quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Submarino russo-italiano: síntese mutuamente vantajosa

Ilia Kramnik..
Submarino S-1000

A Rússia e a Itália retomam as obras de projeção de submarinos que se destinem à exportação. O uso de tecnologias e a experiência de ambos os países acumulada nesse segmento, poderão proporcionar elevadas receitas na altura em que muitos Estados procedem à criação ou à modernização de submersíveis em serviço das respectivas Armadas.

Sinergia como a chave do sucesso
O mercado de submarinos continua a alimentar os produtores com receitas estáveis. Os contratos de exportação abrangem praticamente todos os países produtores de submarinos – a RFA, a França e a Rússia. A par disso, os submersíveis modernos se tornam cada vez mais caros e complicados, o que implica a cooperação necessária para a sua projeção e a construção. A colaboração permite minimizar despesas com as obras de projeção, bem como tirar proveito de sucessos alcançados por escolas diferentes.
A idéia de convergência surgiu ainda nos finais da década de 90 do século passado, enquanto a projeção de um submarino de 1.000 toneladas se iniciou em 2004. Em 2008, as obras foram suspensas devido à crise econômica global. Todavia, a situação atual incute otimismo. É que, em face da demanda crescente, sobretudo, nos países da região asiática e do Pacífico, o projeto russo-italiano a cargo da empresa russa Rubin e a companhia italiana Fincantieri, pode vir a ser bem sucedido.
O novo submarino será usado, antes de mais, por aqueles países que buscam soluções baratas. O projeto S-1000 é, sem dúvida, polivalente, já que o submersível poderá servir tanto na luta contra os alvos da superfície e subaquáticos, como na colocação de minas e na execução de operações especiais. O navio é capaz de acolher, para além da tripulação, um grupo de seis fuzileiros navais especialmente treinados para atos diversionistas.
O submarino com o equipamento total não traz mísseis, nem possui o bloco energético anaeróbico, o que reduz a autonomia de navegação subaquática. Mas isso se reflete no preço relativamente baixo que, ao que parece, não deverá ultrapassar 120-150 milhões de dólares por uma embarcação. Tais despesas, aliadas à manutenção técnica e à preparação de tripulantes, são admissíveis até para os países pobres.
Deste modo, o S-1000 tem chances de virar um produto real nos próximos 2-3 anos sem ter sentido a oposição de concorrentes em termos de preço.
As obras de projeção não impedem a realização de projetos russos, incluindo a construção do Amur-950 similar a ser dotado de mísseis e armamentos mais pesados. O Amur-950 dispõe de 10 rampas de lançamento verticais, podendo ser equipado ainda com os módulos energéticos anaeróbicos, o que reforça a sua capacidade combativa.
Até há pouco, a exportação do Amur foi impedida pela ausência de módulos anaeróbicos produzidos em série. Para suprir a falta, o Ministério da Defesa planeja retomar a produção em série de submarinos do projeto 677, dotados de blocos anaeróbicos. Assim sendo, para além do Amur-950, serão postos à venda os submersíveis do projeto 677, destinados para a exportação com o nome Amur-1650. Este último já despertou interesse da China e da Indonésia. Quando os submarinos do projeto 677 entrarem em serviço, este interesse poderá concretizar-se em contratos reais
VOZ DA RUSSIA..SNB

FAB TV (NOVO) - Veja os destaques da revista eletrônica Conexão FAB

Os destaques desta edição do Conexão deste mês são a farmácia de manipulação da Escola de Especialistas de Aeronáutica que gera economia em medicamentos utilizados pelos alunos e os voos de ressuprimento realizados pela FAB que abastecem os batalhões no Haiti.
Fonte: Agência Força Aérea ..SNB

balões de pesquisa científica

José Monserrat Filho *Há alguma coisa no ar além dos aviões de carreira.”
Aparício Torelly, o Barão de Itararé (1895-1971)

