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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Argentina propõe ao Brasil criação de agência espacial sul-americana


Ministro da Defesa argentino disse ter feito a proposta a Celso Amorim para que países juntem esforços para desenvolver o setor.
O ministro da Defesa, Celso Amorim, recebeu nesta terça-feira a proposta para a criação de uma agência espacial sul-americana de seu colega argentino, Arturo Puricelli.
Puricelli, que participou do seminário “A Indústria de Defesa como indutor da Transformação da Defesa Nacional”, pediu às autoridades e empresas dos dois países a criação de uma estratégia que permita à região desenvolver o setor espacial.
“Nossas comunicações estão dependentes da prestação de serviços que são dados por satélites de países de outras regiões e por isso devemos somar esforços para chegar ao espaço com uma agência espacial sul-americana”, justificou o ministro argentino.
Puricelli destacou para tal propósito os “espaços existentes e a capacidade brasileira”, além das “potencialidades” da Argentina nesse campo, que, segundo ele, “podem ser muito bem aproveitadas”.
“O que nos impede de ter um lançador de satélites sul-americano? O desafio dos ministros é criar uma agenda espacial sul-americana e ter satélites próprios em 2025″, considerou.
Em 2025, lembrou o ministro, os países que não disponham de radares para seu espaço aéreo civil terão que comprar o serviço de outras nações que desenvolvam esse tipo de tecnologia.
Concepção Artística do VLS-1B
No entanto, Puricelli disse à Agência Efe que a proposta ainda é “uma ideia para ser bem trabalhada antes de ser concretizada”.
Sobre a proposta de seu colega argentino, Amorim afirmou que o Brasil considera a iniciativa “positiva e adequada”, pois “contribui para a confiança” entre os países sul-americanos e para transformá-los em uma “comunidade de segurança”.
Em seu discurso durante o seminário, Puricelli argumentou que a América do Sul tem “muitas coisas para defender” e ressaltou a produção alimentícia conjunta entre Argentina e Brasil, “que é a maior do mundo”, além de riquezas naturais como os reservatórios de água do Aquífero Guarani, os recursos energéticos e a Amazônia.
Os dois ministros, após participar do seminário que reunirá até amanhã aos altos comandantes militares e representantes da indústria bélica brasileira, tiveram uma reunião de trabalho.
O encontro foi o primeiro de caráter internacional desde que Amorim assumiu a pasta da Defesa no dia 8 de agosto.
Veiculo Lançador de Satélites Argentino “TRONADOR II”

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Nasa confirma: ISS pode ficar sem tripulantes em novembro

WASHINGTON - A Nasa confirmou nesta segunda-feira, 29, a informação inicial de um oficial da Roscosmos de que as agências espaciais poderiam ter que deixar a Estação Espacial Internacional (ISS) sem tripulação em novembro.

Ainda com lançamentos das Soyuz cancelados, Roscosmos decide retomar retomar o programa de lançamentos dos foguetes portadores cancelado desde a semana passada 

