quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Índia promete apoio a Karzai (e corteja o Irã)Vídeo: Aniversário de 79 anos da Força Aérea Indiana


A visita de dois dias, do presidente Hamid Karzai, à Índia, é presságio de importante realinhamento das potências regionais em relação ao problema afegão. A Índia tomou decisão cuidadosamente pensada de assumir papel chave no chamado “fim de jogo” no Afeganistão, consideradas suas aspirações como potência regional e na defesa do que entende que sejam seus interesses vitais, numa situação que ainda está em desenvolvimento no que tenha a ver com os legítimos interesses dos indianos.
Mas a Índia não deixará de enfrentar oposição a esse recente “proativismo”, com desafios relacionados a rivalidades regionais; o modo como essas rivalidades reagirão ainda não é claro. As nuvens no horizonte podem ter ficado um pouco mais escuras, a partir do momento em que o jato presidencial de Karzai decolar da capital da Índia, na 5ª-feira.
Karzai, ele também, tinha em mente um objetivo e uma missão, ao partir para Delhi. No final da tarde de 2ª-feira, véspera da viagem à Índia, falou francamente sobre a questão política. Sua política de reconciliação com os Talibã chegou a um beco-sem-saída e, para abrir uma saída, Karzai tem de obter nova autorização de umaloya jirga (assembleia tribal), que terá de reunir-se para esse fim.
Karzai culpou o Paquistão, que não teria contribuído para o processo de paz; mas, simultaneamente reconheceu que deveria ter conversado com Islamabad, independente de isso ser o que os EUA e a comunidade internacional desejavam que fizesse – e apesar da onda de sentimentos ‘anti-Paquistão’ que cresce em vastos setores da sociedade afegã, e apesar da profunda resistência que há na sua própria coalizão de governo contra qualquer entendimento com o Paquistão sobre os Talibã.
A liderança em Kabul tradicionalmente sempre recorreu à Índia como um contrapeso para o Paquistão. A visita de Karzai a Delhi (segunda visita em sete meses) encaixa-se nesse molde; mas o que dá dimensão mais ampla à missão de Karzai é que, hoje, seus principais aliados domésticos – grupos que pertencem à velha Aliança do Norte – também são forças intimamente associadas com a Índia nos últimos vários anos.
Seus dois vice-presidentes Mohammed Fahim and Karim Khalili foram figuras de destaque na resistência anti-Talibã, promovida pela Índia; e Fahim, sobretudo, é herdeiro da máquina de guerra do falecido Ahmad Shah Massoud, sempre substancialmente apoiado pelo establishment de segurança da Índia durante a resistência anti-Talibã no final dos anos 1990s.
Se Delhi decidiu assumir abertamente seu apoio ao eixo de poder Karzai-Fahim-Khalili que vai tomando forma em Kabul, foi porque a liderança política na Índia optou por aceitar várias razões de peso que lhe foram expostas pelo establishment de segurança da Índia.
Em primeiro lugar e principalmente, há a profunda desilusão quanto às políticas dos EUA e o sentimento resultante de que a Índia tem de seguir rumo independente, no que tenha a ver com o Afeganistão, para salvaguardar seus interesses de segurança. O padrão dos EUA, de alternar momentos de tensão e distensão – embora jamais deixe de depender do Paquistão para avançar em sua estratégia no Afeganistão –, irrita oestablishment indiano.
No momento em que imprensa e especialistas indianos concluem que o mais recente abalo pelo qual passaram as relações EUA-Paquistão já foi longe demais para poder ser reparado, Washington outra vez exibe-se aos beijos e abraços com Islamabad. Já se conhecem os primeiros detalhes que comprovam que a CIA-EUA contou com a ajuda do serviço secreto do Paquistão (ISI), para fazer contato com a rede Haqqani; e que os EUA garantiram aos Haqqanis um lugar no governo do Afeganistão.
O fato de EUA e Paquistão estarem trabalhando juntos para prestigiar a rede Haqqani (que os indianos consideram responsável pelos dois atentados mortais contra a embaixada da Índia em Kabul) e trazê-la para o processo de paz horroriza Delhi e desmente todas as garantias que os norte-americanos repetem incansavelmente nos contatos com funcionários indianos.
Além disso, Delhi está convencida de que o Paquistão planejou o assassinato do presidente do Alto Conselho de Paz Afegão, Burhanuddin Rabbani, aliado da Índia, como parte de plano construído para remover do tabuleiro, sistematicamente, todas as figuras políticas capazes de desafiar a supremacia dos Talibã no próximo governo, sobretudo agora, que a retirada dos soldados dos EUA está em ritmo acelerado.
Estratégia de três braços
No contexto do diálogo com o Paquistão, a liderança da Índia já se autoconteve, e obteve significativos avanços nos seus interesses no Afeganistão nos últimos tempos; mas o establishment de segurança da Índia parece ter concluído que Islamabad não pára de aumentar a pressão, com vistas a exterminar qualquer influência da Índia em Kabul, num cenário futuro dominado por seus amigos Talibã e assemelhados.
