SEGURANÇA NACIONAL SNB BRASIL

sábado, 28 de setembro de 2013

Gepard 1A2


SNB

OPERAÇÃO DO EXÉRCITO NA FRONTEIRA DO AMAPÁ MOBILIZA MILITARES


Abinoan Santiago
O 34º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS) do Exército Brasileiro no Amapá iniciou na terça-feira (24) uma mega operação na fronteira do Amapá com a Guiana Francesa, em Oiapoque, a 590 quilômetros de Macapá. Batizada de 'Curare', a ação mobilizou 550 militares, helicópteros, embarcações e viaturas para combater crimes de fronteira.
De acordo com o sub-comandante do 34º BIS, tenente-coronel Ricardo Quadros, a operação tem o apoio de órgãos como a Agência Brasileira de Inteligência, Polícia Federal, Força Nacional de Segurança, Polícia Rodoviária e Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), Receitas Federal e Estadual, e ICMBio
"O Exército apoia a logística da operação para prover a segurança de todos esses órgãos para que tenham maior oportunidade de ampliar a sua forma de atuação na fronteira. Esse apoio é com alojamento, alimentação, e segurança", explicou Quadros. "O planejamento da execução de todas as atuações parte do Exército", acrescentou.

operação iniciou na terça-feira e continua no mês de outubro de 2013, no combate aos crimes de fronteiras. "A nossa preocupação é combater os crimes ambientais, tráfico de pessoas, garimpo clandestino e desrespeito aos limites de fronteira", pontuou o tenente-coronel do Exército, referindo-se às infrações mais comuns na região fronteiriça.
De acordo com Quadros, além de combater os crimes, a operação 'Curare' leva serviços sociais às comunidades. "Também estamos com serviços de odontologia, médico e farmacêutico", destacou.
O Exército Brasileiro não divulgou o balanço parcial dos dois primeiros dias da operação 'Curare' para não causar possíveis problemas no curso da operação em Oiapoque. "Vamos falar sobre o que apreendemos somente no término dela, que ainda não tem data definida em outubro", frisou Quadros.
 SNB

EXÉRCITO VAI REFORÇAR INVESTIMENTOS EM TECNOLOGIAS DE DEFESA NO BRASIL

Uma das razões para o investimento é a defesa estratégica dos recursos naturais do país. Cerca de 1,2 bilhão de reais serão aplicados na próxima década para criar polo de produção de pesquisa tecnológica.
O Exército brasileiro quer investir em pesquisa, especialmente no desenvolvimento de novas tecnologias de defesa. Até 2025, cerca de 1,2 bilhão de reais vão construir o Polo de Ciência e Tecnologia do Exército em Guaratiba (Pcteg), Rio de Janeiro. Uma das razões para o investimento é a defesa estratégica dos recursos naturais do país.
O general Sinclair Mayer, Chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, destaca que o espaço não vai servir apenas para a formação e pesquisa militar. Assim como ocorre na Escola Superior de Guerra, por exemplo, civis poderão estudar e pesquisar no complexo. "Temos hoje poucos peritos na área de defesa e temos o interesse de formar mais gente", adianta Mayer.
Os benefícios da pesquisa militar se aplicariam a outros campos. "Não se pode fazer um carro de guerra sem antes testar combustíveis", compara. Mas a preocupação com tecnologia não está restrita à produção de material bélico – também está relacionada à posição estratégica do país.
O modelo se assemelha ao usado pelo exército norte-americano, que além do desenvolvimento de armas, investe em áreas como logística, química e saúde.
Defesa de recursos
Para o pesquisador de assuntos militares da Universidade Federal de Juiz de Fora, Expedito Bastos, o Brasil precisa de investimentos na área de defesa, já que concentra recursos estratégicos privilegiados como grandes reservas minerais, petróleo e água doce. "O mundo tem por hábito buscar essas coisas quando precisa", argumenta o especialista. O general do exército reconhece a possibilidade, mas minimiza os riscos. "Existe preocupação com o futuro, mas a própria estratégia nacional de defesa prevê isso", afirma.
Para Bastos, uma melhora na defesa brasileira ainda não seria o bastante para fazer frente ao poderio militar de grandes potências, mas ajudaria a "diminuir a ânsia de que tentassem fazer alguma coisa contra nós". Outra preocupação é a situação fronteiriça, uma vez que alianças importantes de países vizinhos poderiam oferecer riscos ao Brasil.
Conhecimento centralizado
Os planos do Pcteg são de concentrar órgãos já existentes, como o Instituto Militar de Engenharia (IME) e outros braços técnicos, em um mesmo espaço, no estado do Rio de Janeiro, que já conta com cerca de 20% de toda a estrutura planejada.
O Exército tem parceiros no governo, mas planeja garantir o dinheiro por meio de parcerias público-privadas (PPPs). O primeiro investidor é o Ministério da Educação. O órgão não confirma o montante, mas diz que o investimento vai triplicar o número de vagas do IME.
A concepção do projeto é da década de 1980, quando a área militar de 25 quilômetros quadrados recebeu as primeiras instalações. Por lá já funcionam o Centro Tecnológico e o Centro de Avaliações do Exército. Além do IME, o espaço deve receber ainda o Instituto Militar de Tecnologia (IMT), o Centro de Avaliações do Exército (CAEx), o Centro de Desenvolvimento Industrial (CDI), a Agência de Gestão da Inovação (AGI), o Instituto de Pesquisa Tecnológica Avançada (IPTA), uma Incubadora de Empresas de Defesa (IED), o Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro (AGR), uma base administrativa e um batalhão de comando.
Conhecimento desperdiçado
Apesar de aprovar a iniciativa do Exército de investir em tecnologia, o estudioso de assuntos militares não acredita em uma mudança da situação. Ele cita que o Brasil passou por ciclos de investimento e sucateamento dessa força. Em cada uma dessas oportunidades, a descontinuação das pesquisas provocou a perda do conhecimento gerado e anos de trabalho foram perdidos, aponta Bastos. A culpa disso seria o planejamento em curto prazo – a visão para um governo ou dois – e não a montagem de uma estratégia mantida a longo dos anos.
Outra crítica de Bastos é quanto às parcerias internacionais, que trazem tecnologia externa, mas não fazem a transferência do conhecimento prevista nos contratos. Para ele, essa tentativa de troca é inválida se as duas partes não estiverem no mesmo patamar de desenvolvimento. Em casos assim, uma das partes vai ser meramente usuária do recurso. "É o que está acontecendo conosco", avalia.
Para o especialista, a virada depende não apenas de investimentos militares, mas da solução de problemas básicos do país, com educação de qualidade desde a base. Além disso, ele vê com ceticismo a garantia de recursos para a conclusão do projeto, uma vez que o Ministério da Defesa costuma ser penalizado em cada ajuste do orçamento da União. Este ano, a pasta foi a que mais perdeu no ajuste de contas. Dos 18,7 bilhões de reais inicialmente previstos, foram mantidos 14,2 bilhões no orçamento deste ano, incluindo a folha de pagamentos, previdência e a própria manutenção das estruturas já existentes.
 SNB