A conceituada revista científica Nature, em sua edição de 31 de janeiro passado, anuncia, em editorial, que os balões de pesquisa científica que tanto nos ensinaram sobre a atmosfera, irão agora prestar serviços no espaço exterior. Eles seriam práticos, baratos, eficientes e seguros.
O editorial começa lembrando o físico suíço Auguste Piccard (1884-1962), pioneiro dos balões pesquisa, que, além de pesquisador emérito, projetou-se também como inventor.
Conta a lenda, e a Nature a confirma, que o famoso cartunista bela Hergé, criador das aventuras de Tintin em quadrinhos, hoje conhecidas em praticamente todo o mundo, inspirou-se no estranho perfil de Piccard para conceber a figura do cientista amigo de Tintin, o Professor Cuthbert Calculus, cujo nome, por si só, já é um enigma. Hergé o teria visto uma vez numa rua de Bruxelas e nunca mais o esquecera.
“A pesquisa é esporte de cientista”, disse uma vez Piccard, recorda o editorial.
Em 1930, Piccard projetou uma gôndola de aço pressurizado pendurada num balão para transportar passageiros e equipamentos de laboratório. A gôndola logo converteu-se naquele tipo de submarino que hoje conhecemos como batiscafo, destinado a investigar as profundezas oceânicas. Mas, um ano depois, em 1931, Piccard e seu colega Paul Kipfer começaram a usar o novo balão dotado de uma gôndola especial no estudo da atmosfera, em alturas de até 15.785 metros, sobretudo na busca de raios cósmicos, que haviam sido descobertos em 1912 pelo físico austríaco Victor Hess.
Desde então, diz a Nature, os balões de pesquisa foram mais alto e mais longe. Na semana passada, um balão de longa duração da NASA rompeu o recorde de permanência no ar ao registrar 46 dias sobre o Polo Norte, sob o impacto de ventos fortes e do céu gelado. Não há cientistas a bordo, mas o objetivo é o mesmo dos tempos de Piccard: o balão flutua a cerca de 39km da face da Terra e transporta o Super Trans-Iron Galactic Element Recorder, que peneira os raios cósmicos de alta energia à procura de elementos pesados raros.
Mas os balões podem ir ainda mais longe. Podem ir ao espaço, garante a revista. A  Nasa pensa num balão enlaçado à Estação Espacial Internacional. A agência o batizou de “módulo de atividade de expansão”, enquanto alguns jornais e revistas o chamaram de “balão espacial gigante” e “castelo inflável”. Esse balão espacial poderá prestar bons serviços não apenas às pesquisas científicas. Ele tem condições também de ajudar na construção de estações espaciais, como base dos astronautas operários e do material necessário ao trabalho. As vantagens parecem óbvias: o balão espacial é compacto, muito mais barato de ser lançado e de permanecer lá em cima. Um requisito, contudo, é vital: ele deve ser efetivamente capaz de repelir a radiação e os micrometeoritos ponte-agudos, os inimigos da vida no espaço. Por tudo isso, a Nasa negocia com a entidade que desenvolveu o revolucionário balão, a empresa Bigelow Aerospace (Las Vegas, Nevada, EUA), sobre como testá-lo em órbita com gente vivendo e trabalhando lá dentro
Balões, digamos, corajosos também foram lançados no passado. Os rockoons, criados por James Van Allen, da Universidade de Iowa, EUA, em 1950, carregavam foguetes de sondagem até  grande altura na atmosfera e dali os lançavam a altas órbitas. Ao caírem de volta na Terra, eles traziam registros de camadas de radiação concentrada além da atmosfera. Isso levou à descoberta do Cinturão de Van Allen, anunciada em 1958, importante conquista dos cientistas americanos. Balões, aliás, também já foram usados para lançar foguetes ao espaço.
No currículo dos Balões constam, igualmente, o transporte de câmeras e telescópios para sondar diferentes regiões do espectro electromagnético, bem como o envio de plantas e animais à estratosfera. Fabricados de plástico e borracha, e usados individualmente ou em frotas, eles seguem sendo “plataformas silenciosas e surpreendentemente estáveis para a ciência”, afirma a Nature. Ademais, são competentes bases para testar instrumentos e técnicas, que um dia voarão no espaço.             A revista conclui, prestando reverência ao “humilde balão”, que, modestamente, tem um brilhante futuro pela frente.
Os nossos balões
O Brasil avançou muito na técnica dos balões meteorológicos, que em geral sobem até a estratosfera (entre 7 e 17 até 50 km de altitude), mas podem chegar à mesosfera (entre 50 a 85 km de altitude). As sondas (sensores que transmitem informações em tempo real) que os balões transportam medem a pressão atmosférica, a temperatura e a umidade relativa do ar, em altitude. O processo, chamado radiossondagem, analisa dados para as previsões meteorológicas, determinando com mais eficiência a possibilidade de chuvas, frentes frias e tormentas.
Indispensáveis à meteorologia de hoje, os balões são lançados por estações meteorológicas, pertencentes a institutos de pesquisas, universidades, entidades públicas e privadas, e às Forças Armadas. A maioria dessas estações está subordinada ao Comando da Aeronáutica.
Mais de três mil balões, segundo se calcula, são laçados diariamente na atmosfera.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mantém o Setor de Lançamento de Balões (SLB), criado em 1969, para prestar apoio técnico e de infra-estrutura aos nossos pesquisadores e a instituições nacionais ou estrangeiras que careçam de um equipamento espacial de baixo custo para efetuar pesquisas em ambiente fora da superfície da Terra. O SLB gerencia, planeja e executa laçamentos, rastreio e recuperação da carga útil. E já realizou mais de cem lançamentos de balões estratosféricos, envolvidos com pesquisas em muitas áreas do conhecimento.
De acordo com o site do INPE, o SLB tem doze funcionários: dois tecnologistas, seis técnicos, três bolsistas e uma secretária. O chefe do setor é o tecnologista José Oscar Fernandes.
A base de lançamento de balões do SLB situa-se na unidade do INPE em Cachoeira Paulista, São Paulo, onde fica também o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC).
Lançamentos de balões estratosféricos já foram realizados, entre outros, nos seguintes locais: Campus da Universidade Federal de Santa Maria, em Santa Maria, Rio Grande do Sul; Aeroporto Domingos Rego, em Timon, Maranhão; e Aeroporto de Nova Ponte, em Nova Ponte, Minas Gerais.
O Brasil, claro, ainda não tem planos nem a ambição remota de criar e/ou usar balões no espaço exterior. Mas não se pode excluir a possibilidade de que, mais cedo ou mais tarde, esse novo veículo espacial ¨C de perspectivas cada vez mais exploradas ¨C venha a nos desafiar, como já o fez com tantos outros países, inclusive com o nosso parceiro estratégico global, a China.
Enfim, como acreditar que a Nature tivesse decidido usar seu poderoso espaço editorial para escrever sobre balões se algo novo e promissor não estivesse de fato pintando no horizonte?
 Chefe da Assessoria de Cooperação Internacional da  .. AEB...SNB