Delhi, além disso, absolutamente não confia na eficácia do plano de retirada do presidente Barack Obama. Por ironia, a Índia partilha o mesmo ceticismo já manifestado pelo comandante do exército paquistanês Pervez Kiani, que também não acredita em 2014 como prazo limite para que as forças afegãs assumam plena responsabilidade; nas atuais circunstâncias, esse prazo não é realista.
Assim sendo, a Índia está assumindo as rédeas, por assim dizer, e fará o que puder para garantir que a estrutura de poder que hoje governa Kabul (sempre muito aberta em relação à Índia) ganhe cada vez mais capacidade para manter-se lá, no futuro próximo.
O resultado concreto da visita de Karzai à Índia desdobra-se em três aspectos e deixa ver o alcance do que os indianos estão pensando.
Primeiro, a Índia está outra vez posicionada, pela primeira vez depois da era Talibã, para ocupar o papel que lhe cabia antes de os mujaheedin tomarem o poder em 1992, quando o Afeganistão vivia sob regime comunista – a saber, o papel de mentor das forças de segurança afegãs.
Segundo, Delhi posiciona-se para ter papel destacado na exploração dos recursos minerais multitrilionários que há no Afeganistão.
Terceiro, Índia e Afeganistão decidiram trabalhar suas respectivas grades de cooperação bilateral com o Irã, com vistas a desenvolver uma rota de comércio e trânsito até o território iraniano, que não passa por território do Paquistão.
A Índia vê os grupos não pashtuns no centro e norte do Afeganistão como trincheira erguida contra a volta dos Talibã ao poder no país. Mas a Índia repetirá sempre que seus contatos com aqueles grupos dar-se-ão estritamente no contexto de relação entre estados, dada a alquimia da estrutura política que apoia Karzai em Kabul.
A questão é que os corpos de oficiais tadjiques dominam, na prática, as forças afegãs, e Delhi pode confiar neles para a resistência contra a volta ao poder de grupos como os Haqqanis apoiados pelo Paquistão. Em resumo, Delhi está virtualmente de volta à raison d’être de sua política de apoio à Aliança do Norte, no final da década dos 1990s.
Delhi não descarta a possibilidade de que ecloda outra guerra civil no Afeganistão. Está revivendo seu interesse em tornar ‘operativa’ uma pista de pouso que construiu no Tadjiquistão, com fundos próprios; e já pediu permissão a Dushanbe para reabrir um hospital militar que construiu no final dos anos 1990s em Farkhor, na fronteira afegã, para oferecer tratamento médico aos combatentes da Aliança do Norte que enfrentavam os Talibã.
O Paquistão com certeza já percebeu o futuro papel da Índia como mentora das forças afegãs e a decisão, de Delhi, de ressuscitar sua infraestrutura no Tadjiquistão que sempre serviu para dar suporte às milícias da velha Aliança do Norte, como movimentos que ameaçam os “legítimos interesses” do Paquistão no Afeganistão. O cenário está montado para uma eclosão das animosidades entre Paquistão e Índia. A resposta “assimétrica” do Paquistão no passado sempre assumiu a forma de ataques terroristas contra interesses indianos.
Na Índia, a contenção foi recomendável, quando o país enfrentou o terrorismo; mas já há uma escola de pensamento na comunidade estratégica da Índia para a qual é hora de a Índia declarar que o Paquistão blefa. Seja como for, a Índia parece estar antevendo tempos difíceis e já iniciou manobras militares massivas, previstas para durarem dois meses, na fronteira de deserto com o Paquistão, no setor do Rajastão, com mais de 20 mil soldados da Força Aérea e de grupos de assalto, com a ambiciosa agenda de testar planos de ofensiva para capturar e manter território interior do inimigo.
Em segundo lugar, Delhi está encorajando os empresários a investir em recursos minerais no Afeganistão, com vistas a posicionarem-se como “acionistas” no país. Delhi está implementando uma política de aquisição de “ativos” estratégicos no exterior, e os vastos recursos minerais do Afeganistão são vasto campo para investimentos indianos.
As empresas indianas gigantes também têm manifestado interesse na ideia. Um consórcio indiano prepara-se para participar da concorrência para explorar as minas de ferro Hajigak no Afeganistão, de reservas estimadas em 1,8 bilhões de toneladas. Os dois memorandos de entendimento assinados durante a visita de Karzai a Delhi – sobre exploração de minérios e o desenvolvimento de hidrocarbonetos – marcam o interesse que os dois países partilham por facilitar grandes investimentos indianos no Afeganistão.
Fato é que os movimentos da Índia nesse campo serão atentamente observados por outros países, especialmente China e EUA, já empenhados até o pescoço, à caça dos recursos naturais na Ásia Central. Pela primeira vez na era pós-soviética, a Índia abre asas na região, à procura de “ativos”. Apesar de estar bem atrasada no processo, em comparação com a China, a Índia parece considerar que o jogo está longe de acabar.