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

LAÇADOR- Profissionais de Saúde das Forças Armadas atendem no RS


As Forças Armadas realizaram, nos dias 23 e 24 de setembro, uma ação cívico-social (ACISO) na cidade de Nova Santa Rita (RS). A iniciativa fez parte da Operação Laçador, exercício simulado na Região Sul do Brasil. Veja a reportagem:
 Fonte: Agência Força Aérea ..  SNB

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Governo deve adiar decisão sobre caças da FAB para 2015

Daniel Rittner e Leandra Peres

A não ser que haja uma reviravolta no escândalo de espionagem eletrônica protagonizado pelos Estados Unidos, a presidente Dilma Rousseff está praticamente convencida a adiar para 2015 a compra de novos caças à Força Aérea Brasileira (FAB), deixando o capítulo final da novela em torno do projeto FX-2 para um eventual segundo mandato.
Segundo auxiliares diretos da presidente, a decisão já estava muito perto de ser tomada, a favor da americana Boeing. Mesmo com as manifestações de junho e com as dificuldades orçamentárias, Dilma ainda estava disposta a fechar negócio para adquirir um lote inicial de 36 caças F-18 Super Hornet, avaliado em pelo menos US$ 5 bilhões. A revelação de que ela teria sido alvo direto de espionagem pela Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos mudou completamente o humor de Dilma, que já confidenciou a assessores sua intenção de não assinar nenhum contrato nos próximos meses.
Nas palavras de um auxiliar, se o presidente Barack Obama "tivesse entregado uma pasta com todas as escutas e emails interceptados" de Dilma e da Petrobras, teria sido mantida a visita de Estado a Washington e ainda havia possibilidades reais de levar adiante o negócio. Apenas uma mudança radical de postura da Casa Branca seria capaz de reabrir imediatamente a última fresta para um acordo com a Boeing, mas a chance de avanços em 2014 é "zero" porque "não se anuncia compra de caças em ano eleitoral", segundo fontes do Palácio do Planalto. Com isso, a decisão fica automaticamente para 2015, em um segundo mandato da petista ou cabendo a quem lhe suceder.
O novo cenário do FX-2, no entanto, não inverte a balança para o lado dos franceses. No governo Lula, a escolha dos caças Rafale chegou a ser cantada pelo ex-presidente brasileiro, quando recebeu o colega francês Nicolas Sarkozy no país, em 2009. De lá para cá, o favoritismo da Dassault - fabricante do jato - se esvaiu, diante da proximidade cada vez maior entre Boeing e Embraer.
O Palácio do Planalto recebeu relatos de que já houve um mal-estar entre a francesa DCNS e a Marinha envolvendo a transferência de tecnologia no contrato para a construção de quatro submarinos de propulsão convencional. O contrato abrange também a parte não nuclear - como o casco - do primeiro submarino nuclear brasileiro. A percepção de problemas recentes desestimula a equipe presidencial a apostar em uma nova parceria de longo prazo com a França, com os caças, numa encomenda inicial de 36 jatos, mas que pode chegar a 124 unidades no longo prazo.
Dilma também recebeu a informação de que o governo indiano, após um acordo para adquirir até 126 caças em um período de dez anos, enfrenta dificuldades na absorção de tecnologia pela Dassault. Essa foi a primeira venda dos caças Rafale a um país estrangeiro e a experiência da Índia é acompanhada com atenção pelos assessores presidenciais.
Os caças suecos Gripen, terceira opção entre os finalistas do FX-2, são vistos no Planalto como um "projeto" e ainda não convenceram o entorno político de Dilma. Até agora, a ofensiva da fabricante Saab não foi capaz de desfazer a percepção de que sua escolha seria uma espécie de tiro no escuro, embora o próprio governo da Suécia já tenha encomendado 60 unidades do Gripen NG (New Generation) - a Suíça adquiriu outros 22 jatos. Os caças têm entrega a partir de 2018.
A Saab busca usar a seu favor o fato de que o caça ainda está em desenvolvimento. Caso Dilma se decida pelo Gripen NG, a fabricante sueca promete a produção de 80% da estrutura do avião no país. Também oferece o financiamento integral para os equipamentos, de forma a aliviar o orçamento da FAB, com o início do pagamento seis meses após a entrega da última das 36 unidades - ou seja, daqui a cerca de 15 anos.
Um dos fatores citados no governo contra uma decisão imediata é a falta de espaço fiscal para encomenda desse porte. O financiamento a longo prazo resolve uma parte do problema, ao evitar desembolso da Aeronáutica nos próximos anos, mas pode ter efeito no cálculo da dívida.
As manifestações populares de junho são apontadas por alguns observadores como mais um complicador, que ajudaram no adiamento do leilão do trem de alta velocidade Rio-São Paulo-Campinas. O Planalto, entretanto, não aponta os protestos de rua como elemento-chave na decisão de Dilma sobre os caças.
O novo adiamento cria um problema concreto para a proteção do espaço aéreo: a FAB conseguiu prolongar a vida útil dos caças Mirage 2000 C/D usados que comprou da França, em 2005, mas o ciclo operacional dos jatos termina inevitavelmente no fim deste ano. Eles serão desativados, em definitivo, e não há mais nenhum caça de interceptação disponível na frota da Aeronáutica.
Para remediar o problema, a Embraer está modernizando e adaptando caças F-5, usados tradicionalmente para defesa aérea e ataque ao solo. Eles complementam, mas não eliminam a necessidade de compra dos novos aviões, que são de múltiplo emprego e de geração superior.
Em 2005, após sepultar a primeira versão do projeto FX, o governo Lula decidiu comprar um lote de 12 Mirage usados para não ficar unicamente na dependência dos caças F-5. É esse o dilema que reaparece agora, fazendo surgir novamente especulações em torno da compra de outro lote de aviões usado, como solução "tampão" até o desfecho da concorrência.
A compra dos novos caças se transformou numa novela que já dura mais de 13 anos e atravessou governos de três presidentes diferentes. Alegando que sua prioridade de gastos era com o Fome Zero, Lula extinguiu o primeiro processo de disputa, batizado como FX. Na época, a Dassault era favorita, oferecendo os caças Mirage 2000/BR. Corriam por fora os russos da Sukhoi.
O sepultamento da primeira concorrência foi até bem vista pelos militares, diante da constatação de que surgia uma nova geração de caças. Isso permitiu, na reabertura da disputa em 2008, quando passou a ser chamada de FX-2, a apresentação de propostas com aviões mais modernos.
Dilma, assim que assumiu, desacelerou o processo de decisão e evitou dar um desfecho nos dois primeiros anos de mandato. Nos últimos anos, havia grande expectativa de que finalmente o martelo fosse batido. Em agosto, durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, o comandante da FAB, tenente-brigadeiro Juniti Saito, havia declarado que a decisão da presidente seria tomada "em curto prazo".
O ministro da Defesa, Celso Amorim, também vinha dando indicações de que a escolha final estava prestes a ser feita. Depois do anúncio, ainda há negociações até a assinatura do contrato.
VALOR ..SNB

OPERACIONAL - Militares treinam resgate na água

Se alguém um dia estiver no meio do mar precisando de socorro, certamente, a pessoa que mais vai querer encontrar é este homem da foto. Ele é o Sargento Gilson de Araújo, da Força Aérea Brasileira, e tirar gente da água é uma de suas especialidades. Nesta semana, o Sargento e mais de 200 outros militares participam do exercício Carranca 2, em Florianópolis (SC), onde treinam missões de busca e salvamento. 

