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terça-feira, 26 de agosto de 2014

SATÉLITE CBERS-4 COMPLETA MAIS UMA ETAPA DE TESTES

O quinto exemplar do programa de satélites Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres, o Cbers-4, cumpriu mais uma fase das atividades de montagem, integração e testes (AIT), que o preparam para o lançamento previsto para 7 de dezembro próximo da base de Taiyuan, na China.
Os ensaios térmicos foram concluídos a semana passada pelos especialistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (Cast) que trabalham em conjunto no centro chinês, em Pequim.
Nesta fase, o satélite foi submetido aos testes de balanço térmico (TBT) para checar se o projeto térmico está funcionando de acordo com o especificado e também ajustar os modelos matemáticos térmicos que serão utilizados mais tarde para prever as temperaturas em várias condições orbitais.
Também foi realizado o teste termovácuo (TVT), que simula as temperaturas altas e baixas que o satélite enfrentará no espaço para averiguar o funcionamento de seus vários subsistemas e uma possível degradação dos materiais.
“Nestes testes todos os equipamentos e subsistemas são testados exaustivamente por cerca de 20 dias seguidos com alternância de calor e frio. Se nos testes é identificada alguma anomalia, é possível resolver antes do lançamento”, explica Antonio Carlos Pereira Jr., engenheiro do Inpe que coordena o Segmento Espacial do Programa Cbers.
A impossibilidade de conserto em órbita torna imprescindível a simulação de todas as condições pelas quais o satélite passará desde o seu lançamento até o fim de sua vida útil no espaço.
A fase final de testes e a revisão completa do projeto do satélite estão previstas para o mês de setembro. Seu transporte para a base de lançamento está programado para a primeira quinze de outubro.
Programa – Satélites de sensoriamento remoto são uma poderosa ferramenta para monitorar o território de países de extensão continental, como o Brasil e a China, que mantêm em parceria o Programa Cbers.
O lançamento do Cbers-4, inicialmente programado para 2015, foi antecipado para este ano após a falha ocorrida com o foguete lançador chinês, no final de 2013, que causou a perda do Cbers-3. Antes, foram lançados com sucesso o Cbers-1 (1999), Cbers-2 (2003) e Cbers-2B (2007).
As imagens obtidas a partir dos satélites da série permitem uma vasta gama de aplicações – desde mapas de queimadas e monitoramento do desflorestamento da Amazônia, da expansão agrícola, até estudos na área de desenvolvimento urbano. O Programa é um exemplo bem-sucedido de cooperação em matéria de alta tecnologia e é um dos pilares da parceria estratégica entre o Brasil e a China.
Graças à política de acesso livre às imagens, uma iniciativa pioneira do Inpe, as imagens do Cbers são distribuídas gratuitamente a qualquer usuário pela internet, o que contribuiu para a popularização do sensoriamento remoto e para o crescimento do mercado de geoinformação nacional.
O Inpe distribui cerca de 700 imagens por dia para centenas de instituições (mais de 70 mil usuários) ligadas a meio ambiente, uma contribuição efetiva ao desejado cenário de responsabilidade ambiental.
O Cbers também é importante indutor da inovação no parque industrial brasileiro, que se qualifica e moderniza para atender aos desafios do programa espacial. A política industrial adotada pelo Inpe permite a qualificação de fornecedores e contratação de serviços, partes, equipamentos e subsistemas junto a empresas nacionais.
Assim, além de exemplo de cooperação binacional em alta tecnologia, o Cbers se traduz na criação de empregos especializados e crescimento econômico.
Mais informações: www.cbers.inpe.br
Fonte: Ascom do Inpe
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25 DE AGOSTO, O DUQUE VEM INSPECIONAR O EXÉRCITO

Paulo Ricardo da Rocha Paiva
 Coronel de Infantaria e Estado-Maior
 
Caxias recebe a continência da Força Terrestre concentrada em Copacabana/RJ. São cerca de 26 brigadas (módulo básico de combate) de distintas naturezas, cada uma com efetivo aproximado de cinco mil combatentes: 
 
- 2 blindadas (veículos encouraçados sobre lagarta);
- 4 mecanizadas (veículos encouraçados sobre rodas):
- 10 motorizadas (organização obsoleta);
- 5 de selva, uma paraquedista;
- 2 leves (uma é aeromóvel);
- uma de aviação (helicópteros), e,
- uma de forças especiais.

