quarta-feira, 24 de abril de 2013

Plano de proteção ao papa terá Forças Armadas


MARCELO GOMES - Agência Estado
O esquema de segurança montado para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que será realizada de 23 a 28 de julho, no Rio, contará com a ocupação, pelas Forças Armadas, de instalações consideradas estratégicas, como as usinas nucleares de Angra dos Reis, no litoral sul do Estado, a termelétrica de Santa Cruz, subestações de energia elétrica, a Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), além da estação de tratamento de água do Guandu e da Adutora do Lameirão, que abastecem cerca de 9 milhões de moradores do Grande Rio. O objetivo é evitar sabotagens que prejudiquem o evento e levem pânico à população.
Caberá a militares da 9.ª Brigada de Infantaria Motorizada do Exército ocupar estes locais. Ao longo dos seis dias da JMJ, serão empregados cerca de 8.500 militares na segurança - 7 mil do Exército e 1.500 da Marinha. As Polícias Civil e Militar fluminenses ainda não fecharam o efetivo que será usado. Em 27 e 28 de julho, quando serão feitas, respectivamente, a vigília e a missa de encerramento em Guaratiba, na zona oeste da capital, com a presença do papa Francisco, 4 mil soldados trabalharão. Nestes dois dias, será decretada garantia da lei e da ordem (GLO), o que assegura às Forças a responsabilidade constitucional pela segurança pública. A GLO funcionará em Guaratiba e nas instalações planejadas que serão ocupadas pela tropa.
"As Forças Armadas vão coordenar a segurança apenas no terreno em Guaratiba onde ocorrerão os dois grandes eventos. Nos outros locais da cidade e no restante dos dias da Jornada, o patrulhamento será responsabilidade da Secretaria Extraordinária de Grandes Eventos (Sege), do Ministério da Justiça", afirmou o general de divisão José Alberto da Costa Abreu, coordenador do Centro de Defesa de Área e Segurança do Exército.
O planejamento inclui patrulhamento e monitoramento por terra, mar, ar e até internet. O quartel-general da proteção da JMJ funcionará no prédio do Comando Militar do Leste (CML), no centro da cidade. Lá, exercerão as funções os Centros de Coordenação Tático Integrado (CCTI) e de Defesas de Área (CCDA) e Cibernética (CDCiber), que será transferido de Brasília para o Rio.
"O CCTI vai contar com representantes de todas as instituições envolvidas no esquema de segurança, como Forças Armadas e Polícias Federal (PF), Civil e Militar, nos mesmos moldes da Rio +20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável). A partir de lá, será monitorado todo o trabalho de patrulhamento", afirmou Abreu. Já o CDCiber visa evitar ataques de ciberpiratas e a sistemas de energia, telefonia e internet.
Segurança do papa
A escolta próxima de Francisco será feita por agentes do Núcleo de Segurança de Dignatários da PF. Por causa da magnitude do evento, cujas previsões giram em torno de 2,5 milhões de participantes, ele receberá tratamento de chefe de Estado considerado de alto risco, normalmente dispensado a governantes de países com histórico de guerras, ataques terroristas e/ou instabilidade política.
Cerca de 750 homens da PF participarão do plano de segurança de Francisco e do séquito papal, que deve contar com 15 integrantes, entre ministros de Estado, secretários particulares e agentes do Corpo da Gendarmaria do Estado da Cidade do Vaticano e da Guarda Suíça Pontifícia (responsáveis pelo resguardo do sucessor de São Pedro na chefia da Igreja Católica).
A maior parte dos agentes fará, em esquema de rodízio, o suporte dos locais onde Francisco ficará ou passará, como a residência oficial da Arquidiocese do Rio, no bairro do Sumaré, zona norte do município, lugar em que ele dormirá. A equipe que acompanhará Francisco nos deslocamentos pelo Rio será fixa, com os mesmos 15 homens durante toda a permanência dele na capital fluminense. Um deles será o "sombra". O guarda-costas deve estar preparado para qualquer tipo de ação hostil, até mesmo para se pôr à frente do pontífice romano e tomar um no lugar dele, como nos filmes.
"O objetivo em manter a equipe fixa é criar uma identidade visual do pontífice com os agentes", afirma um delegado da PF que acompanha o planejamento. A maioria dos 15 policiais federais já participou da assistência próxima dos papas João Paulo II e Bento XVI, quando eles estiveram no Brasil, em 1997 e 2007, respectivamente. Longos deslocamentos de Francisco pela capital serão feitos de helicóptero. Pequenas distâncias serão percorridas no papamóvel, que é blindado. Caças C-130 da Força Aérea Brasileira (FAB) vão a Roma buscar dois veículos (um ficará de reserva). 
SNB

Uma passagem de só ida para Marte

Boris Pavlischev
v d ru

A companhia não comercial privada Mars One começou a receber requerimentos dos interessados em se tornarem os primeiros colonos de Marte.

