quinta-feira, 17 de maio de 2012

Avibras e o Sistema Astros


Considerados alvos prioritários a serem destruídos pelas forças de coalização na 2ª Guerra do Golfo (2003), os lançadores múltiplos de foguetes Astros são armas temidas. E não é para menos. A Avibras, fabricante deste sistema lançador de foguetes de tecnologia nacional, criou um armamento de comprovada eficácia, moderno, capaz de operar contra alvos estratégicos, dotado de excelente mobilidade e capacidade altíssima de cadência de fogo aliado a um alcance substancialmente maior que sistemas de artilharia convencionais. Tecnologia e Defesa entrevistou o Presidente da Avibras Aeroespacial, Sami Hassuani, que fala sobre este sistema de armas empregado pelo Exército Brasileiro em Formosa (6º Grupo de Lançadores Múltiplos de Foguetes e Campo de Instrução de Formosa 6º GLMF/CIF) e com contrato de venda assinado com o Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil.

1-      T&D: O Astros apresenta alcance diferenciado, alta mobilidade e precisão de tiro excepcional. No entanto, é um sistema de armas tido como potencialmente mais caro de se adquirir e manter do que os blindados de artilharia autopropelidos. É correto este raciocínio? O Astros tornou os obuseiros autopropelidos obsoletos?
Hassuani: O Sistema Astros, quando comparado à artilharia de tubo autopropulsada, é extremamente mais econômico, e pelas seguintes razões: Um obuseiro autopropulsado de última geração, com alcance da ordem de 50% do produto da Avibras, tem o mesmo preço de uma lançadora do sistema Astros, e exige uma tripulação entre sete e nove soldados. Já a lançadora pode operar com três ou quatro soldados. A vantagem mais significativa é quando se fala em fogos de supressão ou saturação de área (grande número de tiros), num curto espaço de tempo. Neste tipo de operação, o lançador de foguetes brasileiro, para efeitos comparativos, cumpre a missão com 24 soldados e seis viaturas lançadoras. No caso de obuseiros autopropelidos, seriam necessárias cerca de 100 peças, operadas por quase 900 homens!
Apesar do acima exposto, o Sistema Astros não torna os obuseiros autopropelidos obsoletos. De fato, eles se complementam. Os blindados artilheiros atuam em apoio direto às tropas, nos tiros de curto alcance, contra alvos de menor dimensão e menor valor. Já o Astros atua no chamado apoio indireto (não acompanha as tropas e fica alocado ao escalão superior para ser utilizado em ações especiais), nos tiros de médio e longo alcance que exijam grande concentração de fogos contra alvos de grandes dimensões e de alto valor estratégico.
2-      T&D: A Avibras e o Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) estabeleceram no final de 2011 um contrato de aquisição do Sistema Astros para aquela organização militar. A compra do CFN será de qual versão-quantidade, ocorrerá alguma modificação/adaptação ou o sistema na sua forma atual atende aos requisitos de emprego definidos pelos Fuzileiros Navais?
Hassuani: O Sistema Astros FN é praticamente idêntico ao Sistema Astros na sua versão MK6 (versão corrente). Ele é adequado às embarcações da Marinha do Brasil (transportabilidade) e 100% compatível com a doutrina de emprego do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN), cuja versão terá algumas proteções ambientais adicionais para o emprego em ambiente salino. O CFN adquiriu uma bateria Astros. Existe a previsão de mais duas baterias para o futuro, totalizando até um grupo (que é composto por três baterias). A Avibras está prestes a voar o VANT/ARP Falcão, produto nacional inédito em sua classe. Foi pensada alguma forma de integração deste as baterias de lançadores Astros, e quais os benefícios que poderão ser obtidos? Este ARP será oferecido como upgrade para clientes que já são operadores Astros, no Brasil e no exterior? A compra do CFN já inclui o Falcão?
Hassuani: O Falcão é o VANT/ARP do Sistema ASTROS 2020, em final de desenvolvimento, com apoio da FINEP. A versão em questão é a de reconhecimento. O Falcão, depois de concluído o desenvolvimento e a fase inicial de industrialização, será oferecido a todos os clientes que operam o Sistema ASTROS II ou ASTROS 2020. Estudamos outras versões adicionais para o Falcão, não ligadas ao Sistema ASTROS 2020, compreendendo vigilância de fronteiras/reconhecimento, vigilância marítima e reconhecimento armado. A comercialização do Falcão está sendo discutida com as Forças Armadas Brasileiras, sem o que não será possível iniciar-se o ciclo de exportação.
4-      T&D: Em que estágio se encontra o contrato de compra do Astros 2020 para o Exército Brasileiro? As últimas informações estipulavam o mês de maio deste ano como data de assinatura do contrato. Já é possível quantificar a compra?
Hassuani: O Programa Astros 2020 já é uma realidade, tendo sido planejado para ser executado em cinco anos, com início em janeiro de 2012. Neste momento a Avibras está finalizando os últimos acertos contratuais com o Exército Brasileiro, o que deverá ocorrer ainda nos meses de maio e junho de 2012.
5-      T&D: Quais são as diferenças mais significativas entre o Astros II e o Astros 2020?
Hassuani: O Sistema Astros 2020 diferencia-se do Sistema Astros II pela adoção dos mísseis táticos de até 300 km de alcance. A eletrônica existente no sistema é a versão MK6, incorporando navegação dos veículos por inercial e por GPS, painéis multifuncionais e redundantes, rádios com criptografia e salto em freqüência e software de comando e controle (Gerenciador do Campo de Batalha). O Sistema Astros II e Astros FN, em produção, incorporam também à eletrônica MK6 desenvolvida para o Astros 2020. A Avibras está também desenvolvendo novos foguetes, com controle de vôo – guiagem, para serem incorporados ao sistema no futuro próximo.segurança nacional blog

