segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O refino é parte da longa crise da Petrobrás


O Estado de S.Paulo
Empresas petrolíferas valem mais pelas reservas de óleo e gás - provadas e prováveis - que serão exploradas e assegurarão as receitas futuras do que pela capacidade de refino, que pode fortalecer suas receitas presentes, mas é pouco lucrativa. O que se constata no Brasil é que os investimentos em abastecimento, que inclui o refino, foram mal-sucedidos. Não acompanharam as projeções de demanda e ajudam a explicar o vultoso déficit decorrente da importação de derivados de petróleo, previsto para toda a década.
Entre 2006 e 2011, os investimentos da Petrobrás em abastecimento aumentaram cerca de 750%, de US$ 1,9 bilhão por ano para US$ 16,1 bilhões, enquanto os investimentos em exploração e produção cresceram menos de 200%, de US$ 7 bilhões para US$ 20,4 bilhões, segundo dados da estatal. Em 2011, a área de abastecimento da Petrobrás teve prejuízo operacional de US$ 14,5 bilhões. Entre 2011 e 2012, mais que dobrou o prejuízo líquido consolidado da área: de US$ 5,718 bilhões passou para US$ 11,718 bilhões, conforme os dados distribuídos pela empresa.
A capacidade de refino da Petrobrás é, hoje, da ordem de 2 milhões de barris/dia de petróleo, inferior ao consumo. "Estamos sempre correndo atrás do mercado", disse ao jornal Valor o diretor de Abastecimento da Petrobrás, José Carlos Cosenza. O déficit é estimado em 250 mil a 300 mil barris/dia e só tende a crescer. O aumento da eficiência das refinarias, da ordem de 5%, entre 2011 e 2012, só diminuiu a gravidade do problema.
Para eliminar o déficit entre produção e consumo, o Brasil depende da conclusão de refinarias em fase de construção. A Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, com capacidade de processar 230 mil barris/dia, só entrará em operação entre novembro de 2014 e maio de 2015; e o Comperj, com 165 mil barris/dia, em abril de 2015. Mas elas estão atrasadas, bem como os projetos de construção das Refinarias Premium I (600 mil barris/dia, no Maranhão), Premium II (300 mil barris/dia, no Ceará) e a segunda etapa do Comperj (300 mil barris/dia). O equilíbrio entre oferta e procura, estimadas em 3,6 milhões de barris/dia, foi transferido para 2022.
Com lucros em declínio, a Petrobrás está incumbida pelo governo de fazer mais do que pode. Seria mais fácil se a opção fosse atrair capitais para a exploração e a produção, com as regras antigas e mais flexíveis, que foram abolidas nas áreas do pré-sal.
O setor de petróleo depende de planejamento rigoroso para trabalhar com segurança. A situação do refino indica que isso não ocorreu.
SNB

Bolívia denuncia na ONU prisão de três soldados no Chile


Reuters
A Bolívia afirmou nesta segunda-feira que se queixou na Organização das Nações Unidas (ONU) da detenção no Chile de três soldados bolivianos que atravessaram a fronteira e agora estão em uma prisão chilena à espera de julgamento comum por porte de armas.
A captura dos soldados, que segundo o governo da Bolívia faziam parte de uma patrulha para combater o contrabando, aumentou a tensão entre Santiago e La Paz, que nos últimos meses voltaram a se enfrentar retoricamente por uma antiga demanda boliviana de recuperação de uma saída soberana ao oceano Pacífico.
O embaixador da Bolívia na ONU, Sacha Llorenti, disse em carta ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que a ação do governo chileno violaria vários esforços bilaterais e multilaterais para combater o crime organizado e resolver incidentes internacionais.
"Um Estado (Chile) não deve atribuir competência para os seus tribunais internos para determinar a responsabilidade internacional de um outro Estado por supostas violações do direito internacional", disse Llorenti na carta, cuja cópia foi distribuída pelo Ministério do Exterior boliviano.
Os três soldados, que foram declarados "grandes heróis defensores do mar" pelo presidente Evo Morales, serão submetidos em 25 de fevereiro a um julgamento preliminar por entrada ilegal e posse de armas num tribunal no norte do Chile.
Bolívia e Chile não têm relações diplomáticas desde 1978 por causa da disputa sobre o acesso ao mar que remonta a uma guerra do século 19.
Quase dois anos atrás, Morales anunciou que a Bolívia iria levar a reivindicação marítima a um tribunal internacional em Haia, mas ainda não se sabe quando.
(Reportagem de Carlos A. Quiroga) 
SNB