Em terceiro lugar, a Índia precisa dar urgente atenção ao principal desafio à frente – a falta de rota para trânsito e comércio até o Afeganistão –, e a visita de Karzai foi excelente oportunidade para consultas. Delhi falou vagamente durante mais de uma década sobre a importância de uma Rota da Seda via o Irã, mas, agora, surgiu uma e urgente pressão crítica: a Índia não pode esperar ter política efetiva para a Ásia Central, enquanto não tiver rota de acesso viável e confiável até lá.
Delhi vê o Irã como parceiro ideal a escolher para essa questão. Apesar de o clima ter melhorado nas relações Índia-Paquistão e de haver hoje regime de comércio mais distendido entre os dois países, ninguém em sã consciência em Delhi espera que Islamabad facilite para a Índia uma rota de comércio e laços de investimentos com o Afeganistão, onde os dois países são rivais.
O Paquistão fincou pé contra a implementação do acordo de comércio e trânsito que assinou com o Afeganistão sobre forte pressão dos EUA. A Índia não vê qualquer possibilidade de o Paquistão incluí-la nesse tratado, como propagandeiam os EUA.
A Índia também está longe de qualquer otimismo sobre o grandioso projeto dos EUA para uma Rota da Seda que ligaria as regiões do centro e do sul da Ásia, que, provavelmente será apresentada como grande projeto regional, em conferência que se iniciará em Istambul dia 2/11/2011.
O Irã volta a ser cortejado
E assim, finalmente, depois de quase cinco anos de negligência e descaso, Delhi começa a tirar a poeira do quadro da cooperação estratégica entre Índia e Irã. Não é tarefa fácil, porque Teerã sempre manifestou profundo ressentimento por Delhi ter cedido a pressões dos EUA (e dos israelenses) e deixado que se atrofiassem os laços com Teerã. Mas já houve um reinício, de fato, dramático, recentemente, com Delhi empenhada em conseguir encontro bilateral do mais alto nível (proposta que Teerã aceitou imediatamente).
O fato de que o encontro do mês passado entre o primeiro-ministro da Índia Manmohan Singh e o presidente do Irã Mahmud Ahmadinejad tenha acontecido em New York – em solo norte-americano – já é, em si, carregado de simbolismo político. Não há dúvidas de que Delhi preparava o terreno para a já esperada visita de Karzai.
Manmohan parece estar pessoalmente empenhado em soprar nova vida na parceria estratégica Índia-Irã, a mesma que muitos o acusam de ter sufocado nos últimos anos, em deferência aos desejos de EUA.
A reaproximação entre Índia e Irã coincide com a reaproximação também com o Paquistão. O Irã será agora assiduamente cortejado pelos dois rivais sul-asiáticos. O Paquistão trabalhará para forjar uma matriz de interesses comuns com o Irã, no que tenha a ver com a situação afegã; o mesmo fará a Índia. O modo como o Irã distribua e equilibre suas muitas escolhas agora possíveis formarão interessante padrão para toda a política regional.
O Paquistão fará o que puder para evitar que se repitam os anos 1990s, quando o Irã partilhava interesses comuns com a Índia, contra o regime dos Talibã; só será possível se Islamabad acomodar os interesses do Irã no Afeganistão. Delhi, por sua vez trabalhará para dividir com Teerã suas preocupações sobre o risco de forças islâmicas com tendência wahhabista – que já mantiveram laços estáveis com a al-Qaeda – voltarem ao poder em Kabul.
O Paquistão considerará que a chave para manter a Índia fora do tabuleiro da Ásia Central e do Afeganistão dependerá de sua habilidade para ‘neutralizar’ o Irã. A Índia, ao contrário, considerará a cooperação com o Irã como parte essencial de sua estratégia rumo ao Afeganistão e à Ásia Central.
Essa curiosa virada na política regional dá ao Irã vasto espaço estratégico para manobras vis-à-vis os EUA. A estratégia de “contenção” de Washington em relação ao Irã será virtualmente tornada sem efeito se for ignorada por Índia e Paquistão e os dois países forjarem laços estratégicos com Teerã.
Os EUA, inevitavelmente, verão com inquietação o ‘proativismo” da Índia no Afeganistão, dado que esperam trabalhar com o Paquistão para reconciliar os Talibã e trazer para a mesa de negociações os intransigentes Haqqanis. Outra vez, a Índia identifica-se, pode-se dizer, como o mais forte apoiador de Karzai na região, num momento em que os EUA estão visivelmente desiludidos com Karzai e contam com o restante de seu segundo mandato para afastá-lo, seja como for, de modo que, em 2014, outro presidente possa ser empossado em 2014 em Kabul.
Os EUA e seus aliados ocidentais e a oposição afegã já festejaram abertamente algumas indicações que Karzai parece ter dado, de que não tentará reeleger-se para um terceiro mandato (proibido, além do mais, pela Constituição afegã), mas sabem, evidentemente, que o ousado presidente afegão é homem de agudos instintos políticos e nada garante que esteja, mesmo, decidido a sair de cena. O apoio irrestrito que a Índia está oferecendo a Karzai pode vir a ser uma dor de cabeça para os EUA e seus aliados que trabalhem para derrubá-lo.
