quinta-feira, 13 de junho de 2013

IAE realiza ensaios Aerodinâmicos do VLM-1

A Divisão de Aerodinâmica (ALA) do IAE vem realizando campanha de
ensaios com modelo do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM) em seu Túnel Transônico Piloto (TTP). Esta campanha, de caráter preliminar, representa o primeiro passo de uma ampla análise experimental a ser desenvolvida em colaboração com a Divisão de Sistemas Espaciais (ASE) e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Os trabalhos serão executados pela equipe da ALA em apoio às atividades de um aluno de graduação do ITA, para elaboração de seu Trabalho de Graduação em Engenharia Aeroespacial, com o tema “Procedimento Experimental para a Análise Aerodinâmica do Veículo Lançador de Microssatélite VLM-1”.
O TTP é um túnel moderno, considerado semi-industrial, com área da seção de testes de 30 cm x 25 cm e com controles automáticos para ajustes de número de Mach (de 0,2 a 1,3), pressão total (de 0,5 bar a 1,2 bar), temperatura total e umidade, sendo adequado para ensaios de modelos com geometria simples, como os veículos espaciais. Para esta classe de veículos, o conhecimento do comportamento aerodinâmico na faixa transônica, embora presente em um breve período, é fundamental para que o artefato possa navegar ao longo de toda sua trajetória e, portanto, para que cumpra sua missão.
O TTP já tem executado ensaios com outros veículos, como o Sonda III e o VS-40, com apoio da AEB e do CNPq, e tem apoiado a formação e capacitação em ensaios transônicos dos cursos de Engenharia Aeroespacial do ITA e de Pós-graduação do IAE.
Nesta primeira campanha de ensaios serão investigados parâmetros globais de desempenho por meio da visualização do escoamento no entorno do modelo por meio da técnica Schlieren de visualização e os esforços serão determinados por meio da balança interna multi-componentes. A obtenção da distribuição de pressão sobre a superfície do modelo será feita com base na moderna técnica de tinta sensível a pressão (PSP). Alguns ensaios de esforços já foram realizados com a obtenção da curva de coeficiente de arrasto para ângulo de ataque nulo (CD_zero), polares de arrasto e efeitos de variação do número de Reynolds.
IAE
SNB

OPERACIONAL - FAB e Exército treinam defesa antiaérea no Sul

Após 4 dias de diversos ataques aéreos simulados, encerrou-se a Operação Antiaérea I, realizada na Base
Aérea de Canoas, no período de 04 a 07 de Junho de 2013. O Núcleo de Brigada de Artilharia Antiaérea de Autodefesa (NuBAAAD), responsável pela coordenação do Exercício, pode treinar com os militares do 1º GAAAD, aprimorando técnicas de defesa antiaérea, bem como, todo o complexo de sistemas que o constitui. O Exercício que contou com a participação das aeronaves F-5M, H-60L, A-29 pertencentes às Unidades aéreas 1º/14º GAV (Canoas-RS); 5º/8º GAV (Santa Maria-RS) e 3º/3º (Campo Grande-MS), realizaram mais de 47 horas de voo, contribuindo para o aperfeiçoamento das táticas empregadas pelas unidades aéreas, no adestramento de defesa Aeroespacial para a Copa das Confederações 2013.
Para o Ten Aviador Yuri, piloto do helicóptero H60L, do 5°/8° GAV, sediado em Santa Maria-RS, o exercício pôde apresentar as dificuldades que os pilotos de asas rotativas podem enfrentar quando executam ataques à baixa altura, principalmente, quando em posições devidamente protegidas: "aqui, percebemos a necessidade de cada vez mais aperfeiçoarmos nosso emprego para o combate, visto a ameaça presente no terreno - a defesa antiaérea".
Fonte: SCS 1º GAAAD
SNB

