domingo, 19 de abril de 2015

Agência de notícias diz que Exército não comprará agora o Pantsir S-1 russo

Um despacho da agência de notícias espanhola EFE, datado desta quarta-feira, 15 de abril (reproduzido no dia seguinte pelo site da Revista Exame), informa que, por enquanto, o Ministério da Defesa do Brasil pretende apenas alugar algumas baterias do sistema de defesa antiaéreo russo Pantsir S-1 – que o governo de Moscou insiste, há quase três anos, em vender ao Exército brasileiro.
O Pantsir integrará o esquema de proteção das Olimpíadas do Rio de Janeiro, que acontecerão dentro de, aproximadamente, 500 dias.
Segundo a EFE, a informação foi dada pelo próprio titular da Pasta da Defesa, ministro Jaques Wagner, que alegou “questões orçamentárias” para justificar a solução do aluguel – acordo, segundo ele, “semelhante” ao obtido pelo Comando da Aeronáutica para ter cerca de uma dezena de caças Gripen C, enquanto suas unidades aguardam a chegada de 36 aeronaves versão NG (28 monoplaces e oito biplaces) .
De acordo com a agência espanhola, “as negociações para a compra de três baterias Pantsir-S1 e duas do tipo Igla [mísseis de ombro] se iniciaram em 2012 e foram ratificadas em 2014, durante uma visita da presidente Dilma Rousseff a Moscou”.
A compra desse conjunto de armas antiaéreas custaria cerca de 1 bilhão de dólares ao governo brasileiro.
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sexta-feira, 3 de abril de 2015

Força Aérea dos EUA fecha contrato de US$ 91,5 milhões com a Raytheon para o MALD-J

Tucson, Arizona, 31 de marco de 2015 – A Raytheon Company recebeu uma modificação de contrato com a USAF no valor de US$ 91,5 milhões para o míssil Miniature Air Launched Decoy Jammer (MALD-J). A modificação do contrato é para o lote 8.
O trabalho será realizado em Tucson e está previsto para ser concluído até junho de 2017. Este contrato foi registrado no primeiro trimestre de 2015.
Sobre MALD e MALD-J
O MALD é um veículo aéreo modular dispensável no estado-da-arte, lançado do ar e programável. Ele pesa menos de 300 libras (136 kg) e tem um alcance de cerca de 500 milhas náuticas. O MALD-J adiciona capacidade de bloqueio de radar (“jamming”) para a plataforma básica MALD.
O MALD confunde as defesas aéreas inimigas duplicando perfis de voo e assinaturas de radar de aeronaves amigas. O MALD-J mantém todas as capacidades do MALD e adiciona capacidades de bloqueio eletrônico. A Raytheon começou a entrega de MALD-Js no outono de 2012.
Veja no vídeo abaixo o MALD sendo utilizado para enganar as defesas antiaéreas inimigas, simulando alvos falsos.
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MBT Armata consagra habitáculo para tripulantes longe da torre

