GUARANI tem por objetivo transformar as Organizações Militares de Infantaria Motorizada em Mecanizada e modernizar as Organizações Militares de Cavalaria Mecanizada. Na data de amanhã, 26 de setembro de 2014, ocorrerá na sede da Iveco, em Sete Lagoas/ MG, uma cerimônia de produção e  e entrega simbólica do 100º Guarani ao Exército
O Exército Brasileiro recebeu as primeiras treze Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal, Média de Rodas (VBTP-MR) em março de 2014. As viaturas foram entregues à 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada, sediada em Cascavel/PR, para mobiliar uma das Companhias de Fuzileiros do 33º Batalhão de Infantaria Motorizado, Unidade orgânica da Brigada, que estava em processo de transformação para 33º Batalhão de Infantaria Mecanizado.
Na cerimônia de entrega dos primeiros VBTP-MR  Guarani ao Exército. Celso Amorim, ministro da Defesa, destacou  na ocasião que a entrada em operação dos Guarani “é um evento significativo, que representa este novo momento de reequipamento das nossas Forças Armadas”.

Para o ministro da Defesa, a qualidade tecnológica e a empregabilidade do novo blindado reforça “a auto-estima dos nossos militares” e demonstra a “visão de futuro” do Estado Nacional. Para isso, estão sendo desenvolvida a Novas Família de Viaturas Blindadas de Rodas, a fim de dotar a Força Terrestre de meios para incrementar a dissuasão e a defesa do território nacional.

O Guarani ainda traz diversos recursos tecnológicos de primeira linha. Dentre eles encontram-se o sistema automatizado de pressurização dos pneus, as suspensões independentes em cada uma das seis rodas, ar-condicionado com sistema de filtros contra armas químicas, biológicas e nucleares, sistema de Gerenciamento de Campo de Batalha, sistema de Consciência Situacional, torre automática com canhão 30mm, visão noturna, e reparo automatizado para metralhadora .50 ou 7,62mm.
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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

EUA testam nova bomba planadora

A companhia Textron Systems efetuou, no polígono do Arizona, testes de uma bomba planadora G-CLAW, informa um comunicado de imprensa, especificando que o engenho “caiu a 4 metros do local previsto, tendo aniquilado um alvo”.

A bomba poderá ser usada por drones, aviões de assalto ligeiros Beechcraft T-6 Texan II e Textron AirLand Scorpion, bem como por aviões monomotores turbolélice remodelados como o Cessna Caravan.
VOZ DA RUSSIA ,,SEGURANÇA NACIONAL BLOG,SNB

Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_09_17/EUA-testam-nova-bomba-planadora-0397/

HÁ TRÊS MESES EM ÓRBITA NANOSATC-BR1 FUNCIONA COMO PROGRAMADO

Lançado ao espaço há três meses, o NanosatC-Br1  – primeiro cubesat nacional -  opera como programado transmitindo dados para estações localizadas em Santa Maria (RS) e São José dos Campos (SP).
Desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Universidade de Santa Maria (UFSM), com recursos da Agência Espacial Brasileira (AEB), o cubesat  leva a bordo instrumentos para o estudo de distúrbios na magnetosfera, principalmente na região da Anomalia Magnética do Atlântico Sul, e do setor brasileiro do Eletrojato Equatorial Ionosférico.
“Já temos uma quantidade de dados razoável das cargas úteis e da plataforma. Muitos ensinamentos estão sendo extraídos por meio da operação do NanosatC-Br1, do seu comportamento e performance que serão utilizados em futuros satélites desta classe”, diz Otávio Durão, pesquisador do Inpe.
Além de testar circuitos integrados resistentes à radiação projetados no Brasil, para utilização em futuras missões de satélites nacionais, a capacitação de recursos humanos para a área espacial é um dos principais objetivos do projeto.
Etapas - O seu desenvolvimento permitiu que estudantes tivessem a supervisão de especialistas do Inpe e atuassem diretamente em todas as fases para construir e colocar um satélite em órbita – desde a especificação e produção do cubesat, até a montagem, integração, testes, lançamento, operação e recepção dos seus dados.
O cubesat tem três cargas úteis: um magnetômetropara utilização dos seus dados pela comunidade científica; um circuito integrado projetado pela Santa Maria Design House da UFSM; e o hardware FPGA, que deve suportar as radiações no espaço em função de um software desenvolvido pelo Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Participa ainda do projeto o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), onde está uma das estações terrena que recebem dados do NanosatC-Br1.