Segundo os planos de Bas Lansdorp, empresário da Holanda e iniciador do projeto, os primeiros quatro colonos chegarão ao Planeta Vermelho dentro de 10 anos em 24 de abril de 2023. Eles ficarão lá para sempre, porque as possibilidades e recursos técnicos não prevêem retorno para a Terra. Aliás, isto barateia em dezenas de vezes todo o plano.
Cada pretendente à passagem marciana só de ida deve enviar uma mensagem em vídeo, na qual explica porque justamente ele ou ela deve ser escolhido para o papel de colono. A recepção dos vídeos de todo o mundo durará dois anos. Para afastar as pessoas que não levam a sério, os organizadores cobrarão a pequena taxa de 25 dólares.
Espera-se não menos de um milhão de vídeos-requerimentos. Através deles definirão os candidatos, que serão divididos em quatro e começarão a preparar. Os futuros marcianos aprenderão a encontrar uma saída de diferentes situações estressantes. Está prevista a reclusão em maquete de base marciana com contenção de comunicação com a terra, como na experiência russa Marte-500.
Até 2022 – momento do envio dos primeiros colonos da Terra – a reserva para a colônia em Marte já será criada. Algumas naves Dragon levarão para lá mantimentos, módulos residenciais, sistemas de manutenção da vida e veículos todo-o-terreno.
Mars One é um projeto ainda mais arriscado do que o pretendido vôo balístico em torno de Marte, com lançamento em 2018. Fala o chefe da secção de psicologia do Instituto de problemas médico-biológicos da Academia de Ciências da Rússia, Yuri Bubeev:
“Em todo caso as pessoas que declaram estar dispostas a permanecer e não voltar, com certeza terão um momento em que mudarão de opinião e já não poderão fazer nada. Com certeza elas mudarão de ideia nos primeiros meses. Se elas têm passagem só de ida, a Terra ouvirá muitos pedidos de ajuda em vão”.
Yuri Bubeev lembra como nas experiências passadas de isolamento prolongado a seus participantes propuseram escolher os pratos para compor o cardápio para os 2 anos seguintes. Dentro de um mês verificou-se que os pratos preferidos cansaram e era necessário algo diferente. No isolamento muda não apenas o paladar, preferências, mas também a avaliação das decisões tomadas. Mais do que isto,- as próprias características da personalidade – prossegue o especialista.
“A consciência de que têm passagem só de ida muda muita coisa. Serão já pessoas diferentes daquelas que partiram da Terra. Com o desenvolvimento negativo dos acontecimentos a impossibilidade de corrigir a situação a bordo da nave da Terra, fará com que o cumprimento da honrosa missão deixe de ser prioridade."
Nem todos os que querem voar sem retorno para Marte são psiquicamente saudáveis – considera o catedrático de psicoterapia da Universidade Estatal de Medicina e Odontologia de Moscou, Vladimir Malyguin. Ao se decidir a tal passo eles não se guiam por argumentos da razão:
"Ou é uma reação depressiva a algo, ou episódio depressivo – isto também não é saúde. Ainda não é doença, mas é patologia. Entre eles há muitos pessoas problemáticas.”
Não há falta de pessoas problemáticas. A companhia Mars One já recebeu 10 mil cartas eletrônicas de interessados de cem países. Parece que serão detidos apenas por força maior – se a companhia não conseguir reunir os 6 bilhões de dólares necessários e os planos fracassarem. A maior parte dos recursos deverá vir de emissões de shows de televisão, que se pretende continuar também em forma de transmissões diretas de Marte.
SNB

