sexta-feira, 7 de maio de 2010

JABIRU OU Hermes 450
 Do interior de um abrigo (shelter) especialmente montado para operações militares na Base Aérea de Santa Maria (RS), pilotos da Força Aérea Brasileira (FAB) começaram a escrever, neste ano, mais um importante capítulo na história da instituição. Controlado por intermédio de sofisticados computadores e sistemas de enlace de dados, essas aeronaves realizarão diversificadas missões em áreas para isso reservadas.




O treinamento faz parte do projeto de veículos aéreos não-tripulados (VANT), iniciado em dezembro do ano passado com a criação de um grupo de trabalho para estudar a implantação desse sistema na FAB.



O equipamento em avaliação é o Hermes 450, fabricado pela empresa israelensa Elbit Systems, e que envolve a participação de sua subsidiária no Brasil, a empresa Aeroeletrônica, com sede em Porto Alegre.



O VANT mede 10 metros de comprimento e 6 metros de envergadura (da ponta de uma asa a outra). Voa a 110 km/h, pode atingir cerca de 5 mil metros de altitude e pode permanecer por mais de 15 horas em voo.



O equipamento chegou ao país em 9 de dezembro do ano passado e, ao longo do mês de janeiro, militares da FAB iniciaram o seu treinamento com o apoio de especialistas israelenses.



A FAB espera concluir a etapa de avaliação até o final do ano. Nesse período, também participarão do Grupo de Trabalho representantes do Exército e da Marinha.



Voo de apresentação oficial

No próximo dia 10 de maio, ocorrerá na Base Aérea de Santa Maria, o voo inaugural e de apresentação oficial do VANT e será apresentado ao Comandante da Aeronáutica e as outras autoridades.





FICHA TÉCNICA

Comprimento: 6 m

Envergadura: 10 m

Velocidade de Cruzeiro: 110 km/h

Peso de decolagem: 450 kg

Carga útil 150 kg

Autonomia: 20 ou 30 horas

Teto Operacional: 5.000 m



FONTE: CECOMSAER
França, nesta terça-feira precisamente o que será o modelo de submarino que a empresa francesa fabricará no Brasil nos próximos anos.




A despeito das graves desavenças públicas entre a DCNS e a Navantia espanhola, sua ex-sócia no programa Scorpène, o modelo de submarino oferecido para atender às necessidades declaradas do Brasil é realmente uma versão alongada e modernizada deste mesmo design.



Para aumentar o raio de alcance do novo modelo, o submarino passará a medir perto de 70 metros de comprimento, entre quatro a cinco metros, mais comprido do que o Scorpène padrão vendido para o Chile e para a Malásia. Essas seções adicionais do casco permitirão a expandir em 20 toneladas a capacidade de óleo diesel combustível transportado pelo Scorpène brasileiro. Para fazer a autonomia do modelo brasileiro alcançar os 60 dias desejados pela MB , no mesmo esforço, será aumentado a câmara frigorífica e o espaço de armazenamento de víveres secos. Outra modificação resultante será o aumento de 31 para um total de 35 camas nos camarotes, aumentando, assim, potencialmente, o tamanho da tripulação ou número de militares de forças especiais transportados no submarino.



O sistema de combate dos submarinos brasileiros, como os indianos, será bastante modernizado em relação àquele instalado nos Scorpènes chilenos e malásios. Na parte de motorização, haverá outra grande alteração: ao invés de usar apenas dois grandes motores diesel , como nos demais submarinos Scorpène, a MB solicitou à DCNS que se empregasse, alternativamente, no S-BR quatro motores de menor porte no seu lugar. Segundo a fonte, este requerimento seria fruto da experiência satisfatória brasileira com os U209 alemães, que usam quatro motores diesel.



O S-BR terá dois periscópios, sendo apenas um deles tradicional (ótico), do tipo penetrante no casco. O outro se compõe de um câmera de vídeo digital na ponta do mastro capaz de transmitir a imagem capturada para uma ou mais telas no interior do submarino, sem que, para isso, seja preciso abrir um outro orifício no casco de pressão. O S-BR terá seis consoles multi-função digitais que podem se substituir mutuamente, sem restrições, caso um deles apresente uma pane.



