sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Negociações para fusão entre EADS e BAE estão perto do colapso--mídia


Reuters
FRANKFURT, 5 OUT - Exigências da França levaram uma planejada fusão entre os grupos aeroespaciais europeus EADS e BAE Systems à beira do colapso, publicou nesta sexta-feira a Spielgel Online, da Alemanha.
Citando fontes governamentais, a revista online publicou que a Inglaterra quer evitar a todo o custo que qualquer país tenha mais de 10 por cento da companhia combinada, uma exigência à qual a França tem se oposto com seus planos de deter mais que isso e de ter opção para comprar mais ações no futuro.
O governo alemão não quis comentar o assunto. Já a EADS negou a notícia, afirmando que não considera que a fusão será cancelada. A BAE preferiu não se pronunciar.
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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Contrato assinado em 2009 Helibras exibe protótipo do HM-1 Pantera modernizado

Aproveitando a inauguração da nova linha de montagem dos helicópteros EC-725, a Helibras exibiu estaticamente a primeira aeronave HM-1 Pantera (AS-365K) do Exército Brasileiro (EB) modernizada, na forma de protótipo, referente a contrato de R$ 375 milhões que prevê a modernização de 34 aparelhos do Comando de Aviação do EB assinado em dezembro de 2009. Um exigente programa de voos de teste vem sendo realizado com este Pantera modernizadoO leque de modificações incluem novo motor, o Arriel 2C2CG com 40% a mais de potência e dotado de FADEC (3.000 horas entre revisões gerais), entradas de ar e radiadores maiores, novo piloto automático de 4 eixos, lança de cauda e estabilizadores horizontais com novo revestimento térmico mais resistente, avançado sistema de detecção de incêndio a bordo e extintores automáticos, novas cablagens, novo módulo de manetes no cockpit, tela VEMD no lugar do antigo painel (o novo já vem preparado para uso com óculos de visão noturna), novo radar meteorológico e modernização da caixa de transmissão principal.
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A liberdade do Google é a nossa liberdade


