quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

A-DARTER - NOVO MÍSSIL DA FAB ATINGE ALVO EM TESTE

Um avião de caça Gripen da Força Aérea da África do Sul realizou com sucesso na tarde desta segunda-feira (09/02) o lançamento real de um míssil A-Darter, um projeto binacional entre o Brasil e África do Sul.
O alvo, uma aeronave não tripulada, estava em uma rota a 90° da aeronave lançadora e se distanciava. Apesar disso, o sistema de mira do míssil conseguiu "travar" no alvo, que também estava em uma altitude 600 metros mais elevada.
De acordo com o gerente do projeto pelo Brasil, Coronel Aviador Júlio César Cardoso Tavares, da Força Aérea Brasileira, a principal característica dos mísseis de última geração é exatamente a capacidade de realizar manobras de alto desempenho. "O sensor de guiagem detecta o alvo e o míssil também calcula a melhor rota", explica o Coronel.Com 2,98 metros de comprimento e 90 kg de peso, o A-Darter se destaca pela ausência das pequenas asas usadas para as manobras. No lugar delas, o modelo tem capacidade de direcionar o empuxo do seu motor-foguete. Desse modo, consegue realizar manobras que o leva a sofrer até 100 vezes a força da gravidade (100 G). Os caças de combate mais modernos não passam de 9 G.
Guiado por calor, o A-Darter também consegue "enxergar" em mais de uma frequencia de infravermelho e desse modo evitar ser enganado por "flares", iscas incandescentes lançadas para confundir os mísseis. O alcance máximo é de 12 quilômetros.O sucesso da missão é uma das etapas finais do desenvolvimento do míssil. De acordo com o gerente do projeto pelo Brasil, com esse lançamento, A-Darter está mais de 90% concluído.

A previsão é de o projeto estar pronto no primeiro semestre de 2016 e possa futuramente equipar os caças Gripen NG da FAB. Trezentos milhões de reais foram investidos até agora, sendo a metade diretamente em empresas localizadas no País.
As empresas brasileiras Mectron, Avibras e Optoeletrônica já recebem tecnologia transferida pela Denel, da África do Sul. A parceria para o desenvolvimento começou em 2006 e o objetivo é que os dois países produzam componentes para futuras exportações. "No futuro, as vendas serão compartilhadas. Já há entendimento entre as empresas", explica o Coronel Tavares.

De acordo com ele, é possível perceber que algumas soluções tecnológicas desenvolvidas para o A-Darter já fazem parte de outros produtos criados pela indústria nacional. Ele lembra ainda que o papel do Brasil não foi apenas aprender com os sul africanos. "Os nossos técnicos participam das decisões", afirma. Os algoritmos de programação dos sistemas do míssil, por exemplo, foram desenvolvidos por um engenheiro militar da FAB. "O período dele na África do Sul iria acabar e eles solicitaram a prorrogação", conta o gerente do projeto.

Porém, o foco foi passar conhecimento para o parque industrial brasileiro. "Não fazia sentido a gente absorver conhecimento só para a FAB, e sim para as empresas também", explica.

A África do Sul, com experiência de desenvolvimento de mísseis desde a década de 60, buscou a parceria com o Brasil por conta da complexidade do projeto. "É um míssil de alta tecnologia", explica o Coronel Tavares. Segundo ele, o A-Darter tem inovações dominadas por poucos países do mundo e que não são transferidas quando há a compra de armamento. "Ninguém ensina a fazer isso", resume.
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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Brasil busca helicópteros de última geração na Rússia

A aproximação entre Brasil e Rússia em estreita defesa. Por um lado, o país sul-americano vasculha os helicópteros de combate russos catalogar a um modelo que possa atender às suas necessidades. Além disso, ambos os países vão negociar um acordo de cooperação em que a Rússia e o Brasil iria fabricar a tecnologia em casa.
O embaixador do Brasil em Moscou, Antonio José Vallim Guerreiro, disse ontem em entrevista à RIA Novosti que uma delegação do "Departamento de Defesa visitou a Rússia para conhecer modelos helicópteros de última geração."Vallim destacou o "interesse" pela tecnologia brasileira russo e, aumentando a oferta de equipamentos começou em 2008 com a assinatura de um contrato de fornecimento de 12 helicópteros Mi-35 com a última entrega foi feita em dezembro de 2014.
Brasil e Rússia planejam uma grande parceria, cuja fundação foi colocada em dezembro passado em São Paulo, durante uma entrevista entre o vice-presidente do Brasil, Michel Temer, que por sua vez é o co-presidente da Comissão Bilateral de Cooperação com os Rússia, e do vice-primeiro-ministro russo encarregado da Indústria da Defesa, Dmitry Rogozin.
Destinado a sociedade nos últimos anos
A colaboração entre os dois países, como Rogozin lembrou, é um fato de projetos de infraestrutura, como o chamado GLONASS posicionamento global. Quanto à possibilidade de novos acordos, o oficial russo deu não só os fatos, mas anunciou a próxima assinatura de diferentes "acordos de cooperação com o espaço, nuclear, aeroespacial, construção naval e de eletrônicos." Rogozin também deu o exemplo das possibilidades de cooperação entre a participação dos dois países em projetos como a criação de um centro de manutenção e reparação de helicópteros russos "em território brasileiro.
Neste sentido, o oficial russo ressaltou que o Brasil tem um grande interesse na tecnologia russa, apesar de que não adicionou apenas a aquisição de produtos, mas o seu desenvolvimento no seu território.
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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