Toda a parte frontal do primeiro submarino S-BR, da proa até depois do compartimento de comando/combate, será construída na França, com a participação direta dos engenheiros civis e militares brasileiros alocados a este projeto. Daí em diante, 100% dos demais submarinos passará a ser construído no novo estaleiro de Sepetiba, no Brasil. Em alguns dias, chegarão a Cherbourg e a Lorient os primeiros brasileiros que trabalharão no processo de absorção da tecnologia transferida pelos franceses dentro deste programa . No final do mês de maio ocorrerá a cerimônia de início da construção do primeiro submarinho no estaleiro de Cherbourg.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Em novembro de 2007 o departamento de ciência e tecnologia do exército começou a elaborar o projeto básico dos MSA 3.1, um míssil antiaéreo de baixa altura que deve substituir os Igla e os Mistral em uso pelas forças armadas brasileiras.

O MSA3.1 terá um sistema lançador portátil do tipo do MANPAD Mistral apresentado no esquema.




Não há muitas informações sobre o projeto, mas sabe-se que esse míssil seria um MANPAD (Man-portable air-defense systems) que poderia ser disparado do ombro do atirador, de um tripé ou de um reparo em uma viatura, com alcance vertical de 3 km e horizontal de 5 km. O sistema de mísseis antiáereos de baixa aaltura proposto pelo CTex se assemelha ao SA 18 grouse (Igla 9k38).




Alguns dos requisitos básicos elaborados a partir de fevereiro de 2008 e publicados no boletim do exército Nº 07/2008 são:



Ser o Posto de Tiro operado do ombro do atirador ou de um pedestal.

Ter o Posto de Tiro a possibilidade de ser operado em um reparo montado em viatura embarcação.

Ter capacidade de utilização contra aeronaves de asas fixas e rotativas, voando desde vôo estacionário até velocidades superiores a 300 m/s.

Ter capacidade de atuação contra aeronaves de asas fixas e rotativas, voando a baixa altura, 3000 m, sendo este limite mínimo para avaliação.

Ter alcance horizontal superior a 5.000 m, sendo este o limite para a avaliação. (Peso dez).

Ser o Posto de Tiro transportável , a braços, por, no máximo, 03 (três) homens.



O orçamento inicial o projeto era R$ 60 milhões e o cronograma de desenvolvimento precisava de quatro anos, então espera-se que o desenvolvimento do míssil esteja concluído no final de 2011, sendo assim é possível que o m protótipo seja apresentado na LAAD 2011.O MSA3.1 terá poderá ser lançado do ombro tal como a concepção artística apresentada pelo Turbosquid, no caso um MANPAD Stingray.

As informações até agora disponibilizadas sobre este programa, não apresentam dados técnicos e referências sobre as capacidades do míssil e de seus sistemas.




Porém, é possivel projetar e até estimar que este sistema apresente características semelhantes ao do sistema norte americano “Humraam” o qual utiliza o míssil Amraam AIM-120 C7, ou sistema lançador CLAWS o qual está montado sobre o chassis de um veículo Humvee, Avenger’s High Mobility Multipurpose Wheeled Vehicle (HMMWV).



Um dado importante é que há a possibilidade do sistemas de mísseis a serem desenvolvidos operarem com dois tipos de cabeça de guagem, uma de radar semi ativo, e a outra por busca infra vermelho.



O sistema será montado no chassis de um veículo médio e cada bateria será composta por veículos lançadores e veículos radares diretores de tiro ( ou fogo).





O primeiro dos quatro submarinos Scorpéne, de tecnologia francesa, comprados em 2008 pelo Brasil, começa a ser construído no dia 27 de maio. A cerimônia de corte das chapas destinadas à proa será realizada às 10h, no estaleiro DCNS, em Cherbourg. O relógio digital que marca a contagem para a entrega do navio, no segundo semestre de 2016, será ativado na mesma ocasião.
Os outros três submarinos do tipo S-Br sairão, até 2021, do novo estaleiro que a Marinha está construindo em Itaguaí, no litoral sul do Rio.