Fonte: Inpe
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sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Denel prepara o míssil A-Darter para qualificação no Gripen NG

Reportagem publicada no site Flightglobal nesta quinta-feira, 18 de setembro, informou que a empresa sul-africana Denel Dynamics planeja começar, em novembro, os testes de voo de pré-qualificação do míssil ar-ar A-Darter no caça Saab Gripen NG, em antecipação a encomendas da Força Aérea Brasileira. A informação foi dada por um porta-voz da empresa.Após quase 20 anos de desenvolvimento, a Denel já qualificou totalmente o envelope de voo do míssil de curto alcance, guiado por infravermelho, na frota de Gripen C/D, que é operada pela Força Aérea Sul-Africana.
A decisão brasileira pelo Gripen, em dezembro, abriu uma oportunidade nova para o programa A-Darter. O Brasil já se envolveu com o desenvolvimento do míssil para integração a seus caças modernizados F-5M, mas teria dado preferência a integrar o Python da IAI (Israel Aerospace Industries), segundo a reportagem do site.
O Brasil ainda não anunciou planos de operar o A-Darter no Gripen NG, mas a Denel está se antecipando, com a utilização de um avião da Força Aérea Sueca. Enquanto isso, a Denel continua a trabalhar com engenheiros da empresa desenvolvedora de mísseis brasileira Mectron.”Uma das próximas fases será a industrialização do A-Darter no Brasil”, disse o porta-Voz A Denel também aguarda um contrato da Força Aérea Sul-Africana para iniciar as entregas de mísseis operacionais para sua frota de Gripen, o que permitiria à empresa iniciar os esforços de comercialização do A-Darter para outros clientes. A empresa também lançou estudos iniciais para um programa de modernização de meia vida da arma.
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Vídeo: testes de fábrica do fuzil brasileiro IMBEL A2 (IA2)


A avaliação do fuzil de assalto se iniciou em 2011 e o protótipo foi aprovado como MEM pelo relatório de avaliação nº 20/11 de 20 de dezembro de 2011. Em seguida, foi homologado pela Portaria nº 001- DCT de 20 de janeiro de 2012.
A avaliação do lote piloto do Fz Ass 5,56 IA2 está em andamento. Foram realizados os testes técnicos no Centro de Avaliações do Exército em 2012, sendo aguardada a distribuição do armamento e da munição para as unidades do Exército Brasileiro que realizarão a avaliação operacional.
Os testes realizados pela Força Aérea Brasileira e pela Marinha do Brasil foram concluídos, estando em fase final de confecção dos relatórios. Dentre os resultados obtidos na avaliação, é digna de destaque a excelente precisão do armamento, mesmo após a realização dos 6.000 disparos referentes ao teste de vida útil do cano.
Mais informações você encontra na matéria especial sobre a família de armas IA2,
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Marinha do Brasil revela projeto próprio de NPaOc (OPV) na Euronaval 2014