quarta-feira, 12 de junho de 2013

10 de Junho - Dia da Artilharia

SNB

Finlândia acusa Rússia de violação do espaço aéreo

RIA Novosti) - Dois aviões militares russos são suspeitos de terem violado o espaço aéreo da Finlândia, o Ministério da Defesa finlandês disse em um comunicado quarta-feira.
O incidente ocorreu na terça de manhã sobre o Golfo da Finlândia, disse o ministério em seu site.
O relatório não identificou a aeronave russa, dizendo apenas que os caças F/A-18 Hornet da Força Aérea finlandesa foram enviados a fim de identificar os invasores.
O Ministério da Defesa russo admitiu um número indeterminado de bombardeiros Tu-22 e Su-27 caças realizados vôos na proximidade da Finlândia na terça-feira, mas negou que eles se intrometeu no espaço aéreo do país.
Este é o segundo incidente do tipo em um mês. O exército russo negou as acusações pela última vez, mas admitiu que uma aeronave militar se aproximou do espaço aéreo finlandês devido ao mau tempo.
Em 2008, a Finlândia anunciou planos para comprar 12 novos sistemas de radar por causa de alegadas violações regulares de seu espaço aéreo por aviões russos. O primeiro radar foi implantado em janeiro passado.
SNB

Cientistas enviam 'peixonautas' ao espaço para estudar enjoo

RICARDO BONALUME NETO
ENVIADO ESPECIAL A BREMEN (ALEMANHA)
Uma melhor compreensão do enjoo que pessoas sentem em navios e aviões veio de uma fonte inesperada: pequenos peixes que foram ao espaço e viveram a sensação de microgravidade.
Como estavam na água, eles obviamente não "flutuaram" como um astronauta em uma estação espacial. Mas alguns ficaram desorientados e nadaram de modo errático, o equivalente a pessoas com vertigens ou tonturas.
Os pesquisadores descobriram depois o motivo desses distúrbios de equilíbrio: sutis diferenças entre seus órgãos auditivos.Vertebrados têm pequenas pedras feitas de carbonato de cálcio nos ouvidos --chamadas otólitos-- que servem como "órgãos da gravidade".
Os peixes com otólitos assimétricos, com forma e tamanhos diferentes, eram mais propensos a distúrbios de equilíbrio.
A pesquisa envolveu um conjunto verdadeiramente internacional de pesquisadores, institutos de pesquisa e mesmo de peixes.
Um foguete de sondagem, com um motor brasileiro, foi lançado por uma equipe alemã de um centro espacial na Suécia. A espécie de "peixe astronauta" era a tilápia de Moçambique.
Apesar de vários percalços em algumas áreas, como o lançamento de satélites, o programa espacial brasileiro é bem-sucedido no desenvolvimento de foguetes de sondagem. É o caso do lançador VSB-30, produzido e operado em parceria entre o IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), da FAB, e a DLR (Agência Espacial Alemã).
A parte técnica da missão foi coordenada pela empresa europeia Astrium, principal responsável pelos voos do VSB-30 no continente.
Outro grupo de"peixonautas" (nome de um desenho animado infantil brasileiro sobre um 'peixe astronauta') voltou à Terra no fim de maio, depois de um mês em órbita em um satélite russo de pesquisa biológica, o Bion-M1.
As larvas foram parte do experimento Omegahab, um miniecossistema que inclui algas, plantas aquáticas, crustáceos e caramujos, o primeiro do tipo com essa complexidade, autossuficiente e totalmente automatizado.
Algas e plantas produzem oxigênio para os animais, que produzem dióxido de carbono usado pelas plantas.
O jornalista RICARDO BONALUME NETO viajou a convite da Astrium
FOLHA ..SNB

TEMER: BRASIL SEGUE 'REFLETINDO' SOBRE COMPRA DE CAÇAS RAFALE

O vice-presidente Michel Temer afirmou nesta segunda-feira, no Palácio do Eliseu, que o governo brasileiro segue "refletindo" sobre a compra do caça francês Rafale para reequipar a FAB.

