quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Índia anuncia missão espacial a Marte


AE - Agência Estado
A Índia planeja enviar uma nave espacial a Marte no próximo ano, como parte de uma missão científica bastante criticada pela oposição, a qual afirma que o partido governista gastará milhões enquanto grande parte da população ainda não tem eletricidade e água limpa para beber. O primeiro-ministro indiano Manmohan Singh anunciou a missão de 4,5 bilhões de rupias (US$ 82 milhões) nesta quarta-feira, como parte das comemorações dos 65 anos da independência da Índia, obtida da Grã-Bretanha.
Nave não tripulada orbitará Marte para coletar dados - Nasa/Divulgação
Nasa/Divulgação
Nave não tripulada orbitará Marte para coletar dados
"Essa nave espacial para Marte será um passo enorme para nós na ciência e na tecnologia", disse Singh. A nave não tripulada orbitará Marte para coletar dados. O lançamento deverá ocorrer em novembro de 2013, com um foguete desenvolvido pela Organização de Pesquisa Espacial da Índia.
Em 2008, a Índia enviou com sucesso uma sonda à Lua, a qual conseguiu detectar pela primeira vez evidências da existência de água em uma cratera lunar.
Já os críticos do Partido do Congresso do premiê Singh afirmam que ao invés de enviar a nave a Marte, o governo deveria concentrar os investimentos nas necessidades básicas de centenas de milhões de indianos, como eletricidade e água limpa para beber. Há duas semanas, a distribuição do sistema elétrico da Índia entrou em colapso parcial, deixando mais de 600 milhões de pessoas sem energia elétrica durante horas.
Os cientistas indianos rechaçam as críticas, ao dizerem que o desenvolvimento da tecnologia espacial beneficiará outras áreas da economia e da indústria. "Certamente, essa não é uma questão de prioridades erradas", disse U. R. Rao, ex-dirigente da Organização de Pesquisa Espacial da Índia, ao jornal The Asian Age.
O atual dirigente da Organização, K. Radhakrishnan, disse que a missão a Marte precisará ocorrer quando o planeta vermelho se aproximar mais da Terra, o que acontece a cada 26 meses. Existirão "três janelas de oportunidades" no final de 2013, em 2016 e em 2018. Os cientistas indianos esperam estar prontos para a oportunidade de 2013, disse Radhakrishnan.
As informações são da Associated Press...SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Fracassa teste de voo hipersônico da Força Aérea dos EUA


AE - Agência Estado
Uma falha no sistema de controle levou ao fracasso de um voo experimental no qual a Força Aérea dos Estados Unidos pretendia fazer com que um avião não-tripulado superasse em seis vezes a velocidade do som.
No teste, um bombardeiro B-52 deveria soltar o avião X-51 WaveRider sobre a costa da Califórnia para que ele pudesse atingir a velocidade de 5.800 quilômetros por hora, mas uma falha no sistema de controle impediu a ignição do motor e a aeronave foi perdida depois da desacoplagem.
A aeronave foi projetada com o objetivo de permitir ao Pentágono executar bombardeios em qualquer parte do mundo em questão de poucos minutos.
A velocidade do som, também chamada de Mach 1, é de pouco mais de 300 metros por segundo. A expectativa dos engenheiro da Força Aérea era de que a aeronave mantivesse sua velocidade máxima, seis vezes superior à Mach 1, por cinco minutos.
Em 2010, um avião não tripulado testado pela Força Aérea dos EUA voou em Mach 5 por dois minutos e 20 segundos. No ano passado, um outro teste para atingir Mach 6 fracassou. As informações são da Associated Press.
segurança nacional blog

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Foguete portador Soyuz adota sistema de controle digital


Nos próximos anos, espaçonaves de carga serão transportadas para a Estação Espacial Internacional (EEI) em foguetes portadores com sistema de controle digital. Para enviar quatro cargueiros Progress para a EEI, a agência espacial russa (Roskosmos) encomendou foguetes de lançamento “digitais”Soyuz 2.1A.

