quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Novos satélites ampliam alcance militar da China


A China atingiu um novo patamar nesta semana em sua tentativa de dominar o uso militar do espaço com o lançamento dos testes para a rede de posicionamento global do seu satélite Beidou. A iniciativa deixará o país mais perto de se equiparar à capacidade dos Estados Unidos no espaço.
Se Pequim conseguir colocar em atividade os 35 satélites planejados para a rede Beidou até 2020, os militares chineses estarão livres de sua atual dependência da navegação pelos sinais do GPS americano e pelo sistema similar russo Glonass.
E, diferentemente das versões civis menos precisas do GPS e Glonass disponíveis ao Exército da Libertação do Povo (ELP), essa rede dará à China a precisão para guiar mísseis, munições inteligentes e outras armas. "Isso permitirá um grande salto na capacidade do ELP de realizar ataques de precisão", disse Andrei Chang, analista das forças militares chinesas e editor da revista Kanwa Asian Defence, de Hong Kong.
A China já lançou 10 satélites Beidou e planeja lançar outros seis até o fim do ano que vem, de acordo com o Escritório Chinês de Gerenciamento de Navegação de Satélites.
Especialistas militares chineses e estrangeiros afirmam que o Departamento do Estado-Maior e o Departamento Geral de Armamentos do ELP coordenam e apóiam todos os programas espaciais chineses dentro do vasto conhecimento científico e da burocracia aeroespacial.
Como parte do sistema Beidou, a rede terá um importante papel militar ao lado da rede de rápida expansão de vigilância, produção de imagens e satélites. A China nega rotineiramente que tenha ambições militares no espaço.
O porta-voz do Ministério da Defesa Yang Yujun negou na quarta-feira que a rede Beidou imponha uma ameaça militar, observando que todos os sistemas internacionais de navegação por satélite são projetados para uso civil e militar.
A China acelerou as pesquisas e o desenvolvimento de satélites militares depois que os comandantes do ELP se viram incapazes de rastrear dois grupos de batalha de porta-aviões dos EUA enviados em 1996 ao Estreito de Taiwan em um momento de alta tensão entre a ilha e o continente, afirmam analistas.
Reuters

Ministério da Defesa russo confirma incêndio em submarino atômico


Imagem da televisão russo  Ru-RTR  exibe trabalho de contenção do incêndio no submarino nuclear . Foto: AP
Imagem da televisão russo Ru-RTR exibe trabalho de contenção do incêndio no submarino nuclear
Foto: AP

O Ministério da Defesa da Rússia confirmou nesta quinta-feira que um incêndio afetou um submarino atômico durante os trabalhos de reparação nos estaleiros de Rosliakovo, na região setentrional de Murmansk.
Uma fonte militar explicou à agência Interfax que o fogo se deflagrou durante a utilização de andaimes de madeira pelos operários do estaleiro, mas ressaltou que o incêndio atingiu apenas o casco da embarcação. "A propagação do fogo no interior do submarino está descartada. Também não há ameaça para as equipes técnicas da embarcação", disse.
Além disso, a fonte garantiu que o reator nuclear do submarino está desligado e que a embarcação não possuía nenhum armamento em seu interior no momento do incidente.
Segundo o Ministério de Situações de Emergência, o incêndio foi provocado pela violação das medidas de segurança durante o processo de reparação do navio.
O canal de televisão local TV-21 informou que o incêndio aconteceu no submarino atômico Yekaterimburg, que está equipado com mísseis e havia acabado de entrar em reparo em um dos diques do estaleiro.
A emissora acrescentou que alguns helicópteros participaram dos trabalhos de extinção do incêndio. "Não há feridos. Os níveis de radiação estão dentro da norma", afirmou um porta-voz do Ministério de Emergências.
Uma equipe de investigadores militares já se encontra no local do acidente para interrogar as testemunhas e esclarecer as causas do incêndio.
O Yekaterimburg, que entrou em serviço em 1985 e tem 167 metros de comprimento, está equipado com mísseis de combustível líquido de mais de nove mil quilômetros de alcance.

