domingo, 22 de julho de 2012

Sistema de Lançadores Múltiplos de Foguetes da Argentina CP-30

O sistema LMF CP-30, foi desenvolvido integralmente pelo CITEDEF com apoio do Exército, é um sistema de saturação superfície-superfície, para a neutralização de vários tipos de objetivos, entre eles, forças mecanizadas, postos de comandos, pistas de aterrissagens, instalações logísticas e cumprir funções de contrabateria.Sob direção do Instituto de Investigações Cientificas e Técnicas para Defesa (CITEDEF), organização esta subordinada ao Ministério da Defesa da Argentina, o Grupo de Artilharia de Sistemas de Lançadores Múltiplos 601 criado no início de 2011, vem realizando uma série de testes e avaliações visando a sua habilitação no manejo e lançamento de foguetes calibre 105 mm Pampero, artefato bélico produzido no próprio país.As provas acontecem no Grupo de Artilharia 7 (GA7) assentado na província de San Luís. O Pampero, foi concebido para ser disparado a partir de lançadores múltiplos de foguetes CP-30, cuja concepção e desenvolvimento foi realizada pela Direção Geral de Fabricações Militares (DGFM) e pelo CITEDEF.O sistema  LMF CP-30, desenvolvido integralmente pelo CITEDEF com apoio do Exército, é um sistema de armas de saturação superfície-superfície para a neutralização de vários tipos de objetivos, entre eles, forças mecanizadas, postos de comandos, pistas de aterrissagens, instalações logísticas e cumprir funções de contrabateria.
Além do Pampero de 105 mm, o sistema é compatível com foguetes de 127 mm padrão LMF CP-30 (adaptando dispositivos especiais nos tubos lançadores) e com o SABPA de 127 mm.
LMF CP-30 conta com três módulos, cada um deles com nove tubos, sendo que os três módulos são montados sobre uma viatura de tração 6×6.Possui sistemas de orientação de tiro computadorizado, e posicionamento por GPS além de nivelamento automático do conjunto.
O alcance útil de tiro é da ordem de 30 km. Capacidade de recarga em curto espaço de tempo e um efetivo de apenas três militares para operá-lo.
A cadência de disparo é de um foguete a cada meio segundo, ou seja, em menos de 15 segundos todos os 27 foguetes dos três módulos podem ser disparados.Adicionalmente, o sistema oferece a mobilidade e agilidade de um veículo “off road”, sendo capaz de se posicionar, apontar e disparar, em poucos minutos, deixando a posição de tiro em segundos para evitar a replica do inimigo.
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Venda de caças não é o único interesse da Boeing no Brasil


