segunda-feira, 8 de setembro de 2014

NANOSSATÉLITES FARÃO COLETA DE DADOS AMBIENTAIS

Responsável pelo sistema brasileiro de coleta de dados ambientais, o Centro Regional do Nordeste (CRN) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) trabalha, em Natal (RN), no Projeto Conasat, constituído por seis nanossatélites para coletar esse tipo de informação no país.
Ainda em fase de definição detalhada do projeto, os primeiros testes estão previstos ainda para este ano, sendo o primeiro, funcional, em Natal em outubro e o segundo, ambiental, no mês seguinte em São José dos Campos (SP). A previsão é que o lançamento do primeiro nanossatélite da constelação seja em 2016.
O engenheiro Manoel Mafra de Carvalho, coordenador do projeto e do CRN, explica que esses satélites são necessários devido à maior precisão das informações e à idade avançada dos atuais em órbita. “Hoje, os satélites SCD1 e SCD2 fazem esse tipo de monitoramento cobrindo o país, mas foram projetados nos anos 80 e lançados em 1993 e 1998 [respectivamente]. Estão desgastados e o SCD1 já não funciona mais à noite. A nova tecnologia a ser usada permite muito mais informações e de forma mais rápida”, explica.
Pioneirismo – O projeto foi todo desenvolvido pelo Inpe, com participação de engenheiros e estudantes potiguares, além de colaborações de outros estados e dos Estados Unidos, Holanda e África do Sul. “A iniciativa é pioneira porque normalmente se usa satélite de grande porte para coleta de dados ou os nanossatélites são anexos a outros satélites e têm finalidade diferente”, explica Carvalho.
Os satélites atuais, a 750 quilômetros de altitude, normalmente passam oito vezes sobre o território nacional, com intervalos de aproximadamente 103 minutos, seguidos de outras 10 horas sem cobertura (o equivalente a seis viagens).
Quando em órbita, a constelação ficará a 650 quilômetros e terá informações a cada uma hora. Outra vantagem dos novos equipamentos em desenvolvimento está nas suas dimensões. Os SCDs têm formato cilíndrico, 1 metro de altura por 1,5 m de diâmetro e costumam pesar mais de 100 quilos. Já os nanossatélites serão no formato cubesats (junção das palavras cubo e satélite, em inglês), com arestas entre 20 e 30 cm e peso de oito quilos.
Fonte: Jornal Tribuna do Norte
Foto: Divulgação/AEB 
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ISRAEL - MOSSAD E ISA CRESCEM EM IMPORTÂNCIA NO MOMENTO ATUAL

Por Amir Rapaport - Texto do Israel Defense
Tradução, adaptação e edição - Nicholle Murmel
 
Com o colapso do Exército do Iraque em junho deste ano, o modelo americano pós-ocupação para treinar forças policiais locais moderadas também ruiu.
 
Em entrevista exclusiva concedida ao Israel Defense em junho, o ministro de Inteligência,Assuntos Estratégicos e Relações Internacionais  israelense Yuval Steinitz afirmou:
 
“dissemos aos americanos, que não só o Exército iraquiano que eles construíram entrou em colapso. Em todos os locais onde os EUA tentaram essa abordagem, eles falharam”. A declaração foi feita logo antes da operação “Protective Edge” começar, e o ISIS ainda não havia se tornado um termo familiar no vocabulário ocidental.
 
O ministro continua: “por exemplo, na Faixa de Gaza, as forças policiais palestinas foram derrotadas pelo HAMAS, em 2007, e agora o mesmo acontece no Iraque. O contingente substancial que Washington estabeleceu lá está sendo solapado pelas forças islâmicas,que usam exatamente os mesmos métodos do Hamas - incluindo execuções em massa.
 
É igualmente claro que nenhuma força policial palestina operando na região da Judeia e Samaria será confiável, mesmo que seja equipada e treinada pelos EUA. Se Israel não tiver o controle da área, as forças islâmicas dominarão o território lá também”.
 
