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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Brasil enfrenta encruzilhada econômica em 2013


Em 2013, o Brasil deve enfrentar uma encruzilhada econômica: ou o país volta a crescer de forma acelerada - no patamar dos 3% ou 4% -, ou até seu status de 'Bric' começará a ser questionado.
Essa é a visão de analistas como Jim O'Neill, do banco Goldman Sachs, que em 2001 criou o acrônimo Bric para designar as nações emergentes que em 2050 igualariam seu peso econômico ao de países do mundo rico - além do Brasil, Rússia, Índia e China.O'Neill é, na realidade, otimista sobre o potencial de crescimento do Brasil a partir de 2013. Para ele, apesar da decepção com a expansão de apenas 1% do PIB em 2012, no ano que vem o país deve voltar a crescer, alcançando um crescimento de 4% a 5% já em 2014.
A previsão do último relatório Focus divulgado pelo Banco Central - que faz uma média das previsões do mercado - ainda é de uma alta de 3,3% do PIB em 2013 (apesar de tal estimativa ter sido revista para baixo recentemente).
Em entrevista à BBC Brasil, O'Neill enfatizou que em 2012 o PIB brasileiro sofreu com a chamada contribuição real negativa do setor financeiro (menor fluxo de capital no país) - uma consequência de curto prazo da política de queda dos juros que, no médio e longo prazo, deve estimular investimentos.
Para ele, as medidas de estímulo econômico aprovadas pelo governo neste segundo semestre devem ser suficientes para impulsionar o PIB em 2013. Ele faz referência à desoneração de alguns setores e a desvalorização do real, além da queda da taxa básica de juros (Selic) de 12,5%, em julho, para os atuais 7,25%.
"Mas se isso não ocorrer e o crescimento brasileiro voltar a decepcionar, como em 2012, o status do Brasil como um país do Bric de fato será colocado em xeque", disse O'Neill.

Crescimento sustentável

Wilber Colmerauer, diretor da consultoria Brasil Funding, em Londres, concorda que 2013 será decisivo para a economia brasileira após um ano marcado pelo fim da euforia dos mercados e investidores internacionais em relação ao país.
Em 2010, o entusiasmo com o Brasil foi inflado por um crescimento de 7,5% do PIB. A alta de 2,7% de 2011 foi interpretada por analistas como um ajuste sobre o ano anterior - em que o país teria crescido mais que seu PIB "potencial", de 4%.
"Mas neste final de 2012 é possível que haja até um excesso de pessimismo sobre o Brasil, potencializado pelo crescimento de apenas 1%", diz Colmerauer.
Para o analista, para ajustar as expectativas sobre a economia brasileira é importante que em 2013 o país demonstre que tem condições "de iniciar uma trajetória de crescimento sustentável", em vez de apenas "mais um ciclo curto de expansão" - o que alguns economistas chamam de "voo de galinha".
"O objetivo não pode ser crescer em 2013, mas sim crescer de 2013 a 2023", concorda Marcos Troyjo, diretor do BricLab, centro de estudos sobre o Bric da Universidade de Columbia, nos EUA.

Ameaças

Para Troyjo, entre os fatores externos que podem dificultar a aceleração do crescimento brasileiro está o acirramento da crise internacional - por exemplo, em decorrência de um fracasso dos EUA em evitar o chamado "abismo fiscal" ou da complicação dos problemas da Europa.
"O impacto direto de um acirramento da crise seria limitado, porque o Brasil tem uma economia relativamente fechada. Mas haveria um impacto indireto em função da mudança nas expectativas e confiança dos investidores", opina Troyjo.
Fabiano Bastos, do Banco Inter-Americano de Desenvolvimento (BID), também menciona o risco de um desaquecimento maior que o esperado na China, que poderia reduzir o preço das commodities e afetar a percepção de risco para investimentos em mercados emergentes.
Colmenauer acredita que há um risco de ordem interna, relacionado ao possível aumento da inflação. Para ele, ainda não está claro se os pacotes de estímulo do governo serão suficientes para aumentar a taxa de investimentos na economia.
"Certamente, a queda dos juros deve gerar crescimento no primeiro semestre de 2013 - até porque ela funcionará como um estímulo ao consumo", opina.
"Mas se o investimento não acompanhar essa alta da demanda, poderíamos ter uma elevação da inflação para 7% ou 8%, caso em que seria difícil para o governo manter a política de queda dos juros."

InvestimentosPara evitar uma nova decepção com o PIB, para Colmerauer e Troyjo o governo deveria sinalizar claramente sua intenção de fazer reformas estruturais.

"Desde os anos 1990 criou-se um consenso em torno da responsabilidade fiscal e controle da inflação e isso fez bem para o país", diz Colmerauer.
"Se queremos crescer de forma sustentável está na hora de se criar novos consensos em torno de temas como a simplificação tributária."
Os baixos níveis de investimento foram apontados por muitos analistas como uma das causas do desaquecimento brasileiro nos dois últimos anos.

Mudança de modelo

Entre 2004 e 2010 o país cresceu a uma média de quase 4% ancorado em uma expansão do consumo e gastos do governo, como explica Troyjo.
O setor privado, porém, não investiu o necessário para acompanhar a expansão da demanda - problema em geral atribuído a fatores como os juros altos, a sobrevalorização do real e o chamado Custo Brasil (associado a falta de infra-estrutura, burocracia e etc).
Bastos, porém, não concorda que haja um "esgotamento" do modelo de crescimento baseado na demanda e medidas anticíclicas do governo.
"Para o ano que vem o governo está decidido a aumentar os investimentos das estatais, estados, municípios e União - e conta com uma folga fiscal e boa relação dívida/PIB para isso", diz.
"Certamente para manter o crescimento no médio e longo prazo são necessárias reformas estruturais e mais investimentos em educação, mas as atuais medidas de estímulo devem ser suficientes para que o país volte a crescer mais de 3% em 2013", acredita
BBC BRASIL..SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Navantia LHDs

sábado, 29 de dezembro de 2012

O porta-mísseis Yuri Dolgoruki entra na composição da frota


O cruzador submarino porta-mísseis estratégico Yuri Dolgoruki, principal porta-mísseis do projeto 955 Borei, entrará na composição da frota em 2012.