ROBERTO GODOY
O avião usado pela presidente Dilma Rousseff é um Airbus-A19 francês – o próximo, todavia, tem boas possibilidades de sair do complexo da Boeing, no Estado americano de Washington. Em maio, o Comando da Aeronáutica enviou à Boeing e à Airbus um pedido formal de oferta de dois aviões, para reabastecimento em voo e de longo alcance.
A resposta deve chegar, no máximo, em 90 dias. O plano da Força Aérea prevê que os jatos analisados – o Boeing 767 e o A-330 – possam ser convertidos para o transporte de passageiros e carga. Um deles teria espaço preparado para receber uma seção executiva de uso da Presidência em viagens longas. A seleção pode considerar jatos usados, que seriam submetidos a um procedimento de modernização e revitalização.
É um negócio prestigioso – todavia, não ocupa espaço na agenda da presidente da Boeing do Brasil, Donna Hrinak. Discreta, prefere evitar o assunto. Ex-embaixadora no País entre 2002 e 2004, e ex-vice-secretária de Estado para o México e o Caribe, está agora empenhada em firmar parcerias que consolidem a presença da empresa no mercado. Donna identifica no Brasil a oportunidade de vendas “para mais de mil aeronaves, ou seja, 40% da demanda de toda a América Latina até 2032 – veja bem: estamos falando de US$ 100 bilhões a serem contratados”.
Morando em São Paulo, onde já viveu nos anos 80, quando era oficial diplomática no Consulado dos EUA, Hrinak está fazendo a redescoberta dos restaurantes italianos e japoneses – para ela, “estão entre os melhores do mundo”. Na sexta-feira, preparando uma caminhada pelo Parque Ibirapuera com o marido, Frans Boete, a presidente da Boeing falou ao Estado. A seguir, os principais trechos da entrevista.
A Boeing está redescobrindo o Brasil?
Nossa parceria com o Brasil é antiga. São 80 anos – em setembro de 1932 entregamos as primeiras aeronaves militares ao governo brasileiro. Além disso, fornecemos aeronaves às empresas aéreas brasileiras desde 1960. Geralmente, quando as pessoas ouvem o nome Boeing pensam em aeronaves, e elas não estão erradas, mas somos, acima de tudo, uma empresa de tecnologia. Por isso, as parcerias que esperamos estabelecer por aqui incluem também universidades, laboratórios de ideias e centros de pesquisa.
Há resultados práticos?
Já assinamos um acordo com a Embraer e com a Fapesp para colaborar na pesquisa e desenvolvimento de um programa para criar uma indústria sustentável de biocombustíveis. Outra oportunidade que nos empolga muito é a de participar do programa Ciência sem Fronteiras, uma iniciativa do governo brasileiro. Patrocinamos um ano de estudos de 14 alunos dos cursos de engenharia aeroespacial e engenharia Aeronáutica em universidades norte-americanas e ainda oferecemos um estágio de dois meses na Boeing, que termina no dia 24 de julho.
Em que estágio se encontra a implantação do Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Aeroespacial?
O vice-presidente de Pesquisa e Tecnologia da Boeing do Brasil chegou no final de maio, vindo de Pequim, onde também estabeleceu um centro de pesquisa e tecnologia para a China. Desde então, manteve consultas com universidades, cientistas e autoridades governamentais para identificar áreas promissoras de cooperação. A partir de nossas conversas com potenciais parceiros brasileiros, achamos que essas áreas incluem pesquisas sobre materiais avançados e biomateriais, análise visual (visual analytics) e sondagem remota.
Quais são as metas da Boeing do Brasil?
Estamos no Brasil para ficar. Além de continuar o engajamento com nossos clientes na área comercial, queremos colaborar com o avanço e a competitividade da indústria de defesa do Brasil. Estamos avaliando novas oportunidades de negócio com foco no longo prazo, sempre nos alinhando com empresas locais para criar planos de negócios que sejam mutuamente benéficos. Na Boeing, temos muita experiência em aplicação prática de estudos e acreditamos que podemos trabalhar juntos nessa transição de colocar em prática no próprio mercado nacional, e também no internacional, as pesquisas elaboradas pelos brasileiros. Somos uma das três empresas finalistas na escolha para fornecer novos caças à Força Aérea Brasileira – mas este é apenas um de nossos interesses no País. Já identificamos 25 empresas locais que poderiam ser parceiras da Boeing nessa empreitada, gerando 5 mil empregos.
Qual é o tamanho da frota de aviões da Boeing no Brasil?
Aproximadamente 170 aeronaves da Boeing voam no Brasil atualmente, ou mais de 50% da frota total do País. Temos excelentes clientes. A Gol é a maior operadora – são cerca de 130 aeronaves, inclusive os novíssimos 737-NG.