"Não basta ter coragem. É preciso ter treinamento e muita técnica", diz o Sargento De Araújo. Além de saber saltar do helicóptero, nadar, conhecer os primeiros socorros e os métodos para remoção das vítimas, ele conta que também é necessário cuidar do aspecto psicológico. "Precisamos acalmar a pessoa, que muitas vezes está desesperada. Temos que conversar, saber passar tranquilidade", explica. 

No exercício Carranca 2, o treinamento ocorreu na Baía Sul, uma área de mar próxima à Base Aérea de Florianópolis. Uma equipe de avaliadores acompanhou tudo de perto, em um barco, para analisar os procedimentos e sugerir melhorias para a técnica utilizada pelos Esquadrões da Força Aérea equipados com helicópteros. A “vítima” também era um militar da FAB. Mas o treinamento não foi fácil. Antes das 8 horas da manhã, a temperatura era de 18ºC em terra. Durante o resgate, com o vento do helicóptero, o Sargento De Araújo enfrentou uma água bem mais fria.
Para fazer parte dessa equipe de "resgateiros", como são chamados, os militares precisam concluir o curso de Busca e Salvamento, ou curso SAR, da sigla em inglês Search and Rescue. Há ainda várias formações complementares, como mergulho, paraquedismo e operações especiais. Um primeiro passo para muitos dos resgateiros é a Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), onde se formam como Sargentos da Força Aérea.

Mas além do resgateiro, outro profissional também encara o salvamento como um desafio: o piloto do helicóptero. Fazer a aeronave permanecer estável a uma pequena altitude da água não é tarefa fácil. "Tudo o que passa na nossa cabeça é o nosso treinamento, que foi feito de forma intensa.", conta o Tenente Marcel Garcia. A técnica utilizada é o chamado método Kapoff, que utiliza o guincho da aeronave para fazer o resgate. 

Os dois fazem parte do Esquadrão Pelicano, baseado em Campo Grande (MS). A unidade é a única da FAB focada apenas em missões de busca e resgate.
 Fonte: Agência Força Aérea

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

OPERACIONAL - FAB treina busca de aeronave desaparecida

Um caça F-5FM com dois Oficiais da FAB cai em uma área montanhosa próxima ao litoral de Santa Catarina. Como o avião tem uma camuflagem em tons esverdeados e o próprio uniforme dos pilotos também é verde, a missão vira um desafio para os tripulantes do avião SC-105 Amazonas, acionado para a busca. Mas em menos de duas horas de voo, eles avistam um paraquedas e cumprem mais uma tarefa no exercício Carranca 2, que acontece a partir da Base Aérea de Florianópolis (SC). 

Na missão de hoje, o centro de coordenação informou como área de buscas uma região com mar, montanhas, fazendas e praia. O avião SC-105 passou a voar baixo, em um turbulento voo a aproximadamente 300 metros de altitude. A todo instante, curvas fechadas para um perfil de voo que é um verdadeiro "pente fino" na área. As montanhas também eram um desafio, com subidas e descidas a cada obstáculo no terreno.No SC-105 que cumpriu essa missão, duas poltronas se destacam na parte de trás. Nelas ficam sentados os dois observadores, militares que têm a missão de tentar avistar qualquer indício do objetivo buscado. "O segredo é muito treinamento. O Esquadrão Pelicano tem uma equipe de observadores muito boa, muito bem treinados", conta o Suboficial Eliézer Alves, um dos observadores nesta missão. Eles se revezam: o SC-105 leva duas duplas que trocam de lugar a cada 30 minutos. 

Com fones de ouvido e microfone, eles conversam a todo instante com os pilotos, que precisam manter o avião em uma altitude e velocidade adequadas para o trabalho dos observadores. É preciso ainda se preocupar com o relevo, nuvens e o clima. "É uma missão que exige muito da tripulação porque o pessoal tem que estar constantemente atento e tem o compromisso de estar observando tudo o que acontece. Ou seja, a gente não tem o privilégio de deixar que o sobrevivente passe e não seja observado", lembra o Tenente Francis Guilherme Pereira, um dos pilotos do SC-105 nessa missão de treinamento.No treinamento de hoje, o Tenente Guilherme também teve uma surpresa: foi ele quem avistou primeiro o paraquedas colocado ali pela direção do exercício. "A responsabilidade de localizar é dos observadores. Os aviadores vão tentar colocá-los na melhor posição. Mas a gente pode ajudar sim", conta. "A própria aeronave nos ajuda muito na pilotagem. É uma aeronave nova, com todos os recursos disponíveis hoje na aviação. Tudo para facilitar o trabalho da tripulação", completa.

Em um voo deste tipo, o SC-105 leva até dez militares: três pilotos, dois mecânicos, um rádio-operador e quatro observadores. A aeronave conta com poltronas e até macas para descanso daqueles que estiverem nos momentos de descanso. A autonomia máxima é de 7 horas na missão de busca.
Recebidos a partir de 2009 pelo Esquadrão Pelicano, os turbohélices SC-105 Amazonas são aviões especialmente preparados para a missão de busca. Vistos de fora, se destacam pelas duas imensas bolhas de onde os observadores conseguem enxergar todo o terreno à sua frente. Também há sistemas de comunicação por satélite fundamentais para o contato com o centro de coordenação das buscas e com helicópteros envolvidos no resgate. Para missões no mar, o SC-105 também pode lançar botes e kits de sobrevivência. 

Responsabilidade sobre 22 milhões de Km²

Baseado em Campo Grande (MS), o Esquadrão Pelicano mantêm suas aeronaves de alerta 24 horas por dia, todos os dias. E, quando a sirene toca, um avião precisa estar no ar em menos de uma hora. "A gentedecola de Campo Grande sem hora, sem data pra voltar. Então depois de horas e A missão de busca visual acontece a baixa altitudehoras de busca, depois de dias e dias de busca, às vezes Carnaval, Natal, Ano Novo... A gente encontrar um sobrevivente é motivo de muita satisfação e a certeza do dever cumprido", lembra o Suboficial Eliézer, com 32 anos de serviço na FAB, sendo 13 somente no Esquadrão Pelicano.