Delhi, por sua vez, avaliará que seus interesses estão mais bem defendidos numa aliança com Karzai e seus velhos aliados da Aliança do Norte que mantenha Karzai no poder. Em resumo, a coalizão de Karzai, na qual se reúnem poderosos satrapas do norte, atende bem aos interesses da Índia. A forte expressão de apoio a Karzai, que se ouviu do primeiro-ministro da Índia, não deixa dúvidas sobre o que pensa o establishment de segurança em Delhi: que a Índia deve fazer o que estiver ao seu alcance para fortalecer a resistência anti-Talibã no Afeganistão.
Em conferência de imprensa, ao lado de Karzai, anteontem, Manmohan disse: “A Índia estará ao lado do povo do Afeganistão, no momento em que se preparam para assumir a responsabilidade pelo próprio governo e pela própria segurança, depois da retirada das forças internacionais em 2014.”
Karzai realçou a confiança nesse compromisso assumido pelos indianos; disse que o acordo estratégico com a Índia, assinado naquela visita, foi o primeiro acordo daquele tipo que o Afeganistão conseguiu construir. Para muitos, parece ter dito, nas entrelinhas, que está preparado para garantir à Índia o lugar de honra, como um de seus aliados mais valiosos. (Prevê-se que o acordo estratégico EUA-Afeganistão seja assinado na Conferência de Bonn, em dezembro.)
Outra vez, a decisão de Afeganistão e Índia, sobre uma rota de comércio e trânsito via o Irã incomodará gravemente os EUA. O principal objetivo do projeto ‘Rota da Seda’ dos EUA com o Afeganistão como centro regional, e que está sendo continuado com aliados europeus, visa, precisamente, a excluir o Irã (e a Rússia) no “novo grande jogo”. E, agora, Delhi, mostra dar preferência ao Irã, para obter rota de acesso que ligue a Índia à Ásia Central (e à Rússia).
Em termos gerais, Washington não apreciará esses novos movimentos da Índia no Afeganistão, mesmo que não jogue água fria no entusiasmo de Delhi quanto ao regime de Karzai. O representante especial dos EUA para o Afeganistão, Marc Grossman, chega essa semana para visita oficial à Índia. Trabalhará o mais que possa para obter explicações racionais de seus interlocutores indianos; ouvirá muito, mas falará pouco, ou nada.
A grande questão, pois, permanece sem resposta: Será Delhi capaz de fazer avançar agente própria e tão ambiciosa, de completa parceria estratégica com o Afeganistão? As esperanças subiram muito durante a visita de Karzai, mas não se podem esquecer as ravinas políticas que minam as políticas da Índia.
A Índia não tem currículo de que se possa orgulhar, em matéria de cumprir compromissos com seus ‘aliados’ (não só afegãos). Várias vezes a Índia deixou sem cumprir compromissos assumidos em pontos críticos com a Aliança do Norte, apesar do que alegou, quando a máquina de guerra dos Talibã rolava pela região de Amu Darya. Karzai, além do mais, sabe que o Paquistão é elemento central em qualquer processo afegão de paz e que a Índia de modo algum substituirá o Paquistão.
A situação em torno do Irã é crucialmente importante para todas as políticas dos EUA para o Oriente Médio e é possível que o atual governo da Índia não tenha ‘pegada’ suficiente para atos de aberto desafio estratégico contra Washington. As elites indianas não estão inclinadas a admitir que surja qualquer contradição séria na parceria estratégica entre EUA e Índia, nas questões da região – embora encarem com extremo desprazer as aberturas que Washington tem feito na direção de Pequim, para que se aproxime como fornecedor de segurança no Afeganistão e como ‘acionista’ da estabilidade regional do sul da Ásia.
O que se pode dar por garantido, hoje, é que o establishment militar e de segurança da Índia parece ter marcado importantíssimo ponto de propaganda, contra seus rivais em Rawalpindi e Islamabad, ao alcançar, depois de seis anos de esforços persistentes, o status de mentor das forças armadas afegãs. A comunidade estratégica dá sinais de estar reconhecendo que a Índia, afinal, alcançou o status de playerno “grande jogo”.
Haverá conselheiros militares indianos no Afeganistão? Se houver, a liderança política da Índia não deverá deixar de dar a máxima atenção possível ao sombrio risco de que o nascente diálogo de paz com o Paquistão desintegre-se muito rapidamente. É altamente improvável que Islamabad (ou Washington) admita presença militar da Índia no Hindu Kush.
Ao cabo de tudo, Delhi bem fará se lembrar também que todo o apoio que deu ao regime de Mohammad Najibullah – apoio político, militar, de segurança e econômico – foi pouco e não conseguiu impedir o colapso daquele governo em 1992, quando os mujahideen bateram às portas de Kabul.Vídeo: Aniversário de 79 anos da Força Aérea Indiana

