segunda-feira, 5 de março de 2012

Marinha recupera chata de óleo naufragada na Antártida


A Marinha informou neste domingo que reflutuou e levou para terra a chata de óleo carregada com 10 mil litros de combustível que havia naufragado no final de 2011 no Continente Antártico, perto da Estação Comandante Ferraz.
As operações de resgate da embarcação "não causaram nenhum dano ao meio ambiente" e foram concluídas no último sábado, informou a Marinha em uma nota oficial. A mesma nota ressaltava que o resgate contou com apoio da Petrobras, que, por sua vez, deverá transportar o óleo recuperado para o Rio de Janeiro.
A embarcação, que naufragou por motivos ainda não determinados, transportava combustível para a Estação Antártica Comandante Ferraz. Na última semana, essa mesma base, dedicada à pesquisa científica, foi praticamente destruída por causa de um incêndio, que, aparentemente, foi iniciado nos geradores de energia.
No acidente morreram o suboficial da Marinha Carlos Alberto Vieira Figueiredo e o sargento Roberto López dos Santos, enquanto o também sargento Luciano Gomes Medeiros sofreu alguns ferimentos e já está fora de perigo. No momento do incêndio, a base continha 59 pessoas, entre militares e cientistas, que foram socorridos pelas equipes de estações vizinhas, como as do Chile, Argentina e Polônia, entre outras.segurança nacional

Programa espacial brasileiro evolui com lançamentos de satélites


Se durante a Guerra Fria a corrida espacial envolvia apenas os Estados Unidos e a antiga União Soviética, atualmente esse quadro apresenta mudanças. "Naturalmente, as grandes potências estão recebendo concorrência de outros países, mesmo que atualmente o mercado aeroespacial seja basicamente dominado por Rússia, Estados Unidos e Europa. Assim, países como Ucrânia, Índia e China estão entrando nessa disputa também", afirma o professor de engenharia mecânica da Universidade de Brasília (UnB) Carlos Alberto Gurgel Veras.
Dentro desse aumento de importância dos países emergentes no mercado aeroespacial, qual o papel do Brasil? "O País está entrando no mercado em um nicho, lançando satélites comerciais em órbitas mais baixas, mas com a vantagem de ter a melhor posição geográfica para a atividade. Nós podemos lançar sete satélites por ano, no máximo, e não temos condições de fazer o lançamento de satélites muito grandes", detalha Veras.
Para entender o avanço da participação do Brasil na área é preciso voltar às origens da Agência Espacial Brasileira (AEB), fundada em 1994, durante o governo Itamar Franco, para substituir a Comissão Brasileira de Atividades Espaciais (COBAE), com caráter militar, criada na década de 1970. Com o fim da Guerra Fria e da bipolaridade entre Estados Unidos e União Soviética, muda o contexto mundial e surge a necessidade do País ter um órgão de instância civil para lidar com a cooperação internacional na área espacial, que até então era responsabilidade do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entidade focada principalmente na área de pesquisas.
Inicialmente, a AEB era vinculada diretamente à Presidência da República, mas, a partir do governo Fernando Henrique Cardoso, passou a fazer parte do Ministério da Ciência e Tecnologia, enfrentando dificuldades para coordenar, com cerca de 50 pessoas, o projeto espacial de um país com pouca experiência na área. "A agência enfrentou vários problemas para exercer a tarefa de executar a política espacial brasileira, pois precisava de gente especializada, o que conseguiu pouco no início, fator determinante para que não tivesse muita força durante vários anos. Com a crise no governo FHC, as verbas diminuíram, e só depois, por volta de 2004, a situação começou a melhorar, com mais verba do que antes", relata José Monserrat Filho, chefe da Assessoria de Cooperação Internacional da AEB.
Atualmente, após projetos de parceria com potências e empresas estrangeiras nas décadas de 70, 80 e 90, com um projeto de cooperação com a China - iniciado em 1988, interrompido durante o governo Collor e retomado na gestão seguinte - o País tem planos de aumentar suas atividades espaciais. Dentro dessa diretriz, estão fora de cogitação interesses militares e tentativas de explorar o espaço ou mandar o primeiro brasileiro à Lua.
"Em 1988, o Brasil fez um acordo de assessoramento remoto com a China, e, desde então, lançamos três satélites - em 1999, 2003 e 2007. O próximo, CBERS 3, deve ser lançado em 2012 e, em 2014, será lançado o CBERS 4. A nossa grande missão é aumentar consideravelmente a atividade espacial brasileira: enquanto cinco satélites foram lançados em 19 anos, nós queremos lançar quatro em quatro anos. Missões à Lua, por exemplo, não são nossa prioridade, e o programa espacial brasileiro na era civil não tem fins militares, tampouco temos programas tripulados. A atividade espacial tem de atender às necessidades do País, melhorando o desempenho da indústria e a vida das pessoas. Se no passado, o poder militar foi indispensável para um país se tornar uma grande potência, hoje isso provavelmente não é mais verdade", conta Monserrat Filho.
Gurgel Veras afirma que, apesar de não ter interesses de realizar viagens à Lua, o País tem recursos para criar o seu próprio satélite e crescer dentro do quadro espacial mundial. "O Brasil quer se colocar entre as dez maiores potências da área, e, para isso, é necessário ter um programa espacial, pois todas as demais têm, mudando a imagem que ainda passamos de país agrícola e atrasado nesse quesito", analisa.
Diferentemente do Brasil, a China segue firme em seu objetivo de mandar um homem à Lua entre 2020 e 2030. Mas, depois de tantas expedições que já mostraram tudo o que se poderia saber sobre o solo lunar, qual a necessidade real de uma viagem tripulada ao satélite? "Os chineses querem ir à Lua simplesmente para mandar uma mensagem política e econômica ao mundo de que só eles e os Estados Unidos foram lá, e que eles são tão bons quanto os americanos. É muito mais para se posicionar como uma liderança mundial, é pura propaganda; e como não falta dinheiro a eles, a China vai mesmo mandar um homem para a Lua", declara o professor de Engenharia Mecânica da UnB.
Outras potências da área, como os russos, apesar de poderem, não têm interesse em tripular uma viagem à Lua. "Eles não se interessam por isso. Se quisessem, já teriam conseguido também. Com um pouco de tempo, eles poderiam mandar uma nave para o espaço e depois mandar suprimento para lá, mas não é algo que lhes parece importante", afirma Veras.
Além dos interesses ambiciosos dos ricos países emergentes, o professor aponta outras interessadas em crescer dentro do setor aeroespacial. "Novas empresas americanas, criadas por bilionários da internet, como o cofundador da Space X Elon Musk, estão entrando com tudo no mercado, fazendo contato com a Nasa (a agência espacial americana) e produzindo foguetes poderosos", assegura.segurança nacional