Para o cidadão, leigo no assunto, 130.000 (26X5000) combatentes podem até parecer muito, mas, para quem assistiu aos eventos da “JMJ’ naquela orla de praia, que reuniu mais de 3 (três) milhões de pessoas, por certo, a imagem do efetivo do EB teria impressionado bem menos, tanto ao Papa como ao expectador que, dos arranha céus, divisava boquiaberto a imensa multidão de fiéis que superlotava a Avenida Atlântica.

O Duque, todavia, entusiasmado com efetivo de tamanha grandeza jamais alcançado pelo Exército Imperial, nem mesmo na Guerra do Paraguai, resolve aprofundar a revista e passa a indagar sobre a eficiência/eficácia dos sistemas operacionais daquelas grandes unidades e, surpreso, constata que nem o País nem o EB dispõem de recursos para equipá-las e mantê-las em operações de defesa externa contra os grandes predadores militares que, hoje, mais do que nunca, ameaçam colocar por terra o seu legado maior de integridade do nosso território.

O condestável do Império alarmado reúne os oficiais-generais e passa a indagar sobre as hipóteses de guerra da atualidade. A princípio se reporta ao cone sul, acostumado que estava com as tropelias dos castelhanos ao longo daquelas fronteiras, porém, é informado de que as ameaças nos dias de hoje estão a assombrar cada vez mais o nosso setentrião e que os inimigos em potencial de agora são extra-regionais, em verdade, as grandes potências militares tradicionais.

Luís Alves de Lima e Silva, que não é amador em assuntos de geopolítica, visualiza de imediato as pontas de lança representadas pelas antigas guianas e indaga sobre o poder de combate representado pela França e Grã-Bretanha e como o nosso Exército está se precavendo para fazer frente a uma invasão da calha norte do Rio Amazonas por aqueles notórios capangas de Tio Sam.

Os comandantes se alvoroçam e se reportam de imediato ao SISFRON. O duque aquiesce: - “Muito bem! Mas de que adianta apenas a vigilância da fronteira? Se o inimigo ultrapassar nossos limites, o que vamos lançar sobre ele? As brigadas daqueles países, quantas são realmente operacionais? ”

O chefe da seção de informações do comando militar da área muito solícito, se apressa em responder: -"As grandes unidades operacionais naqueles exércitos chegam a 10/12, algumas de prontidão imediata".

Caxias, preocupado, quer saber do comandante do Exército a quantas andam os investimentos em defesa. Um general de “quatro estrelas” desalentado aproveita a privacidade para confidenciar aquilo que lhe vaticinaram: - “Bem, meu caro duque, o Ministro da Defesa disse que, talvez, em 10 (dez) anos se possa igualar o percentual (2,5%) que índia e Rússia destinam do PIB para suas forças armadas.”

O patrono encolerizado pragueja indignado: -“O titular da pasta está a brincar com a verdade! E como estão as brigadas de selva? Elas ainda empregam aquelas pirogas de lata, do ano (1964) de inauguração do CIGS, no adestramento de operações ribeirinhas?  Alguns teóricos de carteirinha se apressam a dizer que, no momento, a coqueluche é a distribuição de 2044 viaturas blindadas Guarani para a mecanização das unidades mecanizadas.

O Duque, já atordoado pela falta de tenência acachapante, exclama: “É inacreditável, não bastaram MERCOSUL / UNASUL / CONSELHO DE DEFESA SULAMERICANO para se mudar de mentalidade, os “hermanos” ainda nos assombram e integrar forças de coalizão como membro permanente do CDS / ONU continua previsto no “menu”.

Caxias quedou-se em silêncio. Guardadas as devidas proporções no tempo e no espaço, o exército da presidenta amedrontava bem menos do que o do imperador. De repente um coro de vozes se faz ouvir do silêncio dos tempos passados. São os invencíveis das antigas fileiras que clamam pela sua presença para uma parada no céu. O herói maior da Pátria, com lágrimas nos olhos, se despede das tropas mal armadas mas sempre empertigadas. Seu temor é que estas sucumbam no cumprimento do dever sem vitórias. Vai rezar por elas!
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Canção do Exército Brasileiro


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