O recebimento do modelo movido a energia nuclear, o SN-Br, está definido: será em janeiro de 2022, com chances de ser adiantado um pouco, para novembro de 2021.



Esse cronograma justo esteve sob sério risco de sofrer um atraso estimado em um ano, em decorrência da dificuldade do governo brasileiro em liberar cerca de R$ 100 milhões do downpayment, um adiantamento sobre o contrato de 6.790 bilhões, destinado ao início das operações.



Na França, reconhece um executivo da DCNS, o tamanho e o caráter do acordo – que prevê fornecimento amplo de tecnologia, incluindo o casco e sistemas não atômicos do navio de propulsão nuclear – são incomuns e implicam obstáculos inesperados.



O Comando da Marinha reduziu os danos antecipando recursos de seu próprio orçamento para a execução de trabalhos preliminares, como o Estudo de Impacto Ambiental e a produção de informações necessárias aos projetos dos novos estaleiro e base.



“Com isso, o retardamento ficou limitado a três meses, perfeitamente possíveis de serem compensados ao longo dos 144 meses, 12 anos, de duração do compromisso” explica o ministro da Defesa, Nelson Jobim.



O documento principal foi assinado em dezembro de 2008. A negociação dos contratos adicionais consumiu nove meses, saiu em setembro de 2009. Nos termos do tratado, o downpayment deveria ter início no dia 30 de outubro.



Começou em dezembro

Antes disso, em abril do ano passado, foi formalizado um Termo Aditivo, criado para reorganizar o calendário do programa e compensar a demora na liberação da verba. “Na medida em que os pagamentos foram integralizados, as ações foram sendo cumpridas”, explicou o almirante Júlio Moura Neto, comandante da Marinha.



Outros dois integrantes do almirantado alertam para a necessidade de uma ação mais dura e exigente no fluxo da transferência de tecnologia, cláusula fundamental do negócio. Os oficiais superiores argumentam que a indecisão havida em alguns momentos dessa fase preliminar não pode ocorrer mais adiante, quando a operação atingir os itens sensíveis do programa.



O tempo do empreendimento é 2015 e no momento está limitado ao primeiro movimento de terras na Ilha da Madeira, em Itaguaí, baía de Sepetiba, no litoral fluminense. Ao lado das instalações da Nuclep, o braço industrial do complexo nuclear do Brasil, o grupo Odebrecht começa a obra da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas, UFEM. Depois virão um avançado estaleiro e uma base de submarinos de alta sofisticação. O presidente Luis Inácio Lula da Silva vai visitar o local até o final de julho. Deveria ter feito isso no dia 6 de abril, mas a assessoria do Palácio do Planalto considerou que não havia muito para ser visto e decidiu por um adiamento – dificuldades de agenda, foi a justificativa formal.




O pacote completo da infraestrutura vale 1.868.200.00 para a Construtora Norberto Odebrecht, majoritária no CBS, Consórcio Baía de Sepetiba, formado pela DCNS da França e pela Marinha do Brasil, que detém a golden share, o direito de veto. As áreas envolvidas somam 980 mil metros quadrados, dos quais 750 mil m² na água. O acesso ao conjunto se dará por um túnel escavado em rocha de 850 metros de comprimento e uma estrada exclusiva de 1,5 quilômetro. Haverá 2 píeres de 150 metros cada um e 3 docas secas (duas cobertas) de 170 metros. No total, serão 27 edifícios. A dragagem passa de 6 milhões de metros cúbicos. O plano da obra prevê a geração de 700 empregos diretos. Pronta, a instalação poderá dar apoio técnico a uma frota de 10 submarinos, e terá capacidade para construir duas unidades novas simultaneamente.



Um dos prédios, destinado ao procedimento de troca do reator do navio nuclear ou do combustível, será alto, equivalente a 16 andares. Os submarinos vão circular, entrar e sair das instalações por meios próprios, movimentando-se por uma zona molhada com 340 mil m².



