segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Importação de armas russas para o Brasil deve aumentar nos próximos anos


Segundo o Centro de Análise do Comércio Internacional de Material de Guerra (Cacimg), entidade de análise russa, as importações brasileiras de material de guerra identificadas no período de 2003 a 2010 atingiram US$ 2, 677 bilhões. O que está por trás desse número? Qual a participação das empresas russas nas importações brasileiras de armas? Porque a cooperação russo-brasileira nessa área tem um bom futuro?
Importação de armas russas para o Brasil deve aumentar nos próximos anos
Foto: RIA NóvostiO recentemente publicado “Anuário do Cacimg de 2011: estatísticas e análise do comércio mundial de material de guerra entre 2003 e 2010” contém, entre outras informações, dados sobre as exportações de armas para o Brasil, originárias de 14 países, nos últimos oito anos. Segundo o anuário, as importações brasileiras identificadas, originárias de todos os 14 países acima mencionados, atingiram, segundo estimativas do Cacimg, US$    2,677 bilhões.

Nesse mesmo período, o Brasil formou um pacote de pedidos de compra de armas no valor de US $ 14,637 bilhões, principalmente no âmbito dos programas de cooperação a longo prazo com a França e Itália. No entanto, o maior exportador mundial de equipamento de guerra para o Brasil no período de 2003 a 2010 foram, como era previsto, os EUA, com US$ 632 milhões e 23,6% do mercado e uma carteira de pedidos de compra equivalente a US$ 1 bilhão (6,85% do mercado). O segundo lugar no ranking de exportações de armas para o Brasil pertence à França, com US$ 459 milhões e 17,1% do mercado, seguida por Israel, com US$ 433 milhões e 16,2% do mercado, Alemanha e Espanha.

Soyuz é lançado com missão tripulada para Estação Espacial Internacional

Um foguete russo com três astronautas a bordo foi lançado com sucesso no Cazaquistão nesta segunda-feira, em uma missão da Estação Espacial Internacional.
A equipe é a primeira a viajar em uma aeronave russa desde um acidente em agosto com um foguete semelhante que transportava cargas.
Todas as missões espaciais haviam sido suspensas desde o incidente.
Chegou-se a cogitar que Estação Espacial Internacional fosse abandonada, pois sem os foguetes Soyuz seria impossível transportar com segurança astronautas e cosmonautas até o local.
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Traficantes usam até balões de festa para esconder droga

GLAUBER GONÇALVES - Agência Estado
RIO DE JANEIRO - Na tentativa de esconder drogas das forças policiais que subiram a Rocinha, traficantes enterraram cocaína e maconha e utilizaram até balões de aniversário como embalagem para despistar os cães farejadores. Nas apreensões deste domingo, 13, homens do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) encontraram além de drogas, armas, entre elas uma usada pelo traficante Nem, munições e até equipamentos de uma central de TV a cabo clandestina.
Homens do Bope encontraram drogas e armas na Rocinha - Mauricio Lima/NYT
Mauricio Lima/NYT
Homens do Bope encontraram drogas e armas na Rocinha
Em pouco mais de uma hora, quatro carregamentos com apreensões feitas na Rocinha chegaram durante a tarde ao 23º Batalhão de Polícia Militar (BPM), no Leblon, zona sul do Rio. Decodificadores, fios e outros aparelhos foram encontrados na central ainda em funcionamento na Rua 1, porém já abandonada pelos traficantes. A equipe que fez a apreensão estima que cerca de 100 residências recebiam o sinal de TV ilegalmente.
Os policiais também apreenderam 51 pacotes de maconha, 145 trouxinhas da droga e 60 pacotes de pasta base de cocaína, cada um com cerca de um quilo, além de uma balança de precisão. Foram encontrados ainda dez carregadores, cartões, celulares, R$ 415,00 em espécie, uma farda do Exército e uma camisa da Polícia Civil. Os itens vieram de diversos pontos das localidades de Cachoupa, Roupa Suja e Laboriaux, todas na Rocinha.
Na área conhecida como Dioneia, na parte alta da Rocinha, o Bope encontrou dois fuzis e uma metralhadora. Uma das armas tinha a inscrição "Mestre", um dos apelidos do traficante Nem. Em outro carregamento, estavam cerca de 135 quilos de cocaína encontrados pelo Batalhão de Ações com Cães no Laboriaux. Alguns dos tabletes estavam embalados dentro de bexigas, mas, mesmo assim, foram encontrados pelos cães. 





















domingo, 13 de novembro de 2011

Veja fotos da ocupação da Rocinha, no Rio de Janeiro
























Preso na última quarta-feira (9), o chefe do tráfico na favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, tinha receio de ser morto por policiais supostamente pagos por ele.
A revelação foi feita ao iG por um integrante da cúpula da Polícia Civil, que disse suspeitar que os agentes, cuja quantidade e nomes não revelou, poderiam matar o traficante para não serem denunciados por ele.