REAPARELHAMENTO - FAB recebe mais dois VANTs


A Força Aérea Brasileira recebeu no dia 30 de janeiro mais dois Veículos Aéreos Não-Tripulados (VANT). Os dois RQ-450, fabricados em Israel, estão em fase de montagem na Base Aérea de Santa Maria (RS) e os primeiros voos estão programados para março. As novas aeronaves já devem ser utilizadas nas próximas Operações Ágata, nas regiões de fronteira, e também durante a Copa das Confederações. O investimento foi de R$ 48 milhões.

Agora, são quatro unidades que fazem parte do Esquadrão Hórus. Dois RQ-450 já estavam em operação desde 2011. Apesar de serem do mesmo modelo, as aeronaves recebidas agora têm algumas melhorias, como câmeras diurnas e de infravermelho de melhor resolução e sistemas de comunicações aperfeiçoados. Também foi recebido um radar que permite fazer imagens mesmo através das nuvens.

Emprego Real
As primeiras experiências da FAB com aeronaves não-tripuladas ocorreram em 2010. No ano seguinte, com a criação do Esquadrão Hórus, houve a estreia operacional durante as Operações Ágata. Um RQ-450 também participou das ações de segurança durante a Rio + 20. Nestas missões, estas aeronaves fazem imagens tanto de dia quanto de noite e transmitem ao vivo para os Centros de Controle.

Além das operações reais, o Esquadrão Hórus também realiza missões de "desenvolvimento de doutrina", quando são elaboradas táticas para uso militar de VANT em situações conflito. Na FAB, essas aeronaves são comandadas do solo por aviadores com experiência em aviões e helicópteros de combate, além de conhecimentos em missões militares e regras de controle do espaço aéreo.
Fonte: Agência Força Aérea,,,SNB