Indian Air Force Celebrates 78th Anniversary 79th Anniversary of the Indian Air Force


Europeus adquirem 21 foguetes brasileiros


O Brasil se transformou em um dos principais provedores internacionais de foguetes de sondagem, veículos suborbitais que podem transportar experimentos científicos para altitudes superiores à atmosfera terrestre, por períodos de até 20 minutos. O Centro Aeroespacial Alemão (DLR) e a estatal sueca Swedish Space Corporation (SSC) compraram 21 motores-foguete do veículo de sondagem VSB-30, utilizado com sucesso em mais de 11 lançamentos no Brasil e na Suécia.
O negócio, segundo o diretor do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), responsável pelo desenvolvimento desses foguetes, brigadeiro Francisco Carlos Melo Pantoja, está avaliado em € 3 milhões. Dos 21 motores comprados, segundo ele, oito são conjuntos completos – o foguete e mais dois motores – e outros cinco são do motor S-30, que será integrado em outro foguete usado pelos europeus, o americano Orion.
Segundo o presidente da SSC, os foguetes de sondagem brasileiros e especialmente o VSB-30, que já recebeu uma certificação internacional, são considerados os melhores do mundo em sua categoria. O VSB-30 substituiu o foguete inglês Black-Arrow, que deixou de ser produzido em 1979, depois de 266 lançamentos, sendo o último em 2005.
O lançador brasileiro vem sendo usado pelo Programa Europeu de Microgravidade desde 2005 e, no próximo dia 24 de novembro, fará seu 12º voo a partir do Centro de Lançamento de Esrange, em Kiruna, na Suécia. O interesse dos europeus pelos foguetes de sondagem brasileiros, desenvolvidos com a participação do DLR, no entanto, envolve outros modelos além do VSB-30.
Segundo o presidente e CEO da SSC, Lars Persson, a missão espacial Shefex II que levará, entre outros experimentos, um veículo hipersônico europeu, avaliado em 8 milhões de euros, será feita pelo foguete brasileiro VS40 M, um veículo de sondagem mais potente e veloz que o VSB-30. O VS40 M também foi adquirido pelo DLR alemão a um custo de 900 mil euros, segundo o IAE.
O lançamento do experimento Shefex II (Sharp Edge Flight Experiment) à bordo do VS40 M está previsto para fevereiro de 2012, mas uma equipe do IAE já está Base de Andoya, na Noruega, desde o mês passado, trabalhando na pré-montagem do foguete. O VS-40 M também lançará um experimento brasileiro, que consiste em uma placa de carbeto de silício. O material será utilizado na estrutura do Satélite de Reentrada Atmosférica (SARA), outro projeto do IAE.
O presidente da SSC disse que a empresa também está interessada em comprar o foguete brasileiro VLM, que está em fase de desenvolvimento e poderá lançar microssatélites de 100 a 150 quilos. Persson disse que a empresa estima um mercado anual de 10 lançamentos com o VLM.
“No futuro nós pretendemos utilizar o VLM, porque ele é uma ótima opção para lançar satélites pequenos e com um custo de lançamento bem mais barato que o dos grandes foguetes”, explicou. O motor do VLM está sendo desenvolvido pela empresa brasileira Cenic, que utiliza a tecnologia de fibra de carbono, responsável por uma redução de 60% no peso do motor do foguete.
Já o mercado global de foguetes de sondagem sub-orbitais, considerando apenas as aplicações civis, é de mais de 100 lançamentos anuais, para cargas úteis (experimentos científicos e tecnológicos) na faixa de 50 a 200 kg de massa e em altitudes de 100 km. Em média, segundo estimativa feita pelo diretor do IAE, cada lançamento custa da ordem de US$ 1 milhão, mas existe uma expectativa de um crescimento para 1500 voos anuais se o preço do kg de carga útil for reduzido para US$ 250.
A parceria com a SSC no programa de foguetes de sondagem, segundo Pantoja, é vista com bons olhos, pois a empresa já está envolvida com a comercialização de foguetes no mercado europeu e desta forma oferece mais possibilidades de venda do produto brasileiro fora do país.
O VSB-30, por exemplo, tem a aprovação da Agência Espacial Europeia (ESA) para realizar voos na Europa transportando cargas científicas do Programa Europeu de Microgravidade. O foguete foi o primeiro produto espacial brasileiro a ser comercializado no mercado externo e também o primeiro a receber uma certificação de nível internacional.
O desenvolvimento do VSB-30 foi feito com investimentos da ordem de 700 mil euros e o Centro Aeroespacial DLR arcou com 100% desse valor. O foguete custa cerca de 320 mil euros. “Os ganhos dessa parceria não podem ser vistos somente sob o ponto de vista financeiro. Essa sinergia tem gerado conhecimento e transferência de tecnologia para os dois lados”, comentou Pantoja.
Com faturamento de 180 milhões de euros por ano e 660 colaboradores em 11 países, a SSC é especializada no desenvolvimento de câmeras imageadoras para satélites de observação da Terra, prestação de serviços de recepção de dados de satélites, pesquisas em ambiente de microgravidade e vigilância marítima através de radares, câmeras e sensores.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Cápsula russa com astronautas pousa com segurança no Cazaquistão