Já no final de 2013-14 serão realizados os primeiros lançamentos de duas naves Progress por esses foguetes. O novo foguete portador está destinado a lançar para órbitas baixas, médias, altas, sol-síncronas, de transferência geoestacionária, e geoestacionárias veículos espaciais não tripulados, bem como naves espaciais tripuladas e espaçonaves de carga do programa da EEI.
Atualmente, a produção de velhos equipamentos analógicos está ficando cada vez mais cara. E a transição para tecnologias digitais permite resolver vários problemas simultaneamente. Primeiro, isso sai mais barato, como diz o piloto cosmonauta Serguei Krikalev:
“Em segundo lugar, isso dá mais flexibilidade para resolver certos problemas, porque os circuitos analógicos são bastante restritivos, enquanto os digitais permitem mudar parâmetros alterando o software. O novo sistema, naturalmente, requererá mais atenção. Mas, quando completamente configurado, este esquema é mais confiável.
Os programas ou algoritmos digitais são mais fáceis de testar quando existem algoritmos de verificação. Os circuitos analógicos são verificados por especialistas que testam componentes particulares em circuitos particulares. Ou seja, o papel do fator humano nos circuitos analógicos é muito maior do que em digitais.”
Ao mesmo tempo, nota Serguei Krikalev, hoje em dia tudo funciona em digital. E mesmo aquilo que chamamos de analógico, também contém circuitos digitais. Portanto, a questão é o grau de digitalização.
Toda a série de foguetes de transporte Soyuz-2 é bastante diferente dos Soyuz-U usados até agora no programa tripulado. É claro, estes foguetes são mais sofisticados e, eventualmente, serão mais confiáveis e mais baratos, enfatiza o editor em chefe da revistaNotícias de Cosmonáutica Igor Marinin:
"Mas como eles só começaram a ser utilizados e ainda não têm um número suficientemente grande de voos, não podemos dizer que eles são mais confiáveis. Quanto ao custo, eles ainda não estão sendo produzidos em série. Por enquanto está sendo produzido e está voando o Soyuz-U. Em versão de série eles provavelmente serão mais baratos que o Soyuz-U."
Soyuz-2 é toda uma série de foguetes de lançamento composta por três foguetes: Soyuz-2.1ASoyuz-2.1B e Soyuz-2.1V. Segundo o especialista, o foguete Soyuz-2 irá lançar, provavelmente, tanto naves espaciais civis, como aparelhos militares. Para o foguete não há diferença em colocar este ou aquele equipamento em órbita – ele é universal. Ele recebe um programa de lançamento e dados da órbita. E isso é o suficiente.
O sistema de controle digital instalado no Soyuz-2 vai dobrar a precisão de trabalho. E esse trabalho será assistido não por 40, como antes, mas apenas por dois especialistas.
SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Submarino russo patrulhou águas litorâneas dos EUA durante um mês


Um submarino nuclear russo, projeto 971 (“Akula”, pela classificação da OTAN), armado com mísseis alados de longo curso, navegou durante muito tempo, sem ser detetado, nas águas litorâneas dos EUA, no Golfo do México, informa a edição Washington Free Beacon, alegando um funcionário anônimo estadunidense.

De acordo com esta informação, a presença do submarino russo ao largo da costa estadunidense foi confirmada só depois de o navio ter abandonado essa região. “É um submarino silencioso, capaz de aproximar-se sem ser percebido”, disse o funcionário.
Representantes da Marinha de Guerra estadunidense recusaram-se a comentar o evento.
SEGURANÇA NACIONAL BLOG

EUA testam hoje avião militar hipersônico


AE - Agência Estado
A Força Aérea dos Estados Unidos pretende testar nesta terça-feira uma aeronave experimental não-tripulada projetada para voar a uma velocidade seis vezes superior à do som, ou 5.800 quilômetros por hora.
A aeronave foi projetada com o objetivo de permitir ao Pentágono executar bombardeios em qualquer parte do mundo em questão de poucos minutos.

De acordo com o jornal norte-americano Los Angeles Times, o avião X-51 WaveRider deverá atingir a velocidade Mach 6 depois que for solto por um bombardeiro B-52 na costa da Califórnia.
A velocidade do som, também chamada de Mach 1, é de pouco mais de 300 metros por segundo. A expectativa dos engenheiro da Força Aérea é de que a aeronave mantenha sua velocidade máxima, seis vezes superior à Mach 1, por cinco minutos. As informações são da Associated Press.
SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Exército quer novas armas antiaéreas até Copa 2014 para sanar ponto fraco

Artilharia antiaérea é pré-requisito dos comitês internacionais que organizam a Copa do Mundo e a Olimpíada, competições esportivas que serão sediadas pelo Brasil em 2014 e 2016, respectivamente. O sistema de defesa, capaz de prevenir e impedir ataques aéreos realizados por aeronaves ou aviões não tripulados, é um dos pontos fracos do ExércitoG1 publica, ao longo da semana, uma série de reportagens sobre a situação do Exército brasileiro quatro anos após o lançamento da Estratégia Nacional de Defesa (END), decreto assinado pelo ex-presidente Lula que prevê o reequipamento das Forças Armadas. Foram ouvidos oficiais e praças das mais diversas patentes - da ativa e da reserva -, além de historiadores, professores e especialistas em segurança e defesa. O balanço mostra o que está previsto e o que já foi feito em relação a fronteiras, defesa cibernética, artilharia antiaérea, proteção da Amazônia, defesa de estruturas estratégicas, ações de segurança pública, desenvolvimento de mísseis, atuação em missões de paz, ações antiterrorismo, entre outros pontos considerados fundamentais pelos militares.