Chávez volta de surpresa de Cuba para a Venezuela

O presidente Hugo Chávez retornou de surpresa para a Venezuela na manhã desta segunda-feira (18) após mais de dois meses de tratamento pós-cirurgico em Cuba. O retorno de Chávez foi anunciado em uma série de mensagens na conta do presidente no Twitter, pelo qual informou que "vamos continuar nosso tratamento aqui".Chegamos mais uma vez à nossa terra natal Venezuela. Obrigado, meu Deus!", disse na primeira das três mensagens. Essas foram as primeiras palavras escritas no Twitter do líder venezuelano desde o dia 1º de novembro. "Estou agarrado a Cristo e confiando em meus médicos e enfermeiras", escreveu. "Avante para a vitória sempre!! Vamos viver e vamos triunfar!!"
O vice presidente da Venezuela, Nicolás Maduro , confirmou em cadeia nacional posteriormente que Chávez chegou às 2h30 do horário local (5h em Brasília) e foi levado ao hospital militar Carlos Arvelo em Caracas, onde continuará seu tratamento.Chávez também agradeceu a Fidel e Raúl Castro, que supervisionaram seu tratamento em Havana, e ao povo cubano "por tanto amor".
O retorno do presidente venezuelano a Caracas acontece três dias depois de o governo terdivulgado as primeiras fotos de Chávez em mais de dois meses , mostrando imagens do líder sorrindo ao lado das filhas. O governo não divulgou qualquer foto da chegada de Chávez a Caracas.
"Estamos muito felizes", disse Maduro. Ele afirmou também que Chávez chegou junto à sua filha mais velha, Rosa. O vice-presidente não deu nenhum detalhe sobre o estado de saúde de Chávez, dizendo apenas que ele está na Venezuela para "continuar sua batalha"O governo também não deu nenhuma explicação sobre o por que do retorno surpresa nesta segunda-feira. Autoridades governamentais disseram nas últimas semanas que não estava claro quando sua equipe médica permitiria que ele retornasse a Venezuela, embora eles esperassem que isso acontecesse em breve.
Após o anúncio de seu retorno, a televisão estatal tocou a música da campanha presidencial do ano passado, com o refrão "Chávez, o coração do país!"
O retorno de Chávez provocou comemorações de seus simpatizantes ao redor do país de 29 milhões de habitantes, onde suas políticas de bem-estar social fizeram dele um herói para os pobres.
"É uma notícia fabulosa, a melhor coisa possível", disse o primo de Chávez Guillermo Frias, falando da área rural onde o presidente nasceu, no Estado de Barinas. "A Venezuela estava esperando por ele, todo mundo quer vê-lo. Bem-vindo de volta! Graças a Deus ele voltou!"
Fogos de artifício foram ouvidos em alguns bairros de Caracas após a divulgação da notícia da volta do presidente, e muitos "chavistas" celebraram nas ruas. Ministros comemoraram bastante, um deles cantando "Ele voltou, ele voltou" ao vivo na TV estatal.
O presidente de 58 anos não falou publicamente desde que partiu para Cuba em 10 de dezembro . Ele foi submetido à sua quarta cirurgia em 11 de dezembro e o governo informou que ele está respirando através de um tubo traqueal, o que dificulta a fala. Chávez também passa por"tratamentos complementares" que não foram especificados.
Ele vem se tratando em Cuba desde junho de 2011, quando descobriu o câncer . Ele afirmou ter retirado tumores e passou por sessões de quimioterapia e radioterapia. O tipo de câncer e a localização exata dos tumores não foram divulgados.Ameaça: Governo venezuelano denuncia plano para matar vice e chefe da Assembleia
Chávez foi reeleito para um novo mandato de seis anos em outubro, e sua posse marcada para 10 de janeiro foi prorrogada por tempo indeterminado pela Suprema Corte devido ao seu estado de saúde delicado após a cirurgia.
Antes de deixar Cuba, Chávez reconheceu os riscos e disse que se sua doença o impedisse de governar como presdiente, o vice-presidente Nicolás Maduro seria seu candidato em novas eleições.
Maduro viajou diversas vezes a Havana nas últimas semanas e mostrou documentos assinados por Chávez, para comprovar que o presidente continuava no comando. Na semana passada, Maduro disse que Chávez havia sido submetido a tratamentos "extremamente duros e complexos" .
Com AP e Reuters..SNB

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SNB

Angola pretende ajuda do Brasil para criação da Indústria Militar

Angola pretende contar com a ajuda do Brasil para a criação da Indústria Militar Nacional e no fortalecimento da Indústria de Defesa, visando reduzir a dependência que as FAA têm na aquisição de meios logísticos do exterior do país.

Esta intenção foi manifestada hoje, segunda-feira, em Luanda, pelo ministro da Defesa Nacional, Cândido Pereira dos Santos Ván-Dunem, quando discursava na abertura das conversações entre as delegações dos ministérios da defesa de ambos estados, no
quadro da visita do seu homólogo brasileiro, Celso Amorim.

Deste modo, afirmou que o seu departamento ministerial está aberto à exploração e discussão de outras vias de cooperação, no domínio da defesa e das respectivas Forças Armadas, na base do respeito mútuo, da igualdade e reciprocidade de vantagens, cujo escopo é o desenvolvimento de uma instituição militar angolana sólida e de respeito.

"É importante sublinhar, que no âmbito do processo de reestruturação e potenciação das Forças Armadas Angolanas, o nosso país tem mantido uma cooperação privilegiada com diversos países do mundo, em que se inscreve o Brasil, com quem partilhamos vantagens mútuas", referiu.