A cápsula espacial russa Soyuz com três astronautas a bordo pousou com segurança no Cazaquistão nesta sexta-feira, depois de deixar outra equipe de três tripulantes na Estação Espacial Internacional.
Equipe médica carrega o cosmonauta russo Alexander Samokutyaev  - Sergei Ilnitsky/Reuters
Sergei Ilnitsky/Reuters
Equipe médica carrega o cosmonauta russo Alexander Samokutyaev
O astronauta norte-americano Ron Garan e os cosmonautas russos Andrey Borisenko e Alexander Samokutyaev, que estavam na estação desde abril, pareciam estar bem de saúde depois de pousar na estepe cazaque às 9h59 (0h59, horário de Brasília).
"Podemos confirmar agora o pouso do Soyuz TMA-21", disse um apresentador da televisão da Nasa, que depois descreveu o pouso como uma "aterrissagem certeira".
A cápsula Soyuz pousou de lado, levantando nuvens de poeira ao chegar na estepe, 148 quilômetros a sudeste da cidade de Zhezkazgan.
Samokutyaev foi o primeiro a sair da nave, aparentemente animado enquanto um médico realizava exames iniciais, revelaram imagens divulgadas pela emissora da Nasa.
Garan foi o segundo a ser retirado, seguido pelo ex-comandante da estação, Borisenko, que fez o sinal de "jóia" antes de ser transportado, junto aos colegas, em sua cadeira até um hospital temporário para mais exames.
Equipes de resgate anexaram um retrato do engenheiro soviético Sergei Korolyov e do cosmonauta Iuri Gagarin, o primeiro homem no espaço, à cápsula. Neste ano foi comemorado o 50o aniversário da primeira viagem espacial tripulada de Gagarin.
A tripulação passou 164 dias no espaço, disse a Nasa. Seus substitutos -- o engenheiro de voo da Nasa Dan Burbank e os cosmonautas Anton Shkaplerov e Anatoly Ivanishin -- deveriam chegar em 24 de setembro à Estação Espacial Internacional, um projeto de 100 bilhões de dólares envolvendo 16 países.
Mas seu voo foi adiado depois de um acidente na base de decolagem, em 24 de agosto, com uma nave russa de carga que iria para a estação.
Brubank, Shkaplerov e Ivanishin deverão agora partir em 14 de novembro. No momento, permanecem na estação apenas três -- o comandante Mike Fossum, o engenheiro japonês de voo Satoshi Furukawa e o cosmonauta russo Sergei Volkov, que deverão regressar à Terra em 22 de novembro.
O programa de ônibus espaciais dos EUA foi encerrado em meados deste ano, e tripulações agora só chegam à estação por meio de foguetes russos. A China, o único outro país com capacidade para enviar pessoas à órbita, não é uma parceira na estação espacial.
(Reportagem de Robin Paxton e Dmitry Solovyov) 

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Nasa apresenta novo sistema de lançamento para missões tripuladas ao espaço

WASHINGTON - O diretor da Nasa (agência espacial americana), Charles Bolden, apresentou nesta quarta-feira, 14, o novo sistema de lançamento espacial que permitirá a realização de voos tripulados além da órbita terrestre baixa, como os feitos até agora, e chegar em um futuro a Marte.

O sistema de lançamento espacial foi projetado para levar o veículo de carga e tripulação Orion Multi-Purpose Crew Vehicle a novos destinos no espaço profundo


O sistema de lançamento espacial (SLS) foi projetado para levar o veículo de carga e tripulação Orion Multi-Purpose Crew Vehicle a novos destinos no espaço profundo, e servirá como apoio para as naves de transporte comercial que farão voos à Estação Espacial Internacional (ISS).