Victor Barreira, Lisboa, Portugal
A empresa estatal brasileira EMGEPRON (Empresa Gerencial de Projetos Navais) vai revelar o projeto do primeiro navio de patrulha oceânico (NPaOc ou OPV – Offshore Patrol Vessel) na feira Euronaval 2014, que ocorrerá em Paris, França, no final de outubro.
O projeto está sendo desenvolvido pelo Centro de Projetos de Navios da Marinha do Brasil. The design has been developed by the Brazilian Navy’s Ships Project Center (CPN).
O navio – que recebeu a designação de Navio-Patrulha Oceânico BRasil (NaPaOc-BR), ou BR-OPV, foi projetado para realizar missões de vigilância na zona econômica exclusiva (EEZ), incluindo a proteção da infraestrutura das plataformas de petróleo, combater atividades ilegais no mar, prover segurança ao tráfego marítimo e apoiar missões de busca e salvamento (SAR).
O BR-OPV desloca cerca de 2.000 toneladas e pode embarcar uma tripulação de 125 homens. O casco tem comprimento de 103,4m, 11,4m de largura e calado de 3,95m. Com velocidade máxima de 25 nós e alcance de 4.000 milhas a 12 nós, o navio é projetado para uma autonomia de 30 dias no mar.
A propulsão combinada diesel e diesel (CODAD) inclui dois motores diesel associados a propulsores de passo variável através de uma única caixa de transmissão. Refletindo o design stealth do projeto, a chaminé do navio foi posicionada no centro da superestrutura, logo atrás do mastro. O projeto também traz dois estabilizadores laterais a ré, abaixo da linha dágua.
O navio tem a capacidade de embarcar lanchas RHIBs (rigid hull inflatable boats) e uma plataforma de pouso e um hangar para acomodar um helicóptero leve ou de médio porte.
Os sistemas e sensores incluem uma alça eletro-óptica giroestabilizada para observação e capacidade de direção de tiro; sistemas de comunicações, guerra eletrônica e comando e controle, canhões de água e radares de busca aérea e de superfície.
O armamento inclui uma torreta com canhão de médio calibre e dois canhões de 20mm nos bordos. Entende-se que o OPV-BR pode ser equipado com canhões de 40, 57 ou 76mm como armamento principal.
A EMGEPRON disse que os estudos de definição das armas e dos sistemas está em curso, mas enfatiza que o projeto poderá permitir a integração de um leque de equipamentos.
O Brasil atualmente opera três OPVs da classe “Amazonas”, comprados por 133,8 milhões de libras (US$ 218,61 milhões) em contrato assinado com a BAE Systems em dezembro de 2011. O Amazonas (P120), Apa (P121), and Araguari (P122) foram comissionados em junho e novembro de 2012 e em junho de 2013 respectivamente. O acordo inclui também a licença para construção de mais navios da classe a serem construídos no Brasil.
Como parte do Programa PROSUPER (Programa de Obtenção de Meios de Superfície), a Diretoria de Gestão de Programas Estratégicos da Marinha (DGePEM) pretende comprar e construir localmente cinco OPVs de 1.800 toneladas. Propostas que atendem aos requisitos foram submetidas pela BAE Systems, Daewoo Shipbuilding & Marine, Damen Schelde Naval Shipbuilding, DCNS, Fincantieri, Navantia, e ThyssenKrupp Marine Systems. Embora o Brasil tenha a licença para construir mais navios da classe “Amazonas”, não significa necessariamente que este projeto atende aos requisitos dos futuros OPVs.
Além disso, entende-se que mais 7 OPVs serão necessários.
FONTE: IHS Jane’s Navy International
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BRASIL E CHINA DISCUTEM O DESENVOLVIMENTO DO SATÉLITE CBERS-4A

A primeira discussão entre o Brasil e a China para o desenvolvimento do satélite de sensoriamento remoto Cbers-4A foi o item mais importante da pauta da terceira reunião do Grupo de Trabalho para a implementação do Plano Decenal Sino-Brasileiro de Cooperação Espacial realizada nesta terça-feira (16), em Pequim, na China, com a participação de representantes da Agência Espacial Brasileira (AEB) e da Administração Nacional de Espaço Chinesa (CNSA).
A agenda do encontro contemplou ainda vários itens do Plano Decenal, dentre eles a estrutura de governança do Plano; o programa de cooperação educacional entre as agências para a área espacial; a proposta da distribuição internacional das imagens do satélite Cbers-4, e da cooperação em componentes eletrônicos e equipamentos. Também foram analisados os preparativos para o lançamento do Cbers-4 em dezembro próximo.
A data da reunião foi escolhida em razão da realização em Pequim, nesta semana, da denominada Final Design Review (FDR) do satélite Cbers-4, encontro que marca a conclusão da fase de integração e testes do satélite, e o início de sua campanha de lançamento.
Como resultado da reunião foi concluída a proposta para a governança do Plano Decenal e aprofundadas as negociações para permitir o envio de estudantes brasileiros para aperfeiçoamento na área espacial na Universidade Beihang, em Pequim. Adicionalmente, como desdobramento da assinatura recente pela AEB e CNSA de um Memorando de Entendimento para a Cooperação em Dados e Aplicações de Sensoriamento Remoto por Satélite, foram discutidas alternativas para a distribuição internacional das imagens do satélite Cbers-4.
Pelo Brasil tomaram parte na reunião o diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos da AEB, Petrônio Noronha de Souza, o engenheiro Antonio Carlos de Oliveira Pereira Jr., coordenador do Segmento Espacial do Programa Cbers, e João Vianei Soares, coordenador do Segmento Aplicações do Programa Cbers, ambos representando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e Romero Maia, 1º Secretário da Embaixada do Brasil em Pequim. Pelo lado chinês participaram representantes de várias organizações sob a coordenação da CNSA.
Coordenação de Comunicação Social (CCS-AEB) 
Foto: Divulgação/AEB – Ilustração da concepção artística do satélite Cbers em órbita.
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NANOSSATÉLITE SERPENS APROVADO EM TESTES DE SEGURANÇA

