quinta-feira, 30 de agosto de 2012

novo quebra-gelos atômico RUSSIA


A Rússia começou a executar um projeto original. As empresas públicas Atomflot e Baltiyski Zavod assinaram um contrato para a construção de um novo quebra-gelos atômico. Em novembro do ano que vem, em São Petersburgo será iniciada a construção do maior e mais potente navio da sua classe.

Uma das grandes vantagens do novo quebra-gelos será a sua polivalência. Apesar das suas dimensões gigantes, mais de 170 metros de comprimento e 34 de boca, o navio será igualmente eficaz a abrir caminho aos navios na foz dos rios siberianos como nos percursos da Rota Marítima do Ártico. Segundo afirmou o vice-diretor-geral da Atomflot Konstantin Knyazevski, essas capacidades serão obtidas graças ao novo tipo de construção:
“Neste momento, nós temos em exploração dois tipos desses quebra-gelos. São os quebra-gelos de pequeno calado, como Taymyr e oVaygach, e os quebra-gelos que trabalham na Rota Marítima do Ártico, em águas abertas, que são os quebra-gelos de dois reatores da classe Arktika, com calados até aos 11 metros. A polivalência irá consistir em que este quebra-gelos poderá operar tanto em águas pouco profundas como em muito profundas. Ele poderá variar o calado em uma amplitude considerável usando o lastro líquido.”
Al ém disso, o quebra-gelos será equipado com um novo reator RITM-200 que é uma conceção do gabinete de projetos Afrikantov. Ele incorpora as tecnologias mais avançadas que aumentam consideravelmente a segurança da utilização da energia atômica, afirma o cientista nuclear Igor Ostretsov:
O gabinete Afrikantov é um dos gabinetes de projetos mais qualificados da Rosatom que trabalha com reatores atômicos, especialmente na área dos transportes. A Rússia é o monopolista desta área a qual tem de ser mantida e desenvolvida. Os reatores de propulsão são aperfeiçoados, são utilizadas novas tecnologias e não há quaisquer dúvidas que o reator de propulsão deste quebra-gelos terá melhores indicadores de segurança que os utilizados anteriormente.”
O objetivo principal do quebra-gelos é a escolta de navios de grande porte pela Rota Marítima do Ártico. Além disso, o navio irá participar em operações de salvamento na bacia do Ártico e dar apoio a instalações petrolíferas. No entanto, na opinião do Professor Igor Ostretsov, há outra tarefa importante a desempenhar:
“ O quebra-gelos será usado nas atuais investigações da plataforma continental do Oceano Glacial Ártico. Um dos objetivos principais será demonstrar a prioridade da Rússia no Ártico. Se trata de um objetivo científico e prático.”
Apesar de a construção do quebra-gelos só se iniciar dentro de um ano, neste momento já se discute o nome a atribuir ao gigante. De acordo com Konstantin Knyazevski, os colaboradores da frota atômica consideram que ele se deve chamar de Arktika em honra do seu famoso predecessor que foi o primeiro navio de superfície do mundo a atingir o Polo Norte.
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Colômbia compra dois submarinos excluídos da marinha alemã


A Colômbia comprou à Alemanha dois submarinos Diesel-elétricos do projeto U-206A, excluídos da marinha alemã.

O montante exato da transação desconhece-se. Antes, informou-se que os submarinos poderiam custar à Colômbia $20 milhões.
Os submarinos obtiveram os nomes “Intrépido” e “Indomable”, em homenagem aos submarinos italianos Cosmos SX-506. Além do fornecimento dos próprios submarinos, o contrato pressupõe a formação de tripulações colombianas, o fornecimento de sobressalentes e torpedos Atlas Elektronik DM2A3.
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Pentágono testa com sucesso o míssil Patriot PAC-3


Os norte-americanos realizaram com sucesso os testes do míssil anti-aéreo Patriot PAC-3, a principal arma de defesa das tropas estadunidenses e de seus aliados no Oriente Médio contra mísseis iranianos.

Assinala-se que os testes recentes provam as boas caraterísticas do míssil, e não só na DAA como também no domínio da defesa anti-mísseis.
Até o fim deste ano, o Pentágono planeja levar a cabo três outros testes do míssil anti-aéreo Patriot PAC-3.SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Foguete Atlas V, da Nasa, decola com duas sondas espaciais

 A Nasa lançou nesta quinta-feira, 30 desde Cabo Canaveral, na Flórida, um foguete Atlas V que deverá pôr em órbita duas sondas para estudar a influência do Sol sobre a Terra e os anéis de radiação que a cercam.

O lançamento aconteceu às 5h05 de Brasília após vários adiamentos devido a problemas técnicos e ao mau tempo na região pela proximidade da tempestade tropical "Isaac".