O aparelho terá uma capacidade inicial de 70 toneladas - que serão ampliadas a 130 - e utilizará hidrogênio e oxigênio líquidos como combustível.
Programa de foguetes foi orçado em US$ 35 bilhões e tem ambição de explorar o espaço profundo, levar astronautas a asteroides e, talvez um dia, a Marte. O projeto vem à tona após meses de disputas políticas e de debates internos na Casa Branca por conta do elevado orçamento do projeto.
O novo projeto de foguetes da Nasa "representará a pedra angular da exploração humana do espaço profundo pelos EUA e será capaz de dar continuidade à liderança norte-americana no espaço sideral", afirmou Charles Bolden, diretor-geral da Nasa, cercado por um grupo de congressistas no Capitólio.
O anúncio feito por Bolden dá início aos esforços da administração Barack Obama para impulsionar um novo programa de exploração do espaço em um momento de crescente preocupação com o déficit do governo federal.
A expectativa é de que o primeiro teste não tripulado do novo programa ocorra em 2017, com o primeiro voo tripulado previsto para 2021. Os novos foguetes terão mais de cem metros de altura e usarão inicialmente os motores de combustível sólido usados nos ônibus espaciais, aposentados há apenas alguns meses, mas depois passarão a usar combustível líquido.
"O presidente Obama nos desafiou a sermos ousados e a sonharmos alto", disse Bolden, um ex-astronauta. "Os exploradores do futuro agora podem sonhar em um dia caminhar em Marte."
O novo projeto de foguetes da Nasa "representará a pedra angular da exploração humana do espaço profundo pelos EUA e será capaz de dar continuidade à liderança norte-americana no espaço sideral", afirmou Charles Bolden, diretor-geral da Nasa, cercado por um grupo de congressistas no Capitólio.
O anúncio feito por Bolden dá início aos esforços da administração Barack Obama para impulsionar um novo programa de exploração do espaço em um momento de crescente preocupação com o déficit do governo federal.
A expectativa é de que o primeiro teste não tripulado do novo programa ocorra em 2017, com o primeiro voo tripulado previsto para 2021. Os novos foguetes terão mais de cem metros de altura e usarão inicialmente os motores de combustível sólido usados nos ônibus espaciais, aposentados há apenas alguns meses, mas depois passarão a usar combustível líquido.
"O presidente Obama nos desafiou a sermos ousados e a sonharmos alto", disse Bolden, um ex-astronauta. "Os exploradores do futuro agora podem sonhar em um dia caminhar em Marte."
O novo projeto de foguetes da Nasa "representará a pedra angular da exploração humana do espaço profundo pelos EUA e será capaz de dar continuidade à liderança norte-americana no espaço sideral", afirmou Charles Bolden, diretor-geral da Nasa, cercado por um grupo de congressistas no Capitólio.
O anúncio feito por Bolden dá início aos esforços da administração Barack Obama para impulsionar um novo programa de exploração do espaço em um momento de crescente preocupação com o déficit do governo federal.
A expectativa é de que o primeiro teste não tripulado do novo programa ocorra em 2017, com o primeiro voo tripulado previsto para 2021. Os novos foguetes terão mais de cem metros de altura e usarão inicialmente os motores de combustível sólido usados nos ônibus espaciais, aposentados há apenas alguns meses, mas depois passarão a usar combustível líquido.
"O presidente Obama nos desafiou a sermos ousados e a sonharmos alto", disse Bolden, um ex-astronauta. "Os exploradores do futuro agora podem sonhar em um dia caminhar em Marte."
O novo projeto de foguetes da Nasa "representará a pedra angular da exploração humana do espaço profundo pelos EUA e será capaz de dar continuidade à liderança norte-americana no espaço sideral", afirmou Charles Bolden, diretor-geral da Nasa, cercado por um grupo de congressistas no Capitólio.
O anúncio feito por Bolden dá início aos esforços da administração Barack Obama para impulsionar um novo programa de exploração do espaço em um momento de crescente preocupação com o déficit do governo federal.
A expectativa é de que o primeiro teste não tripulado do novo programa ocorra em 2017, com o primeiro voo tripulado previsto para 2021. Os novos foguetes terão mais de cem metros de altura e usarão inicialmente os motores de combustível sólido usados nos ônibus espaciais, aposentados há apenas alguns meses, mas depois passarão a usar combustível líquido.
A Nasa já havia anunciado em maio o sistema que levará o homem para o espaço além da região da órbita terrestre baixa e que será levado para fora da órbita terrestre pelo SLS. A nave, chamada Multi-Purpose Crew Vehicle (MPCV ou Veículo de tripulação para diversas finalidades), tem design baseado na nave Orion, planejada como sucessora original dos ônibus espaciais no programa Constellation.
"O presidente Obama nos desafiou a sermos ousados e a sonharmos alto", disse Bolden, um ex-astronauta. "Os exploradores do futuro agora podem sonhar em um dia caminhar em Marte."
O MPCV é capaz de transportar quatro astronautas para missões de 21 dias e em seu retorno faria a aterrissagem no oceano pacífico, próximo à costa da Califórnia. Ela também é desenvolvida para ser 10 vezes mais segura que os ônibus espaciais durante o lançamento e o retorno à Terra.
Após a retirada das naves, de 30 anos de serviço, os Estados Unidos ficaram sem um veículo próprio para viajar à ISS e dependendo das naves russas Soyuz, que realizam várias viagens por ano para levar oxigênio, combustível, alimentos e diversos equipamentos.
Enquanto isso, nos EUA começou a corrida espacial privada e 10 empresas disputam para ser a primeira a desenvolver um veículo alternativo privado. Uma delas é SpaceX, cuja cápsula Dragon, deve fazer um voo de demonstração em novembro, com uma carga de 800 quilos, segundo lembrou Suffredini. "Nosso desejo é ter um veículo de carga americano o mais rápido possível, após a retirada das naves".

Turquia diz que Israel não mandará no Mediterrâneo


Primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan disse que seu país não ficará impassível e não deixará o Estado judeu fazer o que quiser no Mediterrâneo

AGÊNCIA ESTADO

O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, alertou Israel nesta quinta-feira(17) que seu país não ficará impassível e não deixará o Estado judeu fazer o que quiser no Mediterrâneo, na mais recente declaração hostil na crise diplomática entre os dois países. Erdogan deu as declarações em Túnis, onde teve reuniões com o premiê interino da Tunísia, Beji Caid-Essebsi, e com o presidente interino Fuad Mebaza. Erdogan visitou um mercado popular e manifestou apoio aos palestinos e ao pedido que farão na próxima semana nas Nações Unidas para serem reconhecidos como Estado membro.

"Israel não pode fazer o que quiser no Mediterrâneo" disse Erdogan. Segundo ele, a Turquia está determinada a preservar a liberdade de navegação no Mediterrâneo oriental. "Estamos determinados a fazer isso, porque todos nós vivemos no Mediterrâneo".



