quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

MECTRON - DESENVOLVIMENTO DE AUTODIRETOR DE MÍSSEIS

A empresa brasileira MECTRON, subsidiária da Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT), concluiu o protótipo da Unidade Autônoma de Guiamento e Controle – UAGC, cujo objetivo é demonstrar a tecnologia necessária para o desenvolvimento de um autodiretor que possa ser utilizado em um míssil solo-ar de curto alcance, da mesma classe do russo IGLA-S.

Considerando que o autodiretor é o subsistema mais complexo e crítico do míssil, trata-se de grande avanço para o Brasil por conter tecnologias inéditas e restritas a poucos países no mundo, como EUA e Rússia.

O projeto UAGC foi contratado pelo Exército Brasileiro em março de 2012 e financiado pela FINEP. Por demandar portabilidade, o míssil solo-ar precisa ser leve e compacto, e reduzir o diâmetro do equipamento foi um dos itens mais desafiadores para a equipe responsável e o que torna o mesmo inédito em termos de desenvolvimento no âmbito nacional.

Segundo Lucas Ferreira Supino, Gerente do Contrato UAGC, “foi necessário reduzir pela metade o diâmetro do autodiretor em comparação aos autodiretores já desenvolvidos pela MECTRON, alcançando 8 cm de diâmetro”.

Segundo Supino, o grande desafio da miniaturização resume-se em dois pontos principais: 

1 -  No caso dos mísseis de maior diâmetro, podem ser utilizados motores elétricos para a realização de movimento de alguma parte móvel. No caso do protótipo desenvolvido, não existe espaço para motor, sendo que quando necessário algum tipo de movimento, foi necessário adaptar os próprios componentes do sistema para que funcionem como motores;

2 -  O segundo aspecto está no sistema óptico que, pela restrição de diâmetro, possui entrada de energia limitada, o que, em termos práticos, se traduz em um alcance reduzido com que o míssil conseguiria detectar um alvo. Hoje é possível um alcance de detecção similar ao russo IGLA-S.

Para Thomaz Tavares, Diretor de Contratos de Mísseis Infravermelhos da ODT / MECTRON, com as conquistas tecnológicas alcançadas com o protótipo da UAGC,  espera-se que exista fomento para a continuidade de desenvolvimento do míssil solo- ar brasileiro, elevando-o de protótipo a produto, e também para o desenvolvimento de outros subsistemas do míssil, como o módulo atuador, espoleta de proximidade, cabeça-de-guerra, motor-foguete e tubo lançador.

“Já alcançamos maturidade no maior desafio, que é o desenvolvimento do autodiretor. Do ponto de vista tecnológico, isto torna plenamente viável o desenvolvimento do míssil completo”, acrescenta Tavares.
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segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Exército Brasileiro avalia quatro helicópteros de ataque; dois deles, russos

