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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Sucesso dos caças Su-35 na Síria atrai novos compradores

O sucesso dos caças russos Su-35 em operações antiterroristas na Síria está cada vez mais aumentando o interesse pela aeronave no mercado mundial de armamentos, revelou à Sputnik o diretor do Centro de Análise do Comércio Mundial de Armas (CAWAT - na sigla em inglês), Igor Kortochenko.

Vale lembrar que em 1º de fevereiro o ministério da Defesa da Rússia confirmou o envio de quatro Su-35 para a base de Hmeymim, na Síria, para integrar operações russas de combate ao terrorismo no país árabe. Na opinião de especialistas, os principais objetivos desse envio seriam de testar as aeronaves em intensas condições de combate e de promover o novo equipamento para potenciais compradores.

Segundo revelou Kortochenko, atualmente, um dos maiores interessados na compra desses caças russos é a Indonésia. O seu ministro da Defesa, Riamizarda Riachudu, teria dito que o país pretende assinar com a Rússia um contrato para a compra de 10 Su-35 já em março deste ano.

O Su-35 é hoje um dos melhores aviões no mercado mundial de caças multifuncionais. O interesse para esta máquina está em alta, inclusive, por conta de sua participação em operações da aviação russa na Síria, onde vem demonstrando grandes qualidades de combate" – disse o especialista.
"Levando em conta a situação na região da Ásia-Pacífico como um todo, a corrida armamentista que se desdobrou por lá, fica claro que a Indonéisa, que já possui uma frota de caças russos da marca Su, decidiu expandí-lo e aumentar as capacidades da sua Força Aérea, inclusive, por conta da compra dos Su-35. Caso o contrato for firmado, será uma escolha excelente. Isso permitirá assegurar ainda mais a defesa do espaço aéreo da Indonésia" – destacou Kortochenko.

Nas suas palavras, o novo caça de geração 4++, Su-35, é "uma excelente plataforma de combate e, a princípio, um dos melhores caças de série fabricados hoje no mundo".
O especialista lembrou ainda que o primeiro contrato para o fornecimento de Su-35 pela Rússia foi assinado recentemente com a China.
Desenvolvido pela fabricante russa Shukhoi, o Su-35 é um caça de geração 4++, sendo uma versão modernizada do Su-27. Equipado com tecnologia stealth (de invisibilidade), o avião é capaz de desenvolver velocidades de até 2.800 km/h. Em 2016, as Forças Armadas da Rússia deverão receber um total de 14 unidades desta aeronave.
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Rússia planeja construir novo avião militar para transportar tanques

Os projetistas de aeronaves russos estão desenvolvendo um avião supersónico de carga, capaz de transportar tanques para o campo de batalha. O conceito geral deste gigante voador deverá estar pronto antes dos finais deste ano.

Este avião de transporte pesado, apelidado de PAK TA (Aeronave de Transporte Perspetivo), será capaz de voar a velocidades supersônicas de até 2.000 km/h, transportar até 200 toneladas e têm um alcance de 7.000 km.

Até 2024 serão construídos oitenta aviões deste tipo, o que tornará possível transportar 400 tanques pesados ou 900 veículos blindados ligeiros para o campo de batalha muito mais rápido do que nunca.
O projeto está sendo desenvolvido pelo centro aeronáutico Ilyushin.
O projeto do PAK TA, que já está em curso há vários anos, deve substituir a atual frota de cargueiros aéreos pesados russos — Antonov An-22 Antei, com uma capacidade de carga de 60 toneladas, e Antonov An-124 Ruslan, que pode levantar 120 toneladas de carga.
A única aeronave que pode transportar uma quantidade comparável de peso é o Antonov An-225, que foi construído para o programa Buran, o ônibus espacial soviético.