Para a frota russa é muito oportuno o início de funcionamento do Yuri Dolgoruki: a gradual retirada dos velhos submarinos do projeto 667BDR Kalmar levou a redução séria da composição marítima das forças nucleares estratégicas russas e a introdução mesmo de um novo porta-mísseis será uma ajuda considerável: estarão em plantão de combate 16 mísseis que portam quase 100 ogivas.
Yuri Dolgoruki foi projetado em 1996, mas de fato sua construção começou na década seguinte – o financiamento nos primeiros anos foi quase zero. Esse atraso, junto com o necessário aperfeiçoamento do projeto sob novos equipamentos, fez com que a construção do cruzador se estendesse por longos 12 anos – o lançamento do novo porta-mísseis à água foi somente em fevereiro de 2008. O submarino entrou em testes, depois da construção, já no verão de 2009, mas foi preciso adiar o início de funcionamento – era preciso o acabamento do complexo balístico e dos equipamentos de bordo do submarino e também a construção de obras necessárias da infra-estrutura costeira.
O segundo porta-mísseis da série Alexander Nevsky foi iniciado em 2004. E sua construção foi feita muito mais depressa – o lançamento do porta-mísseis à água foi em dezembro de 2010 e o início dos testes foi no outono de 2011. E já na primavera-verão de 2013 o cruzador deverá ser inaugurado depois de disparos e carregado o conjunto de combate.
O terceiro submarino – Vladimir Monomakh também percorreu o caminho, desde o início até o lançamento, em 6 anos: iniciado em 2006, em 30 de dezembro de 2012 ele será retirado da oficina da Sevmach. Sua inauguração está marcada para 2015. No futuro o prazo de construção de porta-mísseis desde o início até a entrega à frota deverá ser reduzido, graças ao desenvolvimento da produção em série dos agregados necessários e complementos e também à modernização das potencias de produção da própria Sevmach. O programa estatal de armamentos atual prevê a entrega de oito novos porta-mísseis até o ano de 2020.
Os primeiros submarinos do projeto Borei deverão entrar na composição da Frota do Pacífico, entretanto a infra-estrutura costeira em Viliutchinsk (base das forças submarinas da Frota do Pacífico em Kamchatka) por enquanto não está pronta para receber novos submarinos. Espera-se que estes trabalhos serão concluídos até o verão de 2013. Considerando isto, é mais provável que o Yuri Dolgoruki, passará no mínimo os primeiros meses no norte e irá para o oceano Pacífico somente na primavera do próximo ano. Para lá também deverá ir o Severodvinsk, que recebeu esse nome em homenagem à capital da construção russa de submarinos, o primeiro submarino do projeto 885 Yasen, que deverá substituir os submarinos soviéticos de mútiplas finalidades.
Se tudo ocorrer de acordo com os planos, as forças submarinas da Frota do Pacífico, até o final do decênio, estarão praticamente renovadas inteiramente, o que possibilitará falar de renascimento da potência marítima da Rússia nesse sentido. A atenção elevada de Moscou pelo Extremo Oriente é perfeitamente natural, considerando o aumento das forças das outras grandes potências nessa região.
VOZ DA RUSSIA ..SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Irã inicia exercício naval no estreito de Ormuz


O Irã iniciou nesta sexta-feira um exercício naval com seis dias de duração no estreito de Ormuz, numa exibição de sua capacidade militar em uma rota fundamental para o transporte mundial de petróleo e gás, informou a agência de notícias oficial Irna.
O comandante da Marinha, Habibollah Sayyari, disse que o exercício "Velayat 91" vai durar pelo menos até quarta-feira sobre uma área de 1 milhão de quilômetros quadrados no estreito de Ormuz, o Golfo de Omã e em partes do oceano Índico, segundo a Irna.
Sayyari disse que o objetivo das manobras é mostrar "as capacidades militares das Forças Armadas" para defender as fronteiras do Irã, além de enviar uma mensagem de paz e amizade aos países vizinhos.
Autoridades iranianas já disseram algumas vezes que o Irã pode bloquear o estreito - por onde passa 40% da exportação marítima de petróleo do mundo - se for atacado militarmente devido à disputa sobre seu programa nuclear.
O Irã realizou um exercício similar de 10 dias em dezembro de 2011, e quatro meses atrás enviou um submarino e um destróier ao Golfo Pérsico, num momento em que os EUA e marinhas aliadas realizavam exercícios nas mesmas águas.
Sayyari disse esta semana que o novo exercício vai testar os sistemas de mísseis dos navios iranianos, os navios de combate, submarinos e métodos de patrulha e reconhecimento.
O Ocidente mantém uma presença firme no Golfo Pérsico com o objetivo de impedir qualquer tentativa de fechamento do estreito de Ormuz
Reuters ..SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Rival do GPS, serviço de navegação chinês começa a operar na Ásia


Um satélite de navegação chinês, criado para eventualmente competir com o Global Positioning System (GPS), dos Estados Unidos, começou a oferecer seus serviços para usuários asiáticos, de acordo com a agência AP.
O porta-voz Ran Chengqi afirmou que o Beidou está oferecendo a partir desta quinta-feira serviços de posicionamento, navegação, tempo e mensagens de texto para usuários na região da Ásia-Pacífico.
A China espera que o Beidou gere cerca de US$ 63 bilhões anuais, em serviços para os setores de transporte, meteorologia e telecomunicações. O gigante asiático, e em especial suas Forças Armadas, usa há anos o dominante GPS, dos Estados Unidos. Os chineses temem que Washington possa retirar o sistema do ar em um possível conflito ou emergência.
Terra..SEGURANÇA NACIONAL BLOG

