sexta-feira, 17 de maio de 2013

O MELHOR BLOG DE DEFESA DO BRASIL


Crise de espionagem: falta de agentes faz dobrar o preço

Nikita Sorokin

Na história da captura em Moscou do agente da CIA Ryan Fogle o que mais intriga não é o equipamento arcaico do espião norte-americano, mas o montante do contrato por traição.

Ryan Fogle prometeu à pessoa que pretendia recrutar 100 mil dólares adiantados pela vontade de colaborar, mais um pagamento anual de um milhão de dólares. A potencial “toupeira” era um oficial do FSB com um excelente histórico de operações antiterroristas no Cáucaso do Norte.
O conjunto antiquado de objetos de espionagem que Fogle tinha consigo (um mapa em papel, uma peruca, uma bússola) e o alto montante da remuneração prevista causaram uma reação mista na mídia. Muitos dos meios de comunicação mundiais viram inicialmente no caso um escândalo de espionagem artificialmente inflado.
A experiência mostra que não se deve exagerar nem minimizar a eficácia dos métodos de obtenção de informações utilizados pelas agências de inteligência, diz o cientista político Vladimir Slatinov, perito do Instituto de Estudos Humanitários e Políticos. Ele lembrou uma história bastante recente, quando o canal de televisão Rossiya, uns anos atrás, transmitiu uma reportagem sobre as “pedras de espionagem”, colocadas num jardim e recheadas com dispositivos eletrônicos. Grande parte do público também encarou o caso de forma irônica. Mas depois, foram obtidas provas claras de que “pedras de espionagem” existiram, e de que eram realmente utilizadas pela inteligência britânica para transmitir e receber informações.
Na recente história de Ryan Fogle, as piadas e comparações com uma simples comédia de espionagem terminaram quando o FSB revelou que a situação atual repetiu, quase que seguindo o mesmo padrão, outra história que teve lugar apenas quatro meses atrás. No início do ano, a contraespionagem russa apanhou o agente da CIA Benjamin Dillon, que também trabalhava sob a cobertura de terceiro secretário da embaixada dos EUA e que também tentou recrutar um oficial do FSB. Ou seja, os agentes da CIA em Moscou tiveram a imensa “sorte” de “dar um tiro no pé” duas vezes em poucos meses.
Quanto ao montante do adiantamento e do “subsídio” anual que Fogle propôs ao oficial russo, os números são realmente bastante altos, notou Vladimir Slatinov em entrevista à Voz da Rússia:
"Isso pode ser explicado, por um lado, pelo fato de os serviços (dos agentes) estarem realmente ficando mais caros, e o dólar dos EUA se estar desvalorizando. Por outro lado, isso pode ser explicado pelo fato de as agências de inteligência dos Estados Unidos não pouparem dinheiro para obter informação muito importante para elas."
O fabuloso pagamento prometido pelo agente da CIA ao oficial do FSB não é razão para piadas, diz o diretor do Centro de Análise Geopolítica Valeri Korovin, especialmente quando se trata de estabilidade no Cáucaso do Norte e da obtenção de informações da parte de pessoas que trabalham no principal serviço secreto da Federação Russa:
"Os americanos não poupam meios, não poupam dinheiro, e tenho certeza de que o processo de recrutamento de membros de nossos serviços especiais envolve todos os funcionários da embaixada começando por McFaul e terminando no terceiro secretário, que é a figura menor na hierarquia diplomática da embaixada americana em Moscou."
Os serviços de inteligência das grandes potências nunca tiveram tarifas rígidas para os serviços dos agentes recrutados. Provavelmente, agora também não existem, disse à Voz da Rússia um coronel aposentado, um ex-oficial de inteligência da KGB da União Soviética, e atualmente famoso escritor, Mikhail Lyubimov. Muitos agentes estrangeiros trabalhavam para a inteligência soviética por convicção ideológica. Mas, mesmo aos agentes pagos, o KGB nunca pagou verbas tão exorbitantes. Tudo dependia da situação particular.
No entanto, de acordo com Mikhail Lyubimov, as agências de inteligência ocidentais tão pouco demonstravam grande generosidade aos traidores da URSS. Continua desconhecido por que montante a inteligência britânica “comprou” o famoso desertor da KGB Oleg Gordievsky. Mas a pensão anual de 40.000 libras esterlinas que lhe foi atribuída pelo governo britânico chegou a ser discutida quase no parlamento. Na altura, e, mais ainda, nos tempos de hoje, esta não é uma soma muito significativa.
O agente mais bem pago do serviço de inteligência da Rússia (SVR, na sigla russa) é um ex-agente sênior da CIA, o “super-espião” Aldrich Ames que foi descoberto nos Estados Unidos em 1994. Durante nove anos de trabalho para a SVR, as contas bancárias de Ames acumularam um milhão e meio de dólares, de acordo com relatos da mídia norte-americana.
Mas, em geral, um dos espiões mais “económicos” ainda é considerado o cidadão do Líbano, um ex-membro do conselho da cidade de Baalbek, Ali Taufiq Yari. Preso pelos serviços secretos libaneses por trabalhar para a Mossad, este espião teria recebido de Israel um total de 600 mil dólares.
Talvez, na Rússia os traidores estejam a esgotar-se e, por isso oferecem-lhes o dobro do preço...
VOZ DA RU....SNB