Eugênio Bucci
Mais uma vez, uma irracionalidade vem ganhando ares de verdade no Brasil. Fruto, talvez, da polarização abrutalhada do debate público, essa nova irracionalidade traz um potencial destrutivo considerável. Podemos resumi-la numa frase curta: "A defesa da liberdade de imprensa é coisa da direita, é uma agenda patronal". Trata-se de uma proposição absurda, irrefutavelmente absurda, tanto quanto esta outra, muito difundida na seara da direita, segundo a qual "essa conversa de direitos humanos só serve para proteger bandidos". Mesmo assim, esse absurdo comove pequenas multidões.
Nesse caldo de cultura marcado pela animosidade, a censura judicial encontra uma estrada aberta, desimpedida, e cresce. "É o de menos", dizem uns. Outros até comemoram: "Finalmente a grande imprensa vem tendo o que merece". Foi assim no dia 31 de julho de 2009, quando este jornal foi proibido pela Justiça de veicular informações sobre a Operação Boi Barrica, então conduzida pela Polícia Federal. Logo apareceu quem argumentasse que a violência da medida judicial não constituía censura, que não se podia exagerar, que o episódio não era grave. Já se conheciam, naquele ano, algo como 40 decisões judiciais impondo proibições prévias a blogs e jornais de médio ou de pequeno porte, mas nem isso estimulou os indiferentes a abandonarem a indiferença. Como resultado, o quadro piorou.
Desde então a mentalidade censória só fez recrudescer. Em 2010 um juiz eleitoral do Tocantins, Liberato Póvoa, proibiu 84 veículos de comunicação de diversos Estados de publicar informações sobre irregularidades no governo de Carlos Gaguim (PMDB) - que, não nos esqueçamos, era candidato à reeleição. A decisão de Póvoa foi modificada logo em seguida, mas serviu para ridicularizar a liberdade de imprensa. De novo, os que achavam e continuam achando que falar de liberdade de imprensa é coisa de direita não se abalaram.
Agora em setembro, em Macapá, outro juiz eleitoral mandou que fosse suprimido do blog do jornalista João Bosco Rabello, no portal Estadão.com.br, uma nota informando que um dos candidatos à prefeitura respondia a ações penais. Outra vez a liberdade de imprensa saiu desmoralizada. E a moda se alastra. A esta altura, já são dezenas de processos, no Brasil inteiro, em que candidatos a cargos municipais suplicam ao Judiciário que vete todas as notícias que lhes desagradam.
Há pouco mais de uma semana, em Mato Grosso do Sul, o juiz eleitoral Flávio Saad Peron determinou que o Google retirasse do YouTube um vídeo que criticava o candidato do PP à prefeitura de Campo Grande. Como não foi obedecido no prazo de 24 horas, ordenou a prisão do executivo Fabio Coelho, diretor-geral do Google no Brasil. Coelho chegou a ser detido no dia 26 de setembro e só foi libertado porque o mesmo magistrado que mandara encarcerá-lo mudou de ideia e, convencido de que o crime era de "menor potencial ofensivo", expediu o alvará de soltura.
Passado o desgaste, o saldo é um só: em Campo Grande quem levou a melhor foi o candidato do PP, pois o vídeo que ele queria vetar foi efetivamente banido do YouTube. A censura venceu e, atenção, quem mais perdeu não foi o Google. O gigante da internet enfrenta pendengas semelhantes em 28 países, mas segue a todo o vapor, incólume. Quem perdeu foi o eleitor. A liberdade do Google, nesse caso, não é a liberdade privada de uma empresa: é a nossa liberdade, é o nosso direito de ter acesso à informação. Se queremos defender o direito à informação, precisamos defender a liberdade do Google.
Por certo, ninguém aqui vai argumentar que o diretor do Google agiria bem se descumprisse a ordem do juiz. Na democracia, ordens judiciais devem ser obedecidas. Mas, com a mesma legitimidade, podem também ser questionadas na própria Justiça, como o próprio Google tenta fazer. A batalha jurídica é necessária. Só ela, porém, não basta. Para superar a mentalidade autoritária, que vem aumentando, precisamos superar também o equívoco de acreditar que "a bandeira da liberdade de imprensa é uma agenda da direita". O jornal Folha de S.Paulo, na sexta-feira passada, afirmou em editorial que "a maior ameaça à liberdade e expressão no Brasil, hoje, parte do Judiciário". É isso mesmo, o editorial tem razão, mas falta dizer que essa ameaça conta com o apoio silencioso (e confortável) de lideranças políticas - algumas das quais, aliás, se vêm beneficiando das mordaças judiciais.
A liberdade de imprensa está longe de ser um consenso entre nós. O Brasil unificou-se para derrotar a inflação, assim como agora se articula para combater a pobreza, mas não enxerga na liberdade de imprensa um direito fundamental de todos, independentemente da preferência ideológica de cada um. Mais um pouco e correremos o risco de ter o Poder Judiciário exercendo as funções de editar jornais e sites. Será possível estancar essa onda censória?
A resposta passa pelo Supremo e pelo Poder Legislativo, mas, no principal, depende dos agentes políticos. Do primeiro se espera uma decisão que faça valer para todo o Judiciário o que foi definido com total clareza, em 2009, no acórdão assinado por Carlos Ayres Britto pondo fim à velha Lei de Imprensa. "A crítica jornalística", escreveu ele, "não é aprioristicamente suscetível de censura, mesmo que legislativa ou judicialmente intentada". Do segundo se espera que o Marco Civil da Internet tramite na direção certa, reafirmando a liberdade - que, vale reforçar, é a liberdade da sociedade, não das empresas.
Acima disso, por fim, cabe às lideranças políticas a tarefa de sepultar a crença obscurantista de que a liberdade só interessa à burguesia. Já é tempo de saber que a nossa liberdade somente encontra espaço para prosperar quando a gente se empenha em expandir a liberdade do outro. A liberdade de imprensa não é um privilégio de jornalistas ou dos meios de comunicação: é um direito de todos nós.
* JORNALISTA,  É PROFESSOR DA USP E DA ESPM
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Dassault tenta vender caças com novo radar


Roberto Godoy, de O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - A Dassault Aviation, a fabricante do jato francês RafaleC, finalista no processo de escolha de um novo caça para a Força Aérea Brasileira (FAB), vai incorporar, à sua proposta para o governo do Brasil, o novo radar AESA de alta tecnologia.De acordo com Jean Marc Merialdo, diretor da corporação, "com esse equipamento, a FAB terá em mãos, todo o estado da arte em radares de aeronaves de combate, cujo conhecimento é atualmente dominado somente pela França e pelos Estados Unidos".
Segundo Merialdo, "o complexo industrial brasileiro terá acesso total à tecnologia do RBE2 AESA, a partir do nosso compromisso de compartilhamento irrestrito de informações estratégicas". O executivo ressalta que a incorporação não vai elevar o preço de aquisição do RafaleC.
O radar foi desenvolvido pela Thales, integrante do consórcio Rafale International. A versão de segunda geração começou a ser pesquisada em 2004, e recebeu um investimento inicial de 90 milhões.
O dispositivo é capaz de localizar e identificar simultaneamente até 40 aeronaves - e de tratar como alvos de 8 a 10 delas. Faz, ainda, o acompanhamento digital do terreno sobrevoado, facilitando a penetração a baixa altura em ataques de precisão.
O AESA, todavia, não está livre de problemas. O sistema processa grande volume de dados e, para isso, precisa de computadores de desempenho especial - muito velozes e com alto coeficiente de armazenamento.
Compra
A escolha do novo caça da FAB é uma pendência que dura 17 anos. Suspensa, cancelada, reaberta e adiada, a seleção é um negócio inicial de US$ 6 bilhões envolvendo 36 caças avançados. Os outros dois concorrentes são o F-18 E/F Super Hornet, da americana Boeing, e o Gripen NG, da sueca Saab.
O governo brasileiro exigirá dos vencedores a transferência de tecnologia sensíveis ao País e a construção das aeronaves no Brasil a partir de determinado ponto. A aeronave será o padrão de todos os tipos de uso em combate da FAB e da aviação naval.
A presidente Dilma Rousseff pretende anunciar a decisão até o fim do ano
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Turquia aprova ações militares na Síria