Para missões deste tipo, a FAB também conta com aviões P-3AM do Esquadrão Orungan, de Salvador (BA); P-95 dos Esquadrões Phoenix e Netuno, de Florianópolis (SC) e Belém (PA); e SC-130 Hércules, do 1º Grupo de Transporte de Tropa, do Rio de Janeiro (RJ). No entanto, o Pelicano é a única unidade especializada nessa missão e também conta com helicópteros H-1H.

Por força de tratados internacionais, o Brasil tem a responsabilidade de realizar missões de busca e salvamento não só sobre seu território, mas também em uma ampla região do Oceano Atlântico. Somando-se tudo, a área total é superior a 22 milhões de Km², maior que a área somada de todos os países da América Latina.

 Fonte: Agência Força Aérea...SNB

Embraer compra a Atech, empresa de inteligência e estratégia em defesa

Companhia de tecnologias em segurança faturou R$ 50 milhões no ano passado e é uma das desenvolvedoras do reator para o submarino nuclear brasileiro

Nesta terça-feira (24), a Embraer deu mais um passo em direção à consolidação no mercado de defesa e segurança. Agora, a tradicional empresa de aviação nacional é a única dona da Atech, empresa de consultoria especializada, estratégia e inteligência de segurança nacional. O valor do negócio não foi divulgado.
A empresa é uma das principais fornecedoras de tecnologia para proteção de fronteiras na região amazônica, pelo Sistema de Vigilância e Proteção da Amazônia (Sivam). Em novembro de 2012, a empresa venceu uma licitação da Marinha para participar do desenvolvimento do reator do submarino nuclear brasileiro. O contrato estava avaliado em R$ 231 milhões.
A Embraer já era dona de 50% da Atech Negócios em Tecnologias desde 2011, quando comprou metade do negócio por R$ 36 milhões. Para este ano, a empresa espera um incremento de até 60% no faturamento. Em 2012, a empresa faturou R$ 50 milhões.
IG...SNB

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Embraer aposta em cargueiro para FAB voar da Amazônia à Antártica

Por décadas a fabricante brasileira de aeronaves Embraer manteve sua cabeça baixa, longe de aviões maiores e da competição com gigantes da indústria que seus executivos chamavam de "cachorros grandes". Um avião cargueiro militar descendo a pista está prestes a mudar isso.
Em um desafio direto para o avião cargueiro Hércules, da Lockheed Martin, a Embraer promete o KC-390, um jato que voa mais alto, mais cheio e mais rápido --a um preço menor.
O Ministério da Defesa do Brasil está investindo US$ 2 bilhões no desenvolvimento da aeronave, que servirá para transporte de tropas, materiais e também como avião reabastecedor em voo. O Brasil deverá comprar 28 aviões, em um contrato que deve ser assinado nos próximos seis meses. Executivos da Embraer projetam que o avião de carga será usado pela Força Aérea Brasileira para pousar em pistas improvisadas da Amazônia à Antártida.Se o avião estiver voando até o fim de 2014, como planejado, o Brasil irá ser bem sucedido em um segmento no qual os concorrentes tropeçam, ultrapassando programas lançados por Rússia, Índia e China na última década. Será o maior avião já feito na América Latina, com um corpo grande o suficiente para transportar um helicóptero Blackhawk.
O movimento ousado é parte da campanha do Brasil por credibilidade como um competidor importante no cenário mundial. Após anos focando em equipamentos militares de segunda-mão, o país está fortalecendo sua indústria de defesa nacional e visando as exportações em um momento de encolhimento do mercado global.

Não acredito que o Hércules alguma vez tenha enfrentado uma concorrência tão séria --e é a aeronave mais antiga em produção, disse Richard Aboulafia, consultor de aviação do Teal Group.
A Embraer está apostando que pode não apenas alcançar o Hércules como superá-lo em várias frentes ao usar motores a jato em vez das robustas turboélices que alimentam a aeronave da Lockheed desde os anos 1950. Ao perturbar o senso comum em transporte tático, a Embraer está colocando suas esperanças na mesma família de motores que alimentam o Airbus A320, e prometendo uma vantagem quando se trata de carga útil máxima, velocidade e altitude de cruzeiro. Mas a Lockheed argumenta que nada pode igualar a durabilidade das turboélices.
Brasil, Argentina, Colômbia, Chile, Portugal e República Tcheca, em conjunto, solicitaram 60 novos aviões de carga. Nos próximos dez anos, a Embraer vê um mercado de mais de 700 aviões no valor de 50 bilhões de dólares.
Elas nos dão uma tremenda vantagem ao entrar na terra, em cascalho e em pistas de pouso despreparadas, disse Larry Gallogly, ex-piloto C130J para a Força Aérea dos EUA que agora trabalha para a Lockheed. Se você vai para essas pistas de pouso com um motor a jato, esse motor pode ser destruído.
Se você tivesse me perguntado isso há 30 anos, eu teria dito que um turboélice é melhor em terrenos acidentados. Hoje eu tenho certeza de que não é, disse Paulo Gastão, diretor do programa KC-390 da Embraer e ex-engenheiro de vôo da Força Aérea Brasileira.
Ainda assim, analistas dizem que essa será uma venda difícil para o punhado de países que implementam regularmente unidades de operações especiais em território hostil. Ao optar por um motor que já voou 1 milhão de horas, a Embraer está evitando os riscos associados às últimas tecnologias de turboélices. Hélices enormes feitas de materiais compostos contribuíram para atrasos onerosos no avião de carga Airbus A400M, por exemplo.
Mesmo assim, o afastamento das turboélices significa sacrificar a eficiência de combustível e autonomia --dois pontos em que o Hércules sairá ganhando.
Demanda reprimida
O motor a jato pode ajudar a definir o KC-390, em um mercado que tem mostrado sinais de estagnação sob o domínio da Lockheed. A fabricante de aviões norte-americana vendeu mais de 2 mil aviões Hércules em suas primeiras quatro décadas, mas as vendas do atualizado C130J Super Hércules quase não superaram 300 unidades desde a virada do século.
A demanda inicial para o Super Hércules foi morna, mas as vendas já aceleraram nos últimos cinco anos e a Lockheed espera fechar negócios para outras 300 aeronaves nos próximos anos. A enorme base de usuários e a infraestrutura de suporte global vão ajudar nas campanhas de vendas.
Os brasileiros estão prometendo agitar o mercado superando o Super Hércules no preço.
Um preço competitivo será chave para a Embraer, que não pode contar com um enorme mercado interno como muitas outras fabricantes de produtos militares. Em vez disso, o Brasil tem se aproximado de nações parceiras que manifestaram interesse no novo avião em troca de um papel no seu desenvolvimento industrial --uma versão latino-americana das coligações que deram apoio a grandes produtos de defesa europeus.
"Estamos olhando para uma parcela razoável disso", disse Gastão, acrescentando que 15 por cento do mercado seria uma fatia saudável. "Não precisa ser muito para ser muito interessante."
As entregas estão programadas para começar em 2016 e a empresa deve levar cerca de quatro anos para atender a demanda inicial, disse ele. A Embraer também estudou versões civis do jato de carga, incluindo uma versão mais longa para o serviço postal brasileiro.
Foco na fronteira
A Embraer escolheu um momento complicado para lançar seu maior programa militar, quando cortes no orçamento das maiores forças armadas do mundo estão sacudindo a indústria de defesa.
O destino do KC-390 vai provar se o foco da Embraer em mercados de fronteira na América Latina, África, Sul da Ásia e no Oriente Médio pode salvar sua divisão de defesa da crise mais ampla. Quase 90 por cento do mercado estimado de aviões de carga está fora de Estados Unidos, Europa, China e Rússia.
Um acordo com a Boeing para vendas conjuntas para os Estados Unidos, Grã-Bretanha e partes do Oriente Médio poderia expandir o mercado de aviões em cerca de 400 aeronaves, de acordo com uma fonte da indústria que não quis se identificar, dada a natureza preliminar dos estudos.
Se o KC-390 tivesse chegado uma década atrás, teria sido um excelente candidato para o programa Joint Cargo Aircraft dos EUA, mas o excesso de aviões de carga e cortes no orçamento diminuíram suas chances no país, de acordo com uma fonte em Washington. A maior abertura do mercado dos EUA pode vir depois de 2020, quando o Pentágono começará a substituir centenas de seus C-130s antigos.
SNB

