terça-feira, 17 de janeiro de 2012

FAB ganha poder de fogo com a revitalização do AMX


O Brasil completa em 2016 o projeto, já iniciado, de construção de uma força de ataque aéreo estratégico baseado na revitalização tecnológica do caça bombardeiro AMX, o A-1 da aeronáutica militar. O programa envolve 43 aeronaves e vai custar cerca de R$ 2 bilhões.
Segundo a Aeronáutica, do total já foram desembolsados R$ 840 milhões. O valor restante será pago entre os exercícios de 2012 e 2017. Depois do procedimento, os caças serão operacionais até o ano 2032.
A Embraer Defesa e Segurança (EDS) e a empresa israelente Elbit estão trabalhando com o primeiro lote de 10 jatos na fábrica da EDS em Gavião Peixoto, a 300 km de São Paulo. O primeiro AMX modernizado será entregue à FAB entre 2013 e 2014; o último, em 2017. Em algum momento nesse período, o Alto Comando decidirá pela extensão da encomenda de forma a abranger toda a frota de 53 unidades. Enquanto isso, os 10 bombardeiros de reserva permanecerão em operação na base de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e no Esquadrão Adelphi, da base de Santa Cruz, no Rio.
O A-1M, como será rebatizado o caça, terá capacidade para atingir, recebendo combustível em voo, qualquer alvo estratégico na América do Sul, no Caribe e em boa parte da África, além de permitir ações de cobertura no Atlântico Sul. De certa forma, os caças-bombardeiros da Força Aérea podem, agora mesmo, cumprir esse tipo de missão.
Em agosto de 2004, dois deles decolaram de Santa Maria, permaneceram cerca de 12 horas no ar, fizeram três reabastecimentos em voo e, depois de um giro de 7 mil quilômetros sem serem detectados, haviam "lançado" todas as bombas contra vários objetivos vitais - centrais de energia, grandes centros de comunicações, instalações militares e complexos industriais. Para essa operação, foi preciso criar sistemas específicos, como um reservatório para as rações alimentares e uma espécie de sanitário químico compacto.
O pequeno jato é subsônico, mas pode voar a 900 km/hora e a 100 metros, talvez menos, de altitude.
A versão modernizada será equipada com um sofisticado radar multimodo SCP-01, desenvolvido pela Mectron, de São José dos Campos, controlada pela Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT), capaz de atuar nos modos ar-ar, ar-terra e ar-mar. Integrado a um computador de missão de combate, pode coordenar o emprego de 3,8 toneladas de armas - bombas inteligentes, mísseis de alcance além do horizonte, foguetes e, em outra vertente, acessórios para reconhecimento eletrônico. Os dois canhões de 30 mm originais serão mantidos.
Dissuasão.O uso estratégico do AMX é um assunto delicado. Falando aos senadores da Comissão de Relações Exteriores e Defesa, pouco antes de deixar o governo, o ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim, citou o programa de revitalização e seu "elevado e efetivo poder dissuasório". Para o Comando da Aeronáutica, o poderoso A-1M terá a função de "permanecer pronto para atender às necessidades operacionais da FAB, com excelente raio de ação, sistema de reabastecimento em voo e a qualidade de transportar uma grande diversidade de armamentos". A questão política não entra formalmente nas considerações oficiais do governo.
Compacto e ágil, de asas curtas, o AMX mede 13,5 metros. A envergadura é de 8.87 metros. O peso máximo não passa de 13 mil quilos.
O programa de atualização da tecnologia implica um novo painel, com três telas digitais coloridas - 121 polegadas para exibir informações. O piloto terá todos os dados projetados no capacete - com recursos de visão noturna - e o comando completo do caça num único instrumento, o manche. É possivel que o projeto venha a incluir uma película destinada a confundir radares e sensores de identificação.
O bombardeiro de precisão é resultado de um acordo binacional firmado entre o Brasil e a Itália em 1981. Foram produzidos para as forças dos dois paises aproximadamente 200 unidades. A Embraer assumiu a encomenda da FAB. O batismo de fogo do AMX só aconteceria na Guerra do Kosovo, em 1999. A aviação italiana cumpriu 252 missões de combate sobre a Sérvia, sem perda de nenhuma aeronave. Em 2011, três unidades da base de Trapani, na Sicilia, totalizaram 500 horas de voo na Líbia entre os meses de abril e outubro a serviço da Organização do Tratado do Atlântico Norte, a OTAN.
No Brasil, em maio de 2011, o AMX serviu ao voo da tenente Carla Alexandre Borges, primeira mulher do País a comandar um jato de combate. Aos 28 anos, a oficial da FAB participa regularmente dos ensaios de bombardeio e apoio à tropa terrestre do Esquadrão Adelphi, no Rio de Janeiro.