AE - Agência Estado
O Parlamento da Turquia aprovou uma lei que autoriza o Exército a realizar operações em território da Síria, informou nesta quinta-feira a imprensa estatal do país. Ainda assim, o vice-primeiro-ministro Besir Atalay afirmou que isso não equivale a uma declaração de guerra, e, sim, que é apenas uma forma de dissuasão.
Os congressistas realizaram sessão de emergência nesta quinta-feira após bombardeio vindo do território sírio ter matado cinco civis na quarta-feira. A lei dá ao governo o direito de enviar tropas ou caças para atacar alvos na Síria quando achar necessário.
A violência na fronteira adiciona uma perigosa nova dimensão para a guerra civil na Síria, arrastando outros países para o conflito. Com a aprovação da medida por 320 votos a favor e 129 contra, está aberto o caminho para ação unilateral das Forças Armadas turcas, sem o envolvimento dos aliados Ocidentais e árabes.
No entanto, líderes turcos estão cientes dos riscos de uma intervenção aberta, especialmente sem o apoio de uma coalizão internacional. Observadores não acreditam que os Estados Unidos possam agir antes das eleições do mês que vem. As informações são da Associated Press.
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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Imagem inédita traz 'close' de anéis de Saturno


Uma nova imagem recém-divulgada pela espaçonave Cassini, da Nasa, traz detalhes dos célebres anéis de Saturno e do lado sul do planeta.
A imagem foi registrada em junho quando o veículo espacial estava a 2,9 milhões de quilômetros de Saturno - o segundo maior planeta do sistema solar, menor apenas que Júpiter.
As câmeras da Cassini registraram o lado sul, mal iluminado, dos anéis. A imagem foi registrada quando a sonda fazia uma trajetória de cerca de 14 graus abaixo dos anéis.
Os anéis lançam uma vasta sombra sobre a superfície do planeta.
A composição dos anéis mistura gelo, poeira e material rochoso.
Ponto minúsculo
A imagem mostra a lua de Encélado, de 504 quilômetros de diâmetro, que parece um ponto minúsculo ao lado esquerdo do enorme planeta. Saturno possui ao menos 60 luas.
A missão da Cassini, orçada em US$ 3,2 bilhões (cerca de R$ 6,5 bilhões), foi lançada em 1997, e a nave espacial vem estudando o planeta desde 2004, quando começou a orbitar em torno dele.
Em 2004, a sonda Huygens se separou da Cassini e alcançou a maior lua de Saturno, Titã, em janeiro de 2005.
Encélado e Titã são satélites de grande interesse científico, uma vez que contam com água no formato líquido a pouca profundidade de sua superfície. E possuem ainda gêisers, que lançam água vaporizada.
Titã possui muitas características mais próprias de um planeta do que de um lua. Além da Terra, ela é o único corpo celeste que possui uma atmosfera densa e cheia de nitrogênio, se assemelhando a uma Terra primitiva. Por isso, muitos cientistas acreditam que ela seria capaz de abrigar alguma forma de vida.
A Cassini continuará pesquisando Saturno até, pelo menos, 2017.
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Helibras inaugura fábrica de helicópteros de grande porte no Brasil

A Helibras inaugura, nesta terça-feira (2 de outubro), uma nova linha de produção em sua unidade de Itajubá (MG), na qual serão produzidos os helicópteros EC725, adquiridos pelas Forças Armadas brasileiras, e também a versão civil da mesma aeronave, o EC225, utilizada no transporte entre o continente e as plataformas de exploração de petróleo em alto-mar.
 
O investimento total do projeto é de R$ 420 milhões. Este montante contempla as instalações físicas, os programas de treinamento, e todas as obras e inovações necessárias à produção dos helicópteros. A origem de todo esse investimento é a assinatura do contrato entre o consórcio Helibras/Eurocopter  e o Comando da Aeronáutica, em 2008, no valor de € 1,9 bi, e que pela primeira vez contemplou uma aquisição conjunta das três Forças Armadas.
 