França e países africanos enviam tropas para República Centro-Africana


Após avanço da aliança rebelde, Paris envia grupo de paraquedistas à República Centro-Africana, como "medida de precaução". Nações vizinhas também concordaram em despachar soldados para o país.
Após os recentes protestos contra a embaixada francesa em Bangui, capital da República Centro-Africana, a França aumentou sua presença militar no país. Como informado pelo Ministério da Defesa em Paris na madrugada deste sábado, 150 soldados franceses se deslocaram nesta sexta-feira do Gabão para o Estado africano.
Segundo o ministério, trata-se de uma "medida de precaução" para a "proteção de cidadãos franceses e europeus". O grupo de paraquedistas reforça agora os 250 soldados franceses que já se encontram estacionados na base militar M'Poko, no aeroporto da capital, Bangui.
Há duas semanas, a aliança rebelde Séléka iniciou uma ofensiva armada contra o presidente centro-africano, François Bozizé. Os rebeldes querem derrubar seu governo porque Bozizé teria, supostamente, rompido um acordo de paz assinado em 2007. Várias cidades foram dominadas pelos rebeldes. Milhares de pessoas estão em fuga devido aos combates.
Posição francesa
Na quarta-feira, centenas de apoiadores do governo atacaram a embaixada francesa em Bangui, acusando a antiga metrópole colonial de não reagir frente ao conflito que assola o país.
Por volta de 1.200 franceses vivem na República Centro-Africana. O primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, reiterou que Paris pretende, no entanto, ficar fora dos combates.
Países vizinhos enviam soldados
A Comunidade Econômica dos Estados da África Central (CEEAC) se esforça agora por um cessar-fogo. Numa reunião no Gabão, os Estados-membros concordaram com o envio de tropas de países vizinhos para evitar que o governo da República Centro-Africana seja derrubado pelos rebeldes.
No entanto, ainda não se sabe quantos soldados deverão ser enviados e quando eles irão chegar. "Elaboramos agora os preparativos necessários para que a missão possa começar o mais cedo possível", disse o ministro do Exterior do Gabão, Immanuel Issoze-Ngondet. Anteriormente, a CEEAC havia enviado delegações para as duas partes conflitantes.
O presidente François Bozizé apelou por ajuda internacional na última quinta-feira, diante de temores crescentes de que os rebeldes possam atacar a capital, Bangui.
Os Estados Unidos fecharam sua embaixada em Bangui na sexta-feira. Representantes diplomáticos e outros cidadãos norte-americanos e estrangeiros foram retirados do país. O presidente norte-americano, Barack Obama, se recusa a apoiar Bozizé com o envio de tropas.
DW..SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Bolívia nacionaliza empresa de eletricidade com capital espanhol


O presidente de BolíviaEvo Morales, promulgou nesta terça-feira (1º) um decreto que determina a nacionalização da empresa Transportadora de Eletricidade S.A., gerida pela empresa Rede Elétrica Internacional, filial do grupo Rede Elétrica Espanhola. De acordo com a agência oficial de notícias da Bolívia, Morales determinou às Forças Armadas a ocupação das instalações da companhia.
"O presente decreto supremo tem por objetivo nacionalizar a favor da Empresa Nacional de Eletrificação (ENDE), representante do Estado Plurinacional, o pacote acionário em mãos da sociedade Rede Elétrica Internacional na Empresa Transportadora de Eletricidade", afirmou Morales em um ato público no presidencial Palácio Quemado.
Morales justificou a desapropriação afirmando que considerou baixo o investimento da empresa espanhola – US$ 81 milhões para 16 anos.
A TDE foi fundada em 1997 e possui 73% das linhas de transmissão, segundo sua página oficial na internet na Bolívia. Cerca de 99,94% de seu capital estava em mãos da Rede Elétrica Internacional e 0,06% pertencia aos trabalhadores da empresa, de acordo com a página da empresa.
O decreto prevê a contratação de uma "empresa independente" para definir o valor a ser pago pelas ações da companhia em um período de 180 dias.
Morales, um descentente indígena de tendência esquerdista, tomou a medida em meio a protestos de sindicatos, que exigem um incremento salarial superior aos 8% oferecidos pelo governo.
O líder boliviano já realizou outras nacionalizações no Dia do Trabalho desde que chegou ao poder em janeiro de 2006, para nacionalizar a produção de petróleo, empresas de eletricidade e de fundições.Repsol
Apesar de suas medidas nacionalistas, Morales tem evitado opinar sobre a decisão argentina de expropiar 51% da petroleira YPF, sob o controle da espanhola Repsol. "É um tema da Argentina e da Espanha", disse ele em recente coletiva de imprensa.
A expropriação decidida pela presidente argentina Cristina Kirchner "não vai nos trazer nenhum problema porque temos uma relação de muita confiança com a Repsol (...). A Repsol, como empresa, respeita todas as normas bolivianas e os investimentos que a Repsol está fazendo vão bem", afirmou.
Depois da nacionalização dos hidrocarbonetos bolivianos em 2006 e após árduas negociações, dez petroleiras estrangeiras, entre elas a Repsol-YPF (que controlava 27% das reservas gasíferas bolivianas), alcançaram acordos com o governo Morales sobre as novas condições para operar na Bolívia.
G-1..SEGURANÇA NACIONAL BLOG