Serão Rússia e EUA amigos no ciberespaço?


Os EUA não estão em condições de enfrentar sozinhos as ameaças cibernéticas. Em função disso, Moscou e Washington estão concluindo a preparação de um acordo visando a segurança no ciberespaço.

O documento poderá ser assinado ao mais alto nível já em junho, no âmbito da cúpula do G8, a realizar na Irlanda do Norte. A questão da elaboração e da introdução de regras gerais referentes à conduta na Internet, incluindo as normas viradas contra ameaças cibernéticas, foi colocada pela Rússia reiteradas vezes. A iniciativa foi posta à discussão da ONU, tendo-se, porém, deparado com a resistência dos EUA. Agora, a Casa Branca está disposta a firmar um acordo bilateral com a Rússia, encarada, até há pouco tempo, como uma segunda fonte de ataques cibernéticos. Segundo revelou à Voz da Rússia o dirigente da companhia DialogNauka, Andrei Masalovich, os EUA têm vindo a assumir um posicionamento diametralmente oposto para se defender:
“A administração norte-americana se enganava muito ao considerar que a Rússia não estava pronta a dar passos significativos no ciberespaço. Todavia, desde o verão passado, a situação se alterou e, por iniciativa de Dmitri Rogozin e Serguei Shoigu, o está sendo criado na Rússia um cibercomando, o que quer dizer que a Rússia se tornará um jogador autônomo a merecer respeito. Por isso, é melhor chegar a acordo do que defrontar-se com surpresas.”
A Rússia poderá tirar proveito deste novo acordo. Antes de mais, tal poderá consolidar as posições políticas da Rússia na arena mundial. Além disso, o acordo nessa área poderá estreitar a cooperação russo-norte-americana no domínio de combate ao terrorismo, afirma Andrei Masalovich.
“Hoje só se pode falar de vantagens políticas. A Rússia já é encarada como um jogador, pelo que tais convênios, incluindo os acordos-quadro, serão aperfeiçoados. Importa o fato de sermos respeitados, sendo útil qualquer interação ou colaboração nessa esfera. Em segundo lugar, através dos acordos como esse se vai formando um sistema de ações coordenadas. Existem inimigos comuns, a começar pelo terrorismo, dispostos a desestabilizar a situação em vários países. Os serviços secretos não estão prontos para fazer frente a toda e qualquer ameaça terrorista. Por isso, quaisquer regras novas serão úteis."
Mas tal enfoque não é partilhado por todos os peritos na matéria. Segundo disse Alexander Panov, da companhia Hosting Community, os benefícios que a Rússia pode vir a obter nos marcos desse acordo são vagos, sem ter ainda qualquer projeção política.
“Creio que tais acordos estão fora da política e serão cumpridos de uma ou outra maneira. É difícil prever que vantagens terá a Rússia. No entanto, as tecnologias de combate ao cibercrime nos EUA estão mais desenvolvidas, podendo, através do acordo, chegar ao nosso país."
Em geral, seria prematuro fazer previsões nessa área importante, frisam peritos. A assinatura do acordo por Washington não garante, de forma alguma, que este seja observado na íntegra. A experiência dos últimos anos demonstra que os EUA, nos quadros de qualquer interação, costumam respeitar aquelas cláusulas que lhes são convenientes. Quando não o são, Washington ignora todas as normas, inclusive resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
SNB

