sexta-feira, 29 de junho de 2012

Irã deve instalar mísseis em navios no Estreito de Ormuz


DUBAI, 29 Jun (Reuters) - O Irã tem a expectativa de equipar seus navios no Estreito de Ormuz com mísseis de curto alcance em breve, disse o comandante da Guarda Revolucionária, em mais um aparente alerta ao Ocidente para que não ataque o programa nuclear iraniano.
Pelo Estreito de Ormuz, que dá acesso ao Golfo Pérsico, passa 40 por cento do petróleo transportado por via marítima no mundo. A República Islâmica já ameaçou fechar o estreito em represália se as sanções ocidentais bloquearem as exportações iranianas de petróleo.
A União Europeia planeja impor a partir de domingo um embargo total ao petróleo iraniano, e informou Teerã que outras medidas punitivas podem se seguir caso o Irã continue desafiando as ordens da ONU para restringir atividades nucleares capazes de levar ao desenvolvimento de armas atômicas.
?"Já equipamos nossos navios com mísseis de alcance de 220 quilômetros, e esperamos introduzir em breve mísseis com um alcance superior a 300 quilômetros", disse o comandante Ali Fadavi à agência semioficial de notícias Mehr.
"?Podemos atingir das nossas costas todas as áreas da região do Golfo Pérsico, o Estreito de Ormuz e o Mar de Omã."
Em seu ponto mais próximo, o Irã está a apenas 225 quilômetros do Bahrein, sede da Quinta Frota naval dos EUA, e a cerca de mil quilômetros do arqui-inimigo Israel. O míssil iraniano de maior alcance, o Sajjil-2, pode voar por até 2.400 quilômetros.
O Irã reafirma seu poderio na região com frequência, particularmente no Estreito de Ormuz, o canal mais importante do mundo para o transporte de petróelo.
Mas ultimamente, Teerã tem feito mais questão de ostentar sua força militar, em face das advertências israelenses e norte-americanas, que não descartam uma ação militar contra o Irã caso a diplomacia e as sanções falhem em resolver a questão nuclear.
O Irã nega as suspeitas ocidentais de que seu programa nuclear visa o desenvolvimento de armas nucleares, e afirma que a pesquisa serve apenas para gerar eletricidade.
Em janeiro, o país anunciou um teste bem sucedido de dois mísseis que disse ser de longo alcance. Neste mês, a Marinha iraniana anunciou planos de fabricar mais navios de guerra e de aumentar sua presença em águas internacionais, como no Golfo de Aden e no norte do Oceano Índico.
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O Navio Patrulha Oceânico P-120 Amazonas da MArinha do Brasil


No dia 29 de junho, às 11h, em cerimônia presidida pelo Chefe do Estado-Maior da Armada, almirante de esquadra Fernando Eduardo Studart Wiemer, nas dependências da Base Naval de Portmouth, no Reino Unido, ocorrerá a Incorporação à Armada da Marinha do Brasil do Navio-Patrulha Oceânico Amazonas.
Construído pela empresa BAE Systems Maritime – Naval Ships tem o mesmo nome da classe em que se enquadra, Amazonas, que contará com mais duas embarcações até 2013: Navio-Patrulha Oceânico Apae Navio-Patrulha Oceânico Araguari, todos nomes de importantes rios brasileiros. A embarcação teve sua construção iniciada em 15 de fevereiro de 2008, com o batimento de quilha em 15 de junho do mesmo ano. Foi lançado ao mar em 10 de fevereiro de 2009 e sua construção foi finalizada em setembro de 2010.