 O cubesat Serpens passou nesta quinta (18) e sexta-feira (19) por uma série de testes na Agência Espacial Brasileira (AEB) visando ao seu lançamento a partir da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).
Os procedimentos, realizados por técnicos da Japan Manned Space Systems Corporation (Jamss), foram voltados para a checagem de itens de segurança do nanossatélite envolvidos na etapa final de seu lançamento no espaço.
Todas as informações coletada nesta fase servirão como uma espécie de guia para nortear a sequência de testes que serão realizados até o lançamento. O foco foram os detalhes das operações já realizadas e as futuras.
O Fit Check foi o primeiro teste físico sobre o nanossatélite, a ação dos técnicos foi encaixa-lo a célula de transporte, chamada de JSSOD, e verificar se o Serpens está compatível com as dimensões do dispositivo. É encapsulado na célula que o pequeno satélite é enviado para o laboratório espacial para lançamento.
Aprovação - O resultado foi considerado positivo após ajustes providenciados pela equipe de bolsistas da AEB integrantes do Projeto Serpens.
Após as alterações, houve a Inspeção de Pontas Cortantes, ou Sharp Edge Inspection, na denominação em inglês, que consiste no deslizamento da mão do técnico com uma luva especializada pelas extremidades do cubesat para detectar possíveis rebarbas cortantes. O teste é necessário para se eliminar qualquer entrave que possa ocorrer caso o lançamento tenha que ser feito manualmente, o que ocorre em condições remotas. O teste apontou pequenos pontos cortantes no Serpens que serão especificados em seu manual de segurança.
Na próxima semana a equipe do Projeto Serpens se desloca para São José dos Campos (SP) para iniciar a campanha de segurança para o lançamento, em que serão apontados outras especificações necessárias para o envio do Serpens ao Japão.
 Coordenação de Comunicação Social (CCS)
 Foto: Valdivino Júnior/AEB – Célula JSSOD, da qual o Serpens será lançado da ISS.
 Foto: Valdivino Júnior/AEB – Técnico examina o cubesat Serpens na bateria de testes na AEB.
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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Nasa lança vídeo com protótipo de foguete de 60 metros


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O problema no projeto Gripen ‘NG’