O anúncio ocorre depois da mudança de todo o calendário russo de lançamentos em decorrência da queda na semana passada de do cargueiro russo não-tripulado Progress, após uma falha em seu foguete propulsor. Este foi o primeiro acidente de um cargueiro automático russo desde que foi lançado o primeiro, em 1978, e deixou em interdição seu programa espacial, após assumir vários compromissos internacionais depois da aposentadoria das naves.
O problema é que as naves tripuladas Soyuz, usadas na substituição dos astronautas da ISS, usam foguetes similares ao Progress, por isso, se o problema não for resolvido antes de novembro, os seis residentes retornarão nas duas Soyuz que estão acopladas como "salva-vidas" na ISS sem que tenham chegado seus substitutos.
"Vamos fazer o que for mais seguro para a tripulação e para a estação espacial", que poderia ser operada temporariamente da terra, afirmou em entrevista coletiva o diretor do programa da ISS da Nasa, Mike Suffredini.
Suffredini explicou que as autoridades russas querem garantir que não há um problema similar nos foguetes das Soyuz e ressaltou que, se a falha não for resolvida antes de 16 de novembro, não será possível viajar com segurança à ISS e o complexo espacial ficará temporariamente vazio.
Outro dos problemas destacados por Suffredini é que as Soyuz foram desenvolvidas para permanecer, no máximo, seis meses acopladas à estação, por isso a viagem de retorno não poderia ser adiada por mais tempo.
Se a agência especial russa resolver o problema do foguete, a Nasa pretende lançar a próxima Progress com nova carga em meados de outubro. Esta missão serviria para garantir que os foguetes estão preparados e poderiam mandar uma Soyuz com nova tripulação de substituição antes do dia 16 de novembro.
Retomada. Já nesta terça-feira, 30, a Roscosmos decidiu retomar o programa de lançamentos dos foguetes portadores Protón e dos blocos aceleradores Briz-M, que haviam sido suspensos após a fracassada projeção do satélite de telecomunicações Express-AM4, em 18 de agosto.
A comissão de especialistas que averiguou as causas da falha concluiu que os técnicos se equivocaram com os parâmetros de programação do bloco acelerador, "o que levou a uma orientação incorreta do Briz-M e, como consequência, ao lançamento do satélite em uma órbita errônea", explicou a Roscosmos. A comissão certificou que os outros sistemas do Briz-M responderam corretamente.
O bloco acelerador é a última etapa de um foguete portador - no geral, a quarta - e se encarrega de levar satélites desde a chamada órbita de apoio até sua localização prevista ou de impulsionar aparelhos espaciais fora do campo gravitacional da Terra.
Com uma massa de 5.775 quilos e dotado de 57 transponders (dispositivos de telecomunicações) de diferentes bandas, o Express-AM4 devia assegurar a cobertura de telecomunicações do território russo e da Comunidade dos Estados Independentes, que agrupa 11 antigas repúblicas soviéticas.
Debate. O acidente com o Progress e os imprevistos com a ISS trouxeram à tona o debate sobre a conveniência do fim do programa de naves especiais americanas, uma vez que a Nasa não tinha um ônibus espacial preparado para sua substituição e depende dos russos para chegar à ISS.
Com a viagem final da Atlantis, os EUA deram por concluída a era das naves em julho deste ano. Com estas naves de grande capacidade a Nasa realizou voos tripulados durante 30 anos e carregou elementos fundamentais para pesquisa, como o telescópio Hubble e o Espectrômetro Magnético Alpha-2.
Seu plano original previa que nesta data estariam prontas as naves que as substituiriam, veículos multipropósitos que, além de viajar à órbita terrestre baixa, permitiriam a volta à Lua e o empreendimento de uma rota a outros destinos.
Mas o ambicioso plano anunciado pelo então presidente George W. Bush em 2004 não estabeleceu um orçamento definido, segundo o relatório divulgado posteriormente por uma comissão independente, e seu sucessor na Casa Branca, Barack Obama, cancelou o programa.
Nesta nova etapa, Obama redefiniu os planos da Nasa e deixou nas mãos da iniciativa privada a competência para construir as naves do futuro enquanto a agência procura novos desafios, como explorar um asteroide e a primeira visita a Marte.
No entanto, isso fez com que as missões para substituição dos ocupantes da ISS ficassem a cargo das naves russas, e não faltaram vozes para criticar esta medida, já que se negam a deixar nas mãos do inimigo histórico as viagens espaciais, pelos quais devem pagar ainda cerca de US$ 60 milhões por assento.
Críticas. "É absurdo que mais de 50 anos depois da era do homem no espaço o mundo inteiro dependa de um sistema de lançamento para levar as pessoas ao espaço", indicava um editorial do Huffington Post, enquanto o diário Los Angeles Times ironizava em uma manchete: "Estranho! Fracassado foguete espacial russo é a reposição das naves aposentadas".
Para o Huffington Post, este acidente demonstra que os EUA "abandonaram" seu programa espacial e considera "inclusive mais absurdo que o país, que financiou amplamente a estação espacial, tenha que pagar a outro país para transportar provisões e seus próprios astronautas".
O diretor da Nasa, Charles Bolden, reiterou que apesar das críticas os EUA seguirão na liderança da prospecção espacial. "O presidente nos deu uma missão com 'm' maiúsculo: que nos concentremos na prospecção globalmente e trabalhemos nas pesquisas e no desenvolvimento que nos permita ir à frente da órbita da Terra".
De qualquer forma, os EUA não se esquecem da ISS, um projeto de US$ 100 bilhões no qual participam 16 países e que seguirá operando até 2020.
Enquanto isso, a iniciativa privada está se aplicando para desenvolver as naves do futuro, e a companhia SpaceX já assinou um acordo com a Nasa para realizar um voo de teste com carga à ISS em novembro deste ano, algo que os EUA buscam para evitar ter de depender de outros países.

RÚSSIA vs AMERICA - World War III 3

sábado, 27 de agosto de 2011

J-20 pode alcançar capacidade Operacional efetiva até 2018, diz Pentágono


Um relatório emitido pelo Pentágono destacou uma série de avanços que a Força Aérea da China (FAC) tem realizado nos últimos anos, em especial, no desenvolvimento do seu futuro jato de combate supersônico stealth Chengdu J-20.
Segundo o Pentágono, o J-20, que deverá ser utilizado como uma plataforma de ataque de longo alcance e não como caça, poderá alcançar o estágio operacional por volta de 2018, sendo que até então o principal desafio das equipes de projeto da China será o desenvolvimento de uma turbina capaz de garantir as características de invisibilidade ao radar.
Chengdu J-20
Atualmente existem várias discussões quanto a qual será o exato emprego do J-20. Alguns especialistas afirmam que o jato de combate será um rival direto do Lockheed Martin F-35 Lightning II, enquanto outros acreditam que ele deverá ser usado para atacar porta-aviões e outros alvos fortemente defendidos.
Por outro lado, o relatório também trouxe outros dados relativos a rápida modernização que a FAc vem sofrendo nos últimos anos. Em 2000, apenas 2% dos aviões em serviço eram considerados modernos, número este que cresceu para 25% com a chegada de aeronaves mais avançadas como Sukhoi Su-27, Su-30 e o próprio Chengdu J-10.
Atualmente acredita-se que mais de 1.600 caças e 620 aviões de ataque e bombardeio façam parte do inventário da FAC.