Qual é o resultado prático dos acordos de cooperação estabelecidos pela Embraer com a Boeing?
Os acordos são uma evolução natural da relação da Boeing com a Embraer. Como empresas líderes no mercado aeroespacial global, faz sentido trabalharmos em conjunto em áreas nas quais compartilhamos interesses. Costumo dizer que quando falamos com a Embraer é como se estivéssemos falando com nós mesmos porque as culturas das duas empresas são muito parecidas. Na prática, nossos acordos vão possibilitar que ofereçamos produtos e serviços que tornem a aviação comercial mais eficiente e segura.
A Boeing e a Embraer poderiam desenvolver, em projeto conjunto, um novo avião regional nos padrões exigidos pelo mercado?
Temos um acordo para trabalhar juntos na área de aeronaves comerciais buscando eficiência e segurança, no desenvolvimento de pesquisas e tecnologias e em biocombustíveis sustentáveis para aviação. Outras parcerias nas áreas comerciais e de defesa estão sendo estudadas e serão anunciadas quando estivermos de acordo com relação às oportunidades de mercado. O arcabouço da colaboração foi estabelecido no acordo que assinamos em abril, paralelamente à visita da presidente Dilma ao presidente Obama. Desde então, anunciamos duas colaborações significativas na área de defesa e segurança: o apoio da Boeing ao programa da aeronave de transporte aéreo de médio porte KC-390, que a Embraer está desenvolvendo para a Força Aérea Brasileira, e a integração de armas ao Super Tucano, inclusive no que faz parte da oferta da Embraer na concorrência da Força Aérea dos EUA para fornecimento de 20 aviões de ataque leve para o Afeganistão.
A sra. declarou que as restrições à transferência de variada tecnologia de ponta, atribuídas à proposta da Boeing na escolha dos F-X2, não passam de “lenda”? Como assim?
Compreendo a importância da transferência de tecnologia dentro do contexto da concorrência dos caças. Todavia, me incomoda focar excessivamente nesse conceito porque ele me remete à ideia de relação “Norte-Sul” da segunda metade do século passado, quando falávamos de um “Norte” supostamente desenvolvido e sofisticado que transferiria seu conhecimento e sabedoria a um “Sul” supostamente despreparado e subdesenvolvido. Essa nunca foi uma descrição justa e muito menos completa de nossas relações econômicas e de nossos investimentos. Isto dito, em relação à escolha dos caças, apresentamos, repetidamente, garantias dos poderes Legislativo e Executivo do governo dos EUA, vindas dos dois partidos, de que endossam e garantem a oferta agressiva de tecnologia proposta pela Boeing. Nossa oferta inclui o mesmo nível de compartilhamento de tecnologia disponibilizado para nossos aliados da Otan, o que significa o mais alto nível de compartilhamento de tecnologia que praticamos.
Na proposta da Boeing, quanto do caça F-18 E/F Super Hornet seria fabricado ou integrado no Brasil?
A Boeing ofereceu formalmente ao governo brasileiro a possibilidade de montagem final do Super Hornet, não somente para as aeronaves brasileiras, mas também para as da Marinha dos Estados Unidos, além da fabricação de partes significativas da fuselagem. O Super Hornet trará oportunidades que vão além da produção da aeronave. A tecnologia para o suporte e upgrade da aeronave ficará no Brasil, o que permitirá aplicar esse conhecimento às aeronaves brasileiras no futuro. Como maior empresa aeroespacial do mundo, a Boeing pode trazer oportunidades inéditas para a indústria brasileira por conta das relações com fornecedores e outros players do setor aeroespacial e de defesa. Um exemplo concreto recente foi a seleção, no início de 2012, da empresa AEL Sistemas, subsidiária da israelense Elbit Systems, para fornecer o Display de Grande Área (LAD, na sigla em inglês) que integrará o Sistema Avançado de Cockpit (Advanced Cockpit System) utilizado nos Super Hornets da Boeing e na família de aeronaves F-15, incluindo a Silent Eagle. A AEL ganhará know-how que possibilitará expansão da sua atuação no mercado de capacidades avançadas de aviônicos do cockpit de vários tipos de aeronaves, inclusive helicópteros. São parcerias que permitirão à indústria elevar a posição no mercado global.
Ex-embaixadora dos Estados Unidos no Brasil entre 2002 e 2004, na Venezuela (de 2000 a 2002), na Bolívia (de 1997 a 2000) e na República Dominicana (de 1994 a 1997). Foi vice-secretária de Estado para o México e o Caribe e também oficial diplomática no Consulado dos EUA em São Paulo. É a presidente da Boeing do Brasil desde setembro de 2011.
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sábado, 21 de julho de 2012