Em dezembro do ano passado terminou uma das mais longas concorrências de entre fabricantes de armamento de toda a História: a vitória do caça sueco Gripen NG no programa FX2, um processo de seleção de caças de superioridade aérea para a FAB cujo início data de 15 anos atrás.
O projeto do Gripen NG teve início em abril de 2007, quando a Noruega assinou um acordo quanto ao futuro desenvolvimento do caça, no valor aproximado de US$ 25 milhões, seguido pelo governo sueco em outubro daquele ano. O programa tinha duas metas básicas: gerar uma nova versão e desenvolver novas tecnologias que também pudessem ser incorporadas aos Gripens em operação.
A nova versão (New Generation, NG) do Gripen deveria ter uma capacidade maior de combustível interno, pelo reposicionamento do trem de pouso, deslocando da fuselagem para as raízes das asas, sendo abandonada uma proposta de tanques conformais do início da década passada. E também previa uma turbina mais potente devido ao peso maior projetado. Os demais requerimentos do projeto como radar AESA, novos sistemas de autoproteção e novos sistemas de comunicação deveriam ser aplicados também na atual versão.
Dados informados pela SAAB para a nova versão, a monoplace, atualmente denominada “E”, previam um peso vazio de 15.700lb (7.120kg), peso máximo de decolagem de 36.400lb (16.500kg), combustível interno de 7.300lb (3.300kg) e capacidade de cargas externas de 13.000lb (5.900kg)¹.
No programa FX2 o diretor da SAAB no Brasil justificava o relativamente discreto aumento de peso de 300kg com relação versão anterior pela introdução de novos materiais estruturais, mais leves 2.
A partir de meados do ano de 2.010 começou a ser divulgado em revistas especializadas3 o aumento do peso vazio para 7.500kg da versão  monoplace. No ano seguinte informações disponibilizadas pelo Departamento de Defesa e Proteção Social da Suíça (DDPS) corroboraram essa  informação 4.
Em 2012 a publicação da SAAB, a Spirit,5  já apontava um aumento do peso vazio para 7.600kg. Em 2.013 o Departamento de Defesa suíço atualizou os dados da aeronave, divulgando um peso vazio de 7.800kg 6. O peso máximo de decolagem (MTOW) permanece até hoje o mesmo, 16.500kg, com um aumento de 100kg de capacidade de  combustível interno, indo para 3.400kg. O aumento projetado das dimensões do caça permanecem o mesmo: 10cm longitudinalmente e 20cm de envergadura.
Na sessão da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, CRE, em 27 de fevereiro deste ano7 o presidente da Comissão Programa Aeronave de Combate (COPAC) divulgou a capacidade de cargas externas de 5.200kg, o que refirmava um peso vazio de 7.800kg. Diga-se de passagem confirmadas pela empresa como sendo o “Basic Mass Empty” (BME), da versão monoplace. “BME”  é um conceito que inclui a parte integral da aeronave, os fluidos, combustível residual, a estrutura da ponta da asa onde se encaixa o míssil (chamada “wingtip”) e o canhão vazio.
Em junho deste ano foi apresentado pela empresa um novo aumento do peso vazio: pelo caderno técnico da aeronave, disponível no site dela8 agora está projetado um peso vazio de 8.000kg, permanecendo o peso máximo de decolagem em 16.500kg e capacidade interna de combustível em 3.400kg. O peso vazio fora confirmado pela empresa como “BME”. A versão monoplace do caça apresenta atualmente apenas 5.000kg de cargas externas, em contraponto aos 5.900kg anunciados pela empresa no período inicial. É importante  frisar que as imagens da aeronave armada encontra-se bem acima da atual capacidade e ainda são propagadas na mídia, inclusive pela própria empresa.
O impacto nas capacidades
A turbina do Gripen em operação é a Volvo RM12. É uma versão mais potente da General Eletric F404-402, desenvolvendo  18.100lb em pós-combustão e 12.100lb em potência militar (potência máxima sem pós-combustão), apresentando um consumo específico de combustível (massa de combustível queimada por hora dividida pela potência que produz) de 1.79 lb/hr/lbf e 0.844 lb/hr/lbf naqueles 2 regimes respectivamente.