Hackers invadem Twitter de agência e manipulam mercados


ALINE SELYUKH - Reuters
Hackers controlaram na terça-feira uma conta da agência de notícias Associated Press no Twitter, por meio da qual transmitiram uma falsa mensagem sobre duas explosões na Casa Branca, que abalaram por alguns momentos os mercados financeiros dos Estados Unidos.
Em mais um incidente grave envolvendo o Twitter, a conta oficial @AP informou que o presidente Barack Obama havia ficado ferido nas explosões na sede do governo.
Paul Colford, porta-voz da AP, rapidamente confirmou que os tuítes eram falsos, mas bastaram 3 minutos após a divulgação do trote para que praticamente todos os mercados dos EUA despencassem, numa situação descrita por um operador como "puro caos".
A mensagem foi divulgada pouco depois das 13h (horário de Washington, 14h em Brasília). Logo depois, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, foi a público anunciar que Obama estava bem.
Os mercados se recuperaram rapidamente depois que a falsa mensagem foi tirada do ar. Alguns operadores disseram que a oscilação refletiu o comportamento de operações informatizadas, que são disparadas automaticamente.
Um grupo que se intitula Exército Eletrônico Sírio e que diz apoiar o presidente desse país, Bashar al Assad, em uma guerra civil iniciada em 2011, usou a sua própria conta do Twitter para assumir a responsabilidade pelo boato.
O grupo, que cria novas contas toda vez que o Twitter cancela uma antiga, recentemente reivindicou também a autoria de um ataque cibernético semelhante contra as contas do Twitter operadas pela Rádio Pública Nacional dos EUA, pela BBC e pelo programa "60 Minutes", da CBS.
As duas contas da AP no Twitter, chamadas @AP e @AP_Mobile, foram suspensas logo depois da mensagem falsa, e a agência posteriormente informou que hackers já fizeram repetidas tentativas de furtar senhas de jornalistas seus.
O FBI informou que estava investigando como hackers conseguiram invadir a conta da AP, segundo uma porta-voz.
O Twitter disse que não comentaria o caso específico da AP. Críticos dizem que o site tem falhas no seu sistema de segurança que facilitam invasões desse tipo. 
ESTADO D S PAULO... SNB

Força Aérea comemora Dia da Aviação de Caça com destaque aos brasileiros veteranos de guerra

 O lema “voar, combater e vencer” ecoou na Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, como parte das comemorações alusivas ao Dia da Aviação de Caça – celebrado na manhã desta segunda-feira (22). Em duas solenidades, uma delas com a presença do ministro da Defesa, Celso Amorim, os veteranos brasileiros da 2ª Guerra Mundial foram os grandes homenageados.O foco foi para a atuação dos pilotos do 1º Grupo de Aviação de Caça (1º GAvCa) nos céus da Itália em 1945. “Destacou-se a coragem, eram todos voluntários e jovens, entre 20 e 30 anos. Alguns não retornaram para casa”, discursou com voz embargada o comandante do 1º GAvCa, tenente-coronel-aviador Eduardo Almeida da Silva.

As palavras do comandante foram ditas logo nas primeiras horas do dia, durante formatura do P-47 (modelo do avião usado pelos veteranos na época). Na ocasião, ele relembrou, com pesar, o falecimento, no mês passado, de um dos remanescentes de guerra, o brigadeiro José Rebelo Meira de Vasconcelos. E disse: “Um dia antes de sua morte, conversei com o brigadeiro Meira sobre a importância dos veteranos”. Neste momento, foram lidos os nomes dos integrantes do grupo já falecidos, homenageados com salva de tiros.

O coronel completou dizendo que este ano, pela primeira vez, nenhum veterano piloto esteve presente nas comemorações. “Só temos dois vivos, mas que por restrições de saúde não puderam vir”, disse referindo-se aos brigadeiros Rui Barbosa Moreira Lima e José Carlos de Miranda Corrêa.

Após o término da solenidade, os presentes deslocaram-se para outro pátio de formatura, onde assistiram a cerimônia do Dia da Aviação de Caça. Antes de iniciar, fitaram os olhos para cima observando o sobrevoo de aeronaves na Base de Santa Cruz.
Dissuasão e pronta-resposta
O evento seguinte foi presidido por Celso Amorim. A seu lado estava o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito. Além de complementar as festividades do Dia da Aviação de Caça, a cerimônia teve o objetivo de condecorar militares e instituições da Força Aérea Brasileira (FAB).