O alto custo da retirada

É JORNALISTA, WALTER, PINCUS, THE WASHINGTON POST, É JORNALISTA, WALTER, PINCUS, THE WASHINGTON POST ----- Estado de S.Paulo
Os Estados Unidos gastaram quase US$ 600 bilhões nos últimos dez anos para instalar suas forças de combate no Afeganistão. Agora terá de gastar mais US$ 5,7 bilhões nos próximos um ou dois anos para transferir ou trazer de volta a maior parte dos soldados e equipamentos enviados para aquele país, segundo o Escritório de Contabilidade do Governo (GAO na sigla em inglês).
O porte da retirada é alucinante. Mas com o "abismo fiscal" se aproximando rapidamente, vale a pena entender que a dispendiosa operação afegã vai para um cartão de crédito, juntamente com US$ l trilhão ou mais gasto no Afeganistão.
Iraque e Afeganistão são as primeiras guerras travadas pelos Estados Unidos em que a sociedade americana não pagou nenhum centavo em impostos adicionais.
O que estávamos pensando? À medida que apresento a lista das novas despesas, considere quem vai pagar por tudo isso e quando. O Congresso e o presidente Barack Obama estão negociando um aumento de receita e um corte de gastos, mas os bilhões que serão usados na retirada do Afeganistão não podem ser reduzidos e precisam ser pagos. O pagamento será analisado no próximo mês, quando o Congresso debaterá um aumento no limite da dívida.
Por outro lado, o Departamento da Defesa estima que o Exército possui mais de 750 mil itens importantes, o equivalente a mais de US$ 36 bilhões, no Afeganistão, incluindo 50 mil veículos e mais de 90 mil contêineres para transporte de material, segundo relatório do GAO.
No ano fiscal de 2011, o Comando de Transporte dos Estados Unidos transportou 268 mil toneladas de suprimentos - mais de 42 mil contêineres - para o Afeganistão, através de rotas ao norte, envolvendo vias férreas e para caminhões passando por países europeus e da Ásia Central. Essas rotas de abastecimento foram criadas depois que os comboios de caminhões que passavam pelo Paquistão foram interrompidos em 2011 em resposta ao ataque americano que matou Osama bin Laden.
O Departamento de Defesa tem três maneiras para se desfazer do material no Afeganistão: transferir o equipamento para outra agência estadual ou federal ou para um governo estrangeiro, destruir o material no Afeganistão ou retorná-lo para outro local do Pentágono. Os Estados Unidos possuem três sítios no Afeganistão e pretende criar um quarto onde o material será destruído, e dez áreas de armazenamento onde o equipamento será inspecionado e preparado para ser transportado para os Estados Unidos.
A retirada do Iraque mostrou a importância de um planejamento antecipado. Os planos de saída começaram em 2008, três anos antes da partida final das tropas de combate, em dezembro de 2011. No Afeganistão, os Fuzileiros Navais e a Marinha iniciaram seus preparativos em 2009 e o Exército, em 2010.
Os Fuzileiros Navais estabeleceram uma "estratégia de realocação de equipamentos", tendo criado um "manual" contendo o que o GAO descreve como "uma recontagem detalhada e simples de cada um dos 78.168 itens importantes no Afeganistão, juntamente com "instruções para sua disposição previstas inicialmente (retorno, transferência ou destruição) de cada item".
Por exemplo, o manual de julho de 2012 mostrou que os marines tinham tinha 33 vans "blackscatter" no Afeganistão, veículos com capacidade de raio X que são usados em postos de fronteira e postos de controle de entrada para identificação de armas ocultas, contrabando e explosivos. Custam de US$ 700 mil a US$ 800 mil cada uma quando novas.
O plano é retornar todas as 33 vans para os Estados Unidos usando transporte aéreo e marítimo, a um custo que pode chegar a mais de US$ 150 mil por van, segundo o GAO. Contudo, o manual dos marines indica que apenas 28 são necessárias para atender às necessidades nos Estados Unidos. O GAO sugere que as cinco restantes, consideradas desnecessárias, em termos de custo-benefício, deveriam ser deixadas no Afeganistão.
Um problema no Iraque foi fazer a contabilidade dos equipamentos de propriedade do governo fornecidos ao pessoal terceirizado. De acordo com relatório do GAO, de setembro de 2011, "houve ocasiões em que os terceirizados deixaram os campos e instalações no Iraque sem um encerramento adequado, deixando equipamentos abandonados, pessoal não repatriado (especialmente cidadãos de outros países), sem obter os vistos de saída apropriados e não devolveram para o governo o equipamento fornecido".
A relação dos equipamentos no Afeganistão não incluiu o equipamento do governo usado pelos terceirizados, mas o comando afegão informou ao GAO que está criando uma unidade para resolver o problema.
Uma outra questão exclusiva do Afeganistão refere-se às rotas de saída de material, por causa do "ambiente geopolítico complexo na região, segundo o GAO.
Sair do Afeganistão é muito mais difícil e mais dispendioso do que deixar o Iraque. No Iraque os Estados Unidos tinham acesso por rodovias ao Porto de Umm Qasr e uma grande base logística no Kuwait, na fronteira. A partir dali era fácil despachar o material por mar usando portos jordanianos e do Kuwait.
As antes grandes rotas de transporte de equipamentos através do Paquistão que foram reabertas em julho estão em fase de testes para o material que sairá do Afeganistão. Por outro lado, o Departamento de Defesa "enfrenta problemas para converter as rotas ao norte em apoio para a retirada por causa de questões ligadas a autorizações alfandegárias e diplomáticas".
No Afeganistão, país sem saída para o mar, há também equipamentos prioritários, incluindo munições, transportados por mar e depois pelo ar. Seu retorno pode chegar a até US$ 75 mil cada veículo, se transportados por mar ou aéreo, e até US$ 153 mil usando empresas aéreas comerciais, segundo o GAO. Enviar um veículo utilizando estradas poderá chegar a US$ 43 mil.
Com base em planos anteriores o Comando de Transporte projetou que "14,2% de todo equipamento de retorno aos Estados Unidos será transportado por meio de estradas ao norte, 19,9% por estradas paquistanesas e 65,8% usando transporte aéreo e marítimo".
No planejamento anterior, a agência de Logística de Defesa e as forças americanas no Afeganistão estabeleceram metas para os veículos e contêineres. A meta mensal era de 1.200 veículos e mil contêineres.
Tudo isso é complicado? Sim. Vale a pena prestar atenção nos custos monetários e humanos de entrar e sair de aventuras militares para que o país esteja mais bem preparado da próxima vez. / TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO
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Brasil foi rota de armas para Argentina durante as Malvinas, revelam arquivos