A turbina da versão “NG” é mais moderna, derivada da F414-400 do Super  Hornet, denominada F414G. Apresenta potência  0,22% maior em pós-combustão (22.050lb ante 22.000lb), desenvolvendo a mesma potência em regime militar (14.000lb). A General Electric não informa o consumo específico de combustível, mas aponta para uma maior eficiência quanto a F404. Ressalta-se que a versão “NG” é mais pesada, um pouco maior e, mantendo praticamente todo o design, gera mais arrasto. Esses fatores fazem com que o desempenho dinâmico do voo exija mais combustível que a versão “C/D”.
Com uma vantagem de cargas externas de apenas 300kg,  capacidade externa de combustível entre a nova e a atual versão é a mesma. Uma versão “NG” com 2 tanques externos de 300 galões (1.135L) estará carregando 23,5% a mais de combustível que a versão “C/D” na mesma configuração. Na configuração com 2 tanques de 450 galões (1.700L), o NG estará levando 19,3% a mais.
O processo de seleção de um caça para a Força Aérea da Suíça foi iniciado em janeiro de 2.008, 4 meses antes do nosso. Ao contrário do FX2, o candidato da SAAB foi a versão “C/D”, tendo os testes de voo sido realizados em território suíço 9, nas condições e dimensões deles, ao contrário do nosso, realizado na Suécia e com apenas 10 horas de voo no total. 10
A Força Aérea Suíça realizou 26 voos de interceptação sobre o seu pequeno território com o Gripen “C/D”. Destes, em 4 o caça sueco não concluiu a missão tendo de pousar com o nível de combustível abaixo da reserva de segurança.9 É evidente que no Brasil o caça não poderá voar com menos combustível externo ainda. Operará com pelo menos 2 tanques de 1.135L, mesmo com as operações em rodovias previstas pelo Comando Geral de Operações Aéreas (COMGAR).
A FAB selecionou para o FX2 os caças Lockheed Martin F-35 Lightning II, Sukhoi Su35BM, EADS Typhoon, Dassault Rafale, Boeing Super Hornet e o SAAB GripenNG. Apenas o último pertence a uma classe de peso abaixo dos demais. No FX1 foram selecionados o Sukhoi Su35, Dassault Mirage 2000mk2 (denominado “BR”), Lockheed Martin F-16CJ e o SAAB Gripen C/D. De caça pesado apenas havia o russo, com os caças americanos e francês médios-leve e o Gripen sendo um caça leve. O Mirage 2000mk2 tem capacidade de 6.000kg de cargas externas, peso vazio de 8.200kg, 3.200kg de capacidade interna de combustível e peso máximo de decolagem de 17.500kg. O F-16  tem 6.700kg de capacidade de cargas externas, peso vazio de 9.165kg, 3.220kg de capacidade interna de combustível e peso máximo de decolagem de 19.185kg. Pelo projeto inicial o GripenNG, devido a uma estrutura proposta significativamente mais leve que, juntamente com o motor mais eficiente, o caça sueco poderia se “ombrear” com esses 2 caças “benchmarking” do ocidente,  o Mirage e F-16.
Atualmente o Gripen NG, numa configuração ar-ar, que é a mais leve das configurações, com 2 mísseis de curto alcance, 4 mísseis de  longo alcance (uma configuração ar-ar básica) e com 2 tanques de 1.700L ficaria no limite da capacidade. (O caça francês e o americano portam tanques sob as asas de 1.700L e 2.270L respectivamente). É impossível ao “NG” carregar 2 bombas inteligentes da classe de 2.000lb com 2 tanques de menor capacidade disponível, teria de ser com apenas 1 tanque, ou levar 1 bomba dessa classe com 2 tanques grandes sem depreciar a quantidade de combustível.
Vale ressaltar que o caça com 2 mísseis de curto alcance nas pontas das asas, apenas  2 pilones em cada asa, as discretas “iscas” para mísseis (chamadas decoys e flares) e o armamento do canhão interno, ou seja, uma configuração praticamente “limpa”, já estará carregando 877kg de cargas externas. No rodapé do artigo os leitores poderão constatar as configurações da aeronave com o peso das munições, adaptadores, tanques e pilones, que não são informações classificadas: são disponibilizadas pelos  fabricantes e forças aéreas.
Considerações finais
Numa entrevista realizada via internet pelo jornal O Globo e pela agência Defesanet na data de 29 de janeiro deste ano 11 sobre o tema da decisão do FX2, um dos jornalistas questionou o presidente da COPAC, brigadeiro Crepaldi Affonso, sobre o problema do aumento de peso da aeronave. Ele respondera curta e laconicamente que “o caça teria os requisitos da FAB”. Depois disso o Gripen já teve a capacidade de cargas externas diminuídas em mais 200kg.