Nos próximos cinco anos o Exército russo deve receber até 2.300 carros de combate pesados T-14 Armata, de 48 toneladas e canhão de 125mm.
Os primeiros 20 já foram distribuídos a algumas unidades da força terrestre, para que os tanquistas se familiarizem com o novo equipamento e manifestem, acerca dele, as suas primeiras impressões.
Representantes da indústria UVZ (Uralvagonzavod), da cidade de Nizhny  Tagil (Rússia Oriental), afirmaram à agência de notícias Sputnik Russo que têm condições de produzir 500 desses novos blindados ao ano.
O projeto do T-14 consagra o desenho de um habitáculo para a tripulação – que os projetistas chamam de “cápsula” – na parte dianteira da viatura, deixando à torre as funções de uma estrutura robotizada: portadora de sistemas de armas e de sensores controlados remotamente.
A “cápsula” deve funcionar como uma célula de sobrevivência.
Ela possui blindagem especial e dispõe de sistemas autônomos alimentadores de oxigênio e de energia elétrica, bem como de um equipamento anti-incêndio. Os tripulantes visualizam o que acontece à sua volta por meio de três sistemas de câmeras de alta resolução situados na parte fronteira do chassis, na torre e à ré.
A principal arma da viatura é um canhão 2A82-1, de 125mm e cadência de disparo entre 10 e 12 acionamentos por minuto. A peça de artilharia tem capacidade de abrir fogo com pontaria estabilizada, mesmo que o veículo se encontre em movimento.Afganit - Entre as várias informações sobre o programa T-14 ainda mantidas em segredo, estão aquelas relativas ao sistema de propulsão da viatura.
Calcula-se que o T-14 tenha sido equipado com um motor a diesel de potência entre 1.200 hp e 2.000 hp. A expectativa é de que a equação formada por maior potência aliada a um menor peso (os tanques de batalha ocidentais e de Israel deslocam entre 50 e 60 toneladas, ou mais) tenha produzido um carro de surpreendente mobilidade.
A velocidade do veículo em rodovia foi estimada em 85 km/h. Seu ritmo de deslocamento em terrenos não preparados é outro dos dados confidenciais, mas especialistas da Europa Ocidental calculam que ele não deva ser inferior a 30-40 km/h.
Outro ponto que chama a atenção no projeto é a promessa de uma viatura blindada com altas chances de resistir a armadilhas no solo e a postos de atiradores emboscados.
Os veículos Armata dispõem de defesa anti-minas e de um inovador sistema batizado deAfganit, que, havendo identificado – por meio de sensor próprio – a aproximação de um míssil antitanque, dispara foguetes capazes de interceptar o vetor atacante.
Também na torre está instalada uma metralhadora calibre 7,62mm, de operação igualmente remota.
Os T-14 serão apresentados oficialmente a 9 de maio próximo, durante a grande parada militar que acontecerá na Praça Vermelha em homenagem ao Dia da Vitória das tropas russas na 2ª Guerra Mundial.
Nas atuais circunstâncias de forte confrontação entre a Rússia e as potências ocidentais, por causa da política hostil de Moscou em relação à Ucrânia, espera-se uma apresentação das forças militares russas com magnitude nunca vista.
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quarta-feira, 11 de março de 2015

UCRÂNIA - A GUERRA DE DRONES DO AMANHÃ ACONTECE HOJE

Por Patrick Tucker – Texto do Defense One
Tradução, adaptação e edição – Nicholle Murmel

 
Em 19 de janeiro deste ano, no aeroporto de Donetsk, um punhado de militares ucranianos já vinha combatendo tropas da República Popular de Donetsk (RPD) apoiadas pela Rússia havia meses. A maior parte da estrutura do local já havia sido destruída. A pista antes perfeita agora parecia a superfície da lua, com escombros, crateras e marcas de explosão. Um pequeno drone de oito hélices levantou voo das ruínas e subiu em direção ao campo de batalha – ele transportava videos em tempo real das posições de artilharia dos rebeldes para serem entregues ao comando das forças ucranianas.

Com base nesses dados, um tanque inimigo foi selecionado como alvo. Os homens do projeto Aerorozvidka de reconhecimento aéreo, que pilotavam o drone a partir de local próximo à cidade de Debalcevo, assistiram enquanto um míssil voava em direção ao blindado como uma bola de futebol em direção à rede. “Precisamos de um gol! Precisamos de um gol!”, eles gritavam e comemoravam enquanto o míssis acabava com o alvo em uma bola de fogo.

Por mais que as aeronaves não tripuladas sejam parte das guerras americanas há quase dez anos, o conflito no Leste Europeu representa o uso mais significante desse tipo de equipamento em combate nos dois lados do campo.

Grupos como a RPD usam drones sofisticados de fabricação russa para coletar dados que orientam mísseis e artilharia – e isso se mostrou uma vantagem enorme em batalha. Quando Steven Pifer, ex-embaixador americano na Ucrânia, visitou a linha de frente acompanhado de uma delegação, comandantes ucranianos pediram equipamentos para burlar o radar e interceptar melhor os VANTs russos. Também pediram aeronaves de fabricação americana, como os Reapers (apesar de não pedirem que viessem necessariamente armados).

Mesmo que o governo Obama decida fornecer esses drones às Forças Armadas ucranianas, os EUA já não vêm conseguindo enviar a tempo e de forma consistente o auxílio que já foi aprovado para o Leste Europeu. A guerra não quis esperar. Então, em garagens, laboratórios e bunkers de Kiev a Debalcevo, soldados ucranianos tentam trazer drones militares às linhas de frente.

O projeto Aerorozvidka é um exemplo do que se pode chamar de startup. Natan Chazin, um comandante de batalhão ucraniano, fundou a iniciativa em maio de 2014 junto com outros três homens. Seu pequeno time cresceu para mais de 20 pessoas, e hoje conta com uma unidade tática equipada com vans blindadas e 16 drones operados com dois dos sistemas operacionais mais conhecidos – o NAZA ou o Pixhawk, desenvolvido pela 3D Robotics (agora mantinda pela Fundação Linux).

