quinta-feira, 8 de agosto de 2013

General brasileiro diz que solução no Congo não pode ser só militar

O general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz, comandante das forças de paz da ONU na República Democrática do Congo, afirmou à BBC Brasil que a solução para o conflito no país tem que ser política, e não apenas militar.
O brasileiro foi enviado em junho ao país para liderar os capacetes azuis em uma das mais difíceis missões da história das Nações Unidas: enfrentar os mais de 50 grupos armados que fazem do leste do Congo um território praticamente sem lei há cerca de dez anos.
"Nós (as tropas da ONU) vamos criar condições para que se tenha uma solução política, porque somente a solução política vai ser permanente", disse Santos Cruz.
"A força militar precisa estar perfeitamente coordenada, harmonizada, com o andamento político da questão."

M23

Santos Cruz assumiu uma operação recentemente reformulada pelo Conselho de Segurança. Um novo mandato mais robusto, aprovado pelo órgão, dá às forças de paz armamentos e poderes sem precedentes – inclusive embasamento jurídico para atacar os rebeldes mesmo sem que eles tenham lançado uma ofensiva antes.
Até agora, Santos Cruz não utilizou essa possibilidade. Ele disse acreditar que uma solução política deve ser mais duradoura que uma ação somente militar contra o M23 – o maior grupo rebelde em atividade atualmente no Congo.
Eles são um grupo armado formado por ex-militares congoleses rebelados que lutam contra o governo do presidente Joseph Kabila e supostamente também por guerrilheiros de etnia tutsi contrários a grupos rebeldes hutus que operam na região.
São acusados pelos Estados Unidos e pela ONU de estarem recebendo ajuda financeira e militar do país vizinho, Ruanda – cujo governo, dizem analistas, estaria apoiando o grupo em uma suposta tentativa de conter grupos rebeldes de etnia hutu que operariam no Congo e obter suporte político interno.
O governo de Ruanda nega todas essas alegações.

Processo de paz

Por enquanto, o governo Kabila e o M23 participam de negociações de paz em Kampala, Uganda. Contudo, o processo permanece estagnado desde que o Exército congolês e os rebeldes se enfrentaram em batalhas – que deixaram quase 300 mortos em menos de dez dias – no mês passado.
Santos Cruz disse acreditar que as ações militares devem seguir o ritmo das negociações de paz. Ele não tem lançado ofensivas de larga escala contra os rebeldes, mas tem aumentado muito a pressão sobre o grupo armado – manobrando suas tropas na região e tornando a cidade de Goma, a principal do leste do país, uma "fortaleza" inacessível aos rebeldes e um lugar seguro para a população.
Enquanto isso, o M23 ameaça atacar Goma e tomá-la da ONU, como ocorreu no ano passado, antes do fortalecimento do mandato da operação.
Santos Cruz disse que responderá com todos os seus recursos – entre eles unidades de artilharia pesada, aviação e forças especiais – a qualquer ataque contra a ONU ou contra a população do país.
BBC BRASIL..SNB

Agosto, mês do Soldado.