Governo libera recursos para aquisição de moderno sistema de foguetes nacional para o Exército


O Governo Federal deu um sinal claro, ontem, de que pretende levar adiante a consolidação de uma base industrial de defesa no país. Um decreto assinado pela presidenta da República, Dilma Rousseff, liberou crédito suplementar no valor de R$ 45 milhões para o início do Projeto Astros 2020, destinado a equipar o Exército Brasileiro.
O projeto, que tem valor total de R$ 1,09 bilhão, prevê a aquisição do mais avançado sistema de lançamento de foguetes terra-terra desenvolvido no país. O Astros 2020 é uma versão evoluída do Astros II, maior sucesso de vendas da empresa Avibras Aeroespacial. Exportado para diversos países, o Sistema Astros é considerado líder no pequeno, seleto e competitivo grupo de concorrentes internacionais.
Ao todo, o projeto prevê a aquisição de 49 viaturas para o Exército, divididas em três baterias: 18 veículos lançadores, 18 veículos para transporte de munição, 3 unidades de controle e monitoramento de tiro, 3 estações meteorológicas, 3 de veículos oficina, 3 blindados de comando e controle para cada bateria e um último, integrado, de comando e controle de grupo.
A principal vantagem do novo conceito é a incorporação do AV-TM, míssil de cruzeiro com alcance de 300 quilômetros e alta precisão. Diferentemente dos foguetes – que têm trajetória balística, definida a partir do impulso que recebem –, o míssil é guiado e pode ter sua trajetória controlada. Outro avanço importante é na área eletrônica, que passa a ser toda digital.
Além de sinalizar a disposição de levar adiante o processo de reaparelhamento das Forças, a aquisição do Astros 2020 é vista como um ponto de equilíbrio para as finanças da Avibras. Em julho de 2008, a empresa requereu o regime de recuperação judicial. Posteriormente, iniciou um plano de capitalização com o Governo Federal, que envolve o refinanciamento de dívidas. A compra do sistema lançador de foguetes é mais um passo em direção ao saneamento econômico e financeiro da companhia.
A recuperação da Avibras tem uma dimensão estratégica para a indústria de defesa brasileira. Além da capacidade de exportar sua produção, a empresa desenvolve mão-de-obra especializada. A manutenção desse capital intelectual sinaliza interesse na produção de material de defesa com tecnologia exclusivamente brasileira .
O projeto é visto também como uma forma de incrementar a futura pauta de exportações e favorecer a balança comercial brasileira. Isso porque a negociação externa do produto exige, como condição essencial, que o sistema seja adotado por, pelo menos, uma das Forças Armadas do Brasil.
O investimento total no Projeto Astros 2020 será feito ao longo de seis anos – de 2011 a 2016.

China prepara-se para lançar protótipo de laboratório espacial próprio


Tiangong é um protótipo de oito toneladas que ficará em órbita durante dois anos

A China lançará no início de setembro o módulo não tripulado Tiangong I, um protótipo de laboratório espacial que será o primeiro passo do país asiático para a criação de uma estação própria de pesquisas no espaço, informa o jornal Global Times.
O protótipo e seu foguete propulsor já estão sendo preparados no centro de lançamento de Jiuquan, no noroeste do país, à espera de condições meteorológicas favoráveis para o lançamento em poucos dias, embora a data exata não seja divulgada até a última hora.
O Tiangong (“Palácio Celestial”, em mandarim) é um protótipo de oito toneladas que ficará em órbita durante dois anos.
Naves do modelo Shenzhou lançadas durante esse período realizarão, junto a este protótipo, os primeiros acoplamentos do programa espacial chinês (primeiro com veículos não tripulados e mais tarde com astronautas).
Segundo o programa espacial chinês, desenvolver as complicadas técnicas de acoplamento espacial é um passo vital para o sucesso da primeira estação espacial da China, que o país deseja ter em funcionamento até 2020 – uma resposta à rejeição de outros países a que Pequim se envolva mais na Estação Espacial Internacional (ISS).
Na semana passada, um satélite de última geração chinês foi perdido ao não entrar na órbita designada, o que semeou dúvidas sobre o futuro de todos esses projetos, mas responsáveis do programa espacial garantiram que o lançamento do Tiangong e as futuras Shenzhou seguirão os planos previstos

Programa espacial brasileiro teve início promissor, mas esbarra em metas ambiciosas e recursos escassos