SNB

Embaixador do Brasil na Rússia revela orçamento para compra de mísseis russos Igla-S e Pantsir-S1

 Um dos principais temas tratados na entrevista foi a compra dos sistemas russos de defesa anti-aérea Igla-S e Pantsir-S1 pelo Brasil. Enquanto o país já começou a receber lotes do sistema portátil Igla, a aquisição dos pesados sistemas Pantsir ainda está em fase de negociações.
Acalmando o temores de este segundo acordo não se concretizar, o embaixador explicou que, por tratar-se de sistemas completamente diferentes do ponto de vista técnico, a compra de um não deve influenciar a provável compra do outro.

Desde que cheguei à Moscou, há dois anos, houve várias missões técnicas do Brasil vindo para cá para manter contato com suas contrapartes russas.(…) Minha expectativa é que o contrato [sobre o Pantsir-S1] seja assinado até o final de 2016" – disse o embaixador.

Segundo ele, a assinatura do acordo está atrelada à aprovação do orçamento do Governo Federal pelo Congresso, que inclui gastos com os sistemas russo de defesa antiaérea, mas que somente poderá ser aprovado após o recesso do Legislativo, ou seja, após o Carnaval.

Respondendo à pergunta sobre a difícil situação econômica do Brasil poder influenciar de forma negativa esse documento, o embaixador disse que, "apesar de ter o direito de não aprovar o orçamento", dificilmente isso poderá ocorrer, podendo, no entanto, haver modificações, ou cortes no orçamento.
"Apesar da crise, precisamos levar em conta que somos um país muito grande, com uma das maiores economias do mundo. (…) O último número que eu ouvi para a compra dos sistemas russos de defesa antiaérea Pantsir-S1, estava na base dos 600 milhões de dólares. Mas isso é uma cifra apenas provisória, que ainda será objeto de conversações específicas" – explicou o embaixador

Apesar da crise, precisamos levar em conta que somos um país muito grande, com uma das maiores economias do mundo. (…) O último número que eu ouvi para a compra dos sistemas russos de defesa antiaérea Pantsir-S1, estava na base dos 600 milhões de dólares. Mas isso é uma cifra apenas provisória, que ainda será objeto de conversações específicas" – explicou o embaixador.

GLONASS
O embaixador respondeu a uma pergunta relativa às negociações sobre a instalação em território brasileiro de uma terceira estação do sistema de localização por satélite GLONASS, análogo ao norte-americano GPS. O início das obras estava previsto para final de 2015, mas, até agora, a instalação ainda não começou.

"Como se sabe, duas estações GLONASS já estão funcionando no Brasil. Espero que a decisão sobre a terceira estação seja tomada este ano, e que a mesma comece a operar em breve. É uma questão de interesse mútuo tanto para o Brasil, como para empresas russas que fornecem os equipamentos" – explicou Guerreiro.

Rússia e o programa espacial brasileiro
Outro tema abordado na entrevista foi a questão de uma possível expansão da cooperação da Rússia com o Brasil na área do programa espacial brasileiro.
O embaixador disse que, recentemente, problemas financeiros impediram uma possível cooperação do Brasil com a Ucrânia para o uso conjunto da base espacial de Alcântara. Ele explicou, no entanto, que, apesar de todo o interesse brasileiro na Rússia, o lugar da Ucrânia não será substituído por outro país nesse projeto específico.
"Naturalmente, o Brasil está interessado no futuro desenvolvimento da cooperação com a Rússia, e temos grandes perspectivas. Mesmo se um dia o projeto com a Ucrânia for renovado, existirão outras áreas possíveis para a cooperação com a Rússia" – explicou Guerreiro.
Comércio em moedas nacionais
Falando sobre a possibilidade de empresas da Rússia e do Brasil realizarem operações de importação e exportação sem o intermédio de moedas estrangeiras, o embaixador ressaltou a importância desse tema. Nas suas palavras, há economistas no Brasil favoráveis a esse modelo, e outros que acham que isso não faz o menor sentido.
"Evidentemente, os empresários, dada a desvalorização tanto do rublo, como do real, têm interesses muito específicos. Para os empresários brasileiros e russos ficou mais barato exportar. Mas isso não significa que as exportações estejam aumentando porque é um momento de crise, e tanto o Brasil como a Rússia tiveram suas atividades econômicas diminuídas" – disse Guerreiro.

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