SNB

Argentina negocia compra de caças



O governo da presidente argentina, Cristina Kirchner, está negociando com a Força Aérea da Espanha a compra de vinte aviões de guerra Mirage F1M de segunda mão. A venda desses aparelhos de 38 anos de uso incluiria o treinamento dos pilotos argentinos. Parte dos aparelhos desta operação - que envolveria US$ 220 milhões - seriam destinados à vigilância da fronteira norte da Argentina, com o objetivo de vigiar o espaço aéreo por onde costumam trafegar os aviões de narcotraficantes. 
As negociações para esta compra chamaram a atenção da mídia britânica, sempre de olho em qualquer tipo de rearmamento argentino, em razão do impasse envolvendo as Ilhas Malvinas (Falklands, para os britânicos). O motivo da compra dos aviões, segundo o jornal britânico Daily Mirror, seriam "fins eleitorais", em referência às eleições parlamentares argentinas de outubro.
Dos 53 Mirage que a aeronáutica argentina comprou em 1968 atualmente funcionam somente 14 unidades. Além disso, a força aérea conta atualmente com sete A-4AR Fightinghawk (de um total de 36 comprados em 1997).
Mas por causa de problemas nos radares, estes aparelhos apenas voam em condições excelentes de clima. Os especialistas afirmam que a força aérea argentina está em estado de "sucata".
A aeronáutica argentina também possui 34 aviões IA-58 Pucará (de um total de 200 construídos na primeira metade dos anos 70), um bimotor a hélice Made in Argentina. O Pucará foi intensamente utilizado no combate à guerrilha há quatro décadas dentro da Argentina e durante a Guerra das Malvinas em 1982.
O deputado Julio Martinez, da União Cívica Radical (UCR) afirmou que "nos dez anos de governo de Nestor e Cristina Kirchner 17 aviões da Força Aérea espatifaram-se no chão. E o número só não é maior porque os aviões não voam por falta de combustível". O ex-ministro da Economia, Roberto Lavagna, criticou a verba destinada para a compra dos aviões da força aérea espanhola, sem licitação prévia. "Foram usados pela Jordânia e depois pela Espanha, com quase 200 mil horas de voo", afirmou.
ARIEL PALACIOS - CORRESPONDENTE / BUENOS AIRES
ESTADÃO ,,SNB

Defesa relegada

Em maio, a equipe econômica já havia feito um contingenciamento de R$ 3,6 bilhões nos recursos do Ministério da Defesa. O corte foi tão consistente que o ministro Celso Amorim procurou a presidente Dilma Rousseff para alertar sobre o risco de que projetos importantes de investimento ficassem comprometidos e obteve um estorno de R$ 400 milhões. Mas adiantou pouco. Uma nova tesourada foi dada no orçamento da pasta, de R$ 919,4 milhões, estabelecida pelo Decreto 8.062, de 29 de julho, que reduziu o aporte para a área de R$ 18,7 bilhões – que já eram insuficientes – para R$ 14,2 bilhões este ano.
É incompreensível que todos os governos nos últimos 20 anos vêm tratando a segurança nacional dessa forma. Pelo visto, nenhum deles teve sensibilidade para sustentar investimentos no setor de defesa, o que leva a prejuízos de difícil recuperação. Na semana passada saiu a notícia de que a Força Aérea Brasileira (FAB) vai aposentar 12 jatos F-2000 (Mirage) e o Planalto faz silêncio em relação aos FX-2, que não se sabe quando chegarão ao país. O mesmo ocorre no âmbito das Forças Armadas. E o Congresso segue a pauta. Enquanto isso, o Brasil pleiteia uma cadeira como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Haja incoerência! O Brasil tem quase 17 mil quilômetros de fronteiras, boa parte secas – com o Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru, Venezuela, Colômbia, Suriname e Guianas francesa e inglesa –, e a diversidade do país produz muitos desafios. Dizer que o Brasil é pobre não condiz com a colocação do país no ranking das 10 mais desenvolvidas economias mundiais. Assim, recursos há, mas os gastos públicos é que não são, às vezes, bem utilizados.
Há nos corredores da administração federal muitos defensores de cortes no orçamento da Defesa, dirigido por um civil e que reúne as três armas, para os quais não existem ameaças ao Brasil, uma nação em paz com o resto do planeta. No mínimo esse é um olhar estrábico. As Forças Armadas não são um artigo supérfluo, mas uma necessidade para um país de dimensões continentais como é o Brasil. Quem pode desconhecer que o mundo está recheado de conflitos e que potências impõem quase sempre sua vontade pela Força militar? Sem uma capacidade mínima de dissuasão, o país fica vulnerável e à mercê da vontade e de interesses externos.
No caso das fronteiras, por elas entram drogas de todos os tipos e somente com uma ação militar perene, cujo custo é enorme, o combate pode ser feito. O próprio Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivan), em funcionamento desde 2002, precisa de aportes substanciosos para suprir suas necessidades de modernização constante, pois sua base de trabalho é inteligência. A sociedade precisa tomar as dores e dar importância às Forças Armadas, modernas, bem equipadas e treinadas à exaustão. Mas, para alcançar esse nível, exige-se dinheiro. Ante os cortes efetivados, vale torcer para que nenhum imprevisto ocorra e que os comandantes das três armas saibam priorizar projetos e planos com os R$ 14,2 bilhões que lhes restaram nos cofres.
 