APÓS PRIMEIRO VOO DO JATO MILITAR OCORRIDO ANTEONTEM, EMBRAER COMEÇA CAMPANHA PARA OBTER CERTIFICAÇÃO MILITAR E CIVIL


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Mectron vai desenvolver torpedo brasileiro

A Mectron, empresa controlada pela Odebrecht Defesa e Tecnologia, foi contratada pela Marinha para desenvolver o projeto de um torpedo pesado nacional em escala reduzida.
O investimento previsto no projeto, de acordo com o diretor de Sistemas de Armas da Marinha, vice-almirante Alípio Jorge Rodrigues da Silva, é da ordem de R$ 240 milhões. O prazo para o desenvolvimento do torpedo, segundo ele, é de oito anos.
O torpedo, conhecido no segmento de defesa pela sigla TPNer, é o principal armamento empregado por submarinos para atuar contra forças navais hostis.
O diretor de Sistemas de Armas da Marinha explica que os submarinos da classe Tupi e o Tikuno são armados, atualmente, com os torpedos MK-48, fornecidos pela empresa americana Raytheon Company.
O projeto TPNer integra o programa Esporão, criado pela Marinha com o objetivo de estruturar processos de transferência de tecnologia do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub). A ideia do programa é contribuir para o desenvolvimento nacional e posterior manutenção de componentes do sistema de combate dos submarinos no Brasil.
“O desenvolvimento e a produção de armamentos inteligentes por empresas nacionais contribuem para tornar a Marinha independente para equipar seus meios operacionais livre de pressões externas, além de possibilitar o melhor conhecimento sobre o desempenho da arma”, afirmou o vice-almirante.
A Mectron, segundo o oficial da Marinha, terá a oportunidade de absorver tecnologias na área de acústica submarina, comando e controle, gravação e registro, medição, avaliação e garantia de qualidade.
O vice-almirante Alípio lembrou que a Marinha vem tentando incluir outras empresas brasileiras nos projetos de desenvolvimento dos principais equipamentos que serão instalados em suas próximas unidades. “As empresas Avibras, Omnisys e Ezute, junto com a Mectron participam do desenvolvimento do míssil antinavio Man-Sup. A empresa Consub desenvolve e produz os sistemas de controle tático e de armas dos nossos navios”, afirmou.
Com este projeto, segundo informou a Mectron, o Brasil dá um passo importante para integrar um pequeno grupo de países que têm sob seu controle a tecnologia deste tipo de armamento, do qual fazem parte os Estados Unidos, a Alemanha, a França, o Reino Unido e a Rússia.
De acordo com a controlada da Odebrecht, o torpedo pesado TPNer também permitirá ao Brasil um maior controle sobre o principal armamento de seus novos submarinos. Esse submarinos estão sendo construídos para cumprimento da missão de proteção da Amazônia Azul, como são conhecidas as águas jurisdicionais brasileiras Para o desenvolvimento deste projeto, a Mectron assinou um contrato de parceria com a companhia alemã Atlas Elektroni.
O vice-almirante da diretoria de Sistemas de armas da Marinha disse que ainda não é possível saber se o contingenciamento de recursos na área de defesa irá afetar o projeto do torpedo nacional. “Os projetos que poderão ser afetados pelo contingenciamento de recursos serão avaliados a cada ano pela alta administração naval”, afirmou.
 FONTE: Valor Econômico
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Assista como é a ejeção de um nanossatélite a partir da Estação Espacial Internacional (ISS,, cubesats AESP-14, Serpens e Tancredo-1.


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CUBESAT BRASILEIRO LANÇADO COM SUCESSO DA ESTAÇÃO ESPACIAL INTERNACIONAL

O cubesat AESP-14, primeiro satélite de pequeno porte totalmente desenvolvido no país, foi lançado hoje (5) com sucesso, às 10h50 (horário de Brasília), a partir da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).
A colocação do AESP-14 no espaço foi realizada por meio do dispositivo japonês JEM Small Satellite Orbital Deployer (J-SSOD), um lançador desenvolvido para satélites de pequeno porte.
Com as dimensões de um cubo com 10 centímetros de lado e pesando quase um quilo foi produzido em parceria entre o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), ambos em São José dos Campos (SP). Sua missão é validar subsistemas desenvolvidos por alunos de graduação e pós-graduação do ITA.
Para cumprir a tarefa, 30 minutos após o lançamento foi ativado um modem a bordo, que transmitirá informações de cientistas brasileiros na frequência de rádio amador e os dez primeiros rádio amadores que captarem a transmissão receberão certificado de participação.
O modem tem potência de 500 mW operando na frequência de 437.600 MHz. O cubesat transmitirá informações com uma taxa de 9600 bps padrão G3RUH na modulação GFSK. Para a comunidade radioamadora, receber os frames de telemetria e decodificá-los, o documento básico está disponível no site do projeto AESP-14.
A Agência Espacial Brasileira (AEB) investiu R$ 250 mil no desenvolvimento do satélite, cabendo ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) o aporte de R$ 150 mil em bolsas para pesquisas. A AEB ainda financiou US$ 555 mil para os lançamentos do AESP-14, do Sistema Espacial para a Realização de Pesquisa e Experimentos com Nanossatélites (Serpens) e do Tancredo-1, estes dois últimos programados para lançamento ainda este ano. O AESP-14 foi lançado quando a ISS se aproximava das costas do continente africano.
Foto: Divulgação/AEB –
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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

MECTRON PARTICIPA DA INTEGRAÇÃO DE MÍSSIL DO GRIPEN

Virgínia Silveira

A Mectron, controlada pela Odebrecht Defesa e Tecnologia, foi escolhida para participar da integração do míssil A- Darter, de quinta geração, nos caças Gripen NG, que o Brasil está adquirindo da empresa sueca Saab.

O contrato de aquisição do A-Darter para o Brasil, míssil feito em parceria com o governo da África do Sul, de acordo com presidente da Copac (Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate), brigadeiro do ar José Augusto Crepaldi Affonso, está vinculado ao programa dos caças F-X2.

O contrato dos caças prevê compra de 36 aeronaves, no valor de US$ 5,4 bilhões. O Gripen é um caça multiemprego que irá substituir o Mirage 2000. No longo prazo o caça sueco substituirá o AMX e o F-5, que estão sendo modernizados pela Embraer.

"Um dos objetivos da FAB é a padronização logística e redução de custos. É o que está previsto na diretriz do projeto F-X2", disse o presidente da Copac. Segundo Crepaldi, a compra do míssil será feita no âmbito do contrato de aquisição de armamento do programa F-X2, porque o governo sueco está financiando essa aquisição.

A Medida Provisória 666/2014 autorizou o governo a contrair um empréstimo externo para financiar o projeto. A previsão é que a produção do míssil seja iniciada ainda este ano, em paralelo ao processo final de testes para a certificação do equipamento.

Os testes finais de desenvolvimento do A-Darter serão realizados nos próximos dias na África do Sul e contarão com a participação de engenheiros e técnicos brasileiros. "O míssil já foi integrado ao caça Gripen CD, da Força Aérea Sul Africana e aguarda condições meteorológicas favoráveis para fazer os voos", explicou o gerente do projeto de mísseis na Copac, coronel Júlio César Cardoso Tavares.

"A participação da Mectron só foi possível porque a nossa indústria já tinha um conhecimento mínimo e uma maturidade tecnológica em termos de desenvolvimento de míssil ar-ar", afirmou o presidente da Copac.

O conhecimento da empresa na área de mísseis, segundo o brigadeiro, também foi alcançado porque no passado a FAB acreditou e investiu na indústria nacional, apesar de todas as críticas e de todas as dificuldades orçamentárias.

No caso do míssil A-Darter, o presidente da Copac destaca o apoio da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), que viabilizou a participação dos engenheiros de três empresas brasileiras (Mectron, Optoeletrônica e Avibras) no desenvolvimento conjunto do míssil na África do Sul.

O investimento da parte brasileira no projeto do míssil foi de R$ 300 milhões, sendo que R$ 60 milhões foram financiados pela FAB, informou o coronel Tavares. A África do Sul foi responsável por pouco mais de US$ 200 milhões.

De acordo com o coronel Tavares, os contratos iniciais de industrialização do míssil já estão negociados e deverão ser assinados até o início de fevereiro.
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