sábado, 13 de novembro de 2010

Avião sem piloto deve ser usado para segurança até 2014

 opositor br 50
São Paulo - Motivo de deboche durante a campanha eleitoral para a Presidência da República, o veículo aéreo não tripulado (Vant) pode se tornar uma das principais ferramentas de segurança para a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos no País. Forças Armadas, Polícia Federal (PF) e governos estaduais já realizam testes com esse tipo de equipamento para ações de vigilância de fronteira e urbana. O Brasil mesmo tenta desenvolver sua própria tecnologia. E até 2014, especialistas não têm medo de arriscar que o chamado "disco voador" terá lugar de destaque no combate tático de prevenção e reação a crimes, como hoje já acontece em países desenvolvidos.




Durante os grandes eventos esportivos que acontecerão no País nos próximos anos, os Vants poderão ser empregados nas mais diversas missões. Desde organização do público nos estádios - como já foi testado pela Brigada Militar (a polícia militar gaúcha) no jogo final da Taça Libertadores deste ano, em Porto Alegre - até apoio em situações de crise que obrigam a retirada imediata das pessoas do local do evento. "O Vant é um processo irreversível", afirma o capitão da Polícia Militar (PM) da Bahia Arlindo Bastos, estudioso do tema. "Com certeza esse sistema estará em operação na Copa", diz.



A ideia dos Vants é simples: uma aeronave controlada por controle remoto e que, acoplada com câmera, consegue fazer o mapeamento da área protegida e dar apoio tático às operações militares. Além disso, o sistema - que envolve também envio de dados ao comando terrestre - pode ser empregado em funções civis, como monitoramento do trânsito, fiscalização ambiental e apoio em ações emergenciais em caso de desastres naturais.



"É uma tecnologia que pode ser aplicada em praticamente qualquer situação", diz o capitão Jacy Montenegro, que junto com Bastos gerencia um projeto de desenvolvimento de um Vant nacional no Instituto Militar de Engenharia (IME), baseado em São José dos Campos (SP). As dimensões da aeronave podem variar conforme seu propósito: as focadas em operações urbanas podem pesar 5 quilos e caber dentro de uma mochila enquanto aquelas usadas em missões de vigilância de fronteira, quando é necessário uma autonomia de voo muito maior, podem chegar a 70 kg e precisar de uma pista de decolagem.



Durante palestra na Conferência Anual de Segurança Pública (SegBrasil), que terminou ontem na capital paulista, Bastos deu ainda outros exemplos da versatilidade que o equipamento pode proporcionar. Segundo ele, nas queimadas que devastaram parte do Cerrado brasileiro, se o Vant já estivesse em uso poderia se ocupar da vigia dos focos de incêndio, liberando as equipes nos helicópteros para o combate ao fogo.



Atualmente as experiências nos Estados tentam focar no uso do Vant em ações de segurança pública nas grandes capitais. Montenegro afirma que o Vant pode cumprir a função de reconhecimento do terreno sem colocar a vida de um soldado em risco. Em uma favela, diz, "o traficante leva vantagem ao ver a região do alto do morro". "O Vant pode proporcionar isso ao comando da operação. É como se a polícia tivesse lá no alto vendo todo esse labirinto. De baixo para cima a visão é de duas ou três casas."



Ele conta que, em conversa com o comando do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM do Rio de Janeiro, soube que a simples imagem de um beco no caminho dos agentes pode ajudar a evitar uma emboscada e salvar a vida de um soldado. "Dependendo do tipo de câmera acoplada dá até para saber qual o armamento que o bandido usa", afirma. Dentre estas câmeras estão incluídas as com lentes ópticas, que conseguem aproximar e captar detalhes do perímetro, e as de detecção de calor.