AMIL CHADE , CORRESPONDENTE / GENEBRA - O Estado de S.Paulo
Aviões argentinos usaram o território brasileiro - mais especificamente, o aeroporto do Recife - para trazer um amplo arsenal da Líbia de Muamar Kadafi para a junta militar de Buenos Aires durante a Guerra das Malvinas. A informação, que inclui detalhes sobre as armas líbias e acusações contra o governo de João Batista Figueiredo, está entre os 6 mil documentos secretos da guerra de 1982 que o National Archives, de Londres, liberou ontem.
A inteligência britânica usava um informante no Recife que conseguiu entrar em um dos aviões que faziam a "ponte aérea" Líbia-Argentina. Londres confrontou o Itamaraty com a informação, mas a chancelaria brasileira silenciou sobre o caso. Em uma reunião de gabinete, a primeira-ministra britânica, Margaret Thatcher, chegou a estudar a possibilidade de abater um desses aviões argentinos que faziam escala no Brasil.
Os britânicos estavam convencidos de que o "mais alto escalão" do governo brasileiro tinha pleno conhecimento da operação entre argentinos e líbios. O Brasil, que representava os interesses da Argentina em Londres, não teria coragem de enfrentar a questão, acusam os britânicos.
Rubens Ricupero, à época responsável do Itamaraty para assuntos sul-americanos, confirma que o embaixador britânico no Brasil, George Hardings, reclamou do suposto uso do Recife como entreposto para envio de armas da Líbia à Argentina. "Ele me trazia com muita frequência esse tipo de reclamação. Eu reportava isso ao ministro (Ramiro Saraiva Guerreiro) e o assunto ia para a área de inteligência do governo, principalmente para o Serviço Nacional de Inteligência (SNI). Nunca tive um retorno", diz Ricupero.
No entanto, ele afirma ser "pouco plausível" a informação de que o Brasil tinha participação na operação. "Não havia intenção nossa em manter a disputa (nas Malvinas) acesa. Sempre houve muita especulação, mas acho que era fantasia (dos britânicos)." Londres pediu ajuda à Casa Branca para pressionar o Brasil. De acordo com um telegrama de 1.º de junho, os americanos sabiam da rota Líbia-Argentina via Recife.
Informantes. Em um telegrama enviado a Londres em 1.º de junho de 1982, o embaixador britânico no Brasil dá detalhes sobre um carregamento de armas. Ele fora até Recife "investigar" o caso e constatou que, até aquele momento, dois aviões haviam pousado na cidade, fazendo o trajeto da Líbia à Argentina.
O primeiro havia sido no dia 25 de maio, com registro WAS TC93. Pilotado pelo "capitão Catiella" e com base em El Palomar, o avião estava vazio e parou apenas para abastecer. Ele seguiria para Trípoli.
O mesmo avião voltaria em 27 de maio. Uma hora depois, decolaria para a Argentina. "A fonte no Recife pôde ver dentro do avião e reportou seis longas caixas de madeira", indica o embaixador. "A fonte" trabalhava no aeroporto e as caixas teriam mísseis Exocet. Outras menores ocupavam o restante do espaço. Tanto para o pouso quanto decolagem, o avião usou toda a pista, o que indicaria seu peso.
No dia 28 à noite, mais um voo foi registrado pelos britânicos, dessa vez das Aerolíneas Argentinas e em direção a Trípoli, comandado pelo piloto civil identificado como "Cunivert". O mesmo avião retornaria no dia 30, carregado.
No mesmo dia, o embaixador viu a chegada de mais um avião, também das Aerolíneas. Segundo ele, pilotos falaram com o cônsul argentino, enquanto homens armados cuidavam do avião e outros, "nervosos", acompanhavam a situação. Os voos receberam a "autorização do Ministério da Aeronáutica", afirma o diplomata.
Em outro telegrama enviado pelos britânicos em Trípoli, em 1.º de junho, diplomatas de Londres confirmam que viram um avião civil argentino na área restrita a militares no aeroporto líbio. Segundo o documento, ele carregava 400 mísseis ERM.
O assunto rapidamente chegaria a Thatcher. No dia 11 de junho, o procurador-geral britânico, Michael Havers, relatou a ela que havia sido solicitado a dar sua opinião sobre o impacto jurídico que teria uma eventual interceptação dessas aeronaves.
"Um avião voando diretamente de Trípoli para Recife, no Brasil, sem parar para abastecer, não poderia ser interceptado ou forçado para Ascensão (ilha britânica no Atlântico), porque não teria combustível suficiente", explicou. Os britânicos pediram a ajuda da diplomacia francesa para contactar diretamente Muamar Kadafi e obter informações. Paris apenas relatou que o ditador líbio negou qualquer envolvimento com o tráfico de armas para a Argentina. / COLABOROU ROBERTO SIMON
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Marinha estadunidense vai encomendar 72 aviões de patrulha Poseidon


O Comando da Marinha dos EUA está se preparando para assinar um contrato de longo prazo para o fornecimento de até 72 aeronaves de patrulha marítima P-8A Poseidon.

O Comando da Marinha dos EUA já enviou ao Pentágono o aviso de uma possível compra de aeronaves. O documento prevê uma transição da compra anual de aeronaves atualmente produzidas para a assinatura de contratos de longo prazo, por períodos de cinco anos. O primeiro contrato de longo prazo visa o fornecimento da técnica no período de 2015 a 2019.
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FAB TV (NOVO) – Veja os destaques da Força Aérea na revista eletrônica Conexão FAB


Aqui é a casa da Força Aérea Brasileira”. Com esta frase o Major-Brigadeiro do Ar Rui Moreira Lima, que atuou na Segunda Guerra Mundial no Primeiro Grupo de Caça da FAB, define o lendário Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro, que completou 100 anos em 12 de dezembro. O evento de celebração do berço da aviação militar brasileira é um dos destaques do programa Conexão FAB deste mês.
Você vai ver também como foi o emprego das aeronaves de patrulha na operação Atlântico, as comemorações dos 30 anos da mulher na Força Aérea Brasileira e a formatura dos novos aspirantes a oficial na Academia da Força Aérea (AFA).