Sob olhares atentos, caça F-5 da FAB 'desfila' na Marginal do Tietê em SP


Ricardo Valota, O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - Um caça F-5 da Força Aérea Brasileira (FAB) chamou a atenção de muitos motoristas, entre o final da noite de quinta-feira, 19, e o início da madrugada desta sexta-feira, 20, que trafegavam na pista sentido Castello da Marginal do Tietê, na capital paulista.Transportada por uma carreta, com esquema especial de acompanhamento e segurança policial, a aeronave teve como destino o Campo de Marte, na zona norte da cidade, onde passará por uma revisão. Em razão da pista do Campo de Marte não ser preparara para o pouso de um caça, o F-5 aterrissou no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos.
Ao ser contactada pela reportagem nesta madrugada de sexta-feira, 20, a assessoria de imprensa da FAB afirmou que todo esse procedimento é de praxe, mas não soube informar de qual cidade o caça saiu, se do Rio, Manaus (AM) ou Canoas (RS). Por volta das 2h15, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informava que o deslocamento havia ocorrido sem problemas e que a aeronave já estava no Campo de Marte.
Construídos há mais de 30 anos, os aviões deveriam servir, a princípio, como reserva de partes e peças de reposição.
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quinta-feira, 19 de julho de 2012

NASA vai procurar portais magnéticos em torno da Terra


Pontos-X
Os "portais" estão entre os temas favoritos da ficção científica.
Portais seriam aberturas extraordinárias, no espaço ou no tempo, permitindo conectar os viajantes a reinos distantes distantes e inalcançáveis mesmo pelas naves imaginárias das histórias e dos filmes.
Um bom portal seria como um atalho, uma porta para o desconhecido - se eles realmente existissem...
Acontece que um tipo especial de portal de fato existe, e um pesquisador da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, financiado pela NASA, acaba de descobrir como encontrá-los.
"Nós os chamamos de pontos-X, ou regiões de difusão de elétrons," explica o físico Jack Scudder.
"São lugares onde o campo magnético da Terra se conecta ao campo magnético do Sol, criando um caminho ininterrupto que conecta nosso próprio planeta à atmosfera do Sol, a 149 milhões de quilômetros de distância," explica ele.
Portais magnéticos
As observações das sondas espaciais Themis, da NASA, e Cluster, da ESA, sugerem que estes portais magnéticos abrem e fecham dezenas de vezes por dia.
Eles estão localizados a algumas dezenas de milhares de quilômetros da Terra, onde o campo geomagnético encontra o vento solar.
A maioria dos portais magnéticos é pequena e de curta duração, mas alguns são enormes e sustentados.
Toneladas de partículas energéticas podem fluir através das aberturas, aquecendo a atmosfera superior da Terra, causando tempestades geomagnéticas e belíssimas auroras polares.
A NASA já tinha nos planos uma missão, chamada "MMS" (Magnetospheric Multiscale), para estudar o fenômeno.
Serão quatro sondas voando em formação, dotadas de detectores de partículas energéticas e sensores magnéticos, para tentar rastrear os portais magnéticos e tentar estudá-los.
Mas ainda restava um problema: como encontrar esses portais magnéticos, invisíveis e extremamente fugazes.
Foi esse enigma que o Dr. Scudder acabou de solucionar.
NASA vai procurar portais magnéticos em torno da Terra
Agora os cientistas não vão mais ficar procurando a esmo pelos portais magnéticos; eles já sabem exatamente como encontrá-los. [Imagem: NASA]
Mapa do portal
Apesar de invisíveis e instáveis, os portais magnéticos possuem uma espécie de "poste de sinalização", segundo o pesquisador, um conjunto de indicadores que indica seu endereço com precisão.
Os portais se formam através de um processo chamado reconexão magnética, mesclando linhas de força magnéticas do Sol e da Terra, que se cruzam e se juntam para criar as aberturas.
"Os pontos-X são onde ocorrem os cruzamentos. A súbita junção de campos magnéticos pode impulsionar jatos de partículas carregadas a partir de cada ponto-X, criando uma 'região de difusão eletrônica'," explica o pesquisador.
Usando dados da sonda espacial Polar, que estudou a magnetosfera terrestre nos anos 1990, Scudder conseguiu identificar diversos pontos-X, que nunca haviam sido "vistos" aparentemente porque ninguém havia procurado por eles.
"Usando dados da missão Polar, encontramos cinco combinações simples de campos magnéticos e partículas energéticas que nos dizem quando estamos defronte um ponto-X, ou uma região de difusão de elétrons. Uma única nave, com os instrumentos adequados, pode fazer essas medições e encontrar um portal," explica.
Naves em alerta
Isto significa que cada uma das sondas da constelação MMS poderá encontrar portais e, tão logo localize um, alertar as outras naves da constelação.
Como são linhas magnéticas que se estendem pelo espaço, é importante efetuar medições de vários pontos, a fim de compreender a abertura dos portais e como funciona a aceleração das partículas que entram por eles, comparando sua trajetória e velocidade com a trajetória e velocidade de partículas que seguem a rota "normal", fora do portal.
A fórmula para calcular o "CEP dos portais magnéticos" também significa que, em vez de ficar anos tentando localizar os portais, a missão MMS poderá começar a estudá-los tão logo chegue ao espaço, o que deverá acontecer em 2014.
É um roteiro digno dos melhores portais da ficção científica, só que, neste caso, os portais são reais.
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IPEN recebe sistema de tomografia com nêutrons