As principais características da Classe Amazonas
Comprimento total de 90,5 metros, comprimento entre perpendiculares de 83 metros, boca máxima de 13,5 metros, calado de navegação de 6,0 metros, deslocamento carregado de 2.060 toneladas, velocidade máxima com 2 MCP de 25 nós, raio de ação a 12 nós cerca de 4.000 milhas náuticas, autonomia de 35 dias, capacidade de tropa embarcada de até 39 militares, capacidade de transporte de carga de até seis Contêineres de 15 toneladas, armamento composto de um canhão de 30 mm e duas metralhadoras de 25 mm; sistema de propulsão dotado com dois motores MAN 16V28/33D de 7.350 HP; geração de energia provida por três geradores CATERPILLAR de 550 kW e um gerador CATERPILLAR de 200kW, tripulação formada por 12 oficiais, 21 suboficiais e sargentos e 48 cabos e marinheiros.
Os Navios-Patrulha destinam-se ao patrulhamento das Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB), devendo executar diversas tarefas, dentre elas a de, em situação de conflito, efetuar patrulha para a vigilância e defesa do litoral, de áreas marítimas costeiras e das plataformas de exploração/explotação de petróleo no mar e contribuir para defesa de porto; e, em situação de paz, promover a fiscalização que vise ao resguardo dos recursos do mar territorial, zona contígua e zona econômica exclusiva (ZEE), de repressão às atividades ilícitas (pesca ilegal, contrabando, narcotráfico e poluição do meio ambiente marinho), contribuir para a segurança das instalações costeiras e das plataformas marítimas contra ações de sabotagem e realizar operações de busca e salvamento na área de responsabilidade do Brasil.
O Navio-Patrulha Oceânico Amazonas foi projetado e construído para atender às necessidades de fiscalização de extensas áreas marítimas. Devido à sua grande autonomia e capacidade de operar com aeronave orgânica (helicóptero) e duas lanchas, contribuirá com os demais navios da Marinha do Brasil na proteção e fiscalização de nossa “Amazônia Azul”.
Após a incorporação à Marinha, o Amazonas será preparado para navegar em direção ao Brasil, o que está previsto para ocorrer na primeira quinzena de agosto deste ano. Em uma viagem de dois meses, o navio suspende de Plymouth, cumprindo o seguinte roteiro: Lisboa (Portugal), Lãs Palmas (Espanha), Mindelo (Cabo Verde), Cotonou (Benim), Lagos (Nigéria), São Tomé e Príncipe, Natal (RN), Salvador (BA), Arraial do Cabo (RJ) e tem como porto final, na primeira quinzena de outubro, o Rio de Janeiro (RJ).
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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Operação SHEFEX II - 4

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Lançado com sucesso o foguete VS-40M com o experimento Shefex 2

Dia 22 de junho de 2012, às 21h18m local, foi lançado com sucesso, a partir do Centro de Lançamento de Andoya (Noruega), o veículo suborbital brasileiro VS-40M, transportando como carga-útil o experimento alemão Shefex 2.
A operação desse veículo, o qual foi integralmente financiado pelo Centro Espacial Alemão (DLR), veio ratificar a excelente reputação conquistada pela tecnologia brasileira de veículos suborbitais junto à Agência Espacial Européia. Adicionalmente, o VS-40M significou um importante avanço para o alcance da autonomia brasileira de acesso ao Espaço, pois consiste da parte superior do VLS-1, com os motores S40 e S44.
O perfeito funcionamento dos motores S40 e S44M, bem como de todos os eventos do voo, garantiram a trajetória nominal do experimento.
O experimento Shefex 2 (Sharp Edge Flight Experiment) é parte de um importante Programa alemão de desenvolvimento de tecnologia de vôos hipersônicos e de reentrada atmosférica, e teve como objetivos testar novos materiais e tipos de proteção térmica necessários para operação nessas condições, incluindo placas de carbeto de silício, desenvolvidas no IAE, a serem utilizadas na estrutura do Satélite de Reentrada Atmosférica (SARA).
Somente o custo dos experimentos da missão espacial Shefex 2 somou 10 milhões de euros, estimando-se que outros 6 milhões tenham sido investidos durante o desenvolvimento desse experimento. Importante ressaltar que o Shefex 1, ocorrido em 2005, foi lançado com o foguete brasileiro VS-30 Orion, e que o Shefex 3 está previsto para voar, em 2016, a bordo do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1), em desenvolvimento conjunto pelo IAE e DLR, com participação de indústrias brasileiras e alemãs.
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Turquia está se preparando para guerra com a Síria


O governo da Turquia confirmou oficialmente a informação de ter deslocado tropas para a fronteira síria, anunciou na quinta-feira a mídia local. Ancara explica suas ações por medidas de segurança, tomadas devido ao recente incidente com o avião turco abatido pela Síria.
Hoje de manhã, a televisão estatal informou que Ancara está organizando sua defesa antiaérea na fronteira com a Síria.
Além disso, há informações de que um comboio turco de cerca de 30 veículos militares com armamentos, incluindo baterias de mísseis, está se dirigindo para a fronteira síria.
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Operação Guarani