No final da década de 1970, o Brasil reunia boas condições para desenvolver competência e tecnologia no setor espacial. Três décadas depois, esse patrimônio encontra-se em risco.
Havia o embrião de uma indústria implantado em São José dos Campos (SP) pela Aeronáutica, do qual nasceria a Embraer. Tinha como vizinhos centros de excelência em pesquisa aplicada como o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Naquele bom momento, o país formulou o programa ambicioso da Missão Espacial Completa Brasileira. Em 1979, previa lançar quatro satélites -construídos pelo braço civil do programa- a bordo de foguetes nacionais, sob responsabilidade da Aeronáutica.
Três décadas depois, constata-se que só os satélites decolaram, de fato, mas carregados por lançadores estrangeiros. Cinco foram postos em órbita pelo Inpe, em colaboração com a China. O projeto de um Veículo Lançador de Satélites (VLS) resultou em três tentativas fracassadas; na terceira, em 2003, pereceram 21 técnicos e engenheiros na explosão do foguete na base de Alcântara (MA).
O governo Itamar Franco, a fim de aplacar restrições -sobretudo dos EUA- ao fornecimento de equipamentos passíveis de aplicação militar (mísseis), criou um órgão civil para gerir o programa, a Agência Espacial Brasileira (AEB).
Depois disso, já no governo Luiz Inácio Lula da Silva, firmou bilionária parceria com a Ucrânia para desenvolver um lançador comercial, o Cyclone-4. O foguete seria usado para explorar as vantagens geográficas de Alcântara, que, próxima do Equador, permite economizar até 30% de combustível.
O Cyclone-4 ainda está no chão, com lançamento adiado de 2010 para 2013. Só conseguirá pôr em órbita satélites de até duas toneladas, quando alguns artefatos chegam a quatro. Clientes americanos são 80% do mercado, mas não poderão usar Alcântara porque o Congresso não ratificou o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas firmado com os EUA em 2000.
Em retrospecto, percebe-se que o programa espacial brasileiro enveredou por várias direções, com muita ambição e parco investimento -menos de R$ 150 milhões por ano, em média, desde 1980, diz a revista “Pesquisa Fapesp”.
O orçamento foi de R$ 326 milhões em 2010. Estima-se que só o componente de satélites demandaria R$ 500 milhões anuais para sair da média modesta de um artefato lançado a cada quatro anos. Índia e China aplicam cinco a sete vezes mais no setor.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, cogita relançar o programa com uma inovação institucional: fundir a AEB e o Inpe, unificando o braço civil. Com as restrições orçamentárias, contudo, será necessário ousar mais e arbitrar prioridades, decidindo, por exemplo, se faz sentido manter o plano de um VLS em paralelo com o Cyclone-4.


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

fotografaram um pôr do Sol na Terra visto do espaço.


SÃO PAULO – Os seis astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional fotografaram um pôr do Sol na Terra visto do espaço.
Os membros da expedição 27 registraram o momento em que a América do Sul anoitece. A foto foi feita por volta das 19:37, hora local,e foi divulgada na semana passada.Todos os dias os tripulantes vêem, em média, 16 vezes o sol nascer e se por. Como estão desde março no espaço, e só devem descer em setembro, isso significa que terão passado por mais de três mil auroras e crepúsculos.
Para alguém aqui na Terra, seriam necessários quase 10 anos para visualizar os fenômenos tantas vezes.

Cargueiro espacial russo cai na Sibéria, diz agência

A nave de carga, que levava provisões para a Estação Espacial Internacional, caiu na Sibéria, logo após seu lançamentoUma nave de carga, que levava provisões para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), caiu na Sibéria, logo após seu lançamento, na quarta-feira, no último de uma série de reveses que têm afetado o programa espacial russo.

A nave sem piloto Progress M-12M transportava cerca de três toneladas de provisões para a tripulação internacional a bordo da ISS, mas não conseguiu entrar na órbita correta, noticiou a agência espacial russa Roskosmos.

"Segundo informações preliminares, no segundo 325, houve um problema operacional com o sistema de propulsão, que causou sua suspensão emergencial" cerca de cinco minutos após o lançamento, explicou a Roskosmos em um comunicado curto.

"A nave de carga Progress M-12M não entrou em sua órbita adequada", continuou o texto.

Fragmentos do cargueiro caíram na região de Altai, na Sibéria russa, na fronteira com a Mongólia e a China, afirmaram autoridades locais, mas não houve registro de vítimas no solo.

"Os fragmentos caíram em uma área não habitada" do distrito de Choisky, disse o chefe do governo de Altai, Yuri Antaradonov.

"Os serviços de emergência trabalham no local, mas os esforços são dificultados pelo fato de que agora é noite" na região, declarou Antaradonov à agência de notícias Interfax.

A nave de carga havia sido lançada às 17h00 de Moscou (10h00 de Brasília), a bordo de um foguete Soyuz-U, do cosmódromo russo de Baikonur, no Cazaquistão. Segundo a Interfax, este foi o primeiro problema com uma missão de entrega de provisões com uma nave de carga soviética ou russa desde 1978.

O controle da missão russo informou que não houve necessidade de evacuar os seis tripulantes da ISS, apesar da falha no lançamento.

"É claro que temos que analisar a situação, mas provisoriamente podemos dizer que não é tão crítico que devêssemos falar em um retorno antecipado dos membros da tripulação da ISS", disse o porta-voz do controle da missão, Vladimir Solovyov, à agência Interfax.