EUA recusaram comprar caças F-35B


A Força Aérea dos EUA abandonou a ideia de substituir seus caças A-10 Thunderbolt II por aviões mais avançados F-35B Lightning II com decolagem curta e pouso vertical. O chefe do Estado-Maior da Força Aérea dos EUA, general Norton Schwartz, afirma que os F-35B são incapazes de garantir a frequência necessária de voos.
O general continuou que a Força Aérea precisa de um avião capaz de executar rapidamente missões em todo o teatro de operações, e não apenas em algumas operações. Ao mesmo tempo, Schwartz destacou que os F-35B satisfazem plenamente as necessidades da Marinha dos EUA.
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Espaçonave Soyuz acoplou-se à Estação Espacial Internacional


O acoplamento da nave espacial Soyuz com a EEI se deu a uma altura recorde, informou hoje o Centro de Comando de Vôos. Este ano, a nova tripulação deverá permanecer em orbita mais de quatro meses, sendo essa a missão mais prolongada em relação às anteriores.

A espaçonave tripulada Soyuz foi lançada do cosmódromo Baikonur em 15 de maio e se acoplou à EEI na manha da quinta-feira. O processo se realizou em regime automático, tendo os sistemas de bordo funcionado em regime normal. Passadas umas horas, os cosmonautas passaram à Estação.
Convém notar que, desta vez, o acoplamento se deu a uma altura de vôo recorde – 399 km. O recorde anterior foi estabelecido em 2001, tendo constituído então 393 km. Os parâmetros atuais significam que a EEI se encontra em uma altura que se enquadra na respectiva órbita sem necessitar de uma aceleração adicional, refere o membro-correspondente da Academia nacional da Cosmonáutica, Iuri Karash.
"É bom que a Estação tenha atingido essa altura de vôo. Isto significa que ela será capaz de permanecer no espaço por muito tempo. É que nas alturas inferiores a EEI entra em contacto mais freqüente e indesejável com as partículas do ar. Quanto maior for a força de atrito, tanto maior será a frenagem, o que poderá provocar a queda da Estação".
Além disso, a Soyuz trouxe à EEI dois cosmonautas da Agência Espacial da Rússia Roskosmos e um astronauta da NASA. O cosmonauta russo, Guennadi Padalka, é o mais experiente membro da tripulação, sendo esse o seu 4º vôo espacial. Serguei Revine é um novato. Para o americano Josef Acaba essa é a 2º deslocação ao espaço cósmico. Todavia, essa foi uma manobra espetacular por ter coincido com a data do seu aniversário natalício. As prendas especiais foram-lhe entregues pelos membros da tripulação anterior – o astronauta europeu Andre Kuipers e o seu colega norte-americano, Donald Petitt. Ambos irão trabalhar na EEI até os finais de junho.
Ao todo, a bordo da EEI serão efetuadas cerca de 100 experiências cientificas, incluindo as que fazem parte do programa de preparação do vôo para Marte. Também se pretende realizar um conjunto de testes na área de biologia espacial, ecologia e medicina, a maior parte das quais pressupõe o prosseguimento das provas anteriores. Em paralelo, serão levadas a cabo algumas missões novas. Tem-se em vista, por exemplo, o lançamento de uma sonda capaz de fazer previsões de datas e locais da queda de fragmentos dos antigos aparelhos espaciais. O perito Ivan Moisseiev comenta e adianta com o seu parecer.
"Trata-se de estudo das camadas atmosféricas superiores da Terra. Tudo depende de sua densidade em constante variação. Disso depende também a velocidade da descida de sondas. Por isso, acho muito boa a idéia de examinar a atmosfera através de micro-sondas como essa".
A sonda será enviada durante um passeio espacial que se realizará por cosmonautas em 21 de agosto. Note-se que a tripulação recém-chegada deverá passar a bordo da EEI 126 dias.
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Sudão do Sul está comprando armamento