Com mais de 35 anos, as armas brasileiras são de tecnologia ultrapassada e não possuem potencial de alcance a média altitude, entre 3 km e 15 km, podendo atingir apenas alvos encontrados a uma distância inferior. É possível ter ideia da levando em conta que todos os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) têm capacidade de abate antiaéreo à média altura.

O reaparelhamento do setor antiaéreo do Brasil é uma das prioridades da Estratégia Nacional de Defesa, que determina que o país adquira a capacidade de operar artilharia antiaérea a média altura.
“O material que temos é bastante defasado tecnologicamente. Os canhões entraram em operação no Brasil em 1977, mas funcionam ainda, embora com dificuldade de manutenção. Também temos outros canhões que foram fabricados pela Avibras, uma empresa brasileira, e que começaram a operar em 1985. Também é um material bastante antigo”, diz o general Marcio Roland Heise, que comanda a artilharia antiaérea brasileira.
“O problema que temos com a manutenção dos canhões e com os equipamentos de direção de tiro é que, como são antigos, é difícil achar peças para reposição. Mas isso não impede o nosso uso”, acrescenta o general.

Roland Heise explica por que o Brasil ficou tanto tempo com essa defasagem. “Temos sempre que priorizar o que é mais importante quando há dificuldades no orçamento. Como os recursos são restritos, as dificuldades foram sendo sempre colocadas. Foi priorizado o que o Exército julgou, ao longo dos anos, o mais importante”, afirma. “Agora estamos trabalhando na recuperação. Vamos lutar para que seja eficiente novamente”, completa.Os misseis e canhões que o Brasil possui atingem uma altitude de até 3 km de altitude e podem ser disparados de um raio de até 4 km. Conforme o Livro Branco, documento que detalha a política de defesa nacional, a tropa conta com 702 canhões, de vários tipos, a maioria adquiridos no final dos anos 70 e no início dos anos 80. O documento não divulga quantidade de mísseis que o Brasil tem.Em setembro de 2009, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, comprou 300 unidades de mísseis Igla, de alta tecnologia, da Rússia, assustando os militares brasileiros. Cada um deles custa US$ 80 mil. O comandante diz não poder informar quantos Igla o Brasil possui, “por questões estratégicas”.
“Nossos vizinhos compram e colocam na imprensa. Mas nós não divulgamos. Somos um país pacifista. Mas posso falar que temos o suficiente”, afirma.

Durante a Rio+20, em junho, o Exército posicionou o armamento em lugares isolados ao redor do Rio Centro, com a missão de abater qualquer aeronave ou explosivo que invadisse o espaço aéreo. Os canhões ficaram escondidos dentro do Autódromo de Jacarepaguá, de empresas ou em áreas abertas, como campos de futebol, para que a população e os turistas não pudessem ver. Os canhões e os mísseis não precisaram ser usados.

Em 2014, o general garante que o Brasil não vai passar vergonha. “Nós temos a pretensão de adquirir tudo o que precisamos até a Copa, sim. O Exército está conduzindo um projeto para reformular material e também conceitos de uso, buscando também a capacidade de alvo a média altura. É o que queremos”, diz Heise.

Ao custo de R$ 2,354 bilhões, segundo o general Heise, a proposta para atualizar o sistema de defesa antiaérea começou em 2011. O estudo de viabilidade está em fase de elaboração. Contudo, o Livro Branco estima em R$ 859,4 milhões a previsão de investimentos na área até 2023. Os militares levantaram mais de 4 mil especificações sobre que tipo de armas, comunicações e logística desejam ter. Ao término do trabalho, será apresentado em licitação o que o país precisa para se proteger diante das “ameaças modernas”. Entre os interessados no contrato estão fabricantes russas, francesas, israelenses e americanas.

“O projeto segue um cronograma de 10 anos para que possamos colocar todo o material em ordem. Isso demora, porque temos também que capacitar o pessoal e fazer testes. Não adianta nada termos o equipamento se ninguém sabe operá-lo”, diz o general. “Eu gostaria de ter muita coisa, mas não temos todo o dinheiro do mundo para isso. Eu queria ter a Ferrari, mas às vezes você só consegue comprar outro carro, mesmo que não seja tão potente”.
O alcance de média altura, no entanto, está praticamente certo. “A vantagem dessa tecnologia é podermos atuar também à baixa altura de uma distância maior. Você pode até estar a 40 km do alvo e disparar”, diz.Áreas estratégicas
Os grupos de defesa antiaérea do Brasil começaram a ser criados em 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, e foram posicionados em áreas que preocupavam na época, como Rio de Janeiro, Praia Grande (SP), Caxias do Sul (RS) e Sete Lagoas (MG). O último grupo a ser criado foi o Brasília, que começou a ser estruturado em 1988 e é o melhor equipado, com a missão de defender o Palácio do Planalto.