Em um comunicado em separado, a Roskosmos acrescentou que o acidente "não terá impacto nos sistemas de manutenção da vida" da tripulação da ISS.

De acordo com a Nasa (agência espacial americana), os seis tripulantes a bordo da estação têm comida e combustível suficiente e não serão imediatamente afetados pela queda do cargueiro.

"Temos uma reserva muito boa de comida, combustível e outros itens de consumo a bordo da ISS, depois da missão STS-135 do ônibus espacial" Atlantis, disse o porta-voz da Nasa, Kelly Humphries, à AFP.

A perda da nave Progress cerca de cinco minutos depois da decolagem exigirá algumas mudanças na "logística em geral, mas não deve ter um impacto imediato na população", acrescentou.
"É prematuro discutir a possibilidade de reduzir o tamanho da próxima tripulação. Eu não antevejo isto", acrescentou.

Embora o acidente não deva representar uma ameaça imediata à segurança dos tripulantes da estação, que teriam um estoque de dois a três meses de combustível e oxigênio, tripulações menores podem, sim, ser consideradas, explicou um especialista russo.

"Considerando que os ônibus espaciais (americanos) não voam mais, o controle da missão russo pode decidir reduzir o tamanho da tripulação a bordo da ISS por causa de problemas de abastecimento", disse à agência Interfax o analista Sergei Puzanov.

Uma fonte da indústria disse à agência de notícias RIA Novosti que o acidente pode forçar a Rússia a manter missões com foguetes Soyuz no chão temporariamente e atrasar o próximo contato com a ISS.

A próxima missão tripulada rumo à ISS está provisoriamente marcada para 22 de setembro.

O incidente ocorre apenas duas semanas depois do fim do programa de ônibus espaciais americanos, que fez da Rússia o único elo entre a Terra e a ISS e ponto de partida das tripulações multinacionais que se revezam na estação.

A Rússia já sofreu cinco falhas de lançamento nos últimos nove meses, mas não tem tido problemas recentes com missões de foguetes Soyuz rumo à ISS.

Em dezembro do ano passado, Moscou sofreu um de seus fracassos mais embaraçosos dos últimos tempos, quando três satélites de navegação para o sistema de posicionamento global russo Glonass caíram no mar, na altura do Havaí, antes de conseguirem alcançar a órbita.

Autoridades admitiram mais tarde que a culpa foi de um simples erro de cálculo de combustível. Meses depois, em fevereiro, a Rússia colocou seu novo satélite militar Geo-IK-2 na órbita errada, tornando-o inútil para propósitos de defesa.

E na semana passada, a Rússia perdeu seu novo satélite Express-AM4 para TV digital, telefone e internet via satélite, depois de um lançamento fracassado em Baikonur.

Líbia - Pentágono: armas de destruição em massa líbias estão seguras


O Pentágono afirmou nesta quarta-feira que as reservas de armas químicas da Líbia estão "seguras", mas que um arsenal de centenas de mísseis de curto alcance continua sendo motivo de preocupação.
Consultado sobre se os locais onde estão armazenadas as armas químicas estavam seguros, incluindo cerca de 10 t de gás mostarda, o porta-voz do Pentágono, Coronel Dave Lapan, disse "sim".
Lapan não quis dar maiores detalhes. Disse apenas que não há planos para enviar tropas americanas para proteger os depósitos de armas químicas.
Apesar de o regime de Muammar Kadafi possuir gás mostarda, carecia de meios militares para lançar um ataque com esses produtos químicos, de acordo com especialistas em controle de armas.
Kadafi aderiu à Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPCW) em 2004 depois de renunciar às armas de destruição em massa em dezembro de 2003, mas, mesmo assim, teve que eliminar 11,25 t de gás mostarda quando começaram os protestos para tirá-lo do poder em fevereiro.

Líbia: da guerra entre Kadafi e rebeldes à batalha por Trípoli
Motivados pelos protestos que derrubaram os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em fevereiro para contestar o coronel Muammar Kadafi, no comando desde a revolução de 1969. Rapidamente, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas de leste a oeste.
A violência dos confrontos gerou reação do Conselho de Segurança da ONU, que, após uma série de medidas simbólicas, aprovou uma polêmica intervenção internacional, atualmente liderada pela Otan, em nome da proteção dos civis. No dia 20 de julho, após quase sete meses de combates, bombardeios, avanços e recuos, os rebeldes iniciaram a tomada de Trípoli, colocando Kadafi, seu governo e sua era em xeque.