Obama admite possível ataque a Irã, mas prioriza sanção

Falando a um poderoso grupo de lobby pró-Israel, o Aipac (American Israel Public Affairs Committee), Obama pediu a Israel mais tempo para permitir que as sanções possam isolar o Irã. Ele tentou conter as sinalizações de guerra contra o Irã e rechaçou um ataque unilateral israelense contra as instalações nucleares do Irã.
AE - Agência Estado
"Pela segurança de Israel, a segurança da América e a paz e a segurança do mundo, agora não é o momento para turbulência", afirmou Obama a milhares de pessoas na conferência anual do Comitê de Relações Públicas americano-israelenses. "Agora é o momento para que deixemos a pressão aumentar e sustentar a ampla coalização internacional que construímos".
Citando o ex-presidente Theodore Roosevelt, Obama afirmou que iria "falar suavemente, mas carregar um grande porrete" e alertou o Irã para que não teste os Estados Unidos.
O discurso de Obama, bastante esperado, ocorreu um dia antes de seu encontro na Casa Branca com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que planejou se pronunciar à conferência na noite de segunda-feira.
Três candidatos à presidente dos Estados Unidos do Partido Republicano, Mitt Romney, Rick Santorum e Newt Gingrich, devem falar à conferência via satélite na terça-feira.
As informações são da Associated Press ..segurança nacional
WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou neste domingo, 4, que o país não vai hesitar em atacar o Irã com forças militares para evitar que o país persa adquira armas nucleares, mas alertou que "muita conversa solta sobre guerra" recentemente tem apenas ajudado Teerã e elevado o preço do petróleo.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Israel diz que Irã deve saber que opção militar é possível