Conforme Bastos, que "em breve" espera poder contar com a ferramenta no combate ao crime em Salvador, o Vant possibilitará que a polícia aumente sua eficiência nas ocupações de áreas comandadas pelo crime organizado ao mesmo tempo em que diminui os riscos para a população local. A aeronave não tripulada pode ser direcionada a seguir os criminosos que fogem, enquanto o restante da tropa se ocupa da prisão dos que ficaram encurralados. Ainda, com equipamento especial, o Vant tem a capacidade de dar apoio a ações noturnas, quando o movimento de moradores nas ruas é bem menor - diferente dos helicópteros, o Vant equipado com motor elétrico é silencioso, reforçando o elemento surpresa da operação.



A tecnologia ainda enfrenta algumas resistências. No aspecto legal, não há regras que definam seu uso no espaço aéreo brasileiro. "O Vant é uma ferramenta nova, e não existe previsão de emprego deles na legislação civil", afirma Bastos. Porém, de acordo com ele, o governo federal e a Força Aérea Brasileira (FAB) têm estudos para a regulamentação. Hoje, para utilizar este equipamento é necessário um aviso (chamado de Notan - Notice to Airman, na sigla em inglês) para avisar a FAB que em determinado perímetro irão ocorrer testes com Vant. Esse processo leva tempo e por isso é necessário um rigoroso planejamento. "É possível enxugar isso" com uma legislação específica, conta.



Projeto nacional                      morcego negro br 55-2



O projeto em que Bastos e Montenegro estão envolvidos - o Lanus 3, que é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Feperj) - tem o objetivo de desenvolver um Vant com tecnologia nacional. Essa busca tem duas motivações. A primeira é a dificuldade de importar componentes regulados por tratados internacionais, dos quais o Brasil é signatário e que limitam e, em alguns casos, até impedem seu emprego para fins militares.



O segundo é atingir a independência tecnológica do País. "Estamos perseguindo de perto a tecnologia estrangeira e temos condição de gerar soluções próprias para o Brasil", diz. "O custo de desenvolvimento pode ser alto, mas o de produção é baixo." Sobre dependência tecnológica, ele exemplifica o sistema GPS, cujo funcionamento depende de satélites norte-americanos. Segundo Montenegro, União Europeia e Rússia desenvolvem satélites próprios justamente para manter a soberania nesta ferramenta.



Durante sua exposição na Conferência Anual de Segurança Pública, Montenegro afirmou que "comprar equipamentos prontos nos transformam em duas coisas: escravos tecnológicos e burros". "Somos brasileiros, somos criativos", disse. "Se comprar algum equipamento lá de fora, é para desmontar e olhar como funciona. Só", completou. "Como o Brasil pode reivindicar uma vaga no Conselho de Segurança da ONU se não tiver soberania tecnológica nesta área (militar)?", questiona.



Piada



Os aviões não tripulados chegaram a ser tachados durante a campanha presidencial pelo candidato derrotado José Serra (PSDB) de "disco voador". Para Bastos, da PM da Bahia, por ser uma tecnologia inovadora, o Vant desperta reações em "dois tipos de pessoa, as que acreditam e as que não acreditam na sua eficácia". "Mas (o emprego deles) é irreversível. E com o tempo as forças policias irão comprovar a eficiência do equipamento", diz. De acordo com ele, o Brasil seguirá uma tendência mundial. "Oitenta por cento das operações aéreas norte-americanas no Afeganistão e no Iraque são realizadas com veículos aéreos não tripulados."



Já Montenegro, perguntado se as manifestações contra o Vant soam como desdém, diz que não acompanhou a discussão. "Eu estava no laboratório desenvolvendo tecnologia brasileira", responde.

Comandante da Marinha da China visita o Brasil

 A visita da Comitiva da Marinha da China ao Brasil é mais uma etapa do processo de aproximação entre as duas nações, que vem acontecendo nos últimos anos. Entre os dias 3 e 7 de novembro, o Comandante da Marinha do Exército Popular de Libertação da China, Almirante-de-Esquadra Wu Shengli, esteve no País conhecendo a Esquadra brasileira e discutindo assuntos estratégicos de interesse das duas Marinhas.