Tomografia de materiais
As técnicas convencionais de radiografia, como de raios-X e radiação gama, apresentam algumas limitações que impossibilitam visualizar com maior nível de detalhe a estrutura interna de materiais como água, sangue, óleo, borracha e explosivos.
Um sistema digital para tomografia com nêutrons, que entrou em operação no Instituto de Pesquisas Energéticas (Ipen), permite visualizar em duas e três dimensões a estrutura interna destes materiais ricos em hidrogênio, mesmo quando envoltos por espessas camadas de alguns metais, como alumínio, ferro, aço e chumbo.
O equipamento também possibilita inspecionar materiais radioativos, como elementos de reatores nucleares.
E pode ter aplicações para o estudo da estrutura interna de materiais de diversas áreas, tais como da aeroespacial, arqueológica, médica, biológica e automotiva.
"A implementação desta nova técnica estimulará a abertura de novas linhas de pesquisa na área de imageamento de materiais empregando nêutrons como radiação penetrante", disse Reynaldo Pugliesi.
Radiografia e de tomografia
De acordo com o pesquisador, o sistema já é utilizado para realização de ensaios não-destrutivos de materiais de diversas áreas, como componentes pirotécnicos de engenharia aeroespacial, pás de turbinas de aviões, protótipo de coração artificial e objetos arqueológicos.
E deve ser aprimorado de modo a também permitir inspecionar células de combustível para geração de energia elétrica.
"O sistema de tomografia com nêutrons complementa e amplia os campos de aplicação das técnicas convencionais de radiografia e de tomografia", avaliou Pugliesi.
A inspeção da estrutura interna de materiais utilizando a técnica é realizada irradiando a amostra do material em um feixe uniforme de nêutrons (partículas atômicas que não possuem carga elétrica).
Como funciona a tomografia com nêutrons
Um conversor, composto por elementos químicos com elevada capacidade para absorver nêutrons, como gadolínio, disprósio, boro e lítio, transforma a intensidade de luz transmitida pela amostra em outra radiação, como de elétrons, alfas, prótons e fótons, capaz de sensibilizar um filme convencional para raio X, de modo a formar a imagem da estrutura interna do material.
Ao utilizar um conversor cintilador, a luz emitida pela amostra pode ser capturada por um sensor de uma câmera de vídeo, que possibilita obter e visualizar projeções em duas dimensões da estrutura interna do material analisado em tempo real.
"Por meio deste sistema é possível realizar a análise de processos dinâmicos de líquidos em tempo real", destacou Pugliesi.
Para obter imagens da estrutura interna do material inspecionado em três dimensões é usado uma sistema similar ao de tempo real, mas que captura imagens individuais (tomos) da amostra sob diferentes ângulos, que são armazenadas em um computador e reconstruídas por um software.
Um programa possibilita visualizar detalhes da estrutura interna da amostra do material estudado em um filme tridimensional, a partir do qual é possível localizar, dimensionar ou quantificar espacialmente qualquer detalhe interno de interesse da amostra.
Reator de pesquisas
Segundo Pugliesi, atualmente o equipamento permite realizar algumas poucas tomografias de amostras de material diariamente, mas a ideia é expandir sua utilização.
"Hoje, os maiores usuários desta técnica de tomografia com nêutrons são universidades e instituições de pesquisa. A aplicação rotineira dela exigirá não apenas uma adequação do equipamento, mas também sua aceitação como uma ferramenta de ensaio não destrutivo", avaliou Pugliesi.
O sistema foi instalado em um dos canais do reator nuclear de pesquisa IEA-R1, que já está operando em sua potência máxima, a 5 megawatts, o que possibilitará aumentar o fluxo de nêutrons nas posições de irradiação de amostras, onde são produzidos radioisótopos.
Os radioisótopos são utilizados para produção de radiofármacos para diagnóstico nas áreas de oncologia, cardiologia e neurologia, além de na agricultura, indústria e pesquisa.
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Reino Unido recebe F-35 Lightning II