Em ordem do dia lida durante a solenidade, assinada pelo comandante-geral de Operações Aéreas, brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato, foi destacado o legado deixado pelos remanescentes da 2ª Guerra. “A inspiração pelo exemplo e os ensinamentos transmitidos pelos nossos veteranos, traçaram ­­o caminho sólido que nos traz até os dias atuais. Gerações de pilotos e de pessoal de manutenção foram forjadas dentro de um mesmo espírito, uma mesma doutrina.”

Também foi mencionada pelo comandante-geral a necessidade de investimento na renovação da frota de aeronaves da FAB, a fim de manter a integridade do espaço aéreo. “Levando-se em conta a estatura do nosso país e a inquestionável e prioritária importância do poder aéreo para dissuadir eventuais agressões é fundamental a existência de meios materiais e bélicos que mantenham nossa capacidade de pronta-resposta. (...) Assim, há a necessidade de investimentos que garantam a confiabilidade e a atualização de nossa frota de aeronaves.”

Participaram das cerimônias o comandante da Base Aérea de Santa Cruz, coronel-aviador Sérgio Barros de Oliveira, e demais personalidades civis e militares. A última solenidade foi encerrada com desfile ao som do hino Senta a Púa.
Fotos: Tereza Sobreira
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)Ministério da Defesa
SNB

terça-feira, 23 de abril de 2013

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EUA vendem US$ 10 bilhões em equipamento militar a Israel

DIOGO BERCITO DE JERUSALÉM

Chuck Hagel, secretário de Defesa dos EUA, anunciou no domingo durante visita a Israel a venda de equipamento militar em valor estimado em US$ 10 bilhões (R$ 20 bilhões).
Os armamentos, que incluem helicópteros de transporte e de reabastecimento, têm como intuito "garantir a superioridade aérea" do país, no que foi entendido como uma mensagem clara ao Irã.
O pacote inclui as aeronaves V-22 Osprey, até então não exportadas para fora dos EUA. Capazes de decolar e pousar verticalmente, são um equipamento considerado avançado na área, e devem garantir que Israel esteja na vanguarda aérea na região.
O número de aeronaves não foi divulgado oficialmente.
"Os EUA e Israel estão lidando com os desafios dessa nossa dura vizinhança, em primeiro lugar e principalmente o Irã", afirmou Moshe Yaalon, ministro da Defesa de Israel, durante o evento.
Questionado sobre um possível ataque israelense ao Irã, Hagel afirmou crer que esse cálculo deve ser feito por Israel --"toda nação soberana tem o direito de defender-se".
A administração americana demonstrou no entanto, em outras ocasiões, receio de que uma ofensiva israelense acenda uma guerra regional, tragando outros países ao confronto.
De maioria xiita, o Irã tem como aliados o regime de Bashar Assad, na Síria, e o grupo radical Hizbollah, no Líbano.
Analistas têm apontado que, com a proximidade das eleições presidenciais iranianas, em junho, Israel está desacelerando a retórica contra Teerã, dando tempo aos esforços de negociação --por enquanto, sem resultado.
O Irã insiste em seu direito de enriquecer urânio, afirmando fazê-lo para uso doméstico de energia. A comunidade internacional, no entanto, teme que o objetivo do país persa seja o bélico. Acredita-se que, hoje, Israel seja o único país no Oriente Médio a possuir um arsenal nuclear.
VOLTA
Hagel iniciou anteontem um giro de uma semana pela região, com foco na ameaça iraniana e na guerra civil síria. Durante a viagem, irá tratar da venda de armamentos não apenas a Israel, mas também à Arábia Saudita e aos Emirados Árabes Unidos.
Após Israel, o secretário de Defesa americano irá a Amã. De lá, seguirá para Arábia Saudita, Egito e Emirados Árabes --onde deve finalizar a venda de caças F-16, em acordo que inclui o treinamento de pilotos emirados.
Enquanto Hagel realiza seu giro pelo Oriente Médio, John Kerry anunciou no domingo, em Istambul, que irá dobrar o auxílio repassado à insurgência síria na aquisição de "suprimentos não letais". Com isso, serão US$ 123 milhões (R$ 247 milhões) adicionais.
Não está claro de que equipamentos se trata, mas a administração americana já havia sinalizado ter a intenção de auxiliar com vestes de proteção e visores noturnos. 
FOLHA...........SNB

Nós abatemos o avião ultrassecreto da Força Aérea dos EUA"

Konstantin Katchalin

O comando da OTAN em Bruxelas ficou muito abalado no dia 27 de março de 1999. Pela primeira vez na história das operações militares do F-117А, o avião mais “secreto” da FA dos EUA, ele não só foi detectado pelos radares antiaéreos da Iugoslávia, mas foi inclusive abatido perto de Belgrado.