DOMINÓ ÁRABE - RÚSSIA ENVIA MÍSSEIS AVANÇADOS EM APOIO A ASSAD NA SÍRIA


A Rússia enviou avançados mísseis antinavais de cruzeiro para a Síria, uma medida que ilustra a profundidade de seu apoio ao governo liderado pelo presidente Bashar al-Assad, disseram funcionários dos EUA na quinta-feira.
Previamente a Rússia já havia fornecido os mísseis Yakhont, como a arma é conhecida, à Síria. Mas os mísseis recentemente entregues contêm um radar avançado que os torna ainda mais eficientes, de acordo com funcionários americanos familiarizados com informações confidenciais de inteligência que falaram sob condição de anonimato.
O fornecimento dos mísseis Yakhont “contribui para as capacidades militares gerais da Síria, mas especificamente isso pressionaria a atividade naval Ocidental ou de seus aliados para mais longe da costa", disse Jeffrey White, membro do Instituto de Washington para a Política do Oriente Médio e ex-funcionário graduado de inteligência dos EUA. O fornecimento, acrescentou, também era "um sinal do compromisso russo com o governo sírio".
A informação sobre o fornecimento surge enquanto EUA e a Rússia planejam reunir uma conferência internacional com o objetivo de pôr fim ao brutal conflito sírio , que deixou mais de 70 mil mortos. Espera-se que essa conferência ocorra no início de junho e inclua representantes do governo Assad e da oposição síria.
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, repetidamente disse que esse encontro é a esperança de Washington de mudar os "cálculos" de Assad sobre sua habilidade de manter-se no poder, abrindo caminho para que possam ser negociados os passos para que um governo transitório governe a Síria no período pós-Assad.
Mas o fluxo de armas iranianas e russas à Síria, disseram funcionários americanos, estimulou a aparente crença de Assad de que pode vencer militarmente.

A Rússia vem apoiando o governo de Assad diplomaticamente e tem interesses antigos na Síria, incluindo uma base naval em Tartus. Na ONU, os russos recentemente bloquearam propostas para que o Conselho de Segurança montasse uma viagem de verificação de fatos a Jordânia , Turquia e Líbano para investigar a onda de refugiados, de acordo com diplomatas ocidentais.

A Jordânia solicitou a visita da ONU para reforçar o argumento de que a situação dos refugiados era uma ameaça à estabilidade na região, mas a Rússia disse que a viagem estava além do mandato do Conselho de Segurança, afirmaram diplomatas.
Quando alegações de que o regime de Assad usou armas químicas surgiram, a Rússia também apoiou a recusa do governo sírio de permitir que a ONU lançasse uma ampla investigação no país, com o chanceler russo, Serguei V. Lavrov, afirmando que isso era uma tentativa de "politizar" a questão e impor o "cenário iraquiano na Síria".

A Rússia também forneceu apoio militar à Síria. Autoridades russas repetidamente disseram que estão meramente respeitando seus contratos. Mas funcionários dos EUA temem que os suprimentos têm a intenção de limitar as opções dos EUA se decidir intervir em apoio dos rebeldes.

A Rússia, por exemplo, previamente enviou mísseis terra-ar SA-17 para a Síria. Israel lançou um ataque aéreo que atingiu caminhões que transportavam essas armas perto de Damasco em janeiro. Israel não reconheceu a ação oficialmente, mas afirmou estar preparado militarmente para evitar que armamento estratégico seja enviado ao grupo militante libanês Hezbollah .
Mais recentemente, autoridades israelenses e dos EUA conclamaram a Rússia a não prosseguir com a venda de avançadas armas de defesa aérea S-300. O Kremlin acatou o pedido dos EUA de não fornecer as S-300s ao Irã, mas a negativa a essa venda, disseram analistas, aumentou a pressão dentro do Exército russo para manter a venda para a Síria.
Diferentemente do arsenal sírio de Scuds ou de outros mísseis terra-terra que o governo Assad disparou contra as forças de oposição, os mísseis antinavais Yakhont poderiam providenciar para o Exército sírio uma arma formidável para conter as forças internacionais que buscam reforçar os rebeldes da oposição por meio da imposição de um embargo naval, do estabelecimento de uma zona de exclusão aérea ou do lançamento de ataques aéreos limitados.
“Permite ao regime deter as forças estrangeiras que avaliam enviar suprimentos à oposição pelo mar ou adotar um papel mais ativo se uma zona de exclusão aérea ou um embargo naval forem declarados em algum momento", afirmou Nick Brown, editor-chefe na Revisão de Defesa Internacional do IHS Jane. “Os mísseis realmente são matadores de navios."
Enquanto a crise síria entrava em uma escalada, a Rússia gradualmente aumentou sua presença naval na região. Em janeiro, dezenas de navios foram para os mares Negro e Mediterrâneo para participar no que o Ministério da Defesa disse ser o maior exercício naval do país em décadas, testando a habilidade das embarcações de se posicionar fora das águas russas.
Um mês mais tarde, quando os exercícios acabaram, a agência de notícias do ministério disse que quatro grandes navios estavam a caminho de operações na costa síria. "Com base nos resultados dos exercícios navais", disse o ministério na época, "tomamos a decisão de manter a atividade de combate dos navios de guerra russos no Mediterrâneo".
SNB