Yoani Sánchez visita o Congresso em meio a aplausos, protestos e bate-boca


Guilherme Russo, de O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Depois de ser hostilizada por grupos radicais em sua passagem por Bahia e Pernambuco, a blogueira cubana Yoani Sánchez foi recebida nessa quarta-feira, 21, com aplausos, vaias e causou bate-boca no Congresso Nacional, em Brasília. Em discurso, a dissidente elogiou a liberdade de expressão no Brasil. "Levo do Brasil a recordação da pluralidade", disse Yoani.Recebida por dezenas de jornalistas, parlamentares e assessores, a blogueira e colunista do Estado foi levada ao plenário da Câmara dos Deputados. Alguns a aplaudiram, outros protestaram e houve bate-boca entre os congressistas. Yoani chegou a subir na tribuna, mas não falou até ser levada à sala dos trabalhos da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional.
A audiência durou pouco mais de duas horas e, enquanto Yoani fazia seu discurso, ouviam-se ao fundo os gritos de manifestantes - impedidos de entrar na sala da comissão. A blogueira relatou ao público a história de seu blog, criado em 2007, e criticou a "satanização pública" que diz sofrer das autoridades da ilha. Ao encerrar sua fala, sob forte aplauso, Yoani disse que gostaria que os cubanos tivessem os mesmos direitos que os brasileiros e repetiu uma frase usada nos últimos dias: "Os brasileiros são como os cubanos, mas com liberdade".
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que a acompanhou no Nordeste, disse ter enviado uma carta ao embaixador cubano em Brasília, Carlos Zamora Rodríguez, convidando-o para o evento. Em Brasília, Yoani também conversou com o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Na sessão de perguntas à blogueira, congressistas governistas questionaram quem estava pagando seu périplo internacional - manifestantes acusam a dissidente de ser financiada pela CIA. Yoani respondeu que a conta está sendo paga pela Anistia Internacional e pelas universidades que a convidaram para ministrar palestras. Ela também reafirmou sua oposição ao bloqueio americano imposto a Cuba (mais informações nesta página).
Tietagem. Nos aeroportos de Salvador e Brasília, dezenas de pessoas pararam Yoani para tirar fotos e conversar, algo incomum para a dissidente, pouco conhecida dentro de Cuba. Muitos pediam desculpas por ela ter sido hostilizada no Brasil, reforçando que ela era bem-vinda no País.
Já a caminho do aeroporto da capital, onde embarcaria rumo a São Paulo, a cubana disse ao Estado que se emocionou com a breve passagem por Brasília. "Foi o dia mais apaixonante da minha vida. Gostaria de tê-lo vivido em meu país." "O Brasil é um país difícil de governar, gostaria que Cuba também se tornasse um país difícil de governar", disse. "O importante são os cidadãos e não o presidente."..SNB