O Programa de Desenvolvimento de Submarinos (ProSub) implica a integração de diversos cronogramas. Um deles, o do domínio completo do ciclo de enriquecimento do urânio usado no reator dos modelos nucleares, está virtualmente concluído. A última etapa, a fábrica de gás de urânio, está pronta em Iperó, a 130 km de São Paulo, no Centro Aramar, da Marinha. Os testes serão iniciados agora. A produção, 40 toneladas por ano, em dezembro. No mesmo local o pavilhão do LabGene, para abrigar o reator do SN-Br, segue em ritmo acelerado – será ocupado daqui a dois anos. Em agosto seguem para Lorient, na França, os 27 engenheiros brasileiros aos quais caberá o trabalho de absorver o conhecimento necessário à construção, em Itaguaí, dos dois tipos de submarinos. Terão companhia: parte da primeira tripulação do navio atômico, 60 militares-instrutores, começa a ser qualificada ainda esse ano.

Estaleiro e Base

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Míssil desenvolvido pelo Brasil e África do Sul passa por testes na Suécia e entra em novo estágio.











Da Redação



O míssil Ar-Ar de 5ª geração desenvolvido em conjunto pelo Brasil e África do Sul, A-Darter, realizou testes de lançamento na Suécia alcançando todos os objetivos, permitindo assim que o desenvolvimento siga em frente.



Os testes se resumiram a lançamentos a partir do solo para avaliação do voo do míssil, essa é uma importante etapa para que se passe para os próximos testes, onde serão realizados lançamentos em voo.



A Denel Dynamics, empresa responsável pelo projeto, pretende iniciar a produção do míssil em 2012, porém existe a intenção de entregar algumas unidades desarmadas para treinamento dos pilotos da África do Sul já em 2011.



O míssil deverá ser utilizado na África do Sul pelos caças Gripen e pelos treinadores Hawk, enquanto na Força Aérea Brasileira deve ser utilizado pelos F-5EM, A-1M e pelo futuro FX. Com a maior força aérea da América Latina como parceira do projeto, a Denel Dynamics espera uma grande encomenda desses mísseis por parte do Brasil, mas está também de olho no mercado externo.



Os testes críticos foram realizados em Janeiro e Fevereiro deste ano, onde o "seeker" (Cabeça de busca infravermelha) e a aerodinâmica do míssil foram testados ao limite, o que revelou um desempenho do seeker acima do esperado.



Os próximos testes deverão ser feitos em breve, e deverão ser parecidos com os realizados no início deste ano, mas o A-Darter já está liberado para a etapa de testes com lançamentos em voo e com todos os componentes presentes para que se avalie o desempenho completo do míssil.



Defesa Brasil

quinta-feira, 22 de abril de 2010

WASHINGTON, EUA (AFP) - O exército ideológico iraniano, a Guarda Revolucionária, está presente na Venezuela e isso implica um risco de contato com as forças americanas, segundo um informe do Pentágono enviado ao Congresso ao qual a AFP teve acesso.




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"A Guarda Revolucionária Islâmica tem capacidade operacional em todo o mundo. Está bem implementada no Oriente Médio e África do Norte, e em anos recentes intensificou sua presença na América Latina, particularmente na Venezuela", explica o informe datado em abril deste ano.





"Se os Estados Unidos aumentarem seu envolvimento nessas regiões, o contato com a Guarda Revolucionária, diretamente ou através dos grupos extremistas que apoia, será consequentemente mais frequente", adverte o texto.





O texto é a parte liberada de informe completo sobre a estratégia militar do Irã, que o Pentágono deve enviar por lei todos os anos ao Congresso.





O secretário de Defesa americano, Robert Gates, acusou há um ano o Irã de "atividades subversivas" na América Latina, e, em termos parecidos, se expressou a secretária de Estado, Hillary Clinton.





O governo venezuelano rejeita as acusações e diz que sua aliança com o Irã é meramente estratégica e econômica ante o que classifica de agressividade americana.