TRÁFEGO AÉREO - Seminário aborda benefícios e inovações do Programa SIRIUS

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) realiza entre 14 e 17 de outubro, no Rio de Janeiro (RJ), o Seminário ATM Sirius Brasil – Impulsionando o Desenvolvimento do ATM Nacional. Gratuito e aberto ao público, o evento vai apresentar os temas relacionados ao desenvolvimento do gerenciamento de tráfego aéreo no país, com uma visão prospectiva para o ano de 2023. As inscrições estão abertas até o dia 1°.nformações e inscrições: 
O foco será o programa Sírius Brasil, que propicia maior eficiência ao gerenciamento do tráfego aéreo no Brasil, com redução no tempo de voo, consumo de combustível, poluição do meio ambiente e ruído em torno dos aeroportos. A chamada Navegação Baseada em Performance (PBN, da sigla em inglês Performance Based Navigation), já operação nas áreas terminais de Brasília e do Recife.
A expectativa do DECEA é reunir empresas aéreas, associações de classe envolvidas no transporte aéreo e aviação geral, controladores de tráfego aéreo, pilotos, profissionais ligados à infraestrutura de tráfego aéreo, gerentes ATM, empresas de infraestrutura aeroportuária e instituições de ensino superior ligadas à aérea. A ideia é debater temas como o uso de satélites na gestão do tráfego aéreo, comunicação digital e gestão estratégica da navegação aérea.

Veja no vídeo abaixo como funciona o programa Sírius.
Fonte: DECEA SNB

Operação Laçador 2013


SNB

MÍSSIL TÁTICO DE CRUZEIRO É EMPREGADO EM SIMULAÇÃO DURANTE A OPERAÇÃO LAÇADOR

Pela primeira vez, durante a Operação Laçador, militares do Exército empregam, de maneira simulada, o Míssil Tático de Cruzeiro (MTC 300) em operações conjuntas.
Inicialmente, o MTC será do tipo terra-terra, podendo atingir o alcance de até 300 quilômetros e será lançado pelas mesmas viaturas do Sistema ASTROS II, que serão modernizadas para a versão MK6, a fim de disparar foguetes e mísseis. O míssil será empregado em duas versão: Cabeça-de-Guerra do tipo Auto-Explosiva (AE), com peso máximo até 200 kg, contendo 109 kg de PBX como explosivo; e cabeça-de-guerra múltipla, com cerca de 66 submunições de 70 mm, podendo ser utilizado em alvo anticarro.
O programa de construção do MTC é parte do Projeto Estratégico do Exército (PEE) ASTROS 2020, uma das sete prioridades no processo de modernização da Força Terrestre. É um projeto 100% nacional, com independência tecnológica e propriedade intelectual do Exército Brasileiro. A previsão de entrega do primeiro lote está prevista para 2016.
A navegação do MTC é feita por meio de sensores de navegação inercial junto com GPS, com um sistema antijaming e rádio altímetro para mantê-lo na altitude correta em relação ao solo. Obedece seu curso em conformidade com as informações armazenadas a bordo, com possibilidade de serem estabelecidos waypoints.
O míssil poderá ser utilizado contra instalações estratégicas, alvos inimigos de valor (meios logísticos, artilharia, blindados e meios aéreos) e alvos que devam ser neutralizadas logo no início do conflito, normalmente associadas à obtenção de superioridade aérea e à quebra da capacidade de coordenação das ações pelo inimigo.
Durante a Operação Laçador, o emprego simulado do MTC permite atingir alvos anteriormente engajados somente pela Força Aérea ou Forças Especiais, participando, pela primeira vez, da fase de interdição da manobra, a cargo do Comandante do Teatro de Operações.
O emprego simulado do míssil, durante a Operação Laçador, permite o adestramento dos integrantes do Estado-Maior Conjunto, por meio da coordenação do espaço aéreo, bem como dos meios de apoio de fogo existentes na operação.
SNB 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Forças Armadas mobilizam 8 mil militares em operação no Sul do país

Articulado pelo Ministério da Defesa, e sob coordenação do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), cerca de 8 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica participam de treinamento conjunto na região Sul do país. Iniciado nesta segunda-feira, o exercício conta com diversos treinamentos e simulações de guerra, com o objetivo de preparar os militares para a missão constitucional de defesa da pátria.Esta edição, que ocorre de 16 a 27 de setembro, será desenvolvida, simultaneamente, nos estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná. Para isso, o território que compreende os três estados recebe uma nova demarcação, com a criação de países fictícios denominados pelas cores verde e amarela. Deste modo, os comandos das forças recebem instruções de coordenadores instalados na Direção do Exercício (DIREx) para procederem aos ataques de forma a derrotar o inimigo imaginário.

A “Laçador 2013” terá como principais finalidades: manutenção da capacidade operativa das tropas da região Sul; adestramento dos diversos comandos e respectivas tropas em ações críticas de combate, apoio ao combate e apoio logístico, singulares e/ou conjuntas; adestramento dos diversos sistemas operacionais, promovendo e sedimentando a capacidade de interoperabilidade entre as Forças; realização de Ação Cívico-Social em apoio às famílias carentes da região de Nova Santa Rita (RS); experimentações doutrinárias de interesse para as operações conjuntas; e sistematização da atuação conjunta das três Forças com liderança da Defesa.