China e Brasil devem lançar novo satélite em novembro de 2012


Após cinco anos de atrasos, representantes do Brasil e da China marcaram para novembro do ano que vem o lançamento do quarto satélite binacional. Mas o cumprimento do cronograma depende da aprovação, pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, do envio de cerca de 60 técnicos do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Especiais) à China.
“Não podemos atrasar mais, senão vamos implodir o nosso relacionamento”, disse Marco Antonio Raupp, presidente da AEB (Agência Espacial Brasileira), em entrevista na segunda-feira (22), durante coquetel na embaixada brasileira em Pequim.
Raupp explicou que serão necessárias três equipes de 20 técnicos, que se revezariam em turnos de alguns meses. Ele disse ter recebido uma sinalização positiva do ministro da Ciência, Aloizio Mercadante, embora a contratação ainda não esteja oficializada.
Ao seu lado, o diretor do Inpe, Gilberto Câmara, confirmou a possibilidade dessas contratações, mas disse que deixará o cargo em dezembro, como revelou a Folha na semana passada, por não conseguir ampliar seu quadro de funcionários.
“Estou frustrado porque o Inpe não recebeu os recursos necessários para a renovação do instituto”, disse Câmara, que está há 30 anos no Inpe, dos quais os últimos seis anos no cargo máximo.
Além do quarto satélite, o Cbers 3 (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres, na sigla em inglês), os dois países da subcomissão de cooperação espacial definiram ainda o lançamento do Cbers 4 para agosto de 2014.
Iniciado em 1988, o projeto Cbers é a parceria mais antiga entre Brasil e China. Já foram lançados o Cbers 1 (1999), o Cbers 2 (2003) e o Cbers 2B (2007). Todos geram imagens da superfície da Terra, usadas em áreas como agricultura e meio ambiente.
“Comparativamente, o Brasil é o parceiro mais íntimo da China em tecnologia espacial”, afirmou Li Lijie, responsável pela cooperação internacional do Centro de Lançamento e Rastreio de Satélites da China (CLTC, na sigla em inglês).
Entre os novos projetos, afirma Li, o Brasil monitorará, via base de Alcântara, a nave espacial não tripulada Shenzhou 8 e o laboratório espacial Tiangong 1, que serão lançados nas próximas semanas.
O funcionário da CLTC diz que a China tem interesse ampliar a parceria com relação à base de Alcântara, mas não especificou em quais áreas.
Os dois países ainda discutem um novo plano de mais dez anos de colaboração especial, conforme acordado durante a visita da presidente Dilma Rousseff a Pequim, em abril. Um dos pontos seria a construção de mais dois satélites.
ASSIMETRIA
Câmara admite que o programa está atrasado por causa de problemas do lado brasileiro, responsável por 50% dos equipamentos do Cbers 3. As dificuldades incluíram dificuldades de orçamento, falta de qualificação da indústria brasileira e componentes embargados pelos EUA.
O diretor do Inpe afirma que a parte brasileira dos equipamentos agora está pronta e que a demora “é o custo da inovação. Aprende-se a fazer fazendo.” Ele disse, porém, que “o Brasil precisa entrar no ritmo da China” caso queira cumprir o novo cronograma. “É um programa assimétrico na medida em que o programa chinês é muito maior do que o brasileiro”, disse.
Integrante da equipe brasileira que negociou o primeiro acordo, Raupp disse que os dois programas espaciais são “incomparáveis”: “Nos próximos cinco anos, os chineses lançarão 19 satélites. Nós devemos lançar 3 [incluindo os dois Cbers binacionais]“.
Câmara diz que a distância crescente na área espacial reflete a escolha de cada país _ele lembra que a China não possui um sistema público de saúde. “Eles têm um programa de astronautas, o Brasil tem o SUS”, comparou.

Após perda de satélite, Rússia suspende lançamento de foguetes


A agência espacial russa, Roscosmos, anunciou nesta terça-feira a suspensão do lançamento dos foguetes de carga Proton e dos blocos aceleradores Briz-M, após a frustrada operação que deveria colocar em órbita o satélite de telecomunicações Express-AM4.
A suspensão permanecerá em vigor “até que sejam esclarecidas as causas do fracasso da operação do satélite Express-AM4″, diz um comunicado publicado no site da Roscosmos.
“Os especialistas continuam tentando estabelecer comunicação com o aparelho”, acrescentou a agência espacial russa, que ainda não considera o satélite perdido.
O Express-AM4 – fruto da colaboração entre a companhia europeia Astrium e o Centro Khrunichev de produção aeroespacial da Rússia – foi lançado com sucesso no último dia 18, mas ficou situado fora da órbita prevista.
Com massa de 5.775 quilos e dotado de 57 “transponders” (dispositivos de telecomunicações), o satélite deveria assegurar a cobertura de telecomunicações do território russo e da Comunidade dos Estados Independentes, que agrupa 11 antigas repúblicas soviéticas.
O bloco acelerador é a última etapa de um foguete de carga – em geral, a quarta -, responsável por levar satélites da chamada órbita de apoio até sua localização prevista e por impulsionar aparelhos espaciais para fora do campo gravitacional da Terra.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Defesa salva de cortes plano de avião cargueiro