Ataque aéreo turco mata 30 no sudeste da Turquia, diz prefeito


REUTERS
DIYARBAKIR - A aviação turca matou 30 pessoas em um ataque noturno no sudeste da Turquia, perto da fronteira iraquiana, aparentemente confundindo contrabandistas com militantes curdos, disse à Reuters nesta quinta-feira, 29, o prefeito da localidade de Uludere, Fehmi Yaman.A Força Aérea turca costuma bombardear redutos de rebeldes curdos na região, como parte do confronto com o grupo armado Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), e vem intensificando as operações na área desde agosto.
"Nós temos 30 corpos, todos eles queimados. O Estado sabia que essas pessoas estavam fazendo contrabando na região. Este tipo de incidente é inaceitável. Eles foram atingidos do ar", disse Yaman. Uludere fica na província de Sirnak, no sudeste do país.
O governo turco não estava disponível no momento para comentar o ocorrido.
"Havia rumores de que o PKK iria cruzar esta região. Foram feitas imagens de uma multidão cruzando a área na noite passada, por isso foi realizada uma operação", disse uma fonte do setor de segurança. "Não tínhamos como saber se esse pessoal era membro do grupo (PKK) ou contrabandistas", afirmou. 

EUA advertem que não tolerarão bloqueio do Irã


GUSTAVO CHACRA , CORRESPONDENTE / NOVA YORK - O Estado de S.Paulo
Depois de o regime do Irã ameaçar fechar o Estreito de Ormuz caso europeus e americanos imponham um embargo ao petróleo e sanções ao Banco Central do país, a Marinha dos EUA reagiu com dureza, afirmando que não tolerará o bloqueio da passagem.
"A ameaça de bloquear a liberdade de navegação num estreito internacional é algo claramente fora da comunidade de nações. Nenhuma ação nesse sentido será tolerada", disse o comunicado da Marinha americana, por intermédio de sua 5.ª Frota, baseada em Bahrein justamente para garantir o trânsito de navios petroleiros. "O fluxo livre de bens e serviços através de Ormuz é vital para a prosperidade global e regional", acrescentou uma porta-voz militar americana.
O estreito, por onde passa 40% do petróleo comercializado no mundo, liga o Golfo Pérsico ao Oceano Índico e tem pouco mais de 30 km de largura em um dos seus trechos. Quase toda a produção da Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes, Qatar, Bahrein e mesmo do Irã utiliza essa passagem.
Autoridades iranianas haviam afirmado que poderiam fechar o estreito em resposta a novas sanções europeias e americanas. O embargo ao petróleo iraniano e a adoção de medidas contra governos ou entidades que negociem com o Banco Central do Irã, conforme já foi aprovado por 100 votos a 0 no Senado dos EUA, podem ser aplicadas em breve. Também não se descarta a hipótese de uma nova resolução no Conselho de Segurança da ONU.
Na terça-feira, o vice-presidente do Irã, Mohammad Reza Rahimi, afirmou que, se sanções forem impostas, "nenhuma gota de petróleo passará pelo Estreito de Ormuz". Ontem, o comandante da Marinha iraniana, almirante Habibollah Sayyari, afirmou que "o Irã tem controle total desta passagem estratégica". Segundo o militar, em declarações publicadas pelo site da Press TV, de Teerã, "fechar o Estreito de Ormuz é muito fácil para as forças navais iranianas".
Na verdade, a 5.ª Frota da Marinha dos EUA possui uma força naval bem superior à iraniana. São mais de 20 navios de guerra, incluindo porta-aviões, e 15 mil soldados prontos para entrar em ação caso haja necessidade. Países como a Arábia Saudita também dão sinais de que agiriam em caso de interrupção por parte dos iranianos. "Estamos sempre prontos para reagir a ações maléficas", disse a porta-voz militar dos EUA em Bahrein.
A França e a Grã-Bretanha, assim como operadores de petróleo, afirmavam ontem que se trata apenas de retórica iraniana. Na avaliação deles, o Irã não levaria adiante a ameaça. O objetivo dos europeus e dos americanos, com as sanções, é frear o programa atômico iraniano que, segundo eles, tem finalidade militar. Teerã nega e diz que suas operações nucleares têm apenas fins civis.