Misiones (AR) - A região destinada ao exercício no terreno da Operação Guarani já está vivendo a simulação de um combate convencional. Todos os militares estão aplicando na prática os aprendizados teóricos alcançados durante os meses de preparação. A experiência já está sendo considerada marcante para todos os envolvidos. O Aspirante Mossi é o comandante do 3º Pelotão de Cavalaria Mecanizada, e está posicionado com equipamentos e sua fração de militares em local estratégico, tendo como principal missão a defesa de três pontes, por onde passarão viaturas de logística rumo às posições seguintes.“É uma oportunidade única, me sinto altamente motivado e querendo fazer o melhor para o resultado ser acima do esperado”, avalia o Aspirante. Além do conhecimento fortalecido, ele reforça a importância de estar próximo das novas tecnologias utilizadas pelo Exército Brasileiro. “Em função da operação, aprendi a operar com o que há de mais moderno nas Comunicações, como, por exemplo, o software C2 em Combate”, complementa.Misiones (AR) - Às 18h de segunda-feira 26 de junho, iniciou oficialmente o exercício no terreno da Operação Guarani 2012. Mais de 1100 militares e 210 viaturas dos dois exércitos estão trabalhando no exercício combinado que visa o adestramento das tropas e a integração dos dois exércitos.
Todos os militares participantes da Operação estão em posições estratégicas desempenhando seus papéis em um quadro de guerra convencional.
Entendendo o Exercício
Trata-se de um exercício combinado de combate convencional, que terá participação da 1ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, cujo quartel-general se localiza em Santiago-RS, e da Brigada de Infantaria de Monte XII, da Argentina. Essas tropas formarão uma Força Tarefa pertencente ao Exército Azul, que terá como oponente um fictício Exército Vermelho.Foi criada uma situação de conflito para orientar o treinamento, onde Forças Vermelhas tomam a iniciativa e atacam as Forças Azuis. Estas são obrigadas a recuar, trocando espaço por tempo, ao mesmo tempo em que buscam desgastar o inimigo, realizando o que é conhecido na terminologia militar como ação retardadora.
O objetivo dos azuis é atrasar o adversário, para que o seu Exército se mobilize e possa combater de igual para igual contra os Vermelhos e, em fases posteriores, contra-atacar para recuperar o território cedido inicialmente ao invasor.
Números da OperaçãoMilitares:
Força azul: mais de 1100 integrantes
Força vermelha: mais de 60 militares (formado por uma Cia de Caçadores)
Blindados:
Brasil – 8 Cascavel e 9 Urutu (incluindo 1 oficina)
Argentina: 3 Panhard
Helicópteros
Brasil: 1 modelo HA-1
Argentina: 2 modelos UH-1H
Sistema de Comunicações com tecnologia de ponta
Apostoles (AR) – O Exército Brasileiro está empregando o que há de mais moderno em sistemas de comunicações durante a Operação Guarani 2012. O acesso à informação de forma rápida e eficaz é fundamental neste tipo de atividade. Neste exercício, destacam-se os seguintes instrumentos:
- Sistema de Comunicações Militares por Satélite (SISCOMIS), que disponibiliza internet, intranet (EB net), telefonia convencional interna do Exército Equipamento Rádio Falcon III (46 unidades) e SPR (Rádio Individual do Soldado – 60 unidades distribuídas entre os pelotões): equipamentos que estão sendo utilizados pela primeira vez. Os equipamentos utilizam novas tecnologias de segurança e computador tático (ETC IV) com software de comando e controle em combate (software C2 em combate), que integra GPS, rádio e transmissão de dados e ainda, permite em tempo real a consciência situacional da área de operações, em apoio a decisão do comandante...SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Defesa terá R$ 1,527 bilhão do PAC Equipamentos

 O Ministério da Defesa terá R$ 1,527 bilhão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Equipamentos. Os recursos serão para compra de 4.170 caminhões, 40 carros de combate Guarani e 30 veículos lançadores de mísseis Astros 2020. O repasse do dinheiro foi autorizado, hoje (27), por meio de Medida Provisória assinada pela presidenta Dilma Rousseff em cerimônia ocorrida no Palácio do Planalto. Este programa destinará R$ 8,43 bilhões em 2012 e tem por objetivo estimular a economia brasileira com a ampliação dos investimentos e  geração de emprego e renda.

A MP encaminhada ao Congresso Nacional libera R$ 6,611 bilhões do orçamento que estavam contingenciados. Os detalhes do PAC Equipamentos foram divulgados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao justificar que o governo federal toma tais medidas para estimular a economia nacional. De acordo com o ministro, em função da crise europeia, que tem efeitos imediatos na economia mundial, o governo toma “um conjunto de medidas para ampliar os investimentos, estimular a demanda, aumentar a confiança e acelerar o crescimento”.