SNB

ANTÁRTICA – Alunos do Curso de Política e Estratégia Aeroespaciais debatem Programa Antártico

No dia 23 de agosto, a Força Aérea Brasileira (FAB) completa 30 anos de operação na Antártica, missão desempenhada em apoio aos pesquisadores que atuam no continente gelado. Como parte das comemorações, o Programa Antártico Brasileiro foi tema de um debate realizado na Escola de Comando e Estado-Maior (ECEMAR), nesta segunda-feira (05/08).
“O Programa Antártico Brasileiro deve ser considerado um instrumento de projeção de nossa imagem no cenário mundial e de demonstração, junto à Comunidade Internacional, do firme interesse do País naquele continente, garantindo nossa participação no processo de discussão sobre o futuro da Região”, disse o convidado do evento, o Contra-Almirante Marcos Silva Rodrigues, que é Secretário da Comissão Interministerial para Recursos do Mar.
O debate faz parte da programação do Curso de Política e Estratégia Aeroespaciais (CPEA), voltado para Coronéis que podem ser indicados ao posto de Brigadeiro. Entre os temas abordados estiveram o Tratado da Antártica, as razões da presença do Brasil, o Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), a Política Nacional para Assuntos Antárticos (POLANTAR) e a Reconstrução da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), além da participação da FAB no PROANTAR.
No dia 23 de agosto de 1983, ocorreu o primeiro pouso de um avião C-130 da FAB na Antártica.
Assista ao Programa FAB em Ação que mostra como são realizadas essas missões na Antártica.
Fonte: ECEMAR
SNB

ABIMDE - Comenta Cortes na Defesa

SNB

Navios de guerra deve ser construída ao abrigo de contratos Unificadas - Russian Vice-PM

(RIA Novosti) - A construção de navios de guerra devem ser realizadas sob contratos unificados, incluindo o custo de seus sistemas de armas para garantir a sua pronta entrega no orçamento da Marinha russa, o vice-premiê Dmitry Rogozin, disse quarta-feira.
Construtores navais russos têm sido duramente criticado recentemente pelo presidente Vladimir Putin e Rogozin sobre atrasos na entrega de navios de guerra para o uso da Marinha e ineficiente do orçamento da defesa para o ambicioso programa de rearmamento até 2020.
"A fim de evitar novos atrasos na entrega de navios de guerra, é necessário para garantir que eles são construídos sob contratos unificados, solteiro, que incluem o fornecimento de sistemas de armas nucleares a serem instalados nesses navios", Rogozin disse em uma reunião de militares da Rússia -Industrial Comissão.

Rogozin afirmou que os atrasos no programa de construção naval tinha sido causada por má colaboração entre o Ministério da Defesa e empreiteiros da defesa, o que provocou uma série de disputas sobre os preços ea qualidade do armamento construído para a Marinha.
Auditorias recente de contratos firmados pela russa United Shipbuilding Corporation (USC), que constrói a maioria dos navios da Marinha, revelou uma escassez de fundos necessários para a construção de navios em 2013-2015, acrescentou.
"Auditorias dos contratos firmados pela USC revelaram violações na implementação de alguns acordos comerciais fechados pela empresa em 2011-2012", Rogozin disse, acrescentando que essas violações devem ser investigadas pelo Ministério Público.
USC, criado em 2007, é a maior construção naval da Rússia e da empresa de reparação naval, composto por nove agências de design e 39 estaleiros. USC é actualmente responsável por 70 por cento da indústria naval nacional, de acordo com seu website. A empresa é integralmente detida pelo Estado.
A Marinha Russa deve receber 24 submarinos e 54 navios de guerra de superfície de várias classes em 2020, segundo o Ministério da Defesa.
O governo russo atribuiu cinco trillion rublos (166.000 milhões dólares) ou um quarto de todo o orçamento de aquisições de defesa até 2020 para esta finalidade.
SNB