quinta-feira, 6 de setembro de 2012

EUA testam bomba de alta precisão


Os militares norte-americanos testaram com sucesso a bomba de alta precisão GBU-44/E Viper Strike no estado norte-americano do Novo México. Segundo a empresa desenvolvedora MBDA, o projetil atingiu com sucesso oito alvos que se moviam a alta velocidade.

Os testes da bomba foram realizados a partir de um avião multi-funcional Cessna Caravan. Na próxima vez a bomba será lançada de um avião de transporte KC-130J Harvest HAWK dos Marines dos EUA.
A GBU-44/E Viper Strike é um projétil planador de alta precisão que pesa até 20 kg e é guiado a laser e auxiliado por GPS. A bomba é capaz de atingir tanto alvos fixos como em movimento na terra e no ar
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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Farsa eleitoral em Angola


O Estado de S.Paulo
João Santana, o marqueteiro do ex-presidente Lula, ganhou dinheiro fácil em Angola: o presidente José Eduardo dos Santos, que o contratou, venceu com mais de 70% dos votos a eleição de 31 de agosto. Eram favas contadas. Santos governa Angola desde 1979 e a votação foi uma mera formalidade, porque ele e seu partido, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que tem 5 milhões de militantes entre os cerca de 20 milhões de habitantes, exercem controle absoluto sobre o país. Como se trata de um dos principais atores estratégicos da África e é um parceiro disputado por Brasil, China e EUA, além de Portugal, o processo eleitoral no país era vital para manter esses interesses - e Santos não decepcionou ninguém, salvo aqueles que esperavam uma genuína evolução para a democracia.
Angola, um dos países que mais recebem investimentos externos do Brasil desde o governo Lula, abriga 25 mil brasileiros. Nos últimos cinco anos, Angola obteve do BNDES empréstimos de US$ 3,2 bilhões para financiar obras de empresas brasileiras, e outra linha de crédito, de US$ 2 bilhões, já está aprovada. Em 2011, o país só perdeu para a Argentina como maior destino dos empréstimos internacionais do BNDES. Para executivos brasileiros em Angola, as relações entre os dois países continuaria confortável ainda que a oposição vencesse, mas o "triunfo" de Santos garante o cumprimento dos atuais contratos.
Observadores internacionais atestaram a "lisura" do pleito, embora não houvesse necessidade de fraudar nada, pois Angola tem dono. A "vitória eleitoral", no entanto, tinha o objetivo de dar ao governo de Santos o verniz de legitimidade de que ele precisava para contornar uma ainda incipiente, mas consistente, pressão popular capitaneada por angolanos com menos de 20 anos e que, portanto, não têm a terrível memória da guerra civil (1975-2002). Essa nova geração tende a externar mais suas críticas ao governo, sem se importar com uma possível desestabilização do país - temor que o MPLA explora para desestimular uma eventual "primavera angolana".
Desde o fim da guerra civil, o governo de Santos investiu num amplo programa de reconstrução, instilando a esperança de que a enorme riqueza gerada pelo petróleo - o país é o segundo maior produtor da África - pudesse enfim tirar da miséria milhões de angolanos, cuja expectativa de vida é de 48,1 anos, segundo dados de 2010 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. O principal motor desse projeto é a China, que venceu os EUA, com sobras, na disputa por influência em Angola. O problema americano é a memória de seu apoio à União Nacional para a Independência Total de Angola (Unita) na guerra civil contra o MPLA, que estava na órbita soviética na guerra fria. A China não tem esse problema: não participou do conflito interno e não faz cobranças relativas a direitos humanos. Ademais, Pequim não se importa com o ambiente de corrupção generalizada em Angola - ao contrário, adaptou-se perfeitamente a ele.
O resultado do esforço angolano é que o país experimenta um "milagre econômico", com crescimento médio de 12,5% ao ano desde 2003. A intenção do presidente Santos, nesse contexto, é preparar terreno para sua sucessão, sem permitir nenhum risco para a manutenção do MPLA no poder. O vice escolhido por Santos - Manual Vicente, ex-presidente da petrolífera estatal Sonangol e atual ministro da Economia - é visto como seu provável substituto quando não puder mais se reeleger, em 2022.
A farsa eleitoral, portanto, faz parte da estratégia de Santos de garantir essa transição, tendo pouco a ver com democracia de verdade. A propósito das críticas da oposição angolana sobre as possíveis fraudes, Marco Aurélio Garcia, assessor da Presidência brasileira, disse que "há poucos países no mundo hoje onde eleições não sejam postas sob suspeita, sobretudo pelos que perdem". Ou seja: para o governo brasileiro, cujos investimentos ajudaram a consolidar o poder de Santos, a reivindicação da oposição angolana por eleições realmente honestas é apenas choro de perdedor
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Com CCE, Lenovo mira liderança no Brasil em três anos