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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Quinta Frota dos EUA diz que não permitirá bloqueio em Ormuz


REUTERS
A Quinta Frota dos Estados Unidos afirmou nesta quarta-feira que não permitirá nenhuma interrupção do tráfego no estreito de Ormuz, depois que o Irã ameaçou impedir os navios de passarem pela estratégica rota de escoamento de petróleo.
"O livre fluxo de mercadorias e serviços pelo estreito é vital para a prosperidade regional e global", disse um porta-voz da frota, baseada no Barein, em resposta por escrito perguntas da Reuters sobre a possibilidade de o Irã fechar a passagem.
"Quem quer que ameace prejudicar a liberdade de navegação em um estreito internacional está claramente fora da comunidade de nações. Nenhuma interrupção será tolerada", disse o porta-voz.
Indagado sobre se estava adotando alguma medida específica em resposta à ameaça de fechamento do estreito, o assessor respondeu que a frota "mantém uma presença robusta na região para deter ou conter atividades desestabilizadoras", e não deu mais detalhes.
A declaração do porta-voz da frota é uma resposta a declarações recentes de autoridades iranianas. Nesta quarta-feira, o mais alto comandante naval do Irã afirmou que bloquear o estreito de Ormuz, no Golfo, a petroleiros seria "mais fácil que beber um copo de água" para o Irã, se o país considerar a ação necessária, aumentando assim os temores sobre a mais importante rota de passagem do produto no mundo.
"Fechar o estreito de Ormuz é realmente muito fácil para as Forças Armadas do Irã... ou, como os iranianos dizem, será mais fácil que beber um copo de água", disse Habibollah Sayyari à emissora iraniana de língua inglesa Press TV.
"Mas, neste momento, não precisamos fechá-lo, já que temos o Mar de Omã sob controle, e podemos controlar o trânsito", disse Sayyari, que está no comando de dez dias de manobras militares iranianas em Ormuz.
(Reportagem de Humeyra Pamuk e Andrew Hammond) fonte Estadão

França pede que Irã respeite navegação em Ormuz


GABRIEL BUENO - Agência Estado
PARIS - O governo da França pediu nesta quarta-feira, 28, que o Irã respeite a liberdade de navegação em águas internacionais e estreitos, após Teerã ameaçar fechar uma vital via de transporte de petróleo em resposta a possíveis novas sanções contra o país da Europa e dos EUA.Questionado sobre a ameaça do Irã de fechar o Estreito de Ormuz, um porta-voz da chancelaria francesa reiterou que "o Estreito de Ormuz é internacional. Portanto, todos os navios têm o direito de transitar, em conformidade com a convenção das Nações Unidas sobre leis no mar".
Na terça-feira, o vice-presidente iraniano, Mohammad Reza Rahimi, advertiu que "nem uma gota de petróleo passará pelo Estreito de Ormuz", caso o Ocidente amplie as sanções contra o Irã por causa de seu programa nuclear. Potências lideradas pelos EUA afirmam que Teerã busca secretamente armas nucleares, mas o governo iraniano diz ter apenas fins pacíficos, como a produção de energia.
Pelo Estreito de Ormuz passa cerca de 40% do petróleo transportado no mundo, que sai da região do Golfo Pérsico - de países exportadores como Bahrein, Kuwait, Catar, Arábia Saudita e Emirados Árabes - para o Oceano Índico.
As informações são da Dow Jones.