Este foi um rude golpe no prestígio do complexo militar-industrial norte-americano e da corporação Lockheed. O Pentágono afirmou que teria havido um erro técnico e que o “avião invisível” se teria simplesmente despenhado algures nas florestas da Sérvia. Os militares dos EUA não reconheceram, senão a 25 de novembro, que o F-117A tinha sido destruído por um míssil soviético.
A verdade não foi apenas ocultada aos americanos comuns, mas também aos muitos clientes que já tinham assinado contratos com aLockheed. O “avião invisível” era na altura muito popular em todo o mundo.
O orgulho da aeronáutica estadunidense, no valor de cerca de 50 milhões de dólares, foi destruído por um sistema de mísseis terra-ar com a chancela Made in USSR. O primeiro a carregar no botão de lançamento foi Dragan Matic. Na altura, ele me contou detalhadamente as particularidades dessa operação:
“No dia 24 de março de 1999, nós abandonámos a nossa unidade posicionando-nos numa área periférica de Belgrado. Passamos três dias relativamente calmos. Nós trabalhamos em equipe, com os procedimentos habituais que executávamos às ordens do nosso comandante. O principal era não sermos detectados pelos radares dos AWACS que habitualmente acompanhavam os aviões da OTAN. Especialmente os F-117A.
“Nós estávamos estacionados junto à aldeia de Simanovci. No dia 27 de março, quase ao anoitecer, toda a nossa brigada estava de serviço. O colega do serviço de seguimento informou que havia fortes interferências e que o sinal estava mais próximo das nossas posições. Praticamente 5 minutos depois, a pesquisa de rádio transmitiu que um alvo se dirigia para a nossa bateria. O comandante analisava a tela e recebia as indicações da pesquisa de rádio. O alvo se dirigia contra nós. Nós detectamo-lo. Eu olhei para a tela e vi claramente a marca do alvo. Começamos a fazer o seguimento do alvo, ele estava perfeitamente visível.
“Eu relatei ao comandante que o alvo estava fixado pelos nossos instrumentos e que estávamos prontos para abatê-lo. Dezassete segundos depois da ordem de “Fogo!”, o alvo foi atingido pelo nosso míssil. O primeiro míssil arrancou a asa ao avião furtivo e o segundo abateu o próprio avião. O piloto se catapultou e o avião caiu.
“É uma fantasia dos engenheiros e pilotos estadunidenses que o F-117A é invisível. Todas as tecnologias furtivas garantem a sua “invisibilidade” apenas no diapasão de rádio de alta frequência. Ele é bastante visível nos radares que trabalham com baixas frequências. Foi por isso que nós detectámo-lo ainda a 50 quilômetros e esperámos até ele passar perto da nossa bateria para abatê-lo.
“É verdade que ele tem um sinal mais fraco que os aviões normais, mas mesmo assim ele aparece nas telas dos radares. Pode ser que o piloto se tenha enganado, ou que se tenha perdido, mas ele voava apenas a 5 quilômetros de altitude e se tornou num alvo nosso.
“Nós abatemos um aparelho terrível e fantástico, o avião ultrassecreto da Força Aérea dos Estados Unidos. O piloto catapultou-se e se escondeu na floresta. Cinco horas depois, chegou em vários helicópteros um grupo de resgate de operações especiais norte-americano que o levou. No dia seguinte, ele já estava na base aérea de Aviano, perto de Veneza.
“Quando conseguimos abater o avião, abandonamos imediatamente o local juntamente com o equipamento. Quanto mais depressa mudarmos de posição, mais hipóteses de sobreviver tem a bateria. Nós fizemos isso 24 vezes durante estes três meses de agressão e foi o que salvou a nossa bateria. Não tivemos vítimas entra a nossa equipe. No entanto, a nossa brigada antiaérea teve 9 mortos.”
VD RU.......SNB