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Lavrov nega ligação entre fornecimento de mísseis S-300 à Síria e ataques aéreos de Israel


A decisão de fornecer à Síria mísseis antiaéreos S-300 não está ligada aos ataques aéreos de Israel a esse país; ela foi tomada muito antes desses acontecimentos, declarou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov.

“Basicamente, os sistemas antiaéreos são fornecidos para proteger o país-cliente de ataques aéreos. Mas esses contratos tinham sido celebrados muito antes da altura em que a Síria foi atacada pelo ar, no ano passado e agora”, disse ele em entrevista ao canal de TV libanês Al Mayadin.
SNB

Mundo está à beira de uma pandemia dupla


Ao que tudo indica, o mundo está perante uma nova ameaça. É provável que possa eclodir uma pandemia dupla, provocada por novas variedades de vírus.

O novo coronavírus foi detetado na Jordânia, Inglaterra, Alemanha e França. Na Arábia Saudita, onde foi registrado o primeiro surto da doença, decorreu uma conferência especial, cujos participantes não dissimularam a sua preocupação: há cada vez mais dados que testemunham a hipótese de que o novo coronavírus possa ser transmitido de pessoa para pessoa.
Haled Margalani, conselheiro do ministro da Saúde da Arábia Saudita, disse à Voz da Rússia:
“Este coronavírus, responsável pela morte de 15 pessoas na Arábia Saudita, é diferente de todos os vírus conhecidos. Não existem vacinas ou medicamentos eficazes para combatê-lo. Por outro lado, a nossa medicina é incapaz por enquanto de diagnosticá-lo. Isso é o mais terrível, porque não conhecemos os sintomas que devem ser comunicados à população”.
Todos os pacientes que recorrem aos serviços médicos têm febre alta e uma tosse muito forte. O exame médico sempre revela uma insuficiência respiratória dos dois pulmões ao mesmo tempo. Passado um tempo, os doentes precisam de terapia intensiva e de oxigênio artificial.
O doutor Gregory Hartl, porta-voz da Organização Mundial de Saúde, aponta:
“O enigma principal é por quem e como se transmite a infeção. Não conseguimos esclarecê-lo em oito meses de pesquisas. E enquanto não descobrirmos isso, será impossível intervir no processo de transmissão do vírus de pessoa para pessoa. O vírus é muito perigoso, porque a taxa de mortalidade supera os 60 por cento”.
O virologista Yuri Guendon destaca a principal, em sua opinião, causa de alarme:
“Os antigos vírus também se transmitiam de pessoa para pessoa. Mas eles provocavam doenças de média gravidade e de baixa mortalidade. Este vírus, porém, causa doenças muito sérias que podem ser letais”.
Outro perigo aproxima-se da China. Trata-se novamente da chamada gripe aviária, provocada contudo por uma nova estirpe, denominada H7N9. Este vírus não se transmite por enquanto de pessoa para pessoa, mas isso, como se diz, é uma questão de tempo.
Deste modo, o mundo está ameaçado por uma pandemia dupla: o coronavírus oriental e a gripe aviária chinesa. Alguns peritos consideram que coincidência não é casual. Alexander Duguin, filósofo e politólogo, disse à Voz da Rússia:
“Tradicionalmente, a exterminação de pessoas sempre foi uma forma de obter lucros para aqueles que desencadeiam e financiam guerras. Por isso, não há nada de surpreendente que algum vírus tivesse sido desenvolvido artificialmente”
Entretanto, alguns cientistas sustentam que as causas de novas doenças mortais têm um caráter natural. A natureza, como se sabe, sempre tende a um equilíbrio. E se uma espécie animal (neste caso, a espécie humana) começa a predominar excessivamente no planeta, a natureza faz os possíveis por reduzir o seu número.
POR Serguei Duz .... VOZ DA RUSSIA
SNB

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