Cândido Ván-Dunem defendeu à necessidade de, no decurso das conversações, as delegações trabalharem para o objectivo pontual de se reforçar o teor do acordo de cooperação já existente e, na sequência, reflectirem e concertarem novos programas subsidiários àquele.

Por isso, o governante angolano realçou a importância da visita do seu homólogo brasileiro, pois vai permitir a criação de novas bases mais sólidas para uma cooperação mais dinâmica no domínio da defesa e das Forças Armadas.

Antes do início das conversações, o ministro brasileiro, que cumpre desde hoje uma visita de 48 horas a Angola, foi recebido com honras militares na parte frontal do edifício/sede do Ministério da Defesa Nacional, na presença do seu homólogo angolano, e de seguida reuniram-se em privado.

Ainda hoje Celso Amorim, que faz acompanhar de oficiais generais dos ramos do Exército, Marinha e Força Aérea e de um grande número de empresários da indústria militar brasileira, vai visitar a Base Naval de Luanda, pertencente a Marinha de Guerra Angolana.

As conversações oficiais terminam terça-feira com a assinatura do documento final, seguido da leitura de um comunicado de imprensa.

Angola e Brasil mantêm relações de amizade e cooperação em vários domínios desde 1975 pós-independência, altura que o governo brasileiro reconheceu Angola como estado soberano.
SNB

Presídio Federal de Mossoró, no RN, recebe 37 presos de Santa Catarina


Policiais da Força Nacional de Segurança Pública participaram da ação
(Foto: Marcelino Neto)
Trinta e sete homens, que estavam custodiados em unidades prisionais catarinenses, desembarcaram na tarde deste sábado (16) no Rio Grande do Norte. O destino final foi o Presídio Federal de Mossoró, na região Oeste potiguar. A transferência, segundo anunciado pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, faz parte de uma das cinco medidas adotadas para conter os ataques de violência que atingem cidades de Santa Catarina. O município de Mossoró fica a pouco mais de 280 quilômetros de Natal.
O desembarque aconteceu por volta das 15h45, no Aeroporto Dix-Sept Rosado, em Mossoró. O avião, um Hércules C-130 da Força Aérea Brasileira, segundo informações da direção do presídio, saiu de Florianópolis e chegou ao RN sem escalas. Um forte esquema de segurança, organizado por agentes federais, impossibilitou a aproximação da imprensa.
Do aeroporto - em comboio formado por veículos do Sistema Penitenciário Federal e viaturas da Polícia Rodoviária Federal -, os presos foram escoltados diretamente para o Presídio Federal. A direção da unidade, no entanto, não repassou qualquer informação com relação aos detentos ou mesmo sobre o tempo de permanência deles no Rio Grande do Norte.
Além da transferência de detentos para outros estado, prisões, reforço de homens da Força Nacional, criação da Operação Divisa e a formação de uma Frente Nacional de Defensores Públicos compõem o pacote anunciado em coletiva realizada com o ministro e autoridades catarinenses na manhã deste sábado. Segundo Cardozo, há ainda outras operações que serão realizadas sem serem divulgadas, em função de segurança.
"Em certos momentos de crise, é preciso aprofundar essa troca", disse o ministro. A intenção, ainda de acordo com Cardoso, é combater os atentados que ocorrem em Santa Catarina desde 30 de janeiro. Até as 11h deste sábado, a Polícia Militar havia registrado 106 ataques a 33 cidades no estado.
A transferência de presos iniciou justamente nesta manhã, quando 40 homens foram retirados de prisões catarinenses e levados a dois presídios de segurança máxima. Destes, 37 foram encaminhados para Mossoró (RN) e três para Porto Velho (RO).
"O Governo Federal disponibiliza quantas vagas forem necessárias para a transferência de novos presos. É uma remoção de grande porte e o Ministério da Defesa prontamente atendeu as nossas solicitações", afirmou o ministro.
SNB