As máquinas são, basicamente, drones recreativos que foram desmontados e reconfigurados para realizar missões de inteligência. O Aerorozvidka também produz seus próprios mísseis, que o grupo trabalha para incorporar aos VANTs. As forças adversárias já abateram três aeronaves. Quanto ao recente cessar-fogo estabelecido em negociações entre Rússia e Alemanha, Chazin diz que, em sua opinião, a medida não alterou muito a realidade do conflito.

Para os combatentes ucranianos, manter esses veículos no ar é um desafio cada vez maior. As milícias apoiadas pela Rússia têm acesso às tecnologias mais avançadas de GPS e para burlar radares fornecidas por instituições como a Radio-Electronic Technologies Corporation de Moscou, além de baterias antiaéreas como a Krasuha 2.

O VANT mais sofisticado no lado ucraniano desde o começo do conflito é chamado PD-1, do inventor Igor Korolenko. O veículo tem envergadura de 3 metros e autonomia para até cinco horas de voo, além de carregar sensores eletro-óticos e infravermelhos, bem como uma câmera de vídeo para transmissão em um canal criptografado de 128 bits. O componente mais importante no drone é o software de piloto automático que lhe permite retornar à base caso o sistema de posicionamento global seja comprometido ou perdido.

A coleta de dados baseada em aeronaves não tripuladas é frequentemente mostrada como livre de riscos em comparação com avições piloados, mas, segundo Korolenko, se o drone não é seguro ou se tem uma assinatura muito óbvia, ocusto humano das operações pode ser bastante alto.

 “Às vezes as forças russas localizam as estações de controle em terra”, escreveu em e-mail ao Defense One. “Sendo assim, os esquadrões que operam os veículos precisam seguir certas medidas de segurança – trocar de localização com frequência, deslocar as antenas e operar dentro de abrigos, etc. Até onde eu sei, dois membros de esquadrões de VANTs foram mortos em ataques com morteiros após suas posições terem sido rastreadas pelo equipamento eletrônico russo”, descreve.

Korolenko projetou e modificou diversos drones para ajudar no esforço de guerra. Ele é parte de um grupo de voluntários chamado People’s Project – uma espécie de incubadora tecnológica baseada principalmente em Kiev. Com um website elegante e foco nos projetos, a iniciativa tem muito em comum com as típicas startups do Vale do Silício, mas em vez de produzir aplicativos para e-commerce, eles constroem equipamentos para serem enviados ao front o mais rápido possível. O inventor descreve o modelo de negócio como “um tipo de financiamento coletivo em tempos de guerra”. Um kickstarter para o conflito.

A dependência de crowdfunding é uma necessidade desagradável para parte das forças ucranianas. Os Ministérios da Defesa e do Interior do país ganharam reputação entre alguns trabalhadores de organizações não- governamentais como ineptos na melhor da hipóteses, ou absolutamente corrompidos e infiltrados pelos russos no pior dos casos. ONGs e grupos voluntários deram muito mais ímpeto operacional aos soldados no front do que é de praxe para esses atores.

Conforme a jornalista Oriana Pawlyk relata em reportagem para o Air Force Times, as doações incluem até mesmo os tão necessários drones. Um grupo chamado Chicago Automadin vem enviando modelos Phantom 2 de prateleira, e trabalha para tornar seus sistemas de radar mais resistentes a jamming.

Soluções vindas direto das prateleiras não irão deter as forças pressionando da Rússia em direção ao oeste. Mesmo que os Estados Unidos forneçam auxílio letal na forma de lançadores de mísseis portáteis, radares e drones, o vácuo em capacidades básicas e no reabastecimento pode persistir no campo de batalha. Os combatentes da República de Donetsk e outros grupos militares pró-Rússia têm um fornecedor mais disposto e vias ininterruptas de abastecimento até o front. “Ninguém pensa que o Exército Ucraniano vai vencer os russos”, disse o embaixador Steven Pifer ao Defense One.

A crise no leste da Ucrânia nos dá um relance não só de como as guerras futuras serão combatidas, mas também financiadas. Trata-se também de uma lição em tempo real sobre a velocidade com que a guerra altera a tecnologia, e vice-versa.

O que Korolenko, Chazin e outros podem fazer é diminuir as perdas em seu lado da batalha e tornar o conflito mais custoso para o inimigo. Eles podem ganhar tempo
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Ensayo primer modelo de Vehículo Aéreo No Tripulado (VANT) INVAP


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