Veja aqui o programa na íntegra:
Fonte: Agência Força Aérea..SEGURANÇA NACIONAL BLOG

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Pentágono: Damasco usa mísseis iranianos contra militantes


Nos últimos dias, os militares sírios pelo menos duas vezes usaram os mísseis táticos de curto alcance Fateh A-110 de produção iraniana, informa esta sexta-feira o canal de televisão estadunidense CNN, citando fontes no Pentágono.

Anteriormente, a mídia ocidental, alegando fontes na liderança norte-americana, relatou que Damasco usa mísseis Scud contra a oposição armada.
Esta informação foi confirmada pelo secretário-geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen. De acordo com a CNN, o exército sírio recorreria supostamente ao uso de mísseis Fateh, visto que essas armas tem a maior precisão em comparação com Scud
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Corporação Enérguia: uma nova espaçonave com novas capacidades


A corporação de foguetes espaciais Enérguia (Energia) terminou a fase de projeto de uma nova espaçonave tripulada russa. A nave deverá substituir os famosos Soyuz e deverá iniciar os seus testes de voo até 2017.

A maquete de dimensões reais da nova nave espacial foi exibida pela primeira vez no Salão Aeroespacial Internacional MAKS-2011. Neste momento, a empresa declarou por terminada a fase de projeto técnico da nave com recurso a tecnologias digitais. De acordo com o projeto, ela poderá colocar em órbita até 500 quilos de cargas, mas a sua finalidade principal é o envio para a órbita terrestre de uma tripulação de seis pessoas em vez dos três tripulantes que se envia atualmente, explica o chefe de redação da revista Nóvosti Kosmonávtiki (Notícias Espaciais) Igor Marinin.
"Aqui se trata de economizar combustível de foguete, os próprios foguetes e economizar também no abastecimento da estação espacial, seja a EEI ou, possivelmente, uma outra estação que a Rússia contrua no futuro. Mesmo que seja necessária uma tripulação de apenas três elementos, os restantes três podem ser substituídos por equipamento adicional. Portanto, a nave também irá desempenhar as funções de uma nave de carga. Além disso, essa nave é universal, ela está preparada não só para voos orbitais à volta da Terra e abastecimento da estação orbital, como a atual versão da Soyuz, mas também para voos de longo curso. Versões suas modificadas poderão seguir até à Lua e voar na sua órbita".
Se for tomada a decisão de construir uma estação orbital na órbita da Lua, o seu abastecimento poderá ser feito com esta nave, referiu o perito. Além disso, tendo uma grande autonomia, ela poderá efetuar voos independentes bastante longos.
Na nova nave, os cosmonautas terão condições de trabalho mais confortáveis, o espaço útil foi aumentado quase para o dobro e o comando da nave é muito mais fácil. Por fim, foi concebido um novo sistema de pouso que permite reduzir significativamente as sobrecargas.
Os peritos russos na área da cosmonáutica consideram que a espaçonave em elaboração pode servir de base para os voos tripulados à Lua. O foguete portador mais adequado para a nova nave poderá ser o portador russo de tipo modular Angara que se encontra em fase de desenvolvimento. Contudo, segundo os especialistas, a nave universal também poderá ser colocada, se necessário, em outros foguetes portadores
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EMBRATEL - Novo Stélite Recebe o nome Star One C3 Rio 2016

A Star One, a maior operadora de satélites da América Latina e subsidiária da Embratel, anuncia que seu novo satélite recebe o nome de Star One C3 Rio 2016, em homenagem aos Jogos Olímpicos de 2016 que terão patrocínio da empresa. A novidade está sendo anunciada esta semana. O novo satélite já está em sua posição orbital definitiva em 75° W, tendo finalizado com sucesso seus testes em órbita. A partir de 02 de janeiro 2013 entrará em operação comercial.

"O Star One C3 Rio 2016 oferece mais alternativas ao mercado graças à sua cobertura geográfica desenhada especialmente para a nossa região ensejando ampla gama de serviços”, afirma Gustavo Silbert, presidente da Star One, destacando que a empresa possui frota com sete satélites e que o Star One C3 Rio 2016 recebeu investimentos de US$ 260 milhões para sua construção. Ele será responsável pela ampliação da capacidade de telecomunicações da empresa no Brasil, na América Latina e parte dos Estados Unidos.

O Star One C3 Rio 2016 tem cobertura diferenciada, com abrangência para todo o território brasileiro, América do Sul, Região Andina (com destaque para Colômbia, Peru, Bolívia e Equador) e Flórida (EUA). Sua capacidade inclui até a região do Pré-Sal, disponibilizando, com isso, mais serviços para a indústria de petróleo.

A Star One já presta serviços para grande parte das 500 maiores empresas do Brasil, para as principais emissoras de TV, canais independentes e diversos órgãos do Governo Brasileiro, incluindo o Ministério da Defesa. Com o novo satélite, a Star One assegura ao mercado a continuidade das aplicações que hoje estão em operação no satélite B3 e possibilita, ainda, a oferta de novos serviços de Internet de alta velocidade e de última milha (acesso do usuário diretamente à rede da operadora).

“Com o novo satélite, a Embratel e a Star One reforçam a liderança absoluta no mercado brasileiro”, diz Silbert, destacando que o grupo foi pioneiro na comunicação via satélite no Brasil, quando em 1985 lançou o Brasilsat A1, dando início à primeira geração de satélites brasileiros para comunicações domésticas na América Latina.
 