Bomba nuclear do Irã pode impedir guerras de Israel, diz general


REUTERS
JERUSALÉM - Um Irã com armas nucleares poderia impedir Israel de ir à guerra contra aliados de Teerã no Líbano e na Faixa de Gaza, disse um general israelense nesta terça-feira, 17.O Estado judaico enxerga os programas de enriquecimento de urânio e de mísseis do Irã como uma ameaça mortal, e vem fazendo lobby entre as grandes potências para revertê-los através de sanções, ao mesmo tempo em que sugere que pode recorrer a ataques militares preventivos.
O general Amir Eshel, chefe do planejamento estratégico das Forças Armadas, repetiu o argumento dos líderes israelenses de que o Irã, que rejeita estar fazendo algo errado e condena a censura internacional sobre seus projetos secretos, poderia criar "uma selva nuclear global" e alimentar a corrida armamentista em um Oriente Médio já volátil.
Eshel deixou claro que Israel - que acredita-se ter o único arsenal atômico da região - teme que Síria e a milícia do Hezbollah do Líbano, assim como os islâmicos palestinos do Hamas que governam Gaza, possam um dia contar com uma bomba iraniana.
"Eles serão mais agressivos. Eles se atreverão a fazer coisas que agora não fazem", disse em um comunicado a jornalistas e diplomatas estrangeiros.
"Portanto, isso vai criar uma mudança dramática na postura estratégica de Israel, porque se formos obrigados a fazer coisas em Gaza ou no Líbano sob a proteção nuclear iraniana, pode ser diferente".
Eshel, que falou no centro de estudos conservador Centro para Questões Públicas de Jerusalém, citou uma autoridade da Índia não identificada que havia descrito o atrito de poder na Ásia com o vizinho rival Paquistão em termos de autocontenção.
"Quando o outro lado tem capacidade nuclear e estamos prontos a usá-la, você pensa duas vezes", disse Eshel. "Você se contem mais porque não quer entrar nesse jogo".

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Submarinos Argentinos en Malvinas

Submarinos Argentinos en Malvinas

Britânicos barram desembarque de turistas nas Malvinas


AE - Agência Estado
As autoridades britânicas das Ilhas Malvinas (Falkland) impediram que passageiros de um navio de cruzeiro, o Star Princess, que viaja do Chile ao Brasil, desembarcassem em Port Stanley. Isso levou a uma reclamação da empresa norte-americana Princess Cruises, dona do navio, e do governo argentino ao governo britânico. Muitos dos 3.500 passageiros e tripulantes do navio são argentinos, mas a administração das ilhas afirma que impediu o desembarque porque alguns dos passageiros estão com um vírus estomacal. A Pricess Cruises afirmou que a decisão não foi científica e vai contra as políticas internacionais de saúde. A proibição ocorre em meio a um aumento das tensões diplomáticas entre a Argentina e a Grã-Bretanha a respeito da soberania das ilhas, reivindicada pelos argentinos.
As informações são da Associated Press. 