A missão, denominada Radiation Belt Storm Probes (RBSP), tem como objetivo estudar os cinturões de Van Allen, dois anéis gigantes de plasma que envolvem a Terra e onde se concentram as partículas eletrificadas que formam 99% do universo.

Com isso, os cientistas pretendem conhecer melhor o clima espacial próximo à Terra e proteger os humanos e seus sistemas eletrônicos das tempestades geomagnéticas, além de poder estudar o plasma, um ambiente tão diferente do nosso que é considerado crucial para compreender a composição de cada estrela e galáxia.

As sondas RBSP foram desenvolvidas para analisar a forma como o Sol, e em particular as tempestades solares, afetam o entorno terrestre em várias escalas de espaço e tempo.

Outros satélites que orbitam na região estão programados para apagar seus sistemas ou proteger-se quando ocorrem intensas tempestades solares, mas os da missão RBSP seguirão colhendo informação e por isso foram construídos para suportar o bombardeio de partículas e radiação nos cinturões de Van Allen.

A missão é parte do programa "A vida com uma estrela", cujo objetivo é o estudo dos processos fundamentais que podem ter originado o Sol e que incidem no conjunto do sistema solar.

Os instrumentos das sondas proporcionarão as medições que os cientistas necessitam para compreender não só a origem das partículas eletrificadas, mas também os mecanismos que dotam essas partículas de grande velocidade e energia.

As duas sondas RBSP terão órbitas excêntricas quase idênticas, que cobrem toda a região dos cinturões de radiação, e os satélites se cruzarão várias vezes no curso de sua missão.

As sondas octogonais pesam mais de 635 quilos cada uma e medem 1,85 metros de largura e 90 centímetros de altura.
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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Bolívia apreende quase 2 toneladas de urânio em prédio


Agência Estado
As autoridades da Bolívia disseram hoje que apreenderam quase duas toneladas de urânio que estavam escondidas em um prédio no centro de La Paz, e detiveram pelo menos uma pessoa ligada ao carregamento de material radioativo.
O material foi descoberto em uma garagem no piso térreo de um construção no centro da cidade, não muito distante das embaixadas dos EUA e do Brasil, informou o vice-ministro do Interior, Jorge Perez, que conduziu a operação.
Especialistas rapidamente analisaram o material, o que, segundo o ministro, parecia ter um "elevado nível de radioatividade". Perez não explicou como a descoberta foi feita, ou a natureza específica do urânio.
O vice-ministro afirmou que urânio poderia ter vindo do "Brasil ou de outro país vizinho". Ele acrescentou que o material, que estava acondicionado em pesados sacos plásticos, foi apreendido após seis semanas de investigação e, provavelmente, tinha como destino o Chile.
Uma investigação recente teve início para determinar de onde o urânio veio e para onde ele seguiria. As informações são da Dow Jones.
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terça-feira, 28 de agosto de 2012