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Brasil e Rússia assinam acordos de cooperação em educação e tecnologia

SNB

Brasil e Rússia acertam compra de até seis baterias antiaéreas


BRASÍLIA, 20 Fev (Reuters) - O Brasil e a Rússia assinaram nesta quarta-feira, em Brasília, uma cooperação na área de defesa antiaérea que deve resultar na compra, pelo Brasil, de cinco a seis baterias antiaéreas russas sob a condição da transferência de tecnologia para o país.
Autorizada pela presidente Dilma Rousseff, a compra foi selada com a assinatura de declaração de intenção durante a visita do primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, ao Brasil.
"Os equipamentos devem ser entregues e estarão em atividade em 2016, a tempo das Olimpíadas", afirmou à Reuters o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi, quem assinou o termo por parte do Brasil.
Segundo ele, o Brasil precisa atualizar seu sistema de defesa antiaéreo e, pelo acordo assinado nesta quarta-feira, os russos se comprometeram a "abrir a caixa preta" da tecnologia adquirida.
De Nardi afirmou que o sistema não estará em atividade até a Copa do Mundo, no ano que vem, mas disse que é uma vitória ter a tecnologia até 2016.
"A Olimpíada propõe mais desafios porque se realiza em vários pontos na mesma cidade. Na Copa, é apenas um local em diversas cidades, o que em termos de defesa é menos desafiador", disse.
Ele disse que em até três meses o contrato será redigido e a produção dos equipamentos poderá começar na Rússia. A produção no Brasil, que será realizada por uma série de empresas coordenadas pela Odebrecht Defesa, começará com equipamentos mais simplificados e, em alguns anos, deve incluir itens mais sofisticados.
"É conhecida a carência brasileira na área de proteção antiaérea", disse à Reuters uma fonte do Itamaraty que acompanhou as reuniões com o primeiro-ministro russo, que esteve com a presidente Dilma nesta manhã.
De Nardi afirmou que já havia se reunido com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e que voltaria a se reunir com ele nesta tarde para detalhar a fonte dos recursos a serem utilizadas pelo governo. "Mais à frente teremos que discutir se há mercado para a produção no Brasil", disse ele. Dilma e Medvedev também conversaram sobre o programa Ciência Sem Fronteiras e do esforço do Brasil em selecionar candidatos para pós-graduação, apesar das dificuldades, como a exigência de conhecimento da língua.
Um dos principais interesses brasileiros tratados com Medvedev durante sua visita ao país, segundo fontes do governo, é o impasse do embargo russo à carne brasileira.
O Brasil integra junto à Rússia o grupo dos Brics, também formado por Índia, China e África do Sul.
(Reportagem de Ana Flor 
Reuters SNB

Petrobras anuncia nova descoberta no pré-sal da Bacia de Santos


Rio de Janeiro – A Petrobras anunciou hoje (20) mais uma descoberta de petróleo em área de cessão onerosa, na camada pré-sal da Bacia de Santos. A cessão onerosa é um mecanismo criado pelo governo federal para permitir que a estatal petrolífera produza até 5 bilhões de barris de petróleo, em algumas áreas do pré-sal, sem a necessidade de licitação.
A descoberta foi feita na área conhecida como Florim, localizada a 206 quilômetros da costa do estado do Rio de Janeiro e a 2 quilômetros abaixo do nível do mar. Segundo a Petrobras, o petróleo tem 29 graus API (escala de densidade do petróleo), e é considerado de boa qualidade.
O poço perfurado pela empresa já chegou a 5.498 metros (incluindo camadas de água, rocha e sal) e deve prosseguir por mais cerca de 600 metros, como prevê o contrato de cessão onerosa. Por enquanto, a empresa está fazendo apenas a exploração da área, que inclui perfurações de poços e levantamentos de informações. Essa fase deverá terminar até setembro de 2014.
Se for considerado que a área tem potencial de produzir petróleo em escala comercial, a empresa começará a produção na região depois da fase exploratória.
Edição: Juliana Andrade...Vitor Abdala - Agência Brasil
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