SOBRE A STAR ONE

A Star One é a maior operadora de satélites na América Latina. É uma empresa brasileira com 100% de participação acionária da Embratel. Criada em dezembro de 2000, opera cinco satélites GEO (Star One C1, C2, C3 Rio 2016, C12, e Brasilsat B4), e dois em órbita inclinada (Brasilsat B2 e B3), seis desses a partir de seu teleporto, localizado em Guaratiba (RJ). O C3 Rio 2016, em conjunto com o C1, C2 e C12, constituem a terceira e mais nova geração de satélites da empresa. A capacidade destes satélites suporta toda uma gama de soluções para clientes dos segmentos de telefonia, TV, TV por Assinatura, dados e redes corporativas. Mais informações: www.starone.com.br
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Brasil fecha compra de 4 lanchas patruleiras da Colômbia


Segundo o Ministério de Defesa da Colômbia, duas lanchas serão destinadas à Marinha e as outras duas ao Exército

Bogotá - O governo brasileiro assinou um contrato de compra de quatro Lanchas Patrulheiras de Rio (LPR) da Colômbia, as quais custarão US$ 8 milhões, informou o Ministério de Defesa colombiano nesta quarta-feira.
As lanchas, que são desenvolvidas pela Corporação de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento da Indústria Naval, Marítima e Fluvial (Cotecmar) da Colômbia, serão entregues na cidade de Manaus em abril de 2014 e serão usadas em operações fluviais na região amazônica.
Segundo o Ministério de Defesa da Colômbia, duas lanchas serão destinadas à Marinha e as outras duas ao Exército.
"A assinatura deste contrato é o resultado da reunião bilateral sustentada no último dia 2 de maio entre os ministros da Defesa da Colômbia e do Brasil, Juan Carlos Pinzón e Celso Amorim, respectivamente", afirmou o Ministério de Defesa colombiano em comunicado.
Essa operação, de acordo com as autoridades colombianas, também se destaca pelo fato desta ser a primeira vez que a Cotecmar realiza uma venda de embarcações às Forças Militares de outro país.
Esta transação comercial é um reconhecimento ao desenvolvimento e às capacidades da indústria de defesa do país e representa um avanço em direção à consolidação de uma base industrial de defesa na América do Sul, concluíram as autoridades do país andino. EFE
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Brasil prepara criação de centro de defesa cibernética


Preocupações com a segurança assim o determinam
O Governo brasileiro prepara uma política de defesa especial para o mundo cibernético, informa uma normativa publicada ontem no Diário Oficial.
A previsão é de que seja criado um novo órgão, subordinado ao Ministério da Defesa, para gerir as políticas de fiscalização e controle contra potenciais ataques virtuais ao país.
A equipa será coordenada pelas Forças Armadas e também contará com colaboração de profissionais civis e do meio académico.
Entre as acções previstas constam ainda exercícios de simulação feitos pelas Forças Armadas com base em situações hipotéticas de ataques via internet.
Uma das maiores preocupações do Governo brasileiro é a segurança durante os grandes eventos como o mundial de futebol de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, que o país irá sediar.
Em paralelo, o Congresso também discute a adopção de uma espécie de código civil para a internet que pretende incluir no ordenamento jurídico brasileiro uma série de normas relativas ao uso da rede, incluindo direitos e deveres para os servidores e usuários.
Também este ano, os parlamentares aprovaram a criação de duas novas leis na mesma área, que criminaliza crimes praticados pela internet, como invasão de computadores, roubo de senhas e arquivos, entre outros.
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Jovens não atribuem importância à segurança na internet


A maioria dos jovens não dá a devida importância à segurança na Internet. Metade dos inquiridos, no entanto, já teve problemas online por causa disso.

Um estudo da empresa de software e segurança online Check Point, no relatório "A Separação Geracional na Segurança da Internet", garante que apenas 31% dos jovens da chamada "Geração Y" (dos 18 aos 25 anos) que responderam ao estudo atribuem "importância capital" à segurança quando "se trata de tomar decisões a respeito dos seus dispositivos ou equipamentos informáticos". Como prioridade estão, desta feita, o entretenimento e a utilização de comunidades, em detrimento da "própria segurança na Internet", resultante da confiança que os jovens têm relativamente aos seus conhecimentos sobre segurança online.
Os ataques a jovens, no entanto, são uma realidade, com metade dos inquiridos a admitir já ter sofrido "algum tipo de incidente relacionado com a segurança nos últimos dois anos".
Com o "crescimento do cibercrime" e a crescente tendência para estarmos sempre conectados, "os riscos para a segurança multiplicam-se", lembra a empresa, que sublinha o papel das redes sociais, do "download habitual de ficheiros" e da "exposição contínua derivada da navegação na Internet" nesse processo.
Para se precaver de ciberataques, esta empresa recomenda que o sistema operativo seja actualizado com regularidade, que se ajustem (sempre que necessário) as opções de privacidade utilizadas nas redes sociais e se tenha cuidado com os ataques de engenharia social e com a inclusão de "amigos" nas redes.
Mudar as passwords utilizadas online com regularidade e ter cuidado na utilização de hotspots de wi-fi, bem como não clicar aleatoriamente em sites (pois todos os dias são detectados novos casos de páginas maliciosas), muito menos desactivar o software de segurança do dispositivo em qualquer momento, também são conselhos a ter em conta.
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Irã inicia exercício naval no estreito de Hormuz, diz agência


Reuters
O Irã iniciou nesta sexta-feira um exercício naval com seis dias de duração no estreito de Hormuz, numa exibição de sua capacidade militar em uma rota fundamental para o transporte mundial de petróleo e gás, informou a agência de notícias oficial Irna.
O comandante da Marinha, Habibollah Sayyari, disse que o exercício "Velayat 91" vai durar pelo menos até quarta-feira sobre uma área de 1 milhão de quilômetros quadrados no estreito de Hormuz, o Golfo de Omã e em partes do oceano Índico, segundo a Irna.
Sayyari disse que o objetivo das manobras é mostrar "as capacidades militares das Forças Armadas" para defender as fronteiras do Irã, além de enviar uma mensagem de paz e amizade aos países vizinhos.
Autoridades iranianas já disseram algumas vezes que o Irã pode bloquear o estreito --por onde passa 40 por cento da exportação marítima de petróleo do mundo-- se for atacado militarmente devido à disputa sobre seu programa nuclear.
O Irã realizou um exercício similar de 10 dias em dezembro de 2011, e quatro meses atrás enviou um submarino e um destróier ao Golfo Pérsico, num momento em que os EUA e marinhas aliadas realizavam exercícios nas mesmas águas.
Sayyari disse esta semana que o novo exercício vai testar os sistemas de mísseis dos navios iranianos, os navios de combate, submarinos e métodos de patrulha e reconhecimento.
O Ocidente mantém uma presença firme no Golfo Pérsico com o objetivo de impedir qualquer tentativa de fechamento do estreito de Hormuz.
(Reportagem de Zahra Hosseinian)
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Pesquisa revela planetas estranhos além do Sistema Solar da Terra