Segundo a fonte, que foi preservada pela reportagem, devido a este temor, Nem estava mesmo decidido a fugir já que corria o risco de ser preso por alguém que poderia matá-lo.
Entre os possíveis destinos do traficante estariam favelas da capital paulista ou a Região dos Lagos, no litoral fluminense.
De acordo com o policial ouvido pelo iG, a possibilidade de se entregar era um plano B do traficante, que chegou a negociar sua rendição com ONGs, um grupo de funkeiros e até mesmo um inspetor de polícia que era conhecido de um advogado que foi preso com Nem.


Esse mesmo inspetor, que trabalha na 82ª DP (Maricá), esteve no local da prisão de Nem na quarta-feira juntamente com o titular da unidade, Roberto Gomes Nunes. Eles tentaram levar o carro onde o traficante estava para a delegacia da Gávea (15ª DP) onde ocorreria a rendição. Entetanto, PMs do Batalhão de Choque que abordaram o veiculo primeiro não permitiram.

Teerã possui capacidade para responder a ataques


ROBERTO GODOY - O Estado de S.Paulo
O ataque que Israel pode lançar contra o Irã não ficará sem resposta. Segundo analistas ocidentais, os oito anos que separavam a força de mísseis do regime dos aiatolás de representar uma ameaça efetiva, em 2008, viraram apenas 36 meses.
Segundo os mesmos especialistas em tecnologia militar dos EUA e da Europa, a indústria iraniana está pronta para produzir armas de longo alcance, na faixa de 7 mil quilômetros, com ogivas de uma tonelada.
Um dos mais respeitados analistas da área, o general russo Victor Yesin, disse há duas semanas que houve notáveis e surpreendentes avanços no programa de Teerã e esse é o fato novo a ser considerado.
As primeiras gerações das armas estratégicas do Irã apresentavam mau desempenho - as versões recentes funcionam bem. Existem nove diferentes configurações operacionais. Os mísseis Shahab-2 e 3 podem atingir alvos não apenas em Israel, mas também em todo o Oriente Médio - até mesmo as instalações militares dos EUA.
Para o analista John Miller, do Foreign Political Center, de Washington, essa configuração será uma ameaça consistente a partir de 2015. O receio das potências ocidentais e de Israel é que o arsenal em formação seja equipado com explosivos nucleares ou cargas químicas.
Em Jerusalém, o porta-voz do governo de Binyamin Netanyahu comentou o assunto há duas semanas, dizendo que é perigoso desconsiderar o projeto de mísseis balísticos do Irã. Israel mantém, desde 1963, o secreto e bem-sucedido Plano Jericó, de construção de balísticos.
O foguete mais avançado, o J-III, entrou em serviço em 2008 e tem um raio de ação de 11 mil quilômetros. As forças israelenses poderiam lançar uma ação preventiva contra a rede de instalações nucleares iranianas com aviação de precisão e bombas de penetração B61-11 fornecidas pelos EUA. Os alvos seriam a usina de Natanz e a fábrica de mísseis e gás de urânio de Isfahan.

Nave espacial russa Soyuz TMA-22


Nave espacial russa Soyuz TMA-22, que levará uma nova tripulação para a Estação Espacial Internacional (ISS), é transportada para a plataforma de lançamento em Baikonur, Cazaquistão, nesta sexta-feira, 11 de novembro. O início da nova missão Soyuz com o astronauta Dan Burbank, dos EUA, e os cosmonautas russos Anton Shkaplerov e Anatoly Ivanishin, está agendado para segunda-feira, 14 de novembro. (AP Photo / Mikhail Metzel)

Nave espacial russa Soyuz TMA-22, que levará uma nova tripulação para a Estação Espacial Internacional (ISS), é transportada para a plataforma de lançamento em Baikonur, Cazaquistão, nesta sexta-feira, 11 de novembro. O início da nova missão Soyuz com o astronauta Dan Burbank, dos EUA, e os cosmonautas russos Anton Shkaplerov e Anatoly Ivanishin, está agendado para segunda-feira, 14 de novembro. (AP Photo / Mikhail Metzel)