Com um problema de projeto que vem se agravando literalmente ano a ano, onde a capacidade de cargas externas despencou de 5.900kg para 5.000kg, o peso vazio aumentando de 7.100kg para 8.000kg, o Presidente da COPAC não apresentou uma reposta condizente com o problema apresentado.
E é importante que se ressalte o “silêncio” sobre o problema por parte de alguns veículos especializadas em defesa, que é de ciência deste próprio autor o conhecimento por parte dos editores.  A título de observação, esses veículos são patrocinados pela SAAB que, diga-se de passagem, realiza propaganda maciça na mídia especializada.
Basic Mass Empty: 8.000kg (fluids, residual fuel, internal cannon,  wingtip)
Pilot’s weight: 100kg
Internal fuel: 3.400kg
External payload 5.000 kg
Total- Max Takeoff Weight (MTOW): 16.500kg
Basic Flight Design Weight:
Decoys (BriteCloud) and flares: 90kg
Weight cannon’s ammunition: 31 kg (120 cartriges of 27mm)
2xA-darter=186kg
4 wings pylons (2x 155kg+2x130kg)= 570kg
Total: 877kg
Strike missions =877+pod(208kg)+pylon(30kg)= 1.115   strike- basic configuration
Fuel: JP-8 300 gallons=2.040lb
300gallons (1.135L): empty tank (130kg)+ fuel (925kg). Total: 1.055kg
450gallons (1.700L): empty tank  (167kg)+ fuel (1.388kg). Total: 1.525kg
290gal tank (833kg of fuel+130kg tank)+pylon= 1.093kg –centerline
Centerline pylon:125kg (including ejector rack)
Wing pylon:130kg (including ejector rack)
“wet” wing pylon to 4.000lb :155kg (including ejector rack)
IRIS-T=87,5kg
Friuli bombs: (1.000lb class) 465kg+ 60kg kit= 525 kg
500lb: 270kg + 50kg  kit= 320 kg
4 small diameter bomb ((SDB)  GBU-39, 40, 42 4x130kg total 520kg) +
adapter BRU61(145kg)=665kg
Meteor (long range missile) (175 kg)+ adapter (60kg)= 235kg
AIM 120D BVR missile (161,5 kg)+launcher LAU-7 (48,5kg) = 210kg
A-Darter (brazilian short-range missile)= 93kg.
MAR-1 (brazilian anti-radiation missile): 265 kg +launcher (70 kg)=335 kg
SkyShield Pod: 454kg
RecceLite pod : 200kg
Litening pod: 208kg
RBS 15ER (anti-ship missile)=630 kg (don’t need launcher)
BRU 69 (2-bomb rack)= 95kg
BRU 61 (small diameter bomb rack) = 145kg
ALKAN (2-bomb rack) 4036=60kg
F-414-400 ground consumption: start=10lb.   Taxi em IDLE 15lb/min  Taxi normally  duration: 5 min. (5 min.=75lb+10lb start=85lb)=31kg
BPEN1000 (Friulli penetration bomb)=1.000kg
Laser Guided Bombs (LGB)- US NAVY site
GBU-10 Model C/B, D/B, E/B: weight: 2,110.25 lbs (957kg);
GBU-10 Model G/B, H/B, J/B, K/B: weight: 2,129.58 lbs;:
GBU-12 Series:weight: 606.67 lbs
GBU-16 Series:weigth: 1092 lb
Air-to-Air missions
Basic (877kg)+ 2x450gal (3.050kg)+4 Meteor+2 centerline pylons (250kg)= 4.997kg
Interception: with 3 tanks (2x450gal+1x290gal)+2 A-darter= 5.020kg
SEAD (Supression of Enemy Air Defenses)
b.strike(1.115kg)+2x415gal (1.570L  2.830kg)+Skyshield (455kg)+1 centerline pylon+ 2MAR-1 (670kg) = 5.200kg
b.strike(1.115kg)+2x300gal (2.110kg)+SkyShield (455kg)+1 centerline pylon+2 MAR-1 (670kg) = 4.475kg
Strike missions:
Basic configuration (1.115kg)+ 2x450gal (3.050kg)= 4.165kg
+1 BPEN (penetration bomb)+1 centerline pylon (1.125kg)= 5.290kg
+1 GBU 10+1 centerline pylon (1.080kg)=5.250kg
+ 2 GBU 16 (990kg)=5.155kg
+3 GBU 12 (825kg)+1 centerline pylon=5.115kg
Basic configuration (1.115kg)+ 2x300gal tank (2.110kg)= 3.225kg
+2 BPEN+2 centerline pylons (=2.250kg)= 5.465kg
+2 GBU 10+ 2 centerline pylons (=2.150kg)= 5.380kg
+3 GBU 16 (1.485kg) + centerline pylon (=1.610kg)= 4.835kg
+2 GBU 16 (990kg)+2 Meteors (470kg)+2 centerline pylons (=1.550kg)=4.935kg
+3 FP83 (1.575kg)+ centerline pylon= 4.925kg
+2 FP83 (1.050kg) + 2 Meteors (470kg) (=1.720kg)= 4.935kg
+ 4 FP82 (1.280kg)+2 centerline pylons (1.520kg)= 4.745kg
+4 GBU 12 (2×2 GBU(1.110kg) +w. 2xAlkan403669(120kg) =(1.220kg))+2 centerline pylons (250kg)+2 Meteors (=2.010kg)= 5.165kg
+ 6 GBU 12 (4 GBU  w. 2xbomb adapter BRU-61 (standard USAF adapter) at centerline (1.290kg))+2centerline pylons+2GBU12 wings(=2.090kg)= 5.305kg
+ 2 SDB (1.330kg)+2 Meteor (centerline)+ 2 centerline pylons (=1.990kg)= 5.155kg
+2 RBS15 (1.260kg)+2 Meteor (centerline)+2 centerline pylons (=1.860kg)= 5.085kg    
FONTE: Jornal GGN / Luis Nassif Online ..Por Manuel Flávio Vieira
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Amazul e FDTE assinam acordo para participar do programa do submarino nuclear brasileiro