“O posicionamento dos grupos atende interesse de proteção de estruturas estratégicas. Na Baixada Santista, há refinarias de petróleo. No Rio Grande do Sul, várias fábricas importantes no setor de defesa e também refinarias. Em Minas, temos outras indústrias de armas. Já no Rio, há plataformas de petróleo que devem ser defendidas ”, explica o general.

O Exército pretende construir pelo menos três novos grupos em áreas estratégicas, como na Usina Hidrelétrica de Itaipu, no Paraná, e na região amazônica, para proteger a selva e as hidrelétricas que estão sendo construídas. Outras áreas de interesse são aeroportos, portos e estações de transmissão.

Em todo grande evento internacional, a artilharia antiaérea é fundamental para defender chefes de estado e autoridades de ataques terroristas. Na Copa do Mundo, é uma das exigências da Fifa. Em 2010, a África do Sul teve de alugar os sistemas de radares e antimísseis de Israel para atender aos requisitos, ao custo de mais de R$ 1 bilhão.Modo de atuação
A artilharia antiaérea funciona por meio de canhões e mísseis. No Brasil, dentre os canhões utilizados estão o Oerlinkon/Contraves 35 mm, de fabricação italiana e suíça, adquirido em 1977, e o sueco Bofors 40 mm. Já os mísseis são do tipo Igla, russos, e que são disparados por apenas um homem.
Os mísseis têm validade de 10 anos e, quando estão para vencer, são usados em treinamento. A última leva chegou em 2011 – a quantidade comprada não é divulgada, mas os oficiais afirmam que é suficiente.

“Um ataque não ocorre do dia para a noite. Se houve uma crise, deslocamos pessoal e as armas para o local. Só atuamos sob ordem do Comando de Defesa Aeroespacial (Comdabra). Em tempos de paz, um tiro de abate depende da autorização da Presidência ou de alguém designado por ela”, diz.Necessidades
Com velocidade de 1.200 km/h, os mísseis Igla são do tipo “atira e esquece”, seguem em direção do alvo guiados por infravermelho. Eles são mais empregados no abate de aeronaves. Os canhões requerem orientação por radar e cálculos de tiro, para que os explosivos acertem o alvo em determinada posição no futuro. Eles podem ser usados para derrubar drones (aviões não tripulados que recolhem informações e realizam ataques) ou helicópteros a baixa altitude.
“O Igla nos interessa em alguns tipos de emprego, pois é levado por um único homem e vem pronto, é fácil de transportar”, diz o general.

Dentre os equipamentos que a Brigada de Artilharia Antiaérea pretende adquirir até a Copa está a tecnologia de guiamento. “Algumas ameaças não possuem fonte de infravermelho suficiente para que o Igla possa interceptá-los. Precisamos de novos tipos de mísseis, que sejam capazes de se guiarem e perseguir a ameaça se ela fizer manobras para fugir”.

“Até hoje, nunca fizemos um disparo real. É uma responsabilidade e um risco muito grande, precisa ter certeza. Depois de disparado o míssil, não tem volta. Quando se abate uma aeronave, pessoas morrem. Em exercícios, simulamos isso. Mas, em uma operação de não-guerra, como Rio+20 e grandes competições, uma falha é inadmissível. Essa palavra não existe no dicionário da antiaérea”, afirma Heise.
SEGURANÇA NACIONAL BLOG... G1
exercito_artilharia_antiaerea_div_620 (Foto: Divulgação)

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Japão se prepara para desembarque de chineses


O comando militar japonês começou a elaboração de planos para o caso de desembarque de tropas chinesas nas ilhas desabitadas de Senkaku, controladas por Tóquio e que Pequim considera território ilegalmente ocupados pelo Japão.

A discussão em torno de Senkaku, em cujo leito submarino existem importantes reservas de gás natural, se agravou significativamente nos últimos tempos.
Os navios chineses da inspeção de pescas costumam aparecer regularmente junto às ilhas. Em julho, até entraram de forma ostensiva em águas territoriais japonesas.
Os navios do serviço chinês de inspeção de pescas são praticamente navios de guerra. Alguns deles são equiparáveis a destroyers e podem, inclusive, transportar a bordo unidades de fuzileiros.
SEGURANÇA NACIONAL BLOG