O vice-primeiro-ministro e ministro de Serviços de Inteligência, Dan Meridor, defendeu um aumento das sanções para pôr fim ao programa nuclear do Irã e afirmou que o país deve perceber que se não modificar sua política, um ataque militar "é uma possibilidade real".
"Os iranianos devem saber que é sério, que se não modificarem sua política, será uma possibilidade real", indicou Meridor em entrevista publicada nesta sexta-feira pelo jornal francês Le Monde, sem responder à questão de quanto tempo resta para que essa ação seja tomada.
O ministro também não quis dar mais detalhes sobre a "opção militar". "Não porque não exista, pelo contrário, mas porque talvez seja inclusive contraproducente falar publicamente", afirmou.
Quanto à pergunta de se Israel decidirá sozinho pelo ataque, explicou que "o melhor para qualquer país não é atuar de maneira solitária" e que neste caso "não é correto apresentar esta questão como um problema unicamente para Israel".
"Se pudermos atuar coletivamente, é preferível, mas não acho que a comunidade internacional atuará por nós, ninguém lutará por nós, temos que nos defender sozinhos", acrescentou Meridor.
Com relação à pressão internacional contra os planos nucleares do Irã, acusado de querer produzir a bomba atômica, considerou "inegável" que por enquanto não tenha apresentado resultados, o que não significa que não serão obtidos.
"Se as sanções enviam claramente aos iranianos a mensagem determinada e persistente de que não obterão a bomba e que o preço que devem pagar não para de aumentar, tendo a pensar que podem reconsiderar sua decisão", afirmou o ministro israelense e membro do partido conservador Likud.

Tanques de guerra 'verdes' são testados nos Estados Unidos


Um tanque de guerra "verde", que usa um motor híbrido, movido a diesel e eletricidade, já estaria sendo testado pelo Exército americano, de acordo com informações da empresa de defesa e tecnologia BAE Systems, que desenvolveu o veículo.
A empresa afirmou que o novo tanque é entre 10% e 20% mais eficiente no uso de combustível e mais rápido do que os carros de combate convencionais, impulsionados por diesel.
O veículo pesará 63 toneladas, transportará 12 soldados e integrará os planos futuros de combate dos Estados Unidos.
O novo Veículo de Combate por Terra (GCV na sigla em inglês) terá um motor diesel gerador de eletricidade incorporado a um tanque mais rápido do que o tradicional. Segundo o fabricante, ele será mais eficiente, ágil e terá mais força de aceleração graças a seu sistema elétrico que permitirá ainda a incorporação de novas tecnologias.
A ideia também é que o tanque possa ser usado como uma espécie de gerador elétrico em acampamentos militares.
Outra vantagem, assegura a empresa, é que ele será bem mais silencioso que os tanques impulsionados por diesel, o que ajudaria em manobras táticas. Além disso, teria uma durabilidade de 30 a 40 anos e sua tecnologia será adaptada a desenvolvimentos futuros que permitam aumentar sua eficiência.
'Vida ou morte'
O preço ainda não está definido, mas alguns analistas calculam que ficará entre US$ 12 milhões e US$ 17 milhões por veículo, quase quatro vezes mais do que custam os tanques atuais.
Se a transição for efetivada, eles devem substituir os atuais veículos Stryker e Bradley usados pelo Exército americano. Dispor de veículos eficientes em termos de energia é estrategicamente importante para os militares dos EUA.
Os custos com combustível são consideráveis. Mas em conflitos como os do Iraque e Afeganistão, contar com fontes de energia alternativa também é uma questão de vida ou morte.
Como disse em 2012 o general aposentado Steve Anderson, que serviu como chefe de logística no Iraque, cerca de mil soldados morreram no Iraque e no Afeganistão enquanto transportavam combustível.
Anderson também calculou que o Departamento de Defesa gastou cerca de US$ 20 milhões no Iraque em barracas e estruturas móveis dos acampamentos. A maior parte deste dinheiro foi usado para comprar o combustível usado para resfriar ou aquecer os locais.
Ambiente 
Para o ambiente, a escolha destes veículos pode ser uma boa notícia. "A mudança do Exército americano para veículos elétricos e tecnologias verdes é importante", diz Miriam Pemberton, do International Study Center de Washington.
"Tudo o que os militares americanos façam para reduzir suas emissões terá um impacto significativo", afirma. "Este impacto seria ainda maior se os militares priorizassem tecnologias que pudessem ser usadas para fins civis."
"Isso asseguraria que a mudança contribuiria para reduzir as emissões em toda a nossa economia. Os próprios militares consideram as mudanças climáticas como uma das maiores ameaças para a segurança", completa ela.defesa net segurança nacional

Perda na Antártida é menor do que se imaginava, diz secretário


Agência Brasil
 O prejuízo material causado pelo incêndio de sábado (25) na Estação Comandante Ferraz às pesquisas feitas por cientistas brasileiros na Antártica pode ser menor do que o avaliado inicialmente. “A perda é menor que nós imaginávamos”, disse o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Carlos Afonso Nobre.