A Amazul – Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. e a FDTE – Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia assinaram, na sexta-feira (5/9), acordo de parceria para a realização de pesquisa, desenvolvimento e implantação do Projeto Conceitual do Complexo Radiológico do Estaleiro e Base Naval (EBN) da Marinha do Brasil, que está sendo projetado pelo Centro Tecnológico da Marinha (CTMSP).
A Marinha do Brasil tem investido na expansão e desenvolvimento da tecnologia brasileira com objetivo de proteger e garantir a soberania brasileira no mar. Com esse propósito, Brasil e França firmaram acordo que deu início ao programa de desenvolvimento de submarinos. O programa viabilizará a produção do primeiro submarino brasileiro de propulsão nuclear e mais quatro submarinos convencionais. A primeira fase de implantação do programa prevê a construção de um Estaleiro e de uma Base Naval (EBN) em Itaguaí, no Rio de Janeiro. O Complexo Radiológico são áreas em que serão aplicadas normas nacionais e internacionais de segurança nuclear, daí a necessidade de um rigoroso projeto conceitual, anterior às fases seguintes do projeto e de construção do complexo. Essas áreas compreendem a manutenção de reatores nucleares, instalações marítimas, suporte e instalações do SN-BR (submarino de propulsão nuclear), instalação de proteção física e gestão de emergência, entre outras.
Neste complexo, que a Marinha constrói em parceria com a Odebrecht, serão realizadas as etapas de construção, montagem, integração, lançamento, operação e manutenção dos novos submarinos. O complexo integra o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (ProSub), que está sendo conduzindo pela Cogesn – Coordenadoria Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear, com apoio do CTMSP e da Amazul.
O acordo, assinado pelo diretor-presidente da Amazul, vice-almirante Ney Zanella dos Santos, e pelo diretor-superintendente da FDTE, André Steagall Gertsenchtein, estabelece que a fundação fará em conjunto com a Amazul a pesquisa, desenvolvimento e implantação do Projeto Conceitual, e também a elaboração de documentos, incluindo estudos, relatórios técnicos, pareceres, especificações técnicas e de compras, referentes à parte de concepção do projeto, sob a responsabilidade do CTMSP. A duração total do projeto está prevista para 20 meses.
Amazul - A missão da Amazul, estatal constituída em agosto de 2013, é viabilizar o desenvolvimento do submarino de propulsão nuclear, tecnologia imprescindível para que o País exerça a soberania plena sobre as águas jurisdicionais brasileiras. Para executar seus projetos e oferecer serviços tecnológicos, a Amazul retém, atrai e capacita recursos humanos de alto nível, e busca se associar com organizações públicas e privadas de alto nível tecnológico.
Ney Zanella dos Santos lembrou que esta não é a primeira vez que a Marinha do Brasil – agora por intermédio da Amazul – se une à Universidade de São Paulo, apoiada pela FDTE, para gerar inovação e progresso para a ciência e a engenharia nacionais, agregando valor a projetos de grande interesse para a sociedade brasileira, em prol do desenvolvimento nacional. André Steagall Gertsenchtein afirmou que a Marinha é, de certa forma, a razão pela qual a FDTE foi instituída, uma vez que foi a Força a contratante do primeiro projeto da fundação o Computador G10.
FDTE – A FDTE, fundação de notória especialização na área de pesquisa e desenvolvimento, com mais de 40 anos de experiência nas mais diversas áreas da engenharia, foi criada por um grupo de professores da Escola Politécnica da USP com o objetivo de promover o desenvolvimento tecnológico da engenharia brasileira. A instituição é reconhecida pela importante contribuição que tem dado ao país nas questões ligadas ao seu desenvolvimento. Grandes feitos contribuíram para esse reconhecimento. Nasceu do Laboratório de Sistemas Digitais o histórico “Patinho Feio”, como foi chamado o primeiro computador brasileiro, construído em 1972. Com o patrocínio da Marinha foi desenvolvido o G10, que se tornou o segundo computador genuinamente brasileiro, também criado pela FDTE. Entre os resultados do projeto, surgiram profissionais capacitados, diversas ramificações na difusão do conhecimento e empresas nacionais para atuarem no setor.
FONTE: R7
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