Por meio desse acordo, a Helibras se comprometeu a produzir, no Brasil, 50 helicópteros multimissão de grande porte com 50% de conteúdo nacional agregado, incorporando, assim, os conceitos estabelecidos pela nova Estratégia Nacional de Defesa, que, além de capacitar os órgãos e empresas de defesa brasileiros, exige o domínio das tecnologias envolvidas e oferece incentivos para o desenvolvimento da indústria nacional.
 
“Este é um programa que atende aos interesses do governo de adquirir helicópteros personalizados com domínio da tecnologia e incentivo à indústria nacional; ao consórcio Helibras/Eurocopter, que se capacita para produzir aeronaves mais complexas através da demanda gerada pelo atual contrato, além de incentivar a indústria aeronáutica local, que vai se desenvolver beneficiando uma importante cadeia de fornecedores”, avalia Eduardo Marson Ferreira, presidente da Helibras.
 
No que diz respeito a esta cadeia de fornecedores, a Helibras já contratou 14 empresas brasileiras que fabricam partes, peças e serviços e que já vêm realizando os treinamentos necessários para pilotos, mecânicos, técnicos e engenheiros – na França e no Brasil. Tudo com o acompanhamento de representantes das três Forças Armadas, garantindo a efetiva transferência de tecnologia exigida pelo governo brasileiro para este programa.
 
 
Entrega de aeronaves do projeto EC725
 
Seguindo o cronograma do projeto, quatro unidades do EC725 já foram entregues - três em dezembro de 2010 e uma em julho de 2012. O prazo total para a entrega das 50 aeronaves é 2017.
 
Enquanto isso, os próximos helicópteros, que serão finalizados no Brasil, já se encontram em Itajubá. Dentre eles está a unidade que servirá de modelo para o desenvolvimento e a integração de sistemas e a primeira a passar integralmente pela linha de produção de Minas Gerais.
 
 
Centro de Engenharia coloca Helibras como um dos pilares do Grupo neste setor
Entre as inovações promovidas na empresa por conta do contrato com as Forças Armadas está o desenvolvimento do Centro de Engenharia. Nos últimos três anos, este setor cresceu tanto que o número de engenheiros aumentou seis vezes: de nove em 2009, passou a 70 neste ano.
 
Recentemente, o Centro recebeu da Eurocopter o Design Authorized Organization Certificate, o que elevou a empresa ao quarto pilar de engenharia do grupo, juntamente com a França, a Alemanha e a Espanha.
 
Com a expansão e a capacitação da Helibras , “estamos prontos para iniciar entendimentos com as mais altas autoridades brasileiras para avaliarmos as possibilidades para o futuro desenvolvimento e construção de um helicóptero brasileiro”, explicou Lutz Bertling, presidente do grupo Eurocopter. A afirmação de Bertling ratifica a aposta no futuro e a confiança nas parcerias de sucesso que transformaram a empresa em uma das maiores fornecedoras de helicópteros militares e governamentais, presente em quase todos os estados brasileiros.
 
 
Selo de modernidade

As novas instalações do complexo industrial da Helibras em Itajubá, Minas Gerais, foram construídas a partir das técnicas mais atuais de engenharia, dos mais avançados materiais utilizados na construção civil e com modernos conceitos de sustentabilidade.

Desde a preparação do terreno de 12 mil m², houve uma grande preocupação com os aspectos sustentáveis da construção, que começou com a doação da grama existente no local. Os materiais das estacas não utilizadas também foram doados para a Prefeitura de Itajubá e utilizados em obras na cidade.

A arquitetura do prédio principal privilegia o controle de temperatura ambiente e o uso da luz solar na iluminação interna, bem como o controle do som gerado pelas atividades.

Painéis solares para aquecimento dos chuveiros, células fotovoltaicas alimentando a iluminação externa e as venezianas industriais com aletas translúcidas para promover a ventilação, em conjunto com as demais tecnologias presentes na edificação, permitirão uma interessante economia de energia.

A cobertura também obedece a conceitos de sustentabilidade e a água da chuva no perímetro do novo hangar será recolhida e utilizada nos processos industriais.

“As novas instalações da Helibras vão permitir uma economia de energia de 231 Kwh/mês e de 20 m³ no consumo de água”, revela Eduardo Mauad, vice-presidente executivo da Helibras. “Além disso, com a intensificação do programa de coleta seletiva de material reciclável, vamos contribuir com aproximadamente 4 toneladas/mês de materiais diversos, o que representa um importante incentivo com a preservação ambiental na cidade”, completa o executivo.
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