RODRIGO PETRY - Agencia Estado
SÃO PAULO - O plano da Lenovo com a aquisição da CCE no Brasil é tornar-se líder do setor. "Nossa meta é conquistar a liderança no mercado de computadores em três anos", afirmou o presidente da CCE, Roberto Sverner, que seguirá no comando da operação da Lenovo no Brasil, assim como toda a atual equipe de gestão. A aquisição de 100% da CCE pela Lenovo foi anunciada nesta quarta-feira pelo valor de R$ 300 milhões (US$ 147 milhões).
O CEO global da Lenovo, Yang Yanquing, destacou que o mercado brasileiro de computadores é o terceiro maior do mundo e o único no qual a companhia não está entre as três maiores do mercado. "Queremos ampliar nossa fatia de mercado (no Brasil) e a marca CCE se insere nessa estratégia de ataque. Podemos crescer muito rápido entre os consumidores", afirmou, ressaltando que a proximidade da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos aumentam a atratividade do mercado brasileiro.
A expectativa da empresa é de que todas as aprovações e normas regulatórias estejam finalizadas até o primeiro trimestre de 2013. Os planos da Lenovo para a CCE não preveem reestruturações no quadro de funcionários. "A equipe de gestão da CCE, que será essencial às nossas operações no Brasil, conhece bem o consumidor e vai nos ajudar a estabelecer rapidamente uma presença forte no varejo", afirmou Yanquing.
Durante e após a fase de transição não haverá interrupção das operações de fabricação e entrega dos produtos das duas empresas. Tanto a marca CCE quanto Lenovo seguirão no mercado. A estratégia será expandir as marcas de forma independente. A Lenovo vai agregar sua cadeia global de fornecimento de componentes para fabricação dos produtos e a CCE, as fábricas e o conhecimento do mercado local.
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FAB e Embraer concluem revisão preliminar do KC-390


Reuters
SÃO PAULO, 5 SET - A Força Aérea Brasileira (FAB) e a Embraer Defesa e Segurança concluíram em agosto a revisão preliminar de projeto do jato de transporte militar KC-390, informou a Embraer em comunicado nesta quarta-feira.
A Embraer apresentou ao Comando da Aeronáutica entre 20 e 29 de agosto as características técnicas das soluções de projeto adotadas para a estrutura e os diversos sistemas da aeronave, incluindo as definições dos principais componentes e suas interfaces.
A fabricante disse que "o projeto alcançou a maturidade esperada para a fase atual", sem entrar em detalhes.
A Embraer está desenvolvendo o KC-390 sob contrato com a FAB, que tem aprovação final sobre a seleção dos sistemas da aeronave considerados de interesse estratégico, como propulsão, aviônica, missão, autoproteção, manuseio e lançamento de cargas, entre outros.
No fim de junho, a Embraer fez um acordo com a norte-americana Boeing para suporte comercial do cargueiro, ampliando o mercado potencial da aeronave e garantindo que a fabricante brasileira dispute potenciais contratos em países como os Estados Unidos.
O próximo grande evento do KC-390 será a revisão crítica de projeto, antes o início da fabricação dos protótipos.
(Por Carolina Marcondes) 
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Irã diz tratar ameaças israelenses como se fossem norte-americanas