"O presidente (François) Hollande, com muita elegância, não mencionou este assunto", disse Temer ao final de um encontro com o líder francês. "Não tivemos realmente a possibilidade de falar sobre isto".

Temer recordou que o governo brasileiro "ainda não tomou uma decisão, mas é evidente que o Rafale segue na nossa reflexão, ao lado de outros países que também competem com seus aviões".

O Brasil abriu uma concorrência para comprar 36 novos caças para a FAB, mas a decisão sobre o negócio foi adiada em várias ocasiões devido a dificuldades orçamentárias.

O Rafale, da Dassault Aviation, concorre com o F/A-18 Super Hornet da americana Boeing e com o Gripen NG, da sueca Saab. O contrato envolve mais de 5 bilhões de dólares.

Temer, que está em Paris para defender a candidatura de São Paulo à sede da Exposição Universal de 2020, revelou que Hollande visitará o Brasil para inaugurar a ponte entre o país e a Guiana francesa, ao lado da presidente Dilma Rousseff.
AFP...SNB

ESQUEMA DE ESPIONAGEM NORTE-AMERICANO PODE TER AFETADO BRASILEIROS

Programa de espionagem Prism não faz controle de informações de quem vive fora dos Estados Unidos. Especialistas acreditam que todos os brasileiros que acessaram sites monitorados também foram vítimas de espionagem.
Desde que a imprensa internacional denunciou o governo norte-americano pela coleta indiscriminada de dados telefônicos e, especialmente, das atividades pessoais em populares sites e serviços da internet, a linha tênue entre a realidade e a ficção cientifica foi cruzada. O cinema popularizou a história de um estado onipresente e totalitário com o filme 1984, baseado no romance de George Orwell. Também chamou a atenção de milhões de espectadores para a discussão da privacidade e da manipulação de dados pessoais com a trama Inimigo de Estado, de 1998. Na mesma época em que a internet comercial se popularizava no país, na ficção Will Smith era perseguido por ter provas contra um esquema que pretendia aprovar uma lei autorizando a vigilância irrestrita das atividades digitais nos Estados Unidos.
Na vida real, essa lei foi aprovada em 2001, nas entrelinhas do chamado ato USA Patriot  Act, com objetivo oficial de "unir e fortalecer a América, fornecendo instrumentos apropriados requeridos para interceptar e obstruir o terrorismo". Para especialistas em internet e crimes digitais, a coleta de dados feita pelo governo de Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, não tem nada de ilegal. "Ainda que possa chocar ou parecer invasivo, tudo isso que está sendo discutido, noticiado e feito nos Estados Unidos está dentro do procedimento legislativo normal e regular", garante o advogado Renato Ópice Blum, professor de Direito Eletrônico na Universidade de São Paulo e na Fundação Getúlio Vargas, além de vice-presidente da Comissão de Crimes Eletrônicos da OAB de São Paulo.
Para ele, o problema está no controle de informações de quem vive fora dos Estados Unidos. Isso porque, gigantes da internet como Google, Facebook, Apple, PalTalk, AOL, Skype e YouTube, citados como fontes dos dados, não atendem apenas a usuários norte-americanos. "O que acontece é que os serviços envolvidos são usados por pessoas do mundo inteiro. E então encontramos diferentes leis em diferentes países e diferentes comportamentos", enfatiza. Para o advogado, a falta de regulamentações e leis internacionais claras dificulta qualquer ação jurídica.
 