Nos últimos 20 anos, astrônomos de todo mundo catalogaram cerca de 850 planetas fora do nosso Sistema Solar.
A busca por mundos que orbitem outras estrelas tem levado à descoberta de alguns planetas estranhos, desde um gigante de gás quente, mais escuro que carvão, até um planeta com quatro sóis.
Abaixo, alguns dos exemplos mais estranhos.
Quatro sóis
Em uma cena do filme da saga Star Wars, quando o personagem Luke Skywalker olha para o horizonte, vê dois sóis se pondo no planeta Tatooine.
Os astrônomos já descobriram vários sistemas parecidos com o da ficção, nos quais os planetas orbitam estrelas duplas. Mas, em 2012, uma equipe de voluntários e astrônomos profissionais encontrou um planeta iluminado por quatro astros, o primeiro desse tipo.
O mundo distante fica na constelação de Cygnus, orbita um par de astros e um segundo par gira em volta deles. Ele fica a 5.000 anos-luz da Terra e seu raio é seis vezes maior do que o do nosso planeta (do tamanho de Netuno).
E, apesar de ser puxado por quatro forças gravitacionais diferentes, o planeta PH1 consegue manter uma órbita estável.
A descoberta foi feita por voluntários que usavam o site Planet Hunters, junto com uma equipe de institutos científicos da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos. O nome PH1 veio do site.
Na época da descoberta, Chris Lintott, da Universidade de Oxford, disse à BBC que a descoberta "não era, em absoluto, algo que estávamos esperando".
Escuridão
Em 2011, um grupo de astrônomos americanos anunciou que um exoplaneta - mundo localizado fora do nosso Sistema Solar - do tamanho de Júpiter e conhecido como TrES-2b era o mais escuro já descoberto, refletindo apenas 1% da luz que o atingia.
O TrES-2b é ainda mais escuro do que tinta acrílica preta e mais preto do que qualquer planeta ou lua do nosso Sistema Solar. Ele fica a 718 anos-luz da Terra e sua massa e raio são quase os mesmos que os do planeta Júpiter.
A distância entre o TrES-2b e sua estrela pode ser um dos fatores responsáveis por essa escuridão.
Em nosso Sistema Solar, Júpiter é coberto por nuvens brilhantes de amônia que refletem mais de um terço da luz do Sol que o alcança.
Mas o TrES-2b orbita a uma distância de apenas 4,83 milhões de quilômetros de seu astro. A energia intensa do Sol esquenta o planeta a mais de 1.000ºC, o que o torna muito quente para a formação de nuvens de amônia. A atmosfera do TrES-2b também tem elementos químicos que absorvem ao invés de refletir a luz.
Mas esses fatores não conseguem explicar totalmente a extrema falta de luz no planeta.
Um dos autores do estudo sobre o TrES-2b, David Spiegel, da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, afirma que o planeta é tão quente que "emite um brilho vermelho fraco, muito parecido a uma brasa ou à espiral de um forno elétrico".
Diamante
Um planeta próximo na constelação de Câncer pode ter uma composição peculiar. O corpo celeste, conhecido como 55 Cancri E, "provavelmente é coberto de grafite e diamante em vez de água e granito", segundo o astrônomo Nikky Madhusudhan, da Universidade de Yale.
O 55 Cancri e pertence à classe de mundos conhecida como planetas-diamante e acredita-se que seja rico no elemento carbono, que pode existir em várias formas estruturais, como grafite ou o diamante. Planetas ricos em carbono contrastam muito com a Terra, cujo interior tem, relativamente, pouco deste elemento, mas é rico em oxigênio.
Ele fica a 40 anos-luz da Terra e o raio do planeta é duas vezes o tamanho do raio da Terra.
Em 2012, Madhusudhan e seus colegas publicaram as primeiras medidas do raio do exoplaneta. Estes novos dados, combinados com as estimativas mais recentes da massa 55 Cancri E, permitiram que os cientistas deduzissem a composição química.
Para fazer isto, eles usaram modelos em computadores do interior do planeta e calcularam as possíveis combinações de elementos e compostos que poderiam ter as características observadas.
Os resultados sugerem que o 55 Cancri E é, em sua maior parte, composto de carbono (na forma de grafite e diamante), ferro, carboneto de silício e, potencialmente, silicato.
Os cientistas estimam que pelo menos um terço da massa do planeta seja de diamante, o equivalente a três vezes a massa da Terra.
Engolido
Localizado na constelação de Auriga (também conhecida como Cocheiro), a 600 anos-luz da Terra, o planeta Wasp-12b está sendo devorado lentamente pela sua estrela, a Wasp-12.
O planeta gigante orbita tão próximo à estrela semelhante ao Sol que sua temperatura chega a 1.500ºC. Ele está sendo distorcido, chegando à forma de uma bola de rúgbi, devido à gravidade da estrela.
A grande proximidade entre o Wasp-12b e a estrela levou a atmosfera do planeta a se expandir a um raio três vezes maior que a de Júpiter. Material proveniente dela está "vazando" para a estrela.
"Vemos uma grande nuvem de materiais em volta do planeta, que está escapando e será capturado pela estrela", disse a astrônoma Carole Haswell, da Open University britânica.
Haswell e sua equipe usaram o telescópio Hubble para confirmar estimativas anteriores a respeito do planeta e divulgaram a descoberta na publicação científica The Astrophysical Journal Letters.
Os pesquisadores dizem que o planeta pode ainda existir por mais 10 milhões de anos antes de se apaga
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