Steinitz discursa a partir de uma posição específica - nos últimos dez anos ele ocupou  várias posições-chave no governo e no Parlamento israelense, desde chefe do Comitê de Assuntos Estrangeiros e Defesa, passando por Ministro das Finanças, até seu atual cargo, onde está atualmente incumbido, em nome do Primeiro Ministro, de gerenciar três agências de inteligência principais: o MOSSAD, a Academia Intede Segurança (ISA) e a Comissão Israelense de Energia Atômica. O ministro também comparece regularmente às reuniões de gabinete sobre políticas de defesa, e aos fóruns de acesso restrito com outros chefes dos serviços secretos israelenses.
 
Um dos principais papeis de Steinitz é concentrar esforços de todos os órgãos do governo na tentativa de combater o programa nuclear do Irã. O ministro mantém canais de comunicação constantes com representantes de grandes potências ocidentais que negociaram com Teerã acerca da extensão de um acordo interino, segundo o qual as sanções econômicas impostas ao país já foram suspensas em parte, enquanto o Irã suspendeu suas atividades nucleares. O documento expirou em 20 de julho deste ano.
 
Vamos falar do estado atual da estratégia israelense, começando pelo Egito. O senhor considera que a vitória do ex-líder militar Abel Fattah el-Sisi nas eleições gerais como um acontecimento estrategicamente importante para Israel?
 
Defato, é do nosso interesse que a estabilidade política e econômica do Egito seja restaurada. Queremos eliminar a anarquia na região do Sinai, e também devemos lembrar que o Egito é a nação mais importante no mundo árabe. É crucial que o país permaneça como uma âncora central e estável. Eu desejo que el-Sisi e o povo egípcio tenham sucesso. Finalmente os egípcios estão trabalhando contra o tráfico de armas a partir do Sinai e dentro da região também. Isso nunca havia sido feito - nem mesmo durante o governo de Hosni Mubarak, e isso é um desdobramento positivo.
 
Considerando os acontecimentos recentes no Egito, Iraque e Síria, o senhor pode dizer que Israel não tem mais nenhuma ameaça militar significativa?
 
Ao olharmos para a ameaça geral ao Estado de Israel, nota-se uma mudança considerável na região. A gravidade das ameaças perpetradas por outros governos diminuiu substancialmente. No passado, todo o mundo árabe era contra Israel, mas os perigos militares mais relevantes vinham de três países - Egito, Síria e Iraque. Foi desses locais que partiram mais tropas e ataques nos anos de 1948, 1967 e 1973, e as forças acumuladas tinham como finalidade lidar com o desafio que Israel representava. Esse perigo desapareceu em boa parte.
 
O Exército egípcio ainda existe e está operacional. Se não fosse pela crise dos últimos três anos no país, e que teve um componente econômico muito forte, certamente o fortalecimento militar do Cairo teria sido mais expressivo e mais rápido. Na situação atual do Egito, esse processo logicamente desacelera, enquanto que em Israel o reforço das capacidades militares vem acontecimento em ritmo intenso e constante.
 
Já os exércitos da Síria e do Iraque não existem mais. O Exército sírio tem dificuldade em lidar com as forças rebeldes, inferiores tecnologicamente e em todos os outros aspectos.
 
Precisam de ajuda do Hezbollah, perderam mais da metade de seu pessoal, poder de fogo e artilharia. Há buracos em toda a defesa do território sírio. Caso a situação esquente outra vez, o Exército não terá condição atuar com as Forças de Defesa Israelenses em nenhum aspecto relevante. No que se refere ao arsenal químico de Damasco, por incrível que pareça, essa ameaça foi eliminada pela colaboração incomum entre Estados Unidos e Rússia. Foi um acontecimento importante que diminuiu substancialmente o perigo representado pela Síria.
 
O mesmo vale para o Iraque. As novas Forças Armadas foram estabelecidas, desde o começo, sem uma Fora Aérea e com pouca artilharia e blindados, e atualmente essas estruturas estão se desintegrando.
 
A ameaça patrocinada por governos está sendo substituída pelas instabilidades causadas por organizações como o Hezbollah, o HAMAS e a Jihad Islâmica - instituições não-estatais, que assumiram esse vácuo de poder e se fortaleceram. Essa é uma mudança significativa para Israel.
 