Brasileiros vítimas de espionagem
Dados de brasileiros também podem ter sido coletados pelo governo norte-americano por meio do programa secreto Prism. "Certamente os brasileiros são monitorados", afirma Rafael Rez Oliveira, especialista em internet há mais de 15 anos e diretor de uma empresa especializada em consultoria e estratégia de marketing digital. Ele acredita que 100% dos brasileiros que acessaram essas plataformas monitoradas pelo governo norte-americano podem ter sido vítimas de espionagem.
Apesar de toda a discussão na imprensa internacional, Rafael duvida da eficácia do monitoramento na prevenção de crimes. Ele explica que, por trás das informações que os usuários geralmente acessam, existe outra camada de dados muito maior. "Cerca de 70% de toda a informação está na chamada internet profunda e não é percebida pela maioria das pessoas", comenta. O especialista afirma que as chances maiores de ocorrerem trocas de informações relacionadas a atos de terrorismo ou atividades ilegais estão nesse submundo digital, onde funcionariam redes de tráfico ou crimes sexuais. 
Já o advogado Ópice Blum adiciona que existe ainda uma grande diferença entre a coleta de dados e o uso dessas informações. "Existe essa possibilidade de guardar toda essa infinidade de dados, mas há uma dificuldade técnica de conseguir tratar, separar e achar as informações", compara. 
Sensação de privacidade é falsa
Atualmente, mais 84 milhões de brasileiros têm acesso à internet e nem todo mundo age com cautela na hora de divulgar seus dados na rede. Rafael Oliveira é taxativo quando o assunto é a segurança de dados e, para ele, existe uma falsa sensação de privacidade. Para alguns cadastros, o usuário fornece o nome e o endereço eletrônico, mas a programação que funciona por trás da interface visível coleta informações muito mais detalhadas, como o histórico de navegação ou mesmo o endereço físico real de onde está sendo feito o acesso. Além disso, ele argumenta que a partir do momento em que o usuário disponibiliza informações para um site, ele passa a ser a fonte e não mais o dono das informações publicadas.
 
O especialista em marketing digital explica que essa transferência da propriedade da informação é definida na aceitação dos termos de uso de um serviço, documento que a grande maioria dos usuários aceita sem ter lido. Claro que aceitar o termo de uso é, geralmente, um requisito para ter acesso ao serviço. "O Facebook não vai fazer um contrato específico para cada pessoa", exemplifica. O que os dois especialistas sugerem é que ao saber com exatidão o que será feito com a informação, o usuário pode optar ou não por usar o serviço ou ainda policiar as informações que vai disponibilizar na rede.
Ópice Blum ressalta a importância de identificar os riscos. Particularmente, ele usa quase todas as ferramentas mencionadas no esquema do vazamento de informações, mas faz isso com cautela. "Eu não tenho uma plena expectativa de privacidade. Sei que tudo o que estou enviando ou recebendo, mais cedo ou mais tarde, vai parar em algum lugar e sair do meu controle", pondera. Apesar do cuidado sugerido pelos especialistas, Ópice Blum afirma que no Brasil o controle é mais ameno e são necessárias autorizações judiciais para a coleta e o monitoramento de atividades telefônicas e digitais.
No entanto, isso não reduz os riscos. Para o advogado, não existe garantia de que dados on-line estejam protegidos. Na empresa jurídica que dirige, 15% a 20% dos casos são relacionados ao vazamento de informações. Ele conta que vazamentos de dados empresariais importantes são muito mais comuns do que se imagina. E nesse caso, nem as próprias agências de segurança estão isentas do risco. 
Preocupação internacional
A denúncia do esquema norte-americano é assunto sensível na comunidade internacional e especialistas alegam que a União Europeia teria conhecimento do esquema desde 2008. O ministro do Interior alemão, Hans-Peter Friedrich, afirmou que sua única fonte de informação sobre a existência do Prism foi a imprensa. Apesar disso, ele não descartou que autoridades alemãs da área de segurança possam ter se beneficiado dos dados obtidos de forma controversa e, assim com os norte-americanos, os serviços de inteligência da Alemanha não revelam a origem de suas informações.
Apesar do debate, Oliveira acredita que nada deve mudar. Ele acredita que pessoas mais politizadas talvez abandonem o uso das ferramentas envolvidas. "Mas isso é fogo de palha. A poeira vai baixar e as coisas vão continuar como estão."
DW....SNB