O programa KC-390, para desenvolvimento de um jato cargueiro, transporte de tropas, tanque de reabastecimento em voo e remoção médica, está preservado dos cortes de recursos orçamentários reafirmados na semana passada pelo governo. O projeto é uma das dez prioridades na área de Defesa aprovadas, há dois meses, pela presidente Dilma Rousseff.
O Palácio do Planalto recebe relatórios mensais sobre o andamento de cada empreendimento listado pelos comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. O principal investidor no KC-390 é a aviação militar.
Há dois anos foi definida a dotação de R$ 3,028 bilhões, visando à engenharia e à produção de duas unidades preliminares. A fabricação de série envolve 28 aeronaves para a FAB. Tomando como referência o preço médio de modelos da mesma classe, esse pacote de fabricação regular sairá por R$ 3 bilhões. Até o momento, a aplicação feita bate em R$ 300 milhões.
A turbulência dos mercados financeiros também não atingiu o KC-390. Segundo o fabricante, a Embraer Defesa e Segurança, cinco países mantêm a intenção de comprar a aeronave e eventualmente participar do processo industrial: Argentina, Chile, Portugal, Colômbia e República Checa. A França anunciou em 2009 disposição de adquirir entre 10 e 15 unidades.
De acordo com Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa, “a carteira de negócios acumula 60 declarações formais, sendo o maior lote o da Força Aérea Brasileira”. No total não estão contabilizadas as eventuais encomendas francesas, de resto, ainda indefinidas.
O grande birreator vai sair da fábrica de Gavião Peixoto, a 300 quilômetros de São Paulo, na região de Araraquara. A terraplenagem da área onde será construído o novo hangar está em andamento. Cerca de 500 pessoas trabalham no programa. Até 2016 serão 1.800. A entrega do primeiro avião está prevista para 2015. A Embraer já completou a seleção de todos os principais fornecedores, como dos motores e de sistemas eletrônicos de bordo.
O KC-390 vai disputar um rico mercado. De acordo com Aguiar, há oportunidades para 700 aviões de transporte médio – na faixa de 25 toneladas e cerca de 2.700 quilômetros de alcance – a serem contratados até 2023. Em 2007, a carga útil era estimada em 19,5 toneladas. Em 2011, passou para 23,6 toneladas. O teste de volume, utilizando uma maquete industrial do compartimento interno, permitiu acesso de dois tipos de blindados, a carreta padrão do sistema Astros, lançador de foguetes da Avibrás, de 15 toneladas, e um veículo de comando sobre rodas, de 14 toneladas. O arranjo eletrônico adota tecnologia Computed Air Release Point (Carp), que permite o lançamento de cargas com precisão. Os pilotos contarão com visores digitais e sistema de visão noturna a partir de recursos óticos integrados aos capacetes. O KC-390 terá recursos específicos de autodefesa, como despistadores de mísseis e dispositivo de interferência eletrônica. O jato vai voar a 850 km/hora, com ganho de seus motores de última geração, 15% mais eficientes. Em missão de reabastecimento no ar – de caças, helicópteros e de outros KC-390 – o jato leva a bordo 37,4 toneladas de combustível.
Argumento. Na exposição que encaminhou para a presidente Dilma Rousseff, em junho, detalhando os projetos prioritários da Defesa, o ex-ministro Nelson Jobim destacou o KC-390 como “fundamental dentr0 da reconfiguração das Forças de forma expedicionária, com capacidade de reação, mobilização e deslocamento rápidos”. Na prática, significa que, depois de acionados, esquadrões de transportes da FAB e tropas do Exército terão de estar atuando, em qualquer ponto do território nacional, no prazo de oito horas. O novo jato pode usar pistas sem pavimentação, com buracos de até 40 centímetros de profundidade.
Tem capacidade, ainda, para levar soldados equipados – 84 deles com material leve; 64 paraquedistas – da mesma forma como feridos removidos de áreas devastadas por catástrofes.

Mas será o benedito?:Líbia ‘quebrou espinha’ dos rebeldes, diz filho de Khadafi a jornalistas


Saif Al-Islam Khadafi, filho do líder líbio, coronel Muamar Khadafi, disse na madrugada desta terça-feira (noite de segunda-feira em Brasília) a jornalistas estrangeiros que seu pai está a salvo em Trípoli, apesar do aparente avanço das forças rebeldes, e afirmou à BBC que o governo “quebrou a espinha” dos insurgentes.
Conduzido por um veículo blindado, o filho de Khadafi fez uma aparição no hotel onde estão hospedados os jornalistas estrangeiros na capital do país, Trípoli, apesar de informações que indicavam que ele estava preso.
O correspondente da BBC em Trípoli Matthew Price diz que o filho do líder líbio parecia confiante, embora, segundo relatos, os insurgentes tenham tomado o controle da maior parte da capital líbia.
“Nós quebramos a espinha dos rebeldes. Era uma armadilha. Nós os fizemos passar por maus bocados, então estamos ganhando”, disse ele ao correspondente da BBC.
Questionado se seu pai continua a salvo na capital, Saif Al-Islam – tido por muitos como potencial sucessor do líder líbio – respondeu de maneira curta: “é claro”.
A aparição de Saif al-Islam ocorreu depois que o porta-voz do governo Moussa Ibrahim, afirmou, na rede de TV líbia Al-Urubah, que tanto Khadafi quanto seus filhos estão bem, e que o governo tem o controle de pelo menos 75% de Trípoli.
Na noite desta segunda-feira, os rebeldes alegaram estar em controle de cerca de 80% da capital.