A agenda de atividades começou na manhã do dia 3, no Comando do 1° Distrito Naval, no Rio de Janeiro. O Comandante da Marinha do Brasil, Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto, presidiu a cerimônia de imposição da Comenda da Ordem do Mérito Naval, ao Almirante Wu Shengli. Após a solenidade, seguiram para uma audiência reservada sobre temas de interesse das Forças, visando elaborar uma agenda de trabalho conjunta.



Apontada pelo Comandante da Marinha da China como local prioritário no roteiro, a Escola Naval foi a Organização Militar (OM) visitada no período da tarde. Na instituição, os convidados assistiram a uma palestra sobre o sistema de ensino da Marinha brasileira, conheceram camarotes e laboratórios. “Essa visita foi muito significativa para nós, pois ainda na China, ele externou o desejo de conhecer o porta-aviões, um submarino e a Escola Naval”, revelou o Comandante da Escola Naval, Contra-Almirante Leonardo Puntel. Segundo ele, a relação intercultural entre os países se estreita quando o Navio-Escola “Brasil” (NE Brasil) realiza a viagem de Circunavegação e aporta na China. “Nessa oportunidade, os Guarda-Marinha conhecem diversos portos daquela nação, além das escolas navais chinesas”, ressaltou o Almirante Puntel. Ao final da tarde, uma homenagem especial encerrou a visita: o Desfile Escolar do Corpo de Aspirantes, em continência ao Comandante da Marinha do Exército Popular de Libertação da China.
Na manhã do dia 5, a comitiva foi recebida pelo Comandante-em-Chefe da Esquadra, Vice-Almirante Eduardo Monteiro Lopes, no Centro de Adestramento Almirante Marques de Leão, onde conheceu simuladores de treinamento. “A visita dessa Delegação complementa a ida de um navio brasileiro à China, em virtude das comemorações do aniversário da Marinha chinesa em 2009”, explicou o Almirante Monteiro Lopes.




Por fim, os chineses visitaram os meios navais brasileiros de maior interesse para o grupo: o Submarino “Tamoio”, a Corveta “Barroso” e o Navio-Aeródromo “São Paulo”.



quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear, Almirante-de-Esquadra José Alberto Accioly Fragelli

Palestra Petrobras: Desafios e Oportunidades do PRÉ-SAL

Escrito por Felipe Salles



Como maneira de dar aos seus leitores uma melhor e mais clara percepção do pensamento atual dentro dos gabinetes da Marinha do Brasil e do Ministério da Defesa, Alide obteve com exclusividade esta apresentação proferida durante o recente seminário "Amazônia Azul" na EGN pelo do sr José Eduardo Bucheb da Petrobras. As riquezas do pré-sal na costa brasileira apresentam um papel duplo na cabeça dos líderes do governo atual. Elas são, simultâneamente, a razão mestra para a expansão e reformulação completa da nossa marinha, e também a fonte dos amplos recursos necessários para esta modificação. A apresentação em power point pode ser obtida aqui:


Ao lado de conceitos bem tradicionais, pode-se perceber uma importante modificação filosófica, mais alinhada com as políticas exteriores do Governo Lula e do futuro governo Dilma. Neste novo "mundo"o Brasil se afasta do tradicional parceria automática com os EUA e com as potencias européias, em prol de uma posicionamento geo-político/militar bem mais independente e com um direcionalmento claramente em direção ao continente africano. Além desta apresentação, não deixem de olhar também as palestras do Ministro Jobim e do Almirante Fragelli.



O interessante é saber, agora, o quanto mais este novo viés se desenvolverá ao longo do governo que se inicia em 1o de janeiro de 2011.
Escrito por Felipe Salles



Como maneira de dar aos seus leitores uma melhor e mais clara percepção do pensamento atual dentro dos gabinetes da Marinha do Brasil e do Ministério da Defesa, Alide obteve com exclusividade esta apresentação proferida durante o recente seminário "Amazônia Azul" na EGN pelo Almirante (FN) Alvaro Augusto Dias Monteiro apresentação em power point pode ser obtida aqui:


Ao lado de conceitos bem tradicionais, pode-se perceber uma importante modificação filosófica, mais alinhada com as políticas exteriores do Governo Lula e do futuro governo Dilma. Neste novo "mundo"o Brasil se afasta do tradicional parceria automática com os EUA e com as potencias européias, em prol de uma posicionamento geo-político/militar bem mais independente e com um direcionalmento claramente em direção ao continente africano. Além desta apresentação, não deixem de olhar também as palestras do Ministro Jobim, do sr Racheb da Petrobras e do Almirante Fragelli



O interessante é saber o quento mais este novo viés se desenvolverá ao longo do governo que se inicia em 1o de janeiro de 2011.

O submarino nuclear russo "São Jorge" retornou à sua base naval.

O submarino nuclear russo "São Jorge" retornou à sua base naval na Península de Kamchatka, depois de concluir com êxito manobras militares, informou o serviço de imprensa da frota russa do Pacífico.




"Um vez que o submarino nuclear atracou e o relatório de capitão Anatoly Nesheret foi entregue, o comandante da frota russa no Pacífico, Almirante Sergei Abakayan, felicitou a tripulação e entregou ao capitão o tradicional porco assado", disse a fonte.



Da mesma forma, o serviço de imprensa adicionou que os submarinos da classe "São Jorge" [Nota da ALIDE: na realidade o submarino K-433 Svyatoy Georgiy Pobedonosets pertence à classe russa Project 667BDR/"Kalmar". Na terminologia da OTAN ele é um submarino lançador de mísseis balisticos da classe "Delta III"] formam atualmente a base das forças nucleares estratégicas da Rússia no Oceano Pacífico.



Em Outubro, o submarino "São Jorge" realizou desde o mar de Okhotsk, o lançamento de um míssil balístico de intercontinental em direçao ao polígono militar de "Chizha", localizado no Mar Branco, do lado europeu da Rússia.



O lançamento do míssil balístico pelo "São Jorge", em posição submergida, fazia parte de uma série de testes de outros mísseis balísticos, como o Sinevá lançado desde o submarino "Briansk" em águas do Mar de Barents e do lançamento de teste do novo míssil Bulavá, feito apartir do submarino "Dmitri Danskoi".



Fonte: RiA Novosti

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Físicos brasileiros sugerem que energia do vácuo pode destruir estrelas

Agência Fapesp - Fapesp


Seria a energia presente no vácuo capaz de controlar o destino de estrelas ou até mesmo do Universo inteiro? Uma nova linha de pesquisa conduzida por físicos brasileiros está mostrando que talvez isso seja possível. O assunto é o destaque da nova edição da revista Unesp Ciência, da Universidade Estadual Paulista.





Divulgação/NasaIlustração de estrela de nêutrons cercada por detritos espaciaisOs físicos descobriram, na teoria, um efeito capaz de transformar a energia do espaço vazio em protagonista de uma destruição “cataclísmica”, como definiu George Matsas, professor do Instituto de Física Teórica (IFT) da Unesp em São Paulo. O fenômeno é chamado de “despertar do vácuo”.



Matsas coordena o Projeto Temático “Física em Espaços-Tempos Curvos”, apoiado pela Fapesp.



A descoberta foi feita pelo professor Daniel Vanzella, do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo, e seu aluno William Couto Corrêa de Lima, que faz doutorado com Bolsa da Fapesp, e foi descrita em abril na revista Physical Review Letters.



Vanzella e Lima esboçaram as situações em que o “despertar” poderia ocorrer. Junto com a dupla, Matsas assinou outro artigo na edição de 8 de outubro da mesma revista, no qual exploraram uma dessas situações em detalhe.



Os cientistas mostraram como a gravidade de uma estrela de nêutrons em formação pode conceder ao vácuo o poder de destruir a própria estrela.



Com base no que se conhece hoje do assunto, não há nenhum princípio geral que impeça o efeito gerador de catástrofes estelares de ocorrer. Mas somente com observações pode-se verificar se esse despertar do vácuo ocorre na prática ou não