Ao sair da primeira parte da reunião que está sendo realizada hoje em Brasília com coordenadores de projetos de científicos para avaliar o andamento das pesquisas na Antártica, Simões informou que um comunicado deverá ser divulgado no final da tarde. De manhã, os pesquisadores apresentaram seis tópicos que deverão ser de detalhados, entre eles, a contabilização de perdas, a situação dos laboratórios na estação, a reposição de equipamentos e a manutenção de bolsas dos pesquisadores.

De acordo com o geólogo Jefferson Simões, diretor do Centro Polar Climático da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e delegado brasileiro no Comitê Científico Internacional de Pesquisa na Antártica, 19 dos 33 projetos mantidos não foram afetados em nada, e os dados perdidos nas áreas atingidas pelo incêndio dizem respeito aos anos de 2011 e 2012. O Brasil faz pesquisas na área há 27 anos.

Há projetos de pesquisa em estação remota no interior da Antártica (para monitoramento climático), em navio (pesquisa oceanográfica), em acampamentos (pesquisas geológicas) e em uma ilha a 200 quilômetros da estação (pesquisa sobre biodiversidade).

“Diferentemente do que foi anunciado, nenhum projeto parou”, afirmou Simões, ao lembrar que os dados e materiais colhidos, assim como as informações transmitidas por satélite, são analisados em laboratórios com sede nas universidades e institutos de pesquisa do Brasil.

Também participam da reunião pesquisadores ligados às universidades Federal do Rio de Janeiro, Estadual do Rio de Janeiro, de Brasília, de São Paulo e Federal do Rio Grande, além de representantes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

No início da reunião, os pesquisadores fizeram um minuto de silêncio em homenagem aos militares da Marinha mortos no incêndio na Antártica, Carlos Alberto Vieira Figueiredo e Roberto Lopes dos Santos, que foram promovidos postumamente a segundo-tenente.

Na próxima terça-feira (6), às 8h30, Jefferson Simões participará de audiência pública no Senado sobre a Estação Comandante Ferraz. Também estarão presentes os ministros da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, e da Defesa, Celso Amorim, e o comandante da Marinha, Júlio Soares de Moura Neto.
segurança nacional

Alcântara simulará lançamento de foguete


O Comandante do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), tenente-coronel César Demétrio Santos, anunciou ontem que a unidade fará uma simulação de lançamento do foguete lançador de satélite nacional VLS-1. O anúncio foi feito durante a comemoração dos 29 anos de fundação do centro espacial.
A operação de lançamento simulada não tem data marcada, mas está previsto o uso de um foguete inerte (sem combustível) em escala real para treinar os procedimentos de montagem do veículo, preparação de carga útil e operação de lançamento.
É a primeira vez que um foguete do tamanho do VLS-1 será testado em Alcântara desde o acidente com VLS-1 V03, em agosto de 2003, que matou 23 engenheiros e técnicos do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE). Desde então, o programa para desenvolver tecnologia de construção de veículos espaciais complexos, como o VLS-1, está virtualmente parado.
A previsão inicial era que o programa do VLS-1 seria retomado em 2009, mas falta de recursos fez com que ele fosse adiado por vários anos. Antes duas outras tentativas de lançar o VLS-1 de Alcântara fracassaram.
A Torre de Móvel de Integração (TMI), perdida no acidente de 2003 e onde o VLS-1 é montado e lançado, foi reconstruída com modificações, como torres para prevenir descargas atmosféricas. Missões menores com foguetes de teste têm sido feitas para manter a proficiência dos técnicos do CLA na operação de lançamentos espaciais.
Outros projetos. O comandante do CLA também anunciou que em 12 dias começa a primeira campanha de lançamento real de veículos espaciais brasileiros em 2012. A previsão é de que seja lançado um VSB-30 no dia 16 de março.
"Nosso foco para o biênio 2012 e 2013 é a preparação de foguetes e veículos de lançamento. Além disso, temos outros projetos no âmbito social, como é o caso do Alcântara Sustentável, que visa ao desenvolvimento dessa região", disse Santos.segurança nacional