A Ásia e a estratégia de defesa dos EUA


Rubens Barbosa.. FOI EMBAIXADOR EM WASHINGTON (1999-200)
Os EUA promoveram no início de 2012 a mais profunda mudança estratégica na sua política externa e de defesa desde 2002, quando George W. Bush, sob o impacto do atentado de 11 de setembro de 2001, radicalizou a ação americana no exterior. A redução do déficit público, a nova concepção da estratégia militar baseada mais nos avanços tecnológicos e a emergência da China aceleraram a decisão de Barack Obama.
A ação da Casa Branca pode ser vista também como o reconhecimento das grandes transformações por que passa o cenário internacional: a perda da importância relativa da Europa do ponto de vista econômico e de defesa pela ausência de ameaças de segurança, os efeitos da crise econômica sobre as economias americana e europeia e a crescente importância econômica da Ásia.
O governo dos EUA, com as novas diretrizes, procura defender seu interesse, coerente com a Estratégia de Segurança Nacional, de 2002. Numa das passagens mais cruas do unilateralismo então vigente, o documento afirmava que "os EUA serão suficientemente fortes para dissuadir potenciais adversários de buscar um fortalecimento militar, com a expectativa de ultrapassar ou igualar o poder" americano. A Estratégia de Segurança Nacional, atualizada recentemente por Obama, na mesma linha, visa "aqueles que buscam impedir a projeção de poder dos EUA" e reconhece que, "a longo prazo, a emergência da China como uma potência regional poderá afetar a economia e a segurança dos EUA de diversas formas. O crescimento do poderio militar chinês, contudo, deve ser acompanhado de maior clareza quanto às suas intenções estratégicas a fim de evitar a ocorrência de fricções na região".
A nova política, a ser desdobrada nos próximos anos, aponta para um corte substancial no orçamento de defesa e traz a reorientação estratégica voltada para o futuro. O redesenho das Forças Armadas presume que guerras com grande mobilização de tropas terrestres não voltarão a repetir-se e, em consequência, serão reduzidas, de forma significativa, as ações do Exército e da Infantaria Naval. O tipo de guerra que se desenha para o futuro será determinado por ações secretas, respaldadas por informações da inteligência e por veículos não tripulados (drones), e pela guerra cibernética, como ocorreu no Irã, com ações secretas e a sucessão de mortes de cientistas nucleares que afetaram o programa e as instalações nucleares.
Ao reafirmar o poder global americano, no State of the Union em janeiro - "quem diz que os EUA estão em declínio, não sabe do que está falando" -, Obama responde à percepção de que o poderio da China está aumentando perigosamente e necessita ser contrabalançado pelos EUA. O CSIS, think tank de Washington, por solicitação do Pentágono, recomendou a transferência de forças do Nordeste da Ásia para o Mar do Sul da China, o aumento do número de submarinos na base de Guam e o posicionamento de porta-aviões na Austrália.
As primeiras manifestações dessa mudança estratégica foram o anúncio do estabelecimento de uma base permanente na Austrália, o envio de 2.500 fuzileiros navais para ajudarem a manter a segurança da região, o deslocamento de 60% da força naval para o Pacífico até 2020, a aproximação com Mianmar e a ampliada cooperação naval com a Índia e o Japão. A saída total do Iraque, depois do fracasso militar e da reconstrução, e a redução de efetivos militares na Europa completam as medidas iniciais.
Embora os movimentos populares árabes, a crise Israel-Palestina e o programa nuclear iraniano continuem a manter os EUA envolvidos no Oriente Médio, a nova política prevê o "reequilíbrio voltado para a Ásia-Pacífico e o apoio à Índia, como âncora econômica e um elemento de segurança para toda a região do Oceano Índico". A estratégia visa a aumentar a presença americana na Ásia e a contrapor o poderio chinês do ponto de vista de defesa, econômico e comercial.
A China, a segunda economia global, amplia seu alcance militar e econômico na região Indo-Pacífica, podendo levar à criação de bloco sinocêntrico, dominando o Pacífico Ocidental. Pelo Mar do Sul da China, declarado de interesse nacional dos EUA, passa um terço do comércio mundial, mais de US$ 5,3 trilhões. A região abriga reservas inexploradas de gás e petróleo e é foco de longas disputas territoriais da China, sobretudo com as Filipinas, o Vietnã e, em especial, Taiwan.
Apesar de a forte reação negativa chinesa ter-se manifestado em declarações públicas do governo de Pequim, os dois países estabeleceram um diálogo estratégico e de defesa de alto nível.
Obama aproveitou a abertura da reunião da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) e o encontro de cúpula dos países do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) para divulgar o redesenho da estratégia para a região. Na Apec o presidente americano anunciou a negociação de acordo de livre-comércio entre os países-membros da Parceria Trans-Pacífico (PTP), sem a participação da China, "por não atuar conforme as regras do comércio internacional".
Há, do ponto de vista de Washington, uma clara rationale para o aumento da presença militar e econômica na Ásia, o que, numa visão de médio e longo prazos, está muito mais de acordo com o interesse nacional americano do que a manutenção das guerras no Oriente Médio.
É prematuro afirmar que os primeiros passos dessa nova estratégia possam levar a uma confrontação entre EUA e China, propiciando o surgimento de algo semelhante à guerra fria, que pôs em campos opostos os EUA e a URSS. O que se pode afirmar, contudo, é que uma nova área de tensão surgiu no já conturbado cenário internacional e que, para os EUA, vai ser mais difícil gerenciar a aliança asiática do que administrar a relação com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
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Robô faz transmissão inédita e histórica a partir de outro planeta


O veículo robótico Curiosity realizou a primeira transmissão de um registro da voz humana transmitido para a Terra a partir de outro planeta.
A gravação pioneira traz uma mensagem do administrador da Nasa, Charlie Boden.
Após o envio da gravação, o Curiosity realizará nesta terça-feira outra ação pioneira.
O jipe-robô irá transmitir a canção Reach for the Stars, que o rapper americano will.I.am fez especialmente para a ocasião.
O diretor-executivo do projeto de exploração de Marte da Nasa, Dave Lavery, disse esperar que a gravação sirva de inspiração ''a qualquer um que esteja vivo e que virá a ser o primeiro a pisar na superfície do planeta Marte''.
Lavery citou ainda o astronauta Neil Armstrong, morto aos 82 anos no último sábado, que foi o primeiro homem a pisar na Lua. ''Como o grande Neil Armstrong, eles serão capazes de falar em voz alta e na primeira pessoa, quando tomarem o próximo grande salto na exploração humana.''
O Curiosity enviou também as primeiras imagens em cores e de alta resolução da superfície de Marte.
Elas mostram a montanha de cinco quilômetros de altura Monte Sharp, que o jipe-robô irá explorar. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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