As ameaças convencionais diminuíram bastante, mas o terrorismo é uma preocupação, associada à instabilidade gerada pelo Irã. Os perigos não-convencionais cresceram, e ainda não os aceitamos, não estamos totalmente preparados para lidar com eles.
 
Sobre a questão nuclear iraniana, Israel está tendo sucesso em influenciar as negociações entre as superpotências e Teerã? Temos realmente a habilidade de influenciar esses acordos?
 
Não somos uma superpotência global. Entre os países que conduzem as negociações com o Irã, o grupo P5+1, não temos posição formal. Mesmo assim, tivemos sucesso em estabelecer influência e algum status nessas conversações. Estamos presentes, mesmo que ausentes sob o ponto de vista formal.
 
Esse processo começou antes mesmo do acordo interino vencido em julho. Em conversas pessoais com os franceses, conseguimos convencê-los a vetar a versão inicial do documento e incluir duas exigências - suspender a construção do reator nuclear com água pesada em Arak, e neutralizar todo o urânio com mais de 20% de enriquecimento.
 
Essa neutralização do programa nuclear do Irã está quase completa. Acerca desses dois pontos, tivemos influência direta no acordo provisório. Desde então mantemos diálogo, pelo qual eu sou responsável, com todos os órgãos a cargo dessa tarefa - a Comissão Israelense de Energia Atômica, o Conselho Nacional de Segurança e assim por diante, em nível de ministério e em instâncias menores, junto com os serviços de inteligência das cinco potências envolvidas com a questão nuclear do Irã.
 
Se não fosse por Israel, esses países poderiam ter assinado um acordo desfavorável com Teerã. Dois meses e meio atrás, eu consegui, junto com o Primeiro Ministro Netanyahu, introduzir um novo argumento no discurso internacional - de que o Irã é um país catalisador do perigo de proliferação nuclear no Oriente Médio, constituindo uma ameaça ainda maior.
 
O Irã, enquanto Estado catalisador, se aproveitaria da legitimidade que vem de um acordo e encorajaria nações como Egito, Argélia, os Emirados Árabes e a Arábia Saudita a demandar as mesmas tecnologias e equipamentos - centrífugas operando sob supervisão.
 
 
Esses países alegariam que se o mundo pode conviver com o Irã dessa forma, eles também podem querer o mesmo. Um acordo mal formulado manteria o Irã como uma fonte de resistência e essa resistência se espalharia a pelo menos outros cinco ou seis países ao longo do mundo árabe-muçulmano, onde não se pode confiar na estabilidade dos governos.
 
Israel tem alguma influência. Sem nós, mesmo o acordo provisório com Teerã teria uma configuração diferente, e o tratado permanente teria sido menos favorável. Foi uma surpresa conseguirmos estabelecer esse status, fruto da qualidade das nossas redes de inteligência e nosso entendimento do Irã e dos iranianos. Ao mesmo tempo, não estou totalmente confiante de que vamos alcançar o objetivo principal - que o Irã permaneça anos de ter armas atômicas.
 
As agências de inteligência pelas quais o senhor é responsável - Mossad, Academia Internacional de Segurança e a Comissão de Energia Atômica, operam efetivamente?
 
Essas instituições são na verdade, clandestinas. Jamais fotografias de reatores nucleares israelenses ou de dentro da sede do Mossad, ou mesmo da conclusão de algum curso de formação de agentes foram veiculadas na mídia. Não há imagens de exercícios feitos por esses órgãos, como se vê das manobras feitas pelas Forças de Defesa Israelenses. São organizações altamente sofisticadas e sua contribuição para a segurança nacional é cada vez maior, sem perder de vista a importância dos aparatos de defesa tradicionais, dadas as mudanças no nosso teatro de operações.
 
Nessa era de ameaças sub-nacionais e com o perigo de um Irã nuclear, a importância do Mossad e da ISA aumentou muito. No ano passado, por conta da questão iraniana,conheci pessoas como o general James R. Clapper, responsável por todas as agências de inteligência dos Estados Unidos, além do chefes de órgãos do Reino Unido e outras nações da Europa. Todos reconhecem muito a capacidade e o profissionalismo do serviço secreto israelense.
 