Erdogan visitou o Cairo nesta semana, onde discursou na Liga Árabe. Ele está aumentando dramaticamente a influência da Turquia no Oriente Médio, no momento em que a região é abalada por revoluções e revoltas. Ao mesmo tempo, muitos árabes elogiam a dura postura do premiê turco frente a Israel. Ele rechaçou uma normalização das relações com o Estado judeu até que Israel se desculpe pelas mortes de nove turcos no ataque à flotilha de ajuda humanitária, em 31 de maio do ano passado, indenize as famílias das vítimas e suspenda o bloqueio à Faixa de Gaza.

Israel defende o ataque à flotilha, ao afirmar que suas tropas foram atacadas por ativistas turcos quando abordaram o navio Mavi Mármara. Na semana passada, Israel lamentou a perda de vidas nos acontecimentos e expressou o desejo de que as relações com a Turquia sejam normalizadas. Um relatório das Nações Unidas sobre o reide de Israel publicado na semana passada disse que o bloqueio à Faixa de Gaza é legítimo, porém condenou o uso excessivo da força contra os ativistas do Mavi Mármara. As informações são da Associated Press.

TAM – Tanque Argentino Mediano

Um dos ícones da indústria militar da Argentina é a Família de Blindados conhecidos como TAM (Tanque Argentino Mediano). Um projeto baseado no Infantry Combat Vehicle AIFV  Marderdo Exército Alemão dos anos 70.

Desenvolvido especialmente para atender a requisitos do Exército Argentino, a empresa alemãThyssen - Henschel  iniciou os trabalhos em 1974. Em 1979 foram testados 3 protótipos na Argentina. Uma produção esperada de 512 viaturas entre o TAM e a versão  VCTP (Vehiculo de Combate y Transporte de Personal).

Em 1986 a produção encerra com 256 veículos entregues. Reinicia e é completado um segundo lote em 1994.
O estado atual de manutenimento e operacionalidade das viaturas da Família TAM no Ejército Argentino é desconhecido. Nos últimos anos foram  anunciados vários programas de modernização do TAM, entre eles:  a introdução de visores termográficos, mira laser e a adoção de um canhão de 120 mm de alma lisa (substituindo o atual 105mm raiado).

Para a produção do TAM na Argentina foi criada a empresa TAMSE ( Tanque Argentino Mediano Sociedad del Estado). As sucessivas crises políticas e econômicas da Argentina levaram à dissolução da TAMSE e o encerramento das atividades no TAM.

A característica principal do TAM foi de incorporar o poder de fogo do canhão de 105mm raiado similar ao L7A3 (igual ao do Leopard1A5BR), em um chassis de 30 toneladas (peso em ordem de combate 32t).

O que garante boa mobilidade nas condições do Teatro Operacional do Pampa Argentino. A crítica maior reside na sua blindagem relativamente leve frente à munição de 105 e 120 mm, sem falar nos mísseis anti-carro. O desenho do TAM de colocar o motor na parte dianteira (usando-o como elemento de blindagem),  e acessos pela parte  traseira é o mesmo adotado pelo General Israel Tal no desenvolvimento do Carro de Combate Merkava.

A severa crise econômica da Argentina após o ano de 2000 tem congelado e postergado todos os planos de modernização anunciados.

É o que um participante do SINPRODE comentou à DefesaNet:

“A modernização real que estamos implantado nos TAM é dar-lhes condições operacionais similares a de 20 anos atrás.”
Frota da Família TAM no Ejército Argentino
Modelo
Descrição
Quantidade
TAM
Tanque Argentino Mediano
376
VCTP
Vehiculo de Combate y Transporte de Personal

216
VCTM
Vehiculo de Combate y Transporte de Mortero Thomson Brandt 120mm
50
AAH
Equipado com uma torre Palmaria 155mm
15
Características Técnicas do Tanque Argentino Mediano - TAM
MotorMTU 720HP Diesel 6 Cilindros em V
TransmissãoRenk HSWL -204
Autonomia520km (930km com tanques suplementares)
Combustível635 l + 400l (1035l)
Velocidade75km/h máxima - 60 km cruzeiro
Peso29.000 kg (em ordem de combate cerca 32 t)
Tripulação4 - Comandante - Atirador - Municiador - Motorista
Canhão105mm L51 com baixa força de recuo ( menor cadência de tiro)
muniçõesAPFS – APDS – HESH - HEAT
Alcance3.000 m
Secundáriometralhadora 7,62 torre e coaxial
Visor PanorâmicoPeri-R/TA 8x e 2x
LaserTelêmetro Laser 8x

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Rússia testa sistema de mísseis balísticos S-400

O sistema de mísseis S-400 foi testado pela primeira vez em manobras conjuntas com outros países. Os exercícios foram realizados entre Rússia, Armênia, Bielorrússia, Quirguistão e Tadjiquistão.
Pela primeira vez sistema participou de manobras conjuntas com outros países
Sob o comando do ministro da Defesa, Anatoli Serdiukov, as manobras foram realizadas no sul da Rússia e envolveram 2 mil militares do Exército, Marinha e Força Aérea. O objetivo dos exercícios foi o adestramento das tropas na repressão a grupos terroristas.