Exército vai usar antivírus nacional para proteger ciberespaço

O Exército brasileiro vai usar tecnologia nacional em sua defesa cibernética. A partir de agosto, com o vencimento da licença do antivírus espanhol Panda, um sistema produzido dentro do país passará a proteger os servidores e redes militares contra ataques feitos pela internet.Para a proteção de seus sistemas o Exército investiu R$ 5,8 milhões. Contratou, em licitações fechadas no final de 2011, duas companhias brasileiras: BluePex e Decatron. A primeira vai produzir o antivírus nacional, a segunda, que abocanha maior parte do orçamento – R$ 5,1 milhões – vai criar um simulador de guerra cibernética.
De acordo com o chefe do Núcleo de Defesa Cibernética do Exército (CDCiber), coronel Luiz Gonçalves, o antivírus e o simulador são dois projetos emergências que estão sendo tocados dentro de um conjunto de ações para a proteção do “espaço virtual” brasileiro.
“Há uma política de longo prazo que está sendo desenvolvida junto ao Ministério da Ciência e Tecnologia, para criarmos uma Escola Nacional de Defesa Cibernética. Com ela vamos selecionar mão de obra especializada para termos tecnologia nacional em todas as frentes de nosso sistema de defesa cibernético”, disse.Nacional x Importado
Apesar das empresas de referência no ramo da informática se encontrarem fora do País, o coronel Luiz Gonçalves justifica em dois pontos a necessidade de tecnologia brasileira nos sistemas de defesa do Exército.
Num primeiro momento ele acredita que a iniciativa da Força vai estimular o desenvolvimento de empresas e jovens talentos, que enxergarão no mercado de defesa brasileiro uma oportunidade de negócios.
Nessa perspectiva o coronel revelou que o Exército está criando um framework, espécie de plataforma – como o IOS da Apple ou o Android da Google – para que desenvolvedores possam criar apps (aplicativos) compatíveis entre si.
“Por um lado, desenvolvedores poderão ganhar dinheiro vendendo seus aplicativos. Por outro, teremos um banco de dados de recursos humanos e produção de tecnologia nacional para casos emergenciais”, explicou.
O segundo ponto está diretamente ligado à guerra cibernética. Sobre ele, o coronel cita a guerra entre a Argentina e Inglaterra, em 1982, pelo controle das Ilhas Malvinas. “Num determinado momento, a frota Argentina ficou sem comunicação de satélite, pois os europeus tinham o controle do serviço”.
Ele dá ainda outro exemplo da mesma guerra: “Os Argentinos haviam comprado mísseis franceses Exocet. Quando pediram nova remessa e instruções de uso você acha que os ingleses deixaram eles enviar?”, pontuou.
Banco de dados nacional
Gonçalves comentou que a criação de um programa antivírus não é um trabalho de alta complexidade. O mais importante é a manutenção de um banco de dados atualizado para que o software possa identificar invasões feitas por novos vírus.
“O que precisamos é ter um sistema de Honeypots (computadores na rede configurados para atrair vírus) nacional. Nós temos que atrair os vírus e manter nossa lista atualizada. Além da empresa, vamos buscar o apoio de universidades para a criação dessa rede nacional”, disse.
Segundo ele, o Brasil não pode depender das listas internacionais. Isso porque o antivírus só elimina ameaças conhecidas. Há risco de um país criar um novo vírus e, num contexto de guerra, evocar leis de segurança nacional para impedir que suas empresas coloquem a “arma cibernética” em sua lista de ameaças.
Se o vírus não está na lista de ameaças, o antivírus não vai identifica-lo. Por isso o Exército quer ter sua própria rede de Honeypots e um banco de dados nacional.

Israel sofre novo ataque de hackers em escalada de guerra cibernética


TEL AVIV - Os sites da Bolsa de Valores de Tel Aviv e da companhia aérea israelense El Al foram derrubados nesta segunda-feira, 16, após ataques de hackers.Na noite de domingo, um hacker conhecido como OxOmar, que deu início a uma recente onda de ataques cibernéticos em Israel, anunciou que um grupo de hackers chamado "pesadelo" realizaria o ataque.
Às 10 horas da manhã, horário local, ambos os sites saíram do ar.
Tanto a Bolsa de Valores como a El Al esclareceram que os sites em questão são as páginas que dão informações ao público. O site de operações comerciais da bolsa não foi afetado.
O novo ataque ocorre duas semanas depois que OxOmar começou a invadir sites comerciais de Israel e a expor dados de cartões de crédito de cidadãos israelenses.
Até hoje o hacker já expôs informações de mais de 30 mil cartões com endereços, números de identidade e nomes dos titulares.
O vazamento dos dados levou centenas de milhares de israelenses a verificar seus cartões e gerou preocupação com uma possível "guerra cibernética" que estaria sendo lançada contra Israel.
Convocação 
O ataque desta segunda-feira fortalece os receios de que hackers possam prejudicar a infraestrutura do país por meio de ataques aos sistemas de computadores.
No domingo, o porta-voz do Hamas na Faixa de Gaza, Sami Abu Zuhri, tinha convocado hackers pró-palestinos ao redor do mundo a intensificar a guerra cibernética contra Israel.
"A invasão aos sites israelenses abre uma nova frente da resistência à ocupação israelense", afirmou Abu Zuhri.
Na última sexta-feira, um grupo de hackers que se autodenomina "time dos hackers de Gaza", invadiu o site do Corpo de Bombeiros de Israel.
O vice-ministro das Relações Exteriores, Danny Ayalon, declarou que os ataques dos hackers "são ataques terroristas" e anunciou que "Israel vai responder com força àqueles que violarem a soberania cibernética do país".
Para a presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia do Parlamento israelense, deputada Ronit Tirosh, a invasão dos sites "é o começo de uma guerra cibernética que poderá paralisar a infraestrutura essencial do país".
De acordo com a deputada, existe o risco de que ataques cibernéticos danifiquem os sistemas de energia, água, comunicação e distribuição de alimentos em Israel.
O governo israelense anunciou a formação de uma Autoridade Cibernética, cuja função é tomar medidas de defesa do espaço virtual do país, porém, de acordo com a imprensa local, o novo órgão ainda não recebeu os recursos necessários para começar efetivamente a trabalhar.
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