Foi um prazer saber disso. Quase todas essas autoridades têm interesse em trabalhar conosco. Nossa cooperação com os EUA na área de inteligência ao longo do último ano foi excelente. Também trabalhamos junto com outras nações do Ocidente - Alemanha, França, Canadá e Reino Unido - em missões estratégicas e de contraterrorismo. Mas apesar de todo esse reconhecimento, não podemos nos animar demais. No ramo de inteligência sempre há um problema - você esquece de se perguntar se todas essas  capacidades e façanhas servem mesmo ao objetivo final. Se é o suficiente. Sempre há esse elemento que escapa, mesmo que se conte com inteligência excelente. Sempre há espaço para melhorar, mesmo em sistemas bem sucedidos como o Mossad, a ISA e a Diretoria de Inteligência das Forças de Defesa de Israel.
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domingo, 7 de setembro de 2014

SkyDrones anuncia novo VANT Zangão ao mercado brasileiro

Projetado e fabricado pela Skydrones, empresa Brasileira que atua no desenvolvimento deVeículos Aéreos Não Tripulados (VANTs ou Drones) desde 2008, o novo Zangão é uma plataforma aérea com sofisticada eletrônica embarcada que permite transportar diferentes sistemas de captura de imagens. De acordo com a SkyDrones, sua instrumentação e sistemas de controle permitem voos com alta estabilidade com reduzido tempo de treinamento operacional, alta capacidade de carga e grande confiabilidade.
As aplicações deste drone são em: monitoramento ambiental, inspeção de redes de transmissão, segurança pública e privada, mapeamento de áreas agrícolas, monitoramento de tráfego, monitoração de mineração, entre outras aplicações.
Seu design moderno e eficiente possibilita o transporte de diversos tipos de câmeras e sensores que geram imagens utilizadas para produzir mapas ortorretificados, mapas de terreno e superfície, nuvem de pontos 3D ou mapas NDVI para agricultura. Sensores infravermelhos podem ser utilizados para mapeamento e detecção de problemas em redes de distribuição de energia elétricaO Zangão V é o resultado de estudos e testes que começaram em 2011. Foram desenvolvidos 4 protótipos pela SkyDrones e foram testados 2 “Airframes” (corpo do avião) feitos por empresas chinesas. Segundo a empresa, todos estes testes possibilitaram coletar dados e experiências para chegar ao design e performance esperados pelo mercado consumidor profissional.
Segundo a SkyDrones, estes estudos levaram em conta as seguintes características:
• O Zangão foi projetado para ser lançado a mão ou por sistema de mini catapulta, facilitando a operação da decolagem;
• O bico (ou gancho da catapulta), por ser o elemento que entra em contato com o solo no pouso, pode ser facilmente substituído pelo usuário;
• A eficiência do projeto foi obtida por exemplos tirados da natureza e equipamentos militares de alta tecnologia;
• Gerando um perfil eficiente, baixa sensibilidade a rajadas de vento, baixo arrastro e muito econômico energeticamente;
• Cada detalhe foi cuidadosamente projetado e testado utilizando sistemas de CAD de última geração.O Zangão oferece um conjunto de vantagens tecnológicas que otimizam sua performance, tais como: Estabilização autônoma das atitudes em voo da plataforma obtido pelo sistema de controle embarcado; Decolagem por arremesso manual ou uso de mini catapulta permitindo uso em espaço restrito; Pouso automático de barriga por aproximação em baixa velocidade (pré estol); Programação de missão de voo para voar autonomamente até pontos pré-determinados (GPS), por computador; Comando de retorno autônomo para a base operacional; Baixo peso da plataforma e alto potencial de carregamento (sensores e câmeras embarcados); Possibilidade de uso de câmeras especiais, como infra vermelhas (IR), NIR e de alta resolução (HD) de foto (Sony Nex 7); Base de comando (em terra) com integração de dados de voo, captura de imagem e cartografia; Alta capacidade de customização para diferentes aplicações; Peças de reposição a pronta entrega.
A SkyDrones provê treinamento de piloto em sua base ou por empresa capacitada e homologada pela SkyDrones na base do cliente. Este treinamento é feito com parte teórica e prática conforme necessidades do cliente.
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Evento expõe inovações da indústria de Defesa Nacional