Líbia

“Nós quebramos a espinha dos rebeldes. Era uma armadilha. Nós os fizemos passar por maus bocados, então estamos ganhando.”
Saif Al-Islam Khadafi, filho de Muamar Khadafi
Nesse domingo, Mustafa Abdel Jalil, líder do Conselho Nacional de Transição, órgão político criado pelos rebeldes, disse que Saif Al-Islam estava detido, junto de outros dois filhos de Khadafi, Muhammad e Saadi.
Depois disso, nesta segunda-feira, o promotor do Tribunal Penal Internacional (TPI), Luís Moreno-Ocampo, disse que o filho de Khadafi havia sido preso e estava sob custódia. Depois disso, o TPI divulgou um mandado de prisão para Saif Al-Islam por crimes contra a humanidade.
No entanto, a TV Al-Urubah, que é favorável a Khadafi, mostrou nesta segunda-feira imagens de Saif al-Islam fazendo um rápido pronunciamento negando que tenha sido capturado, durante o que a emissora definiu como uma “turnê em Trípoli” do filho do líder líbio.
Segundo o correspondente da BBC, ainda não está claro se o filho de Khadafi foi detido e depois libertado, ou se ele chegou mesmo a ser preso em algum momento.
De acordo com Price, o fato mais importante parece ser que, enquanto todos pensavam que Khadafi estava praticamente derrubado pelo avanço dos insurgentes, um alto integrante do governo aparece em público e dá indícios de que as forças do regime ainda não estão totalmente derrotadas.
Combate em Trípoli
Rebeldes que tentam tomar o controle de Trípoli ainda enfrentam a resistência por parte de tropas leais a Khadafi, que é perseguido pelos insurgentes.
Os rebeldes disseram que, até noite desta segunda (horário local), haviam ocupado cerca de 80% da capital da Líbia, incluindo a sede da TV estatal. Mas um correspondente da BBC que acompanha um dos comboios rebeldes ressalta que as forças de Khadafi reconquistaram parte do território desde então.
O movimento pela tomada de Trípoli foi iniciado na madrugada de domingo pelos insurgentes, que estabeleceram postos de checagem na cidade.
Centenas de moradores saíram às ruas para celebrar. Ao mesmo tempo, violentos confrontos explodiram nos arredores do quartel-general de Khadafi e em outras partes da cidade.
Veículo de combate percorre ruas de Trípoli (AP)Rebeldes dizem ter tomado 80% da cidade, mas tropas de Khadafi oferecem resistência
Tropas pró-Khadafi continuavam no controle das ruas ao redor de um importante hotel de Trípoli, o Rixos, onde se hospedam diversos jornalistas ocidentais.
“Estamos nos preparando para mais uma noite de intensos combates”, disse à BBC um morador da capital. “Acho que as forças de Khadafi vão recorrer a técnicas de guerrilha porque sabem que não têm o apoio da população.”
Mas outro morador criticou os rebeldes, dizendo que estes estavam “invadindo as casas das pessoas e roubando tudo”.
O porta-voz do regime de Khadafi, Moussa Ibrahim, disse que 1,3 mil pessoas foram mortas na cidade entre domingo e segunda-feira. O número não pode ser confirmado de forma independente.
A TV líbia controlada por rebeldes diz que forças pró-Khadafi estão “bombardeando indiscriminadamente” áreas vizinhas ao quartel general de Khadafi, em Bab al-Azizia.
Paradeiro de Khadafi 
Mustafa Abdel Jalil, líder do Conselho Nacional de Transição, órgão político criado pelos rebeldes, disse que os insurgentes só declararão vitória quando Khadafi for encontrado. Seu paradeiro era desconhecido até a noite desta segunda-feira.
“Não sabemos se ele ainda está (em seu complexo, em Trípoli), nem se está dentro ou fora da Líbia”, afirmou Jalil.
Ao mesmo tempo, cresce a pressão internacional para que Khadafi renuncie. A China disse que respeitará o desejo da população líbia e a Rússia se declarou neutra em relação ao avanço rebelde em Trípoli. O Egito se tornou o mais recente de uma série de países a reconhecer o Conselho de Transição como o governo legítimo da Líbia.
O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta segunda que “o regime de Khadafi (em vigor há 42 anos) está chegando ao fim e que o futuro da Líbia está nas mãos do povo”, mas instou os rebeldes a evitar a violência.
A correspondente da BBC Rana Jawad, que está em Trípoli, disse que há na cidade a sensação de que o fim dos combates pode estar próximo e que os rebeldes tendem a sair vitoriosos.
Na Praça Verde, que recentemente fora palco de protestos pró-Khadafi, apoiadores dos rebeldes arrancaram, entre domingo e segunda-feira, as bandeiras verdes identificadas com o regime do líder líbio.
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