Conjuntura econômica

Em discurso, a presidenta Dilma lembrou a conjuntura econômica conturbada pela qual o mundo atravessa e a comparou o momento econômico de 2008, iniciado no setor imobiliário dos Estados Unidos. Ela frisou que a crise do fim da década passada perdura e assume novas formas no momento atual.

“Agora, esse cenário nos preocupa, mas não nos amedronta. É importante ter consciência dele para evitar que nesse momento sejam feitas aventuras fiscais. Nenhum país do mundo, hoje, se permite uma política fiscal que não leve em conta, sobretudo, investimentos. Aventuras fiscais é a gente se comportar como se não estivesse acontecendo nada. Nós não nos amedrontamos, mas não podemos fingir que nada está acontecendo”, disse.

E para fazer frente ao momento atual, segundo destacou, o governo vem tomando medidas que incrementem o mercado interno. No discurso, Dilma Rousseff destacou também a importância do programa na destinação de recursos ao Ministério da Defesa para a compra de equipamentos para as Forças Armadas.

“Todas as compras que nós lançamos antes vão atender às necessidades do povo brasileiro. Eu vou citar: os ônibus para transporte escolar; os caminhões e veículos para as Forças Armadas, que têm de ser reequipadas, na medida em que cumprem um papel essencial; as ambulâncias para expandir o Samu; os caminhões e perfuratrizes para poços artesianos, facilitando o combate à seca; as retroescavadeiras, como eu disse, para manutenção das estradas vicinais; os mobiliários para as escolas públicas”, contou.Compras da Defesa

O Ministério da Defesa receberá R$ 1,527 bilhão para equipamentos militares desenvolvidos a partir de projetos nacionais fabricados no Brasil. Deste total, R$ 342,4 milhões serão para a compra de 40 blindados Guarani. Como o Exército já tinha encomendado 21 unidades do tanque para este ano, o PAC Equipamentos permitirá que outros 19 Guarani sejam acrescidos à lista.

O plano também prevê R$ 246 milhões para adquirir 30 unidades do Veículo Lançador de Míssil – Astros 2020. Os R$ 939,6 milhões restantes serão para compra de 4.170 caminhões de diferentes tipos e modelos destinados ao transporte de tropas e de cargas, baú, basculante, pipa, combate a incêndio e de uso geral. Esses veículos se somarão aos 900 inicialmente previstos, totalizando encomenda de 5.070 caminhões em 2012.

Sobre os equipamentos:

Blindados - O Guarani é um projeto do Exército Brasileiro. Trata-se do primeiro modelo de uma família de blindados a ser produzida no país, em Minas Gerais, pela empresa Iveco. Esses carros de combate anfíbios sobre rodas substituirão, gradualmente, os atuais blindados utilizados pelo Exército (Urutu, Cascavel), que foram fabricados pela Engesa e estão com mais de 30 anos de utilização. Astros 2020 - Trata-se de um sistema nacional de lançamento de foguetes e mísseis desenvolvido pelo Exército e fabricado pela empresa Avibrás, de São José dos Campos. Sucesso comercial, o lançador sobre rodas já foi exportado para vários países e vai aparelhar unidades de combate da artilharia do Exército. O 2020 é o modelo mais atual do lançador de foguetes terra-terra.

Benefícios - Os dois projetos (blindados e Astros 2020) são projetos estratégicos e estão em consonância com a Estratégia Nacional de Defesa (END). Deverão constar também no Plano de Articulação e Equipamento de Defesa (PAED), que está em fase de conclusão no Ministério e orientará as aquisições de equipamentos e produtos de defesa até 2030.

Ambos os projetos funcionarão como estímulo à inovação e à produção nacional de meios tecnologicamente avançados. Ou seja, têm o viés de promover efetividade da capacidade de defesa e também de impulsionar a competitividade da indústria nacional nos mercados interno e externo, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do Brasil.

A compra dos caminhões reforçará a mobilidade e a logística das Forças Armadas. Os veículos incrementarão a capacidade das Forças de atuar em situações dentro e fora do meio militar, tais como auxílio da população civil em catástrofes naturais (enchentes, secas etc).

Fotos: Felipe Barra e Tereza Sobreira
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
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