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BRASIL E ÁFRICA DO SUL VÃO UNIR BASES INDUSTRIAIS DE DEFESA PARA TER MAIOR COMPETITIVIDADE NO MERCADO INTERNACIONAL

No Brasil para participar da III Mostra BID-Brasil, o diretor-geral da Armaments Corporation of South Africa (ARMSCOR), empresa pública ligada ao departamento de Defesa da África do Sul, Trevor Raman (foto), lembrou da parceria entre os dois países no desenvolvimento de tecnologia para criação do míssel A-Darter. Segundo ele, diante do sucesso da empreitada, o próximo passo é fortalecer a cooperação e buscar a fabricação de produtos que sejam competitivos no mercado mundial.
“Esse projeto foi desafiador para os dois países porque, com ele, vimos até onde temos a capacidade de chegar. Agora, precisamos unir nossas bases de pesquisa tecnológica para conseguir inserir este e outros produtos no mercado, não só para Brasil e África, mas para o resto do mundo”, disse.
Durante a palestra “Brasil-África do Sul: Oportunidades de Parcerias de Desenvolvimento Tecnológico”, o diretor da Armscor lembrou da importância desse tipo de cooperação.
“Quando você desenvolve produtos complexos, é preciso entender que é impossível fazer tudo sozinho. Por isso, é importante que dois países, com boas possibilidades, se unam e possam um complementar ao outro. Assim se tornarão mais fortes”, analisou.
O chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia Industrial do Ministério da Defesa, general Aderico Mattioli, ressaltou que, nos últimos anos, o setor de inovação tecnológica da África do Sul, assim como o do Brasil, vem crescendo de forma contundente. No entanto, os dois países enfrentam certa dificuldade em transformar em produtos de mercado as tecnologias desenvolvidas no meio acadêmico, já que os países desenvolvidos costumam dominar o setor, sem abrir espaço aos demais.
Por isso, destaca o general, é tão importante fomentar cooperações como essa com a África do Sul, para que a inovação tecnológica possa caminhar junto com a produtividade.
“É muito difícil colocar capacitação adquirida no mercado. Para romper o espaço ocupado pelos países desenvolvidos, temos que ter competitividade, o que só é possível com inovação e escala de produção e, juntos, podemos conseguir fazer”, disse.
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terça-feira, 2 de setembro de 2014