FORT WORTH, Texas, 19 de julho de 2012 - O Reino Unido recebeu seu primeiro caça de 5ª geração F-35 em cerimônia realizada hoje (19) com a presença de representantes dos ministérios da Defesa britânico (Philip Hammond) e estadunidense (Frank Kendall). “Estamos aqui hoje para celebrar o fato de os britânicos serem os primeiros parceiros internacionais a receberem a aeronave,  reafirmando assim a importância do Reino Unido e a sua capacidade de desenvolvimento de inovações, mantida por gerações. Sem eles, talvez não tivéssemos nada para celebrar aqui hoje” disse Bob Stevens, CEO da Lockheed Martin.O Reino Unido foi o primeiro de oito parceiros internacionais a se juntar ao programa F-35, com planos de adquirir a versão F-35B (Bravo), na configuração STOVL (decolagem curta e pouso vertical). A Lockheed Martin vem desenvolvendo o F-35 juntamente com seus principais parceiros industriais, a Northrop-Grumman e a BAE Systems. A empresa britânica trouxe para o programa sua larga experiência  em pousos curtos e decolagem vertical, avançadas técnicas de manufatura, voos de teste e sistemas aéreos, sendo responsável pela fabricação de partes da fuselagem, do sistema de combustível, do sistema de ejeção da tripulação (assento ejetável) e sistema de suporte de vida. Os britânicos possuem uma importante parcela de responsabilidades globais sobre a produção, desenvolvimento contínuo e sustentado do F-35 pelos próximos 40 anos, trazendo assim fortes benefícios econômicos para o país.
 
O F-35 Lightning II é uma aeronave de 5ª geração que combina avançadas capacidades stealth com a velocidade e agilidade de um caça, fusão de dados e informações, operações em rede e alta probabilidade de sobrevivência e persistência em combate. As três distintas versões do programa F-35 irão substituir os jatos A-10 e F-16 na Força Aérea dos Estados Unidos, o F/A 18 Hornet na Marinha norte americana, e o F/A-18 e AV-8B Harrier do Corpo de Fuzileiros Navais, além de uma variedade de caças de pelo menos 10 outras nações.
 
Com a sua sede localizada em Bethesda (Estados Unidos), a Lockheed Martin emprega hoje mais de 120.000 pessoas ao redor do mundo, estando engajada principalmente em pesquisa, design, desenvolvimento, manufatura, integração e suporte de avançados sistemas tecnológicos, produtos e serviços. No exercício fiscal de 2011, a empresa apresentou resultados em vendas que chegaram a US$ 46,5 bilhões de dólares.
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Indra fornecerá sistemas de comunicação por satélite para o Ministério da Defesa do Brasil


Com isso, a companhia reforça sua posição como principal fornecedor de sistemas de comunicações por satélite para o Ministério da Defesa brasileiro

A Indra proverá sistemas de comunicações por satélite de desdobramento rápido para as Forças Armadas brasileiras. O contrato foi ganho por meio de concurso internacional no qual concorreram as principais companhias do setor. O valor de mercado aproximado destes sistemas encontra-se em torno de 5 M USD.
Este novo projeto consolida a Indra como o principal fornecedor de terminais de satélite do Ministério da Defesa brasileiro.
A companhia entregará concretamente sistemas de comunicações por satélite Fly Away. Estes equipamentos são caracterizados por serem rápidos, facilmente transportáveis, e muitofáceis de montar, apenas desdobrando-os. Esta tecnologia garante para qualquer unidade do Exército brasileiro a capacidade de estabelecer um link de comunicações por satélite seguro desde os locais mais remotos.
A Indra contribuiu de forma destacada com a consolidação da rede de comunicações por satélite do Ministério da Defesa do Brasil (rede SISCOMIS), tanto como fornecedor de diferentes tipos de terminais satcom terrestres e navais, quanto através do desenvolvimentodo Sistema de Gestão da própria rede.
A companhia colabora de forma continuada, desde 2005, com as Forças Armadas deste país em projetos relacionados com comunicações militares via satélite. Também trabalhou na implantação de sistemas de vigilância por radar e sistemas de defesa eletrônica.

Indra no Brasil

A Indra está presente no Brasil desde 1996 com escritórios em São Paulo, Barueri, Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro. Conta com 1.500 profissionais e uma Fábrica de Software em Campinas, que atua como um laboratório avançado de P&D. A multinacional de TI tem no Brasil uma oferta diferenciada de soluções e serviços para os setores de Serviços Financeiros, Energia e Utilities, Segurança e Defesa, Transporte e Tráfego, AAPP e Saúde, Indústria e Consumo e Telecomunicações.
A Indra é uma das principais multinacionais de Tecnologia da Informação da Europa e da América Latina. É a segunda companhia européia de seu setor por investimentos em P&D, com cerca de 500 milhões de euros investidos nos últimos três anos. As vendas em 2010 atingiram 2.557 milhões de euros e sua atividade internacional representa atualmente 40%. Conta com mais de 31.000 profissionais e com clientes em mais de 110 países.
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