O Sudão do Sul irá pronto armar seu Exército com complexos modernos de mísseis de defesa anti-aérea, informa a Reuters, se referindo a um representante do Ministério da Defesa desse país, Philip Aguer.
Segundo esta fonte, os sistemas de DAM vão se situar perto de objetos estratégicos e povoados maiores do Sudão do Sul. Por exemplo, os campos de petróleo, pontes principais e aeroportos do país vão ser segurados.
Aguer não esclareceu quem vai ser o vendedor dos sistemas de DAM nem qual tipo de tal sistema o país planeja comprar.
O Sudão do Sul carece por completo, atualmente, de aviação militar e de sistemas de DAM, no entanto, o número de tanques e outros armamentos não ultrapassa umas dezenas.............................segurança nacional blog

Satélite militar foi lançado da base espacial de Plessetsk


As Tropas Aeroespaciais concluíram a exploração dos foguetesSoyuz-U, de classe média. Segundo o serviço de imprensa do MINDEF russo, o último lançamento deste foguete, com um satélite militar a bordo, foi realizado hoje, 17 de maio, do cosmódromo de Plessetsk.
O satélite entrou em órbita. O primeiro lançamento do foguete Soyuz-U fora realizado também em Plessetsk, em 18 de maio de 1973. Desde então, a partir desta base espacial setentrional foram realizados 434 lançamentos que colocaram em orbita cerca de 430 satélites de destinos diversos.
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Ataque terrorista a o ex-ministro Fernando Londoño

Vídeo revela detalhes de atentado em Bogotá

BOGOTÁ - O Estado de S.Paulo
Peritos da polícia colombiana analisam um vídeo de segurança que mostra um homem colocando a bomba na porta da caminhonete blindada do ex-ministro do Interior Fernando Londoño. A explosão matou 2 pessoas e feriu 54, na terça-feira, em uma movimentada região de Bogotá.
As imagens mostram um homem negro, disfarçado com uma bata branca, um boné e uma peruca, caminhando pela Rua 16 com uma sacola de supermercado. Ele se passa por vendedor ambulante, sobe a Rua 74, onde estava parada a caminhonete de Londoño, dá uma volta completa no veículo, fixa os explosivos na porta traseira do lado esquerdo do carro e foge correndo.
José Ricardo Rodríguez, motorista de Londoño, foi informado pelos seguranças do carro de trás, que também participavam da escolta do ex-ministro, que alguém havia colocado alguma coisa perto do tanque de gasolina. Quando Rodríguez abriu a porta para checar, a bomba explodiu, matando imediatamente ele e o guarda-costas Rósember Burbano.
O ex-ministro colombiano seguia por esse caminho todos os dias na direção de uma academia de ginástica, frequentada por ele sempre após o trabalho na Radio Cadena Súper. A polícia acredita que o cruzamento entre a Rua 74 e a Avenida Caracas tenha sido escolhido para o atentado porque os semáforos demoram para abrir e a prioridade é do Transmilenio, sistema de transporte público formado por ônibus articulados.
Nas primeiras horas após a explosão, a polícia acreditava que a bomba teria sido colocada em um ônibus vazio do Transmilenio. Além de ter destruído completamente os dois veículos - o ônibus e a caminhonete de Londoño -, ela danificou outros oito carros e vários prédios.
O ex-ministro, um dos homens mais próximos do ex-presidente Álvaro Uribe e crítico ferrenho das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), deixou o carro coberto de sangue, mas caminhando. Ferido no ombro esquerdo, com os tímpanos rompidos e um olho afetado, ele recebeu atendimento imediato em uma clínica a poucos quarteirões do local do ataque. Ontem, Londoño afirmou que só se salvou porque, no momento da explosão, estava com a cabeça baixa, digitando uma mensagem de celular para a mulher.
Com base nas imagens de câmeras de segurança e em relatos de testemunhas, a polícia fez três retratos falados e agora tenta cruzar os dados em bancos de imagem para identificar o terrorista. O ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón, disse ontem que não descarta a possibilidade de as Farc estarem envolvidas no atentado. "A essa altura, não descartamos nenhuma hipótese. Nem as Farc nem qualquer outro grupo terrorista", disse Pinzón.
Mais cauteloso, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou na terça-feira que não havia total certeza de que as Farc eram responsáveis pelo ataque. No entanto, o comandante da Polícia Metropolitana de Bogotá, o general Luis Eduardo Martínez, não teve dúvidas e acusou a guerrilha. "Sem sombra de dúvidas, quem está por trás disso são os terroristas das Farc", disse.
O prefeito de Bogotá, Gustavo Petro, disse ontem que a polícia investiga se os autores do atentado tinham controle sobre o semáforo da Avenida Caracas. Segundo ele, estranhamente ele ficou vermelho exatamente no momento em que a caminhonete de Londoño passaria. "Esse tipo de estratégia é usado em outras partes do mundo", afirmou o prefeito. De acordo com autoridades, o artefato seria uma "bomba lapa", usada no passado pelo grupo separatista basco ETA. O governo colombiano disse ontem que está trocando informações com outros países e, segundo Pinzón, EUA e Grã-Bretanha já estariam colaborando. / AP e REUTERS..SEGURANÇA NACIONAL