QUEM VENCERÁ A GUERRA ENTRE RÚSSIA E UCRÂNIA? TALVEZ A CHINA


Por Ryan Faith - texto do Vice News
Tradução, adaptação e edição - Nicholle Murmel
Antes da ruptura entre China e Uniáo Soviética entre os anos 1960 e 1980, quando a inocência ainda reinava, os comunistas de Pequim e os da URSS eram melhores amigos. E como tais, compartilhavam sonhos, aspirações e muitas de suas tecnologias de armamentos. Mas à medida que o proletariado chinês se revelava mais atrasado do que seus irmãos soviéticos, praticamente toda a transferência de tecnologia era de mão única - de Moscou para Pequim.
E assim surgiu uma incrível coincidência. Durante décadas, absolutamente qualquer armamento produzido na China parecia uma versão barata de um produto soviético. Esse padrão estava tão enraizado no Exército de Libertação Popular, que as semelhanças perduraram muito depois de a União Soviética e a República Popular da China terem se afastado.
Chegamos então ao momento atual. A antes poderosa URSS se fragmentou em uma coleção heterogênea de países, enclaves, Estados vassalos e feudos. Como resultado, uma ampla rede de fábricas, know-how técnico, e cadeias de abastecimento que antes movimentavam a máquina militar do grande bloco haviam se desintegrado. Indústrias antes em simbiose agora estavam divorciadas e em países distintos. Cadeias de abastecimento inteiras, vitais para os militares de uma determinada nação, agora se encontravam em territórios completamente fora do controle dessa nação.
Em alguns casos, antigas fábricas de armamentos operavam como se quase nada houvesse mudado, exceto pela queda no volume da produção. A Rússia era, até este ano, o mercado absoluto para o qual a Ucrânia exportava seus produtos de defesa, produtos que por sua vez eram as maiores compras feitas por Moscou em termos de armamentos. Por exemplo, boa parte dos helicópteros militares russos é movida por motors fabricados pela ucraniana Motor Sich. Em contrapartida, a maior demanda por motores da Motor Sich vem dos helicópteros russos.
Mas uma vez que o conflito eclodiu entre Rússia e Ucrânia - ou, precisamente, alguns meses após a eclosão do conflito - as transações de defesa entre as duas partes foram suspensas.
Ainda que a China tenha crescido em termos de sofisticação tecnológica, muitos equipamentos e peças produzidas ainda são compatíveis com padrões da antiga URSS, e Pequim tem laços próximos com indústrias de defesa tanto na Rússia quanto na Ucrânia. Mas a ruptura entre os dois países - e o consequente colapso das últimas engrenagens da máquina industrial soviética - colocou a China em uma posição bastante favorável.
Primeiramente, tanto fabricantes de Kiev quanto de Moscou estão ávidos por alternativas que recuperem a receita perdida com o fim das relações mútuas, e procurarão o mercado chinês para escoar sua produção. Na verdade empresas russas e ucranianas poderão competir por acordos e contratos enquanto seus governos se enfrentam nos campos de batalha e na arena da política internacional. Essa competição significa que a China tem todas as vantagens como compradora, e poderá ter acesso a muito mais tecnologia e designs mais sofisticados por preços muito menores do que se esperava ser possível.
Em segundo lugar, o colapso das vias de fornecimento na Rússia e na Ucrânia abre oportunidades para que fabricantes chineses deem conta das demandas urgentes. Para compensar a falta da produção ucraniana, Moscou precisa reiniciar ou estabelecer as prórpias linhas de produção. Mas o país se dará esse trabalho se puder contar com produtos equivalentes chineses?
Em terceiro, os conflitos existentes e potenciais entre a Rússia e o Ocidente aumentam o “custo político” dos armamentos russos para muitos países compradores. Já a China pode oferecer produtos de alto nível para nações que querem manter a compatibilidade com tecnologias soviéticas, e ao mesmo tempo evitar se indisporem com parceiros ocidentais. Essa posição como fornecedor pode render dividendos para o mercado chinês de armamentos especialmente em locais como a África.
O real poder militar, econômico e político da Rússia, Ucrânia e China varia fortemente entre os três. Mas os países estão melhor equiparados em termos de tecnologia militar, especialmente no campo das médias empresas de defesa, para as quais tecnologia de ponta não é vital.
Ao menos no que se refere à economia da guerra, a ruptura sino-soviética acaba de fechar um ciclo. Em vez de Rússia e Ucrânia se unirem contra a China, os dois países estão cada vez mais em guerra entre si, enquanto Pequim pode escolher os próximos negócios e barganhas como bem quiser.
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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Exercício de guerra simulada inicia segunda fase

O Exercício Operacional BVR2/Sabre, que reúne mais de 60 aeronaves e 500 militares na Base Aérea de Anápolis (BAAN), entra em uma nova fase. Vão entrar em ação as aeronaves A-29, A-1, R-35A e, pela primeira vez nesse tipo de exercício, a Aeronave Remotamente Pilotada Hermes 450. Também irá participar o Primeiro Grupo de Defesa Antiaérea (1° GDAAE).
“Até agora nosso treinamento estava voltado somente para o combate aéreo simulado. A partir da próxima semana passamos a incluir ataques de solo, além de novas aeronaves”, destaca o Coronel Paulo Roberto Moreira de Oliveira, Chefe do Estado-Maior da Terceira Força Aérea (III FAE). Já estavam em ação caças F-5M, aviões-radar E-99 e o reabastecedor KC-130 Hércules.
Iniciado no dia 18 de agosto, o exercício segue até o dia 18 de setembro. 
Confira as imagens da primeira fase do exercício operacional BVR2/Sabre:
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