Rússia convida os EUA a construir defesa anti-asteróide


Rússia convida os EUA a construir defesa anti-asteróide
Foto: AP
A iniciativa do diplomata visa a construção de um escudo conjunto não só contra os mísseis como também contra os asteróides, tem o nome de   “Defesa Estratégica da Terra” e já foi levada ao conhecimento do presidente russo. Dmítri Medvedev deixou no documento uma nota dizendo apenas “Engraçado” e pediu que seu assessor de política externa, Serguêi Prikhodko, e Dmítri Rogózin ajustassem a proposta e lhe dessem o acabamento necessário.

Em agosto deste ano, foi informado que o Centro Nacional de Foguetes da Rússia Makeev estaria desenvolvendo um sistema espacial de destruição de asteróides perigosos para a Terra com a ajuda de mísseis nucleares e que o projeto preliminar do sistema já estaria pronto.

A confrontação entre a Rússia e os EUA na questão da defesa antimíssil faz lembrar cada vez mais uma telenovela sem fim. Após a retirada dos EUA do Tratado ABM de 1972 e a decisão do presidente George W. Bush de acelerar os trabalhos para a instalação de elementos do escudo antimíssil norte-americano na Europa, nem a Rússia nem os Estados Unidos conseguiram desatar o nó de contradições existentes. Após 10 anos de existência do problema, a comunidade internacional tem de constatar que as negociações sobre a defesa antimíssil chegaram a um impasse.

A nova concepção de escudo antimíssil europeu foi aprovada pela cúpula da Otan de Lisboa no ano passado. Recorde-se que, anteriormente, os EUA, sob o governo de Bush filho, quis instalar escudos antimísseis na Polônia e um radar na República Tcheca. Moscou acolheu esses planos como ameaça direta a seus arsenais estratégicos e prometeu responder à altura. O atual presidente norte-americano, Barack Obama, repensou a estratégia de defesa antimíssil e se absteve dos planos norte-americanos em relação à Polônia e à República Tcheca, não abdicando, contudo, de instalar os elementos do  escudo antimíssil americano na Europa. 

Agora, segundo a Agência de Defesa Antimíssil do Pentágono, os EUA estão construindo seu sistema de defesa antimíssil em quatro etapas. Na primeira etapa, os EUA planejaram colocar, até o final de 2011, no Mediterrâneo navios armados com escudos antimísseis e um radar no sul da Europa. Na segunda etapa, que vai durar até 2015, o Pentágono quer transferir baterias móveis de mísseis interceptores SM-3 para a Romênia, segundo um acordo firmado entre Washington e Bucareste em 13 de setembro.

Na terceira etapa, prevista para se encerrar em 2018, os EUA planejam instalar baterias semelhantes na Polônia e até 2020 substituir os atuais mísseis interceptores por armas mais sofisticadas capazes de proteger todo o território dos países membros da Aliança do Atlântico Norte não só contra os mísseis balísticos de curto e médio alcance mas também contra os mísseis intercontinentais.

Não é necessário dizer que o referido programa recebe uma reação muito negativa da Rússia. No final de outubro, Moscou anunciou que começa a preparar uma resposta militar às ações dos EUA e que vai contrapor à defesa antimíssil européia os mísseis tático-operacionais mais recentes Iskander que serão instalados na cidade de Luga da Região de Leningrado.

Depois que o novo embaixador dos EUA na Rússia, Michael McFaul, se recusou a garantir legalmente que a defesa antimíssil européia não iria atentar contra a Rússia, Moscou anunciou a instalação da primeira brigada de mísseis Iskander capazes de transportar ogivas nucleares.
Os norte-americanos salientaram amiúde sua disponibilidade de conceder à Rússia as garantias, inclusive por escrito, de que a defesa antimíssil européia não iria atentar contra a Rússia, mas não há, até agora, nenhum documento jurídico que os obrigue a respeitar seus compromissos. Em contrapartida, os EUA convidaram a Rússia a participar de testes de mísseis interceptores destinados à Europa. O convite foi formulado, em meados de outubro, pelo diretor da Agência de Defesa Antimíssil, general Patrick O'Reilly. Em resposta, a Rússia convidou os EUA a participar da construção de uma defesa anti-asteróide. Cabe agora à Otan  pronunciar-se.