Por tratar-se de uma operação complexa, que envolve o emprego de todos os sistemas operacionais, integrados por eficiente sistema de Comando e Controle. Dentro desse contexto, haverá um Centro de Coordenação e Controle, na sede do Quartel-General do Comando Militar do Sul (CMS), onde cerca de 100 representantes das Forças envolvidas atuarão na coordenação de todas as atividades realizadas pelas tropas do CMS, do 5º Comando Aéreo Regional e do 5º Distrito Naval. Para tornar viável a comunicação eficaz e o fluxo de informações da operação, a tecnologia será a principal aliada. No referido Centro serão utilizados meios, sistemas e programas modernos que vão permitir a integração, o estabelecimento de comunicações seguras e o acompanhamento de todas as ações realizadas pelas tropas. O cidadão poderá acompanhar a operação por um site que será alimentado com informações, fotos e vídeos das principais atividades realizadas durante o treinamento.

Além das tropas e meios do CMS, do V Comando Aéreo Regional (V Comar) e do 5º Distrito Naval, também estão sendo empregados efetivos dos Comandos Anfíbios do Corpo de Fuzileiros Navais, do Grupamento de Mergulhadores de Combate (Grumec) e da Brigada de Infantaria Paraquedista, do Rio de Janeiro (RJ); da Brigada de Operações Especiais, de Goiânia (GO); do Comando de Aviação do Exército, de Taubaté (SP); do 6º Grupo de Lançadores Múltiplos de Foguetes, de Formosa (GO); da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea, de Guarujá (SP); das Unidades Aéreas de Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus, Campo Grande e Anápolis; e especialistas nas áreas de Guerra Eletrônica, Simulação de Combate e Comunicação Social. 

A operação Laçador é o 35º exercício desse porte, realizado pelo Ministério da Defesa desde 2002, com o objetivo de aprimorar o adestramento das três Forças para atuar, de forma coordenada e eficaz, em conflitos convencionais.

As principais manobras serão realizadas nos municípios de Rosário do Sul (RS), Alegrete (RS), Rio Grande (RS), Nova Santa Rita (RS), Santa Maria (RS), São Borja (RS), Canoas (RS), Porto Alegre (RS), Capitão Leônidas Marques (PR), Nova Prata do Iguaçu (PR), Blumenau (SC), Joinville (SC) e Florianópolis (SC).
Nestas cidades, estão programadas ações diretas de forças especiais, transposição de curso d’água, controle e localidade, assalto aeroterrestre, patrulha antissubmarino, defesa de estruturas estratégicas, controle de dano, defesa aérea de retaguarda, ressuprimento aéreo, entre outras. O ministro da Defesa, Celso Amorim, e autoridades militares visitarão uma das localidades para assistir as manobras das Forças Armadas. 
SNB

domingo, 15 de setembro de 2013

Exército russo para receber Vityaz Sistemas de Defesa Aérea em 2016

(RIA Novosti) - Almaz-Antei defesa corporação da Rússia está planejando para iniciar as entregas de seu sistema de defesa S-350E Vityaz mid-range de ar novo para o exército russo em 2016, a empresa nesta quarta-feira.
O Vityaz, que deverá substituir os obsoletos sistemas S-300, foi apresentado pela primeira vez durante o recente show aéreo MAKS-2013 , perto de Moscou.
"Estamos planejando para completar [Vityaz] testes em 2014, [e] a produção em massa início em 2015 e as entregas para os militares em 2016," Almaz-Antey diretor geral Vitaly Neskorodov disse à RIA Novosti.
O sistema está em obras desde 2007 e recursos avançados de todos os aspectos faseada radar de matriz, um novo posto de comando móvel e um lançador capaz de carregar 12 mísseis vertical lançamento previsto para ser variantes do radar ativo míssil 9M96, de acordo com o empresa.
O Vityaz irá complementar o Morfey, o S-400 e S-500 sistemas de defesa aérea no futuro rede de defesa aeroespacial para atingir alvos a distâncias de cinco a 400 km, e em altitudes de cinco metros para perto espaço.
SNB