Reuters
O Irã não faz distinção entre interesses norte-americanos e israelenses, e irá fazer retaliações contra ambos caso sofra um ataque, disse um comandante militar iraniano nesta quarta-feira.
As declarações surgiram depois de a Casa Branca desmentir relatos da imprensa israelense de que Washington estaria negociando com Teerã para evitar uma futura guerra entre Irã e Israel, e num momento em que o presidente norte-americano, Barack Obama, se defende das acusações eleitorais de ser brando demais com a República Islâmica.
Os EUA e Israel suspeitam que o Irã tenha a intenção de desenvolver armas nucleares, mas Washington diz que ainda há tempo para que a diplomacia resolva o impasse. O Irã diz que seu programa atômico se destina apenas a fins pacíficos.
"O regime sionista separado da América não tem significado, e não devemos reconhecer Israel como sendo separado da América", disse Ali Fadavi, comandante naval da Guarda Revolucionária do Irã'', à agência de notícias Fars.
"Com base nisso, hoje só os norte-americanos assumiram uma posição ameaçadora contra a República Islâmica. Se os norte-americanos cometerem a menor das tolices, eles não vão embora da região (Oriente Médio) em segurança", acrescentou.
O Irã possui mísseis capazes de alcançarem Israel e alvos norte-americanos na região, e tem nos últimos meses realizado exercícios militares e apresentado armas modernizadas, para mostrar que pode se defender em caso de ataque contra suas instalações nucleares.
O governo de Israel, que vê no Irã uma ameaça à sua própria existência, tem adotado um discurso cada vez mais belicoso contra seu inimigo persa. Israel certamente espera apoio dos EUA caso se decida por um ataque, embora o mais graduado general norte-americano tenha declarado que Washington não pretende se envolver num novo conflito no Oriente Médio.
"Não quero ser cúmplice se eles optarem por isso", disse o chefe do Estado-Maior dos EUA, general Martin Dempsey, ao jornal britânico Guardian.
Na quarta-feira, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, encerrou abruptamente uma reunião do seu gabinete de segurança, dizendo que algum dos seus participantes havia divulgado detalhes sigilosos das deliberações sobre o Irã.
Qualquer decisão de entrar em guerra contra o Irã precisaria, pela lei israelense, da aprovação do gabinete de segurança. Uma fonte governamental disse, sob anonimato, que tal decisão não foi discutida na reunião de terça-feira.
(Reportagem de Yeganeh Torbati) 
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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Dilma rebate duramente críticas de FHC e exalta ‘herança bendita’ de Lula


Lisandra Paraguassu, da Agência Estado
BRASÍLIA - O Palácio do Planalto divulgou nesta segunda-feira, 3, uma nota oficial assinada pela presidente Dilma Rousseff rebatendo duramente as críticas feitas pelos ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao governo do seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo no último domingo. No texto, a presidente afirma ser necessário "recolocar os fatos nos seus devidos lugares"."Recebi do ex-presidente Lula uma herança bendita. Não recebi um país sob intervenção do FMI (Fundo Monetário Internacional) ou sob ameaça de apagão", afirma no texto, lembrando as crises pelas quais o País passou durante os últimos anos da gestão de FHC. "Recebi uma economia sólida, com crescimento robusto, inflação sob controle, investimentos consistentes em infraestrutura e reservas cambiais recordes".
A presidente ainda cita que recebeu um país "menos desigual", "mais respeitado lá fora graças às posições firmes do ex-presidente Lula no cenário internacional" e classifica Lula como "um democrata que não caiu na tentação de uma mudança constitucional que o beneficiasse", em uma alusão clara, mesmo que não explícita, à mudança na lei que permitiu a reeleição presidencial.
"Não reconhecer os avanços que o País obteve nos últimos 10 anos é uma tentativa menor de reescrever a história. O passado deve nos servir de contraponto, de lição, de visão crítica, não de ressentimento", afirma.
Veja a íntegra da nota:
"Nota Oficial
Citada de modo incorreto pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em artigo publicado neste domingo, nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, creio ser necessário recolocar os fatos em seus devidos lugares.
Recebi do ex-presidente Lula uma herança bendita. Não recebi um país sob intervenção do FMI ou sob a ameaça de apagão.
Recebi uma economia sólida, com crescimento robusto, inflação sob controle, investimentos consistentes em infraestrutura e reservas cambiais recordes.
Recebi um país mais justo e menos desigual, com 40 milhões de pessoas ascendendo à classe média, pleno emprego e oportunidade de acesso à universidade a centenas de milhares de estudantes.
Recebi um Brasil mais respeitado lá fora graças às posições firmes do ex-presidente Lula no cenário internacional. Um democrata que não caiu na tentação de uma mudança constitucional que o beneficiasse. O ex-presidente Lula é um exemplo de estadista.
Não reconhecer os avanços que o país obteve nos últimos dez anos é uma tentativa menor de reescrever a história. O passado deve nos servir de contraponto, de lição, de visão crítica, não de ressentimento. Aprendi com os erros e, principalmente, com os acertos de todas as administrações que me antecederam. Mas governo com os olhos no futuro.
Dilma Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil"
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Irã pode bombardear bases dos EUA se Israel atacar, diz Hezbollah