Roberto Lopes
Exclusivo para o ForTe – Forças Terrestres
O site israelense Defense Market Intelligence informou, no dia 1º de janeiro, que o Exército do Brasil reduziu a quatro o número de modelos de helicóptero de ataque sob seu exame (Brazil; Army reviews combat helicopter contenders, disponível em www.dmilt.com), com vistas a uma possível compra por sua Arma Aérea: o russo Mi-28 Havoc (pela nomenclatura da Otan), o AW129 Mangusta, em uso pelas unidades de asas rotativas do Exército italiano, o também russo Kamov Ka-52 Alligator e o franco-alemão Tiger.
O Plano de Obtenção de Capacidades Materiais do Plano Estratégico do Exército 2016-2019 prevê a criação de uma unidade de helicópteros de ataque.
No início do ano passado, ao disponibilizar um pequeno lote de helicópteros de transporte pesados Chinook para a Força Terrestre brasileira, o Departamento de Defesa autorizou a oferta ao Brasil de helicópteros artilhados Bell OH-58A Kiowa, de segunda mão, usados pelas tropas americanas em 1991, em missões de reconhecimento armado e apoio de fogo aproximado, durante a Operação “Tempestade no Deserto”. Mas esse oferecimento parece não ter seduzido os generais brasileiros.
Entre 2004 e 2010, o Exército australiano substituiu os seus Kiowas pela versão ARH (Reconhecimento Armado) do Tiger, dotada de motores MTR (MTU-Turbomeca-Rolls Royce) 390 e designador laser para o sistema de pontaria dos mísseis ar-terra Hellfire II. Em agosto passado, os Tigres australianos receberam um outro dispositivo de mira, também a laser, para os seus foguetes não-guiados de 70mm.
Versões e preços – Os quatro modelos selecionados pelo Exército brasileiro tem préstimos e equipamentos semelhantes. Todos se utilizam de canhões de alta velocidade (rotativos ou não), de calibres entre 20mm e 30mm, no nariz do aparelho, e de uma grande variedade de mísseis e foguetes.
Duas características unem as máquinas selecionadas pelos oficiais brasileiros: todas são versões melhoradas de aeronaves já existentes no mercado há, pelo menos, duas décadas; e todas, rigorosamente, estão em atividade nos países de seus fabricantes.
Os helicópteros de desenho mais antigo são os russos, do fim dos anos de 1970. E apesar desses modelos terem sido sucessivamente atualizados, eles são também os aparelhos mais baratos.
O preço unitário do Mi-28 varia entre US$ 16,8 milhões e US$ 18 milhões. É possível que a versão N, que equipa o Exército russo, seja mais cara, e não esteja disponível para a venda a clientes estrangeiros.O preço unitário do Ka-52, uma evolução do conhecido Ka-50, custa entre US$ 29 milhões e US$ 32 milhões. Dotado de tecnologias furtivas, ele é o único dos quatro em que a dupla de pilotos senta lado a lado (e não em tandem), e ainda dispõe de assentos ejetores.
O preço unitário do AW129 Mangusta, na sua versão International – de exportação – varia entre US$ 43 milhões e US$ 63 milhões, mas a aeronave impressiona pela quantidade de mísseis que pode disparar e pelo rol de missões que está apta a cumprir: caça a tanques, reconhecimento armado, ataque ao solo, escolta, apoio aéreo aproximado e defesa antiaérea.
Seu competidor direto, no âmbito da Otan, é o Tiger, cujo preço unitário varia entre US$ 35 milhões, na sua versão HAP (Escolta e Apoio de Fogo), e US$ 50 milhões, na versão de reconhecimento.
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IAE - DCTA e FUNCATE assinam convênio para desenvolvimento do VLM - 1

O projeto para desenvolvimento do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM) brasileiro deu um importante passo nas últimas semanas, com a assinatura do convênio entre a FUNCATE (Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais) e o IAE/DCTA (Instituto de Aeronáutica e Espaço).
O VLM-1, fruto de uma parceria entre o IAE/DCTA e a Agência Espacial Alemã (DLR), visa o desenvolvimento de um foguete destinado ao lançamento de cargas úteis espaciais ou microssatélites (até 150 kg) em órbitas equatoriais e polares ou de reentrada, com três estágios a propelente sólido na sua configuração básica: dois estágios com o motor S50 com cerca de 12 toneladas de propelente e um estágio orbitalizador com o motor S44.
Outras configurações do veículo poderão empregar um terceiro estágio em propelente sólido maior ou em propelente líquido. O VLM deverá atender a uma importante e crescente demanda para o lançamento de cubesats e microssatélites. Este convênio tem vigência de quatro anos e estabelece uma parceria de longo prazo entre a FUNCATE e o DCTA/IAE.SEGURANÇA NACIONAL BLOG.SNB

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Índia poderia substituir os caças franceses Rafale pelo russo


Índia pode comprar caças russos Su-30 MKI último grito, se a operação relativa à caça francês Rafale não é bem-sucedido, anunciou sexta-feira fontes do Ministério da Defesa indiano.
India veio em janeiro de 2012, em negociações exclusivas com a Dassault Aviation para equipar seu exército de 126 Rafale para um contrato avaliado em mais de 18 bilhões de euros, incluindo armas e apoio. Isso deve dar trabalho para toda a indústria aeroespacial militar, cerca de 500 PME que trabalham para o Rafale.
Anteriormente, o ministro da Defesa indiano disse que as negociações já durou mais de três anos de experiência "dificuldades", fabricantes franceses que recusam cumprir as condições impostas pela Força Aérea da Índia durante a chamada propostas.De acordo com o ministro, o SU-30MKI, construído pela Hindustan Aeronautics Ltd (HAL) seria uma substituição adequada dos Rafales.
Mais cedo, meios de comunicação informaram que a França não permitiu construir o Rafale na Índia por HAL.
A construção de um Su-30MKI na Índia eleva-se a quase 56 milhões, mais de duas vezes menos do que o preço de um Rafale.
Os Su-30 caças russos constituem quase um terço da Força Aérea Indiana. Em 2012, a Rússia assinou um contrato para o fornecimento de 40 aviões Su-30MKI. Em fevereiro de 2014, 28 caçadores foram entregues para a Índia.
- RIA Novosti
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A Marinha russa recebe 2 submarino stealth "buraco negro"

O segundo submarino 636,6 projeto Varchavianka diesel-elétrico chamado de Rostov-on-Don, foi apresentado terça-feira na Marinha russa, informa RIA Novosti correspondente em St. Petersburg.
"O submarino Rostov-on-Don está agora entregue à frota russa do Mar Negro", disse o vice-comandante da Marinha do país, contra almirante Alexander Fedotenkov.
O primeiro submarino de propulsão diesel-elétrico Novorossiysk Varchavianka o projeto (Improved Kilo, de acordo com o código da NATO) foi launchable 28 de novembro de 2013. Três outros submarinos do mesmo projeto, o Rostov on-Don, o Stary Oskol e Krasnodar têm sido locais, respectivamente, em novembro de 2011, agosto de 2012 e fevereiro 2014.Ao todo, a Rússia planeja construir até 2016 seis submarinos do projeto 636, que farão parte da frota do Mar Negro.
Apelidado de "buraco negro" por peritos da NATO ao critério do submarino 636,3 projeto diesel-elétrico multiuso Varchavianka pertence à terceira geração de submarinos.Ele tem um deslocamento de 2350 toneladas na superfície e 3.950 toneladas submersas e uma velocidade de 17/20 nós.
O submarino tem 45 horas de duração da bateria. Ele pode ser equipado com 4 mísseis Kalibr, torpedos 18 533 milímetros (seis tubos) e 24 minas e mergulho até 300 metros de profundidade. Sua tripulação inclui 52 submarinistas.
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segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Amazul assina contrato com a Mectron para projeto do IPMS do submarino de propulsão nuclear

No mês de dezembro, a Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. (Amazul) assinou um contrato com a Mectron para o projeto do Sistema Integrado de Gerenciamento da Plataforma Integrated Platform Management System (IPMS), do submarino com propulsão nuclear que está sendo desenvolvido pela Marinha do Brasil, com assistência técnica do grupo francês DCNS. O IPMS é o sistema computacional com função de controlar e monitorar diversos equipamentos de submarinos.
O contrato contempla o apoio técnico nos serviços de engenharia para participação no desenvolvimento do IPMS. Com prazo de conclusão de dois anos, os trabalhos serão iniciados em fevereiro de 2015 e realizados por uma equipe de engenheiros da Mectron, juntamente com especialistas da Marinha do Brasil. Os serviços serão realizados no escritório técnico de projetos e submarino localizado no Centro Tecnológico da Marinha, em São Paulo (SP).
“Estamos orgulhosos por mais esta conquista e com a crescente participação da Mectron no Programa de Desenvolvimento de Submarinos, assegurando o domínio tecnológico nacional não só para a estrutura dos submarinos, mas também para os complexos sistemas neles embarcados”, diz Gustavo Ramos, diretor-superintendente da Mectron.
“O PROSUB da Marinha do Brasil, firmado no final de 2008 como parte do Acordo Estratégico Brasil-França, prevê a construção de quatro submarinos convencionais, um submarino de propulsão nuclear, um Estaleiro e uma Base Naval, em Itaguaí (RJ). O acordo prevê ainda que o submarino de propulsão nuclear seja totalmente projetado e construído no País”, disse o Vice-Almirante (RM1) Ney Zanella dos Santos, diretor-presidente da Amazul.
Sobre a Amazul
A Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. – Amazul foi constituída em 2013 com o objetivo de promover, desenvolver, transferir e manter tecnologias sensíveis às atividades do Programa Nuclear da Marinha (PNM), do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) e do Programa Nuclear Brasileiro (PNB).
Sua missão primordial é apoiar o desenvolvimento do submarino de propulsão nuclear, tecnologia imprescindível para que o País exerça a soberania plena sobre as águas jurisdicionais brasileiras, a nossa Amazônia Azul.
Para cumprir seus objetivos, a Amazul pode estabelecer escritórios no Brasil e no exterior, fazer parcerias e participar minoritariamente de empresas privadas e empreendimentos.
Sobre a Mectron
Sediada em São José dos Campos, no estado de São Paulo, no maior polo da indústria aeroespacial do hemisfério sul, a Mectron possui mais de 20 anos de experiência e atua nos mercados de defesa e aeroespacial, desenvolvendo e fabricando produtos de alta tecnologia e altíssimo valor agregado, tanto para aplicações militares como civis.
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