O voo do falcão

Um projeto ambicioso, desenvolvido para fins militares, poderá levar o Brasil a se tornar um importante polo de pesquisa, desenvolvimento e produção de novas tecnologias relacionadas aos veículos aéreos não tripulados, os vants – também conhecidos como drones. Idealizado para uso das Forças Armadas, o Falcão, como foi batizado, será o maior vant militar nacional. Se o projeto avançar, a aeronave terá 11 metros de envergadura, de uma ponta a outra da asa, e autonomia mínima de 16 horas. Ele poderá atuar em operações de vigilância marítima e de fronteiras, missões de busca e salvamento, no combate ao tráfico de drogas, crimes ambientais e na segurança e monitoramento de grandes eventos, como os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, ano em que a aeronave deverá ser concluída. Até agora, cerca de R$ 85 milhões já foram investidos por parte da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), de institutos de pesquisa e da própria indústria.
O Falcão começou a ser desenvolvido pela Avibras no final da década passada. A empresa brasileira com sede em São José dos Campos, interior paulista, em parceria com o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) da Aeronáutica, contou com os sistemas de navegação e controle de outra empresa da mesma cidade, formada no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), a Flight Technologies. Desde fevereiro deste ano, o Falcão integra a linha de produtos da Harpia Sistemas, empresa criada a partir da associação entre a Embraer Defesa & Segurança, braço militar da Embraer, e a AEL Sistemas, com sede em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, subsidiária da Elbit Systems, uma das maiores fabricantes de produtos de defesa de Israel – a mesma a fornecer os primeiros drones para uso da Força Aérea Brasileira (FAB) em 2010. Em janeiro deste ano, a Avibras também se tornou acionista da Harpia. “Desde então conduzimos estudos de configurações para atender aos requisitos operacionais das Forças Armadas para um sistema de vant capaz de cumprir missões de inteligência, vigilância e reconhecimento”, diz Rodrigo Fanton, presidente da Harpia. O primeiro protótipo do Falcão está sendo usado como ponto de partida para a adequação aos requisitos apresentados pelo Ministério da Defesa, que incluem um conjunto de sensores, sistema de comunicação de dados e uma estação de controle em solo.A aeronave terá cerca de 800 quilos (kg), podendo transportar mais combustível e equipamentos do que outros drones da mesma categoria a uma altura de 5 mil metros. Dentro do veículo aéreo, no lugar do piloto, poderão ser instalados sensores, câmeras e radares, entre outros itens. Boa parte da estrutura do Falcão foi desenvolvida com tecnologia nacional, como os sistemas de eletrônica de bordo, controle e navegação. “Ele terá dimensões equivalentes ao Super Tucano, aeronave turboélice da Embraer para ataque tático”, comenta Flavio Araripe d’Oliveira, coordenador do projeto vant no DCTA. “Vants de médio e grande porte, como o Falcão, são controlados do solo por técnicos em contêineres equipados com computadores e sistemas de comunicação”, diz.
O Falcão utiliza outro vant brasileiro como plataforma de testes para o sistema de navegação e controle: o Acauã, um drone de 150 kg e 5 metros de envergadura concluído em 2010. Ele foi desenvolvido pelo DCTA, centros de pesquisa do Exército (CTEx) e da Marinha (IPqM) (ver Pesquisa FAPESP n° 185) e pela Avibras. Foram realizados dezenas de voos experimentais na Academia da Força Aérea, em Pirassununga, interior de São Paulo. Hoje o Acauã é utilizado pelo DCTA, Exército e Marinha, e pelas empresas Flight Technologies e Bossan Computação Científica (BCC), do Rio de Janeiro, num novo projeto, agora voltado à concepção de uma tecnologia de pouso e decolagem automáticos, que já apresentou bons resultados nos primeiros experimentos em pista realizados em agosto. O projeto conta com financiamento de R$ 4 milhões da Finep. “Desenvolvemos um sistema com sensores de aproximação com DGPS, que garante um posicionamento muito preciso por satélite, e radar altímetro capaz de medir a altura da aeronave em relação ao solo. Até agora, pouso e decolagem eram realizados apenas sob o comando de um operador”, explica D’Oliveira.
Também no DCTA pesquisadores do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), em parceria com professores do ITA e engenheiros da empresa TGM Turbinas, com sede em Sertãozinho, interior paulista, trabalham em outro projeto que poderá impulsionar o setor brasileiro de drones. Trata-se de um motor turbojato movido a querosene de aviação que pode ser usado em vants com peso máximo de 1,2 tonelada. A Turbina Aeronáutica de Pequena Potência (TAPP) é a primeira a ser produzida no Brasil com características de durabilidade e potência de 5 mil newtons (N), força capaz de impulsionar uma aeronave de até 1,5 tonelada. “Planejamos um grupo de turbinas que possam ter aplicações em vants, mísseis e uma linha para geração de energia”, diz Alexandre Roma, da TGM, um dos engenheiros responsáveis pelo projeto. Ele conta que o equipamento não será usado no Falcão, mas instalado inicialmente em alvos aéreos para treinamento de pilotos em aviões de combate.
Produção em sérieEm julho, a turbina foi testada pela primeira vez no banco de provas do IAE. Segundo o engenheiro mecânico José Francisco Monteiro, coordenador do projeto, todos os componentes da TAPP foram fabricados no Brasil, exceto o rolamento para a sustentação de seu eixo. Um dos objetivos é qualificar a mão de obra brasileira para sua produção em série. “Como essa turbina pode ser instalada em mísseis de longo alcance, sua comercialização tem sido dificultada, devido aos tratados de não proliferação de armas nucleares. A alternativa é fabricar a turbina no Brasil”, avalia Monteiro. Novos testes estão programados até o fim deste ano com o objetivo de fazê-la atingir a rotação máxima de 28 mil rotações por minuto. O projeto conta com financiamento de R$ 30 milhões da Finep. A agência já firmou 23 contratos e convênios, num total de R$ 69 milhões, voltados ao trabalho de pesquisa e desenvolvimento tecnológico de vants no Brasil, conta William Respondovesk, chefe do Departamento das Indústrias Aeroespacial, Defesa e Segurança da Finep.As vantagens inerentes ao uso dos drones em operações militares – sobretudo pelos Estados Unidos, após os atentados de 11 de setembro de 2001 – têm atraído cada vez mais a atenção de vários países. Entre 2005 e 2012, por exemplo, o número de nações que adquiriram essa tecnologia subiu de 41 para 76. Nesse mesmo período, o número de programas de pesquisa voltados para essa área nesses países saltou de 195 para 900, impulsionando um mercado em contínua evolução. Os norte-americanos ainda controlam boa parte desse mercado. Juntas, as empresas North Grumman e General Atomics Aeronautical Systems detêm 63% de toda a produção mundial de drones, de acordo com o Government Accountability Office dos Estados Unidos.
Também os gastos anuais em pesquisa, desenvolvimento e comércio dessas aeronaves devem dobrar na próxima década, chegando aos US$ 12 bilhões – totalizando US$ 90 bilhões nos próximos 10 anos –, como mostra o relatório World unmanned aerial vehicles systems, market profite and forecast 2013, divulgado em junho pela consultoria norte-americana Teal Group, especializada nas áreas aeroespacial e de defesa. O Departamento de Defesa dos Estados Unidos deve seguir líder nesse setor. Israel vem logo em seguida. O país foi responsável por 41% dos drones exportados entre 2001 e 2011, segundo a Stockholm International Peace Research Institute, organização voltada à realização de pesquisas em questões sobre conflitos e segurança internacionais.Obtenção de dados
Avanços recentes em áreas de tecnologia computacional, além do desenvolvimento de materiais mais leves e de avançados sistemas globais de navegação, também têm atraído a atenção de pesquisadores, que usam drones para a obtenção de dados em áreas de difícil acesso. No dia 13 de junho a revista Nature publicou um artigo mostrando como esse tipo de tecnologia pode ser útil para o mundo acadêmico. Pesquisadores da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, por exemplo, têm usado vants para medir jatos de ventos que sopram no continente antártico. Isso poderá ajudá-los a entender a dinâmica que deu origem à formação das geleiras marinhas ao redor da Antártida. Também os biólogos aderiram aos vants em seus trabalhos de campo. Já na Índia, a World Wildlife Fund (WWF) tem usado os drones para detectar a presença de caçadores.