Reuters
BEIRUTE - O Irã pode atacar bases norte-americanas no Oriente Médio em retaliação a um eventual bombardeio nuclear israelense contra suas instalações nucleares, mesmo que as forças dos EUA não tenham participação nessa ação militar, disse nesta segunda-feira, 3, o líder do grupo xiita libanês Hezbollah, aliado de Teerã. "Foi tomada uma decisão de responder, e a resposta será muito grande", disse o xeque Hassan Nasrallah em entrevista à TV Al Mayadeen, de Beirute."A resposta será não só dentro da entidade israelense - bases americanas em toda a região poderiam ser alvos iranianos", afirmou ele, citando informação que disse ter recebido das autoridades iranianas. "Se Israel alvejar o Irã, a América arca com a responsabilidade."
Os EUA e seus aliados acusam o Irã de tentar desenvolver armas nucleares, e pressionam a República Islâmica a abandonar seu programa de enriquecimento de material atômico. Washington, no entanto, diz que ainda há tempo para que a diplomacia resolva o impasse.
Já uma parte do governo de Israel adota uma retórica cada vez mais inflamada, motivando especulações de que o Estado judeu poderia atacar o Irã ainda antes das eleições presidenciais de novembro. No domingo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu às potências mundiais que estabeleçam "um limite claro" para convencer o Irã da sua impossibilidade de obter armas nucleares.
Mas a hipótese de uma ação militar divide o gabinete israelense, e alguns políticos sugerem que Netanyahu poderia abrandar suas ameaças agora, em troca de uma manifestação mais incisiva de apoio por parte do presidente norte-americano, Barack Obama, a respeito das condições que levariam os EUA a se envolverem numa futura ação militar.
Nasrallah disse que de fato há divisões em Israel sobre um ataque ao Irã. "Pessoalmente, não espero que o inimigo israelense - ao menos nos próximos meses ou no futuro previsível - ataque a República Islâmica do Irã", afirmou.
O líder do Hezbollah disse que a frágil situação econômica global - que poderia se complicar por causa da alta no preço do petróleo, em caso de um novo conflito no golfo Pérsico - e a possibilidade de baixas israelenses numa eventual guerra contra o Irã pesam contra a opção por um ataque. "Netanyahu e (o ministro israelense da Defesa, Ehud) Barak inflam os benefícios e minimizam os custos", disse ele, referindo-se à estimativa de Barak de que Israel poderia sofrer até 500 mortes num conflito.
Segundo Nasrallah, uma eventual guerra Irã-Israel seria mais letal do que o conflito de 34 dias entre Israel e o Hezbollah em 2006, que terminou com a morte de 1.200 pessoas no Líbano, a maioria civis, e 160 em Israel, quase todas militares.
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