Esse crescimento para além do âmbito militar tem se refletido no Brasil. Nos últimos anos, pelo menos cinco empresas passaram a investir em pesquisa e desenvolvimento de novas aeronaves. A AGX é uma delas. Com sede em São Carlos, interior paulista, a empresa desde 2009 trabalha com o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Sistemas Embarcados Críticos (INCT-SEC), com sede na Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos, na concepção de soluções voltadas para o uso de vants na agricultura, meio ambiente e mineração. “Esse é o setor mais dinâmico, e o de maior crescimento, da indústria aeroespacial e de defesa em todo o mundo”, diz Adriano Kancelkis, diretor-presidente da AGX, empresa que contou com o apoio do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe) da FAPESP.Com características distintas, mas com várias possibilidades de adaptação para missões na agricultura, dois de seus drones, Tiriba e Arara II, possuem tecnologia nacional. Podem ser usados em levantamentos aerofotográficos com câmeras convencionais de alta definição, sensores e câmeras termais e multiespectrais. “Essa tecnologia é capaz de identificar com precisão a existência de pragas e falhas em lavouras e áreas atingidas por erosão e assoreamento de rios”, explica Kancelkis. Lançado em 2011, o Tiriba tem motor elétrico e pode atingir os 100 km/h, se mantendo em operação por até meia hora. O drone está sendo usado num projeto-piloto de monitoramento ambiental em parceria com a Polícia Militar Ambiental do Estado de São Paulo. “Já realizamos alguns voos, mas o vant ainda está em fase de certificação na Agência Nacional de Aviação Civil [Anac], instituição responsável pela emissão de autorizações para voos dessas aeronaves”, diz.
Agricultura de PrecisãoA empresa também tem investido em novos modelos, como o VSX, aeronave desenvolvida em parceria com a Aeroálcool, com sede em Franca, interior paulista, e o INCT-SEC. Com autonomia de voo de 20 horas, o vant pode cumprir missões com até 4 mil km de alcance numa velocidade de 200 km/h. “O VSX foi projetado para carregar um radar do tipo SAR que permite mapear, no caso de uma floresta, não só a copa das árvores, mas também o que está por debaixo delas, no solo”, conta Kancelkis. O projeto recebeu R$ 2 milhões da Finep. A ideia é que o VSX seja utilizado pela fabricante do radar, a Orbisat, com sede em Campinas, em áreas de conflito urbano, calamidades e no monitoramento de fronteiras. A AGX também acaba de firmar uma parceria com a Universidade de Purdue, nos Estados Unidos. “O objetivo é atuar no segmento de agricultura de precisão naquele país, além de desenvolver novas tecnologias para sensoriamento remoto”, diz.Entre 2010 e 2013, a XMobots, empresa com sede em São Carlos, realizou um trabalho de mapeamento e quantificação do desmatamento em torno da Usina Hidrelétrica de Jirau, em construção no rio Madeira, em Rondônia. “O objetivo era que nosso vant, o Apoena, fizesse a captação de imagens que revelassem se a atividade realizada pelas empresas estava de acordo com a legislação ambiental”, explica Giovani Amianti, um dos sócios da XMobots, que também recebeu financiamento do Pipe em 2007. Depois de alguns meses, as imagens produzidas pelo drone passaram a ser usadas como parâmetro para determinar o metro quadrado que cada empresa havia desmatado. O Apoena realizou operações durante 18 meses e em seguida foi substituído pelo modelo Nauru por mais um ano. “Agora o Apoena está numa fase de maturação tecnológica. Pretendemos lançar uma nova versão no início de 2014; uma aeronave maior, com capacidade de voo superior a 8 horas, mais segura e capaz de operar em cidades”, diz Amianti.
O Nauru é um drone menor que o Apoena, com autonomia de 5 horas, 15 kg e envergadura de 2,3 metros. Em maio, o vant obteve da Anac o Certificado de Autorização de Voo Experimental. “Com isso nos tornamos a única empresa do país autorizada pela Anac a fazer voos voltados à pesquisa e desenvolvimento de drones. Até então, apenas a Polícia Federal possuía vants civis aptos a voar no Brasil”, conta Fábio Henrique Assis, diretor da XMobots. Mas ele explica que o trâmite legal para essa aeronave é mesmo mais simples, já que o Nauru será usado para fins agrícolas, em espaço aéreo segregado. Em junho, durante uma feira de geotecnologia realizada em São Paulo, a empresa lançou o Echar, um novo modelo de 2,1 metros de envergadura, 6 kg e autonomia de 60 minutos. Suas aplicações variam do monitoramento de garimpo ilegal, extração irregular de madeira, invasão de áreas ambientais à previsão de produção agrícola. “O Echar foi desenvolvido a partir da demanda de nossos clientes”, conta Amianti.Também em Gavião Peixoto, município próximo a São Carlos, no interior de São Paulo, pesquisadores da Embrapa Instrumentação usam drones na área de agricultura de precisão. Um modelo diferente, semelhante a um mini-helicóptero, faz sobrevoos periódicos em plantações de laranja para detecção do greening, doença que afeta o amadurecimento dos frutos, deixando as folhas das plantas amareladas. “Usamos vants em atividades agrícolas desde 1998, com o projeto de Aeronave de Reconhecimento Assistida por Rádio e Autônoma (Arara) em parceria com o professor Onofre, da USP” (ver Pesquisa FAPESP n° 123), conta o engenheiro eletrônico Lúcio Jorge, da Embrapa. “Investimos no desenvolvimento de metodologias de processamento de imagens para drones de baixo custo.” O mini-helicóptero sem piloto, usado para pulverização no controle de pragas em culturas de arroz, soja e trigo, foi adquirido pela Embrapa da empresa Rotomotion, dos Estados Unidos. “Esse projeto nos permitiu desenvolver softwares e sistemas de captura de imagens para as diferentes aplicações agrícolas no Brasil”, diz o pesquisador. “Mas o projeto requer mais investimento, sobretudo pelo fato de a Rotomotion ser uma empresa pequena, tendo dificuldades em atender às demandas no Brasil, como treinamentos e ajustes no sistema.” A Embrapa conta ainda com sistemas multirrotores, os chamados multicópteros, com software livre, que são uma opção tecnológica mais barata.
Mesmo com o desenvolvimento acelerado do setor, os voos de vants ainda carecem de regras específicas. “Nos baseamos em normas existentes para as aeronaves tripuladas”, explica Assis, da XMobots. Hoje os principais fatores de risco associado ao voo de drones no mundo se referem à segurança das pessoas em áreas por eles sobrevoadas, possível colisão com aeronaves que compartilham do mesmo espaço aéreo e danos materiais numa eventual queda. “Eles devem ser tratados como aviões, não como brinquedos”, diz João Batista Camargo Júnior, professor da Escola Politécnica (Poli) da USP. Para ele, regras específicas devem ser criadas de acordo com a aplicação que o drone terá. Segundo Nei Brasil, presidente da Flight Technologies – empresa que já desenvolveu e entregou ao Exército e a Marinha três drones de pequeno porte –, a Anac pretende regulamentar o voo de vants civis até 2014. “A Anac segue as recomendações da Organização de Aviação Civil Internacional, que criou grupos de trabalho para discutir regras para a adoção de vants pelo mercado civil”, diz. Para Camargo Júnior, o país precisa estar atento. “As autoridades aeronáuticas devem zelar pela segurança da população em relação aos vants sem comprometer a pesquisa e o desenvolvimento da indústria nacional.”
Projetos
1.
 Um sistema de mapeamento automático de produtividade agrícola (nº 2005/04485-2); Modalidade Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe); Coord.Rafael Alexandre Ferrarezi/AGX; Investimento R$ 52.152,00 (FAPESP).

2. Projeto de um sistema aviônico certificável para veículos aéreos não tripulados (vants) de aplicação civil (nº 2007/55661-0); Modalidade Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe); Coord. Giovani Amianti/XMobots;Investimento R$ R$ 56.940,84 e US$ 16